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Aláya Dullius de Souza – dezembro 2011


     Disfunções iatrogênicas no
          trabalho de parto

- A razão fundamental para o aumento dos índices de
intervenção é certamente uma falha universal no entendimento
das necessidades básicas das mulheres em trabalho de parto.

-Hoje em dia, há uma incompreensão absoluta da fisiologia do
parto até mesmo pelos médicos e pelo próprio movimento de
parto natural.

- Precisamos da linguagem e da perspectiva de fisiologistas
modernos para voltar às nossas raízes, para ver o que é cultural
e universal, e portanto redescobrir as necessidades básicas das
mulheres em trabalho de parto.

-Há um período curto mas crucial, imediatamente após o
nascimento que nunca mais se repetirá: liberação de um
coquetel de hormônios do amor
OCITOCINA
   A ocitocina, hormônio secretado no hipotálamo e armazenado na glândula
    pituitária posterior (Neuroipófise), é essencial durante o processo de parto.
   Até recentemente a ocitocina era conhecida apenas por seus efeitos
    mecânicos. Esses conhecidos efeitos mecânicos incluem a contração da
    musculatura lisa do útero para o nascimento do bebê e a liberação da
    placenta, a contração de células especiais no seio para tornar possível o
    reflexo de ejeção de leite, a contração da próstata e das vesículas seminais
    durante o reflexo de ejeção do esperma e também a contração do útero
    durante o orgasmo feminino, que tende a facilitar o transporte do esperma
    em direção ao óvulo.


   Em retrospecto entendemos porque levou um tempo tão longo para
    reconhecer     também  seus    importantes  efeitos   comportamentais;
    simplesmente porque a ocitocina não chega ao cérebro quando é injetada
    por via intravenosa


   Efeitos comportamentais – Amor e violência em sociedades antigas. - Havia
    uma vantagem evolutiva em desenvolver o potencial humano para a
    agressão, em vez da capacidade de amar.


   Vínculo mãe-bebê nos mamíferos. Preservação da espécie.
SISTEMA LÍMBICO X NEOCÓRTEX
   Para parir uma mulher precisa liberar um coquetel de hormônios que inclui a
    ocitocina, endorfina, prolactina, ACTH, catecolaminas, etc... Quando uma
    mulher está em trabalho de parto, a parte mais ativa de seu corpo é o
    cérebro primitivo, o sistema límbico, o hipotálamo, a hipófise, que
    compartilhamos com todos os mamíferos. Quando há inibições durante o
    processo de parto (ou durante qualquer outra experiência sexual), elas se
    originam em outra parte do cérebro, o neocórtex.
A mulher que dá a luz tem necessidade de estar abrigada de
todos os estímulos de seu neocórtex


                          Se visualizarmos uma mulher em trabalho
                          de parto do ponto de vista da fisiologia,
                          visualizamos a parte primitiva e profunda do
                          cérebro dela, que esta trabalhando
                          arduamente e liberando um fluxo de
                          hormônios. Hoje, também estamos em
                          condição de entender que sempre que há
                          inibições – durante o processo de parto ou
                          durante qualquer tipo de experiência sexual
                          – essas inibições originam-se do “cérebro
                          novo”, a parte do cérebro que é altamente
                          desenvolvida nos seres humanos e que
                          pode ser considerada como o cérebro do
                          intelecto, ou o cérebro do pensamento, o
                          neocórtex.
REDUÇÃO DA ATIVIDADE NEOCORTICAL




   Qualquer situação que implique na secreção de hormônios da família da
    adrenalina, tende a estimular o neocórtex e inibir o processo de parto.
    Portanto, é essencial que a mulher em trabalho de parto sinta-se segura.
O que estimula o neocórtex?


- Linguagem: Quando nos comunicamos com a linguagem, processamos o que
percebemos com o nosso neocórtex.

