O documento descreve as diversas expressões do folclore pernambucano, incluindo danças, manifestações religiosas e tradições associadas a diferentes ciclos festivos ao longo do ano, como o carnaval, a quaresma e o mês de junho. É destacada a influência dos costumes europeus, africanos e indígenas na rica cultura popular do estado.
3. • Folclore Pernambucano - O marcante passado
histórico aliado a criatividade do povo pernambucano
resultaram em uma cultura popular extremamente rica
e diversificada.
• Dos europeus, o gosto pelas danças da corte, pelos
bailados e epopéias; dos negros escravos, os
requebros, a religiosidade e ritmos cadenciados; dos
índios, o misticismo, a graça e a leveza de movimentos,
próprios de uma raça que tinha na dança o reflexo do
seu dia-a-dia.
• Assim surgiram as mais variadas expressões populares,
quase sempre associadas aos principais ciclos festivos:
4. • Ciclo Carnavalesco: é a principal festa popular,
manifestando-se em praticamente todo
Estado. Destaque para Olinda e Recife ( Boa
Viagem e Centro ). Blocos, troças, clubes,
maracatus ( rural e de baque virado ),
caboclinhos, ursos, blocos anárquicos, escolas
de samba, afoxés, mascarados, bonecos
gigantes, bois de carnaval.
5.
6. • Ciclo Quaresmal: malhação de Judas, serra
velho e micarême, sendo este um carnaval no
Sábado de Aleluia, manifestação bastante
observada há anos passados e que vem sendo
revivida atualmente.
7.
8. • Ciclo Junino: ocorre durante o mês de Junho,
quando se homenageia Santo Antônio, São João e
São Pedro. Manifesta-se em praticamente todo o
Estado. Destaque para Caruaru ( a capital do forró
) Carpina, Paulista, Petrolina, Recife e Olinda. É
tempo de fogueira, de ruas enfeitadas de
bandeirolas e balões, de fazer adivinhações, de
soltar fogos, de apreciar bandas de pífano,
cantadores, acorda povo, bacamarteiros,
violeiros, emboladores e de dançar quadrilha,
forró, ciranda, xote, xaxado, coco e baião.
9.
10. • Ciclo Natalino: seu principal representante é o
pastoril. Pode-se também observar o pastoril
profano, a queima da lapinha, o reisado, a
cavalhada, o fandango e o bumba – meu – boi.
11.
12.
13. • MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS E RELIGIOSAS
• Acorda Povo / Bandeira de São João:
“Acorda Povo” é uma tradicional procissão,
com danças e cânticos, às vezes profanos, que
conduz a bandeira de São João Batista ao som
de zabumbas e ganzás. Seu inicio é quase
sempre a partir de zero hora e vai até o dia
clarear.
14.
15. • Bacamarteiros:
Tradição que tem origem na guerra do Paraguai.
Consiste na reunião de atiradores de bacamarte
sob a direção geral de um comandante, dividido
em batalhões e que durante os festejos juninos e
natalinos deflagram grandes descargas de pólvora
seca, em homenagem aos santos padroeiros. São
acompanhados por bandas de pífanos ou
zabumbas, num ritual místico de grande efeito
pictórico.
16.
17. • Banda de Pífanos:
A Banda de Pífanos é um conjunto de
instrumentos de percussão e sopro.
Apresenta-se tradicionalmente nas festas de
ruas e nas cerimônias religiosas. É conhecida
como cabaçal ou zabumba.
18.
19. • Bumba – Meu – Boi:
O Bumba- Meu- Boi é um dos espetáculos
populares nordestinos. É praticado em arena,
onde o público em pé forma a roda e vai se
fechando em torno dos intérpretes no qual os
papéis femininos são desempenhados por
homens vestidos de mulher com uma
orquestra composta de zabumba, ganzá e
pandeiro.
20.
21. • Caboclinhos:
É um dos mais antigos bailados populares do
Brasil. Nele está bastante evidente a origem
de influência indígena. A indumentária
consiste em tanga e cocar de penas de aves.
Os componentes carregam arco e flecha, que
servem não apenas como elementos de
caracterização do índio, mas também para
marcar o ritmo da música tirada por um terno:
pífanos, ganzá e caixa-surdo.
22.
23. • Ciranda:
É uma dança rodada distinta das “cirandinhas
infantis”. Distinta pelos “cirandeiros” (que são
adultos), pelo repertório poético – musical; pelo
instrumental obrigatório, que acompanha a roda
ondulante dos cirandeiros que se enlaçam
alternadamente; distinta ainda pelo local que
escolhe, em geral afastado dos aglomerados
urbanos, e se realizando pela noite a dentro; ou
ainda, pela presença do Mestre Cirandeiro, a
quem cabe “tirar as cantigas” (cirandas),
improvisar versos e presidir a festa.
24.
25. • Frevo:
O Berço do frevo é o Estado de Pernambuco. É
uma dança de multidão onde possui uma
coreografia: se abaixando e se levantando,
pulando de um lado para o outro, porém não
há disciplina a seguir podendo o passista ser
criativo.
26.
27. •
Malhação do Judas:
Os Judas são os bonecos de pano que ficam
pendurados em postes e portais para serem
estipardos e queimados ao amanhecer do
Sábado de Aleluia. Originalmente, a cena
representa o castigo ao apóstolo traidor.
28.
29. • Mamulengo:
Nome dos teatrinhos de fantoches introduzidos
em Pernambuco ainda no século XVI. Foi
inspirado no catolicismo alegórico da Idade
Média. As peças apresentadas, embora
obedecendo a um roteiro, são quase sempre
improvisadas, representando uma resposta à
reação dos expectadores. O mamulengo aparece
em várias festas populares do ano ou faz a festa
com as suas peças ligeiras, vivas e irônicas.
30.
31. • Maracatu:
O maracatu cujo o desfile evoca os cortejos dos
soberanos negros é chamado de “nação
africana”, urbano ou de “baque virado” e é uma
exclusividade do carnaval pernambucano. A
dança evoca o banzo africano em terras
estranhas; é bamboleante, imitando o
movimento do mar. A orquestra que acompanha
o cortejo é formada por taróis, bombos,
zabumba, ganguês e ganzás. Existem, ainda, os
chamados maracatus rurais de orquestra ou de
‘baque solto”.
32.
33. • Quadrilha:
Manifestação folclórica típica do ciclo junino.
Dança-se em pares formando duas alas. O
primeiro par de cada ala representa o guia,
aquele que deve orientar os demais. Enquanto
isso, o marcador vai anunciando os passos (cuja
terminologia básica teve origem nos salões
aristocráticos da França), em geral a o número de
30. Ao som de conjuntos regionais música da
época, os participantes dessa manifestação,
vestido em “trajes matutos”, enchem de alegria e
beleza as noites pernambucanas.
34.
35. • Serração do Velho:
A serração do velho é uma tradição européia
conhecida em Pernambuco desde do começo do
século XVIII. O folguedo reúne um grupo de
brincalhões, diante da casa de um velho ou uma
velha, na noite da Quarta-feira da Quaresma. Um
deles, serrando uma tábua, e acompanhando,
nesse rouco e lúgubre ruído, gritos, lamentos e
prantos dos demais. Os velhos de modo geral,
irritam-se com a brincadeira, dando ouvidos a
crença de que o “velho serrado” não chega a
outra Quaresma.
36.
37. • Urso de Carnaval: OU LA URSA
Conjunto cujas figuras centrais são o “Urso”
(homem trajando máscara de urso e macacão
de estopa), o Domador ou “Italiano” é o
“Caçador”. Geralmente acompanhados por
balizas, estandarte, orquestra (formada por
sanfona, triângulo, bombo, pandeiro, etc.),
malabarista, etc.
38.
39. • Xangô:
Tipo de culto africano introduzido em
pernambuco pelos negros escravos. As
grandes funções públicas do Xangô têm lugar
à noite, nos dias santificados pela Igreja
Católica. A maior de suas celebrações públicas
é o “toque” - em que ao som de ritmos
originalmente africanos, os fiéis dançam em
círculos, trajando as cores dos seus deuses
patronos.
40.
41. • Xaxado:
O xaxado, nasceu no Sertão Pernambucano.
Dança-se em fila indiana, um atrás do outro,
sem volteio, avançando o pé direito, fazendo
de três a quatro movimentos laterais e
puxando o esquerdo, num rápido e deslizado
sapateado. Tem letra agressiva e música
simples, com acompanhamento de zabumbas,
pífanos, triângulos e sanfonas.