-Luz: A atividade cerebral é estimulada pelo estímulo visual

- Sensação de ser observada: Todos nos sentimos diferentes quando sabemos
que estamos sendo observados. A privacidade é um fator que ajuda a reduzir o
controle neocortical. A presença de muitas pessoas no ambiente de parto impede
que o neocórtex da mulher seja desativado, e então ela deixa de estar
à vontade para assumir seu cérebro instintivo. Aparelhos que possam ser
percebidos como observadores, como uma câmera fotográfica ou um monitor fetal
eletrônico, também interferem. Nossos esfíncteres são tímidos.
O QUE A MULHER PRECISA DURANTE O TP?


   Privacidade
   Penumbra
   Sensação de segurança
   Liberdade de movimentação
   Silêncio


   Quando uma mulher está dando à luz por si mesma, sem nenhuma
    medicação, há um momento em que ela tem uma tendência óbvia de se
    isolar do mundo exterior, como se estivesse indo para outro planeta. Ela ousa
    fazer o que jamais faria em sua vida social diária, por exemplo, gritar ou
    xingar. Ela pode se ver nas mais inesperadas posições, fazendo os mais
    inesperados barulhos. Isso significa que ela esta reduzindo o controle feito
    pelo neocórtex, Do ponto de vista prático, essa redução da atividade do
    neocórtex é o aspecto mais importante da fisiologia do parto. Isso nos leva a
    entender que a mulher em trabalho de parto precisa, antes de mais nada, ser
    protegida de qualquer tipo de estímulo de seu neocórtex.
   Privacidade?
Parto domiciliar de
                                                             Mariana Braga, filha
                                                             da Ana Maria Braga.




   As culturas atrapalham o processo fisiológico quando negam a necessidade
    de privacidade dos mamíferos: todos os mamíferos desenvolveram uma
    estratégia para não serem observados quando dão à luz
ADRENALINA NO PARTO
   Hormônios da família da adrenalina, quando disparados, tendem a estimular
    o neocórtex e inibir o processo de parto. Quando há algum perigo iminente,
    os mamíferos tendem a ficar alertas e atentos.
   Faz com que o trabalho de parto pare de progredir
   O que pode desencadear uma produção de adrenalina?

   - Frio
    - Mau Humor
   - Medo (do parto, da dor, do expulsivo, de não ser boa mãe, de ter que cuidar de um
    bebê, do marido não gostar mais de você, etc)
   - Auto-piedade
    - Dificuldade de mudar uma situação que está te deixando de saco cheio
    - Distrações (dificulta a concentração em si mesma)
   - Falta de privacidade (se sentir observada por estranhos).
   - Vergonha (de gemer, chorar, gritar, se movimentar, ou qualquer outra coisa)
   - Excesso de toques (sejam vaginais ou não)
    - Excesso de expectativa
    - Se chega muito cedo ao hospital (no início do trabalho de parto)
   - Preocupação excessiva e preocupação com outras pessoas (por ex, filho que ficou em
    casa...)
   - Conversas excessivas (incluindo ter que ficar respondendo a muitas perguntas).
    - Se sentir dependente dos outros.
    - Ambiente muito iluminado
    - Ambiente muito barulhento
    - Necessidade de estar "alerta" a tudo...
    - Se você tem muita coisa na sua cabeça e não consegue relaxar e se entregar o
    suficiente para atingir o nível instintivo.
QUANDO A ADRENALINA É NECESSÁRIA
   Adrenalina tem um papel na interação entre mãe e bebê após o parto.
    Durante as ultimas contrações antes do nascimento a adrenalina se eleva
    bruscamente, é por isso que assim que o “reflexo de ejeção do feto” começa,
    as mulheres tendem a ficar em posição vertical, cheias de energia, com uma
    súbita necessidade de se agarrarem a alguém ou algo. A adrenalina faz a
    mãe ficar alerta quando o bebe nasce.
   No caso do bebê, um afluxo de noradrenalina possibilita que ele se adapte à
    privação de oxigênio, e que esteja alerta para achar o seio da mãe
   O bebê ativo abre os olhos e busca o contato com a mãe, o que libera mais
    ocitocina. Mecanismo de preservação
   No processo de parto a mãe também secreta endorfinas, e hoje sabe-se que
    o bebê também secreta suas próprias endorfinas. Logo após o parto o
    cérebro dos dois está impregnado de opiáceos, dopaminas, que induzem
    estados de dependência, vínculo.
   Grande liberação de ocitocina, formação do vínculo afetivo
   Ejeção do leite e aumento da produção de prolactina
   Ocitocina que ajuda na dequitação placentária e previne hemorragias
   Há milhares de anos esse mecanismo fisiológico tem permitido que a espécie
    humana se perpetue. As intervenções médicas nesse processo, contudo, têm
    acarretado partos difíceis, traumáticos, e com seqüelas comportamentais e
    emocionais, que se mostram seja nas mulheres com depressão pós-parto ou
    sentindo-se incapazes de cuidarem de seus filhos e com dificuldades na
    amamentação, seja na instituição de uma sociedade mais violenta, devido
    aos seus “novos integrantes” não terem recebido doses de hormônios
    previstos pelo cérebro.
   A essas intervenções que desequilibram o balanceamento hormonal,
    causando conseqüências futuras negativas tanto para mãe quanto para o
    bebê, as chamamos de disfunções iatrogênicas. Isto é, disfunções
    resultantes de tratamento médico inadequado que ignora a fisiologia do
    parto.
OCITOCINA SINTÉTICA

    Hormônios sintéticos (utilizados para induzir e/ou acelerar o trabalho),
     analgésicos, epidurais, ou mesmo condições externas como luz forte, por
     exemplo, podem interferir nessa rede hormonal e interromper o
     encadeamento fisiológico e a seqüência do trabalho. Hormônios sintéticos
     causam efeitos físicos em determinada parte do corpo, mas não atuam no
     comportamento como os hormônios produzidos pelo próprio cérebro, além de
     possuírem uma ação isolada, não sendo regulados de acordo com o que
     está acontecendo no resto do corpo da mãe e do bebê.



    Quando é ministrada ocitocina sintética a uma mulher durante o trabalho de
    parto, o número de receptores de ocitocina no útero é reduzido pelo corpo para
    prevenir uma estimulação em excesso. Isso significa que a mulher tem maiores
    riscos de hemorragia pós-parto, pois sua própria liberação de ocitocina, crítica
    nesse momento para contrair o útero e prevenir a hemorragia, será inútil devido
    ao baixo número de receptores.
A ocitocina materna atravessa a placenta e entra no cérebro do bebê durante o
 trabalho, agindo para proteger as células cerebrais fetais “desligando-as”, e
 diminuindo o consumo de oxigênio em um momento em que os níveis de
 oxigênio disponíveis para o feto são naturalmente baixos. A ocitocina sintética,
 porém, não tem a capacidade de atravessar a parede placentária, e não atingirá
 o organismo do bebê.

Além      disso,   a    ocitocina  sintética
intensificará em até três vezes a força das
contrações. A duração delas também será
maior, e os intervalos entre cada uma mais
curtos. Isso aumenta a dor, podendo
aumentar a tensão da mãe, que produzirá
mais adrenalina.

 As contrações mais fortes do que o que
seria natural para o corpo, e com menores
intervalos, podem gerar estresse fetal e
diminuir o fluxo de oxigênio para o feto,
podendo levar a um quadro de braquiardia,
que requerirá mais intervenções.
CESARIANA ELETIVA
   Tabulações feitas pela “Folha” no DataSUS,
    sistema do Ministério da Saúde, mostram que
    o percentual de partos cesáreos chegou a 52%
    do total em 2010. A Organização Mundial da
    Saúde recomenda uma taxa em torno de 15%.
    A cirurgia, quando bem indicada, traz
    benefícios à gestante e ao recém-nascido,
    mas, quando feita indiscriminadamente, pode
    elevar os riscos para a mãe e para o feto.
   O pulmão é o último órgão a se desenvolver no
    feto. O trabalho de parto dá início quando há
    maturação fetal. O pulmão do bebê libera
    surfactante no liquido amniótico, causando o
    inicio das contrações. Quando é feita uma
    cesárea antes dos sinais do TP, a chance de
    haver complicações respiratórias é muito
    maior. No Brasil há um sério problema de UTIs
    neonatais lotadas devido à desconforto
    respiratório    causado     por     cesarianas
    prematuras.
Outro resultado da disfunção iatrogênica é o
alarmante número de bebês nascidos com baixo
peso no Brasil. Dados do Ministério da Saúde
mostram que, no ano passado, o índice de bebês
nascidos com menos de 2,5 kg foi de 8,4%. Há dez
anos, era de 7,9% --o ideal, para a OMS
(Organização Mundial da Saúde), é abaixo de 5%.
Para o Ministério da Saúde, o aumento é
"progressivo e preocupante". "Estamos criando uma
geração de baixo peso, que terá muito mais chance
de ter obesidade, diabetes e hipertensão", afirma
Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde.
O baixo peso ao nascer traz risco de doenças
crônicas e reduz a expectativa de vida.

Na cesariana eletiva não ocorre a liberação do
coquetel de hormônios que beneficiarão mãe e bebê.
A ausência dessa “explosão” de ocitocina no corpo
prejudica a formação do vínculo. Mulheres
submetidas à cesariana têm mais chance de adquirir
depressão pós-parto em relação a mamães que
optaram pelo parto natural. Certamente a ausência
do “hormônio do amor” é um fator contribuinte.
   No parto normal, a placenta já está pronta e já está tudo pronto para o bebê
    nascer. Assim que nasce, todos os hormônios estão em perfeita harmonia e
    há a descida do leite, facilitando a primeira mamada.
   O mesmo não ocorre na cesariana; a placenta pode não estar totalmente
    madura, desorganizando os hormônios, fazendo com que a descida do leite
    demore mais, prejudicando a primeira mamada do bebê. O desmame
    precoce é mais incidente em bebês nascidos de cesariana. Estudos indicam
    uma relação do desmame precoce com o aumento da obesidade infantil, do
    diabetes, e do aparecimento de alergias.
AO INVÉS DE OCITOCINA, DROGAS
   Durante o período pré-natal, o cérebro do bebê está mais vulnerável a danos
    irreversíveis. Estudos indicam que substâncias ministradas por volta da hora do
    parto, mesmo em pequenas doses, podem causar efeitos colaterais na estrutura
    do cérebro e na química do recém-nascido que talvez não sejam claros até a
    idade adulta. Os medicamentos ministrados à mãe entram imediatamente na
    corrente sangüínea e vão igualmente ao bebê, e alguns desses medicamentos
    serão absorvidos preferencialmente pelo seu cérebro. A meia-vida das
    substâncias ministradas é muito maior no organismo do bebê


   Os medicamentos utilizados em procedimentos de rotina nos partos continuam
    agindo no corpo da mãe e do bebê por horas após o parto, fazendo com que a
    mãe esteja sedada no momento de seu primeiro encontro com seu filho, e que o
    bebê nasça sob efeito dessas drogas, o que causa um imprinting químico no seu
    cérebro. As conseqüências desse fenômeno poderão ser percebidas na vida
    adulta como tendência física em reviver tal sensação experienciada no parto,
    causada por essas substâncias anestésicas. O imprinting previsto pela natureza
    para o cérebro do bebê neste momento seria aquele realizado pela ocitocina
    produzida pelo cérebro da mãe e do bebê durante um trabalho de parto sem
    interferências.
A primeira impressão
deve ser aquela de
amor,       impulsionada
pela ocitocina.
   Recém-nascidos também tem suas
    necessidades     fisiológicas   básicas
    ignoradas. Necessitam de amamentação
    na primeira hora de vida e contato pele-
    a-pele.
   O “método canguru”, que estimula o colo
    e o contato pele-a-pele, tem sido um
    grande auxílio na recuperação mais
    rápida de bebês, prematuros ou não,
    que se encontram em UTIs neonatais. O
    contato torna-se uma ferramenta de
    cura, é importante que o bebê não fique
    apenas na incubadora.
   A rotina hospitalar é cercada de violência
    (frio, luz forte, manuseio grosseiro,
    isolamento). O bebê é induzido a um
    estado de estresse. A liberação de
    cortisol também vai prejudicar o
    desenvolvimento cerebral.
“PARA MUDAR O MUNDO




É PRECISO MUDAR
A FORMA DE NASCER”
(Michel Odent, obstetra)
BIBLIOGRAFIA

   ODENT, Michel. A Cesariana. 2004
   ODENT, Michel. A Cientificação do Amor. 2002
   AMORIM, Melânia. Parto Normal vs. Cesárea - (parte 1): a magnitude do problema.
    http://guiadobebe.uol.com.br/parto-normal-vs-cesarea-parte-1-a-magnitude-do-problema/
   AMORIM, Melânia. Parto domiciliar: refletindo sobre paradigmas.
    http://guiadobebe.uol.com.br/parto-domiciliar-refletindo-sobre-paradigmas/
   LEBOYER, Frederick. Nascer Sorrindo. 1996
   Cresce número de bebês nascidos com baixo peso no país
    http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1014267-cresce-numero-de-bebes-
    nascidos-com-baixo-peso-no-pais.shtml
   Cesárias superam partos normais pela 1ª vez no Brasil -
    http://www.casaangela.org.br/?p=1580
   Cesarianas podem aumentar as chances de depressão pós-parto.
    http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI5235318-EI16561,00-
    Cesarianas+podem+aumentar+as+chances+de+depressao+posparto.html
   Cesariana prejudica relação afetiva entre mãe e bebê, diz estudo.
    http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080904_bebe_parto_dg.shtm
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Disfunções no parto

  • 1. Aláya Dullius de Souza – dezembro 2011 Disfunções iatrogênicas no trabalho de parto - A razão fundamental para o aumento dos índices de intervenção é certamente uma falha universal no entendimento das necessidades básicas das mulheres em trabalho de parto. -Hoje em dia, há uma incompreensão absoluta da fisiologia do parto até mesmo pelos médicos e pelo próprio movimento de parto natural. - Precisamos da linguagem e da perspectiva de fisiologistas modernos para voltar às nossas raízes, para ver o que é cultural e universal, e portanto redescobrir as necessidades básicas das mulheres em trabalho de parto. -Há um período curto mas crucial, imediatamente após o nascimento que nunca mais se repetirá: liberação de um coquetel de hormônios do amor
  • 2. OCITOCINA  A ocitocina, hormônio secretado no hipotálamo e armazenado na glândula pituitária posterior (Neuroipófise), é essencial durante o processo de parto.
  • 3. Até recentemente a ocitocina era conhecida apenas por seus efeitos mecânicos. Esses conhecidos efeitos mecânicos incluem a contração da musculatura lisa do útero para o nascimento do bebê e a liberação da placenta, a contração de células especiais no seio para tornar possível o reflexo de ejeção de leite, a contração da próstata e das vesículas seminais durante o reflexo de ejeção do esperma e também a contração do útero durante o orgasmo feminino, que tende a facilitar o transporte do esperma em direção ao óvulo.  Em retrospecto entendemos porque levou um tempo tão longo para reconhecer também seus importantes efeitos comportamentais; simplesmente porque a ocitocina não chega ao cérebro quando é injetada por via intravenosa  Efeitos comportamentais – Amor e violência em sociedades antigas. - Havia uma vantagem evolutiva em desenvolver o potencial humano para a agressão, em vez da capacidade de amar.  Vínculo mãe-bebê nos mamíferos. Preservação da espécie.
  • 4. SISTEMA LÍMBICO X NEOCÓRTEX  Para parir uma mulher precisa liberar um coquetel de hormônios que inclui a ocitocina, endorfina, prolactina, ACTH, catecolaminas, etc... Quando uma mulher está em trabalho de parto, a parte mais ativa de seu corpo é o cérebro primitivo, o sistema límbico, o hipotálamo, a hipófise, que compartilhamos com todos os mamíferos. Quando há inibições durante o processo de parto (ou durante qualquer outra experiência sexual), elas se originam em outra parte do cérebro, o neocórtex.
  • 5. A mulher que dá a luz tem necessidade de estar abrigada de todos os estímulos de seu neocórtex Se visualizarmos uma mulher em trabalho de parto do ponto de vista da fisiologia, visualizamos a parte primitiva e profunda do cérebro dela, que esta trabalhando arduamente e liberando um fluxo de hormônios. Hoje, também estamos em condição de entender que sempre que há inibições – durante o processo de parto ou durante qualquer tipo de experiência sexual – essas inibições originam-se do “cérebro novo”, a parte do cérebro que é altamente desenvolvida nos seres humanos e que pode ser considerada como o cérebro do intelecto, ou o cérebro do pensamento, o neocórtex.
  • 6. REDUÇÃO DA ATIVIDADE NEOCORTICAL  Qualquer situação que implique na secreção de hormônios da família da adrenalina, tende a estimular o neocórtex e inibir o processo de parto. Portanto, é essencial que a mulher em trabalho de parto sinta-se segura.
  • 7. O que estimula o neocórtex? - Linguagem: Quando nos comunicamos com a linguagem, processamos o que percebemos com o nosso neocórtex. -Luz: A atividade cerebral é estimulada pelo estímulo visual - Sensação de ser observada: Todos nos sentimos diferentes quando sabemos que estamos sendo observados. A privacidade é um fator que ajuda a reduzir o controle neocortical. A presença de muitas pessoas no ambiente de parto impede que o neocórtex da mulher seja desativado, e então ela deixa de estar à vontade para assumir seu cérebro instintivo. Aparelhos que possam ser percebidos como observadores, como uma câmera fotográfica ou um monitor fetal eletrônico, também interferem. Nossos esfíncteres são tímidos.
  • 8. O QUE A MULHER PRECISA DURANTE O TP?  Privacidade  Penumbra  Sensação de segurança  Liberdade de movimentação  Silêncio  Quando uma mulher está dando à luz por si mesma, sem nenhuma medicação, há um momento em que ela tem uma tendência óbvia de se isolar do mundo exterior, como se estivesse indo para outro planeta. Ela ousa fazer o que jamais faria em sua vida social diária, por exemplo, gritar ou xingar. Ela pode se ver nas mais inesperadas posições, fazendo os mais inesperados barulhos. Isso significa que ela esta reduzindo o controle feito pelo neocórtex, Do ponto de vista prático, essa redução da atividade do neocórtex é o aspecto mais importante da fisiologia do parto. Isso nos leva a entender que a mulher em trabalho de parto precisa, antes de mais nada, ser protegida de qualquer tipo de estímulo de seu neocórtex.
  • 9. Privacidade?
  • 10.
  • 11.
  • 12. Parto domiciliar de Mariana Braga, filha da Ana Maria Braga.  As culturas atrapalham o processo fisiológico quando negam a necessidade de privacidade dos mamíferos: todos os mamíferos desenvolveram uma estratégia para não serem observados quando dão à luz
  • 13. ADRENALINA NO PARTO  Hormônios da família da adrenalina, quando disparados, tendem a estimular o neocórtex e inibir o processo de parto. Quando há algum perigo iminente, os mamíferos tendem a ficar alertas e atentos.  Faz com que o trabalho de parto pare de progredir
  • 14. O que pode desencadear uma produção de adrenalina?  - Frio - Mau Humor  - Medo (do parto, da dor, do expulsivo, de não ser boa mãe, de ter que cuidar de um bebê, do marido não gostar mais de você, etc)  - Auto-piedade - Dificuldade de mudar uma situação que está te deixando de saco cheio - Distrações (dificulta a concentração em si mesma)  - Falta de privacidade (se sentir observada por estranhos).  - Vergonha (de gemer, chorar, gritar, se movimentar, ou qualquer outra coisa)  - Excesso de toques (sejam vaginais ou não) - Excesso de expectativa - Se chega muito cedo ao hospital (no início do trabalho de parto)  - Preocupação excessiva e preocupação com outras pessoas (por ex, filho que ficou em casa...)  - Conversas excessivas (incluindo ter que ficar respondendo a muitas perguntas). - Se sentir dependente dos outros. - Ambiente muito iluminado - Ambiente muito barulhento - Necessidade de estar "alerta" a tudo... - Se você tem muita coisa na sua cabeça e não consegue relaxar e se entregar o suficiente para atingir o nível instintivo.
  • 15. QUANDO A ADRENALINA É NECESSÁRIA  Adrenalina tem um papel na interação entre mãe e bebê após o parto. Durante as ultimas contrações antes do nascimento a adrenalina se eleva bruscamente, é por isso que assim que o “reflexo de ejeção do feto” começa, as mulheres tendem a ficar em posição vertical, cheias de energia, com uma súbita necessidade de se agarrarem a alguém ou algo. A adrenalina faz a mãe ficar alerta quando o bebe nasce.
  • 16. No caso do bebê, um afluxo de noradrenalina possibilita que ele se adapte à privação de oxigênio, e que esteja alerta para achar o seio da mãe  O bebê ativo abre os olhos e busca o contato com a mãe, o que libera mais ocitocina. Mecanismo de preservação
  • 17. No processo de parto a mãe também secreta endorfinas, e hoje sabe-se que o bebê também secreta suas próprias endorfinas. Logo após o parto o cérebro dos dois está impregnado de opiáceos, dopaminas, que induzem estados de dependência, vínculo.  Grande liberação de ocitocina, formação do vínculo afetivo  Ejeção do leite e aumento da produção de prolactina  Ocitocina que ajuda na dequitação placentária e previne hemorragias
  • 18. Há milhares de anos esse mecanismo fisiológico tem permitido que a espécie humana se perpetue. As intervenções médicas nesse processo, contudo, têm acarretado partos difíceis, traumáticos, e com seqüelas comportamentais e emocionais, que se mostram seja nas mulheres com depressão pós-parto ou sentindo-se incapazes de cuidarem de seus filhos e com dificuldades na amamentação, seja na instituição de uma sociedade mais violenta, devido aos seus “novos integrantes” não terem recebido doses de hormônios previstos pelo cérebro.  A essas intervenções que desequilibram o balanceamento hormonal, causando conseqüências futuras negativas tanto para mãe quanto para o bebê, as chamamos de disfunções iatrogênicas. Isto é, disfunções resultantes de tratamento médico inadequado que ignora a fisiologia do parto.
  • 19. OCITOCINA SINTÉTICA  Hormônios sintéticos (utilizados para induzir e/ou acelerar o trabalho), analgésicos, epidurais, ou mesmo condições externas como luz forte, por exemplo, podem interferir nessa rede hormonal e interromper o encadeamento fisiológico e a seqüência do trabalho. Hormônios sintéticos causam efeitos físicos em determinada parte do corpo, mas não atuam no comportamento como os hormônios produzidos pelo próprio cérebro, além de possuírem uma ação isolada, não sendo regulados de acordo com o que está acontecendo no resto do corpo da mãe e do bebê. Quando é ministrada ocitocina sintética a uma mulher durante o trabalho de parto, o número de receptores de ocitocina no útero é reduzido pelo corpo para prevenir uma estimulação em excesso. Isso significa que a mulher tem maiores riscos de hemorragia pós-parto, pois sua própria liberação de ocitocina, crítica nesse momento para contrair o útero e prevenir a hemorragia, será inútil devido ao baixo número de receptores.
  • 20. A ocitocina materna atravessa a placenta e entra no cérebro do bebê durante o trabalho, agindo para proteger as células cerebrais fetais “desligando-as”, e diminuindo o consumo de oxigênio em um momento em que os níveis de oxigênio disponíveis para o feto são naturalmente baixos. A ocitocina sintética, porém, não tem a capacidade de atravessar a parede placentária, e não atingirá o organismo do bebê. Além disso, a ocitocina sintética intensificará em até três vezes a força das contrações. A duração delas também será maior, e os intervalos entre cada uma mais curtos. Isso aumenta a dor, podendo aumentar a tensão da mãe, que produzirá mais adrenalina. As contrações mais fortes do que o que seria natural para o corpo, e com menores intervalos, podem gerar estresse fetal e diminuir o fluxo de oxigênio para o feto, podendo levar a um quadro de braquiardia, que requerirá mais intervenções.
  • 21. CESARIANA ELETIVA  Tabulações feitas pela “Folha” no DataSUS, sistema do Ministério da Saúde, mostram que o percentual de partos cesáreos chegou a 52% do total em 2010. A Organização Mundial da Saúde recomenda uma taxa em torno de 15%. A cirurgia, quando bem indicada, traz benefícios à gestante e ao recém-nascido, mas, quando feita indiscriminadamente, pode elevar os riscos para a mãe e para o feto.  O pulmão é o último órgão a se desenvolver no feto. O trabalho de parto dá início quando há maturação fetal. O pulmão do bebê libera surfactante no liquido amniótico, causando o inicio das contrações. Quando é feita uma cesárea antes dos sinais do TP, a chance de haver complicações respiratórias é muito maior. No Brasil há um sério problema de UTIs neonatais lotadas devido à desconforto respiratório causado por cesarianas prematuras.
  • 22. Outro resultado da disfunção iatrogênica é o alarmante número de bebês nascidos com baixo peso no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que, no ano passado, o índice de bebês nascidos com menos de 2,5 kg foi de 8,4%. Há dez anos, era de 7,9% --o ideal, para a OMS (Organização Mundial da Saúde), é abaixo de 5%. Para o Ministério da Saúde, o aumento é "progressivo e preocupante". "Estamos criando uma geração de baixo peso, que terá muito mais chance de ter obesidade, diabetes e hipertensão", afirma Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde. O baixo peso ao nascer traz risco de doenças crônicas e reduz a expectativa de vida. Na cesariana eletiva não ocorre a liberação do coquetel de hormônios que beneficiarão mãe e bebê. A ausência dessa “explosão” de ocitocina no corpo prejudica a formação do vínculo. Mulheres submetidas à cesariana têm mais chance de adquirir depressão pós-parto em relação a mamães que optaram pelo parto natural. Certamente a ausência do “hormônio do amor” é um fator contribuinte.
  • 23. No parto normal, a placenta já está pronta e já está tudo pronto para o bebê nascer. Assim que nasce, todos os hormônios estão em perfeita harmonia e há a descida do leite, facilitando a primeira mamada.  O mesmo não ocorre na cesariana; a placenta pode não estar totalmente madura, desorganizando os hormônios, fazendo com que a descida do leite demore mais, prejudicando a primeira mamada do bebê. O desmame precoce é mais incidente em bebês nascidos de cesariana. Estudos indicam uma relação do desmame precoce com o aumento da obesidade infantil, do diabetes, e do aparecimento de alergias.
  • 24. AO INVÉS DE OCITOCINA, DROGAS  Durante o período pré-natal, o cérebro do bebê está mais vulnerável a danos irreversíveis. Estudos indicam que substâncias ministradas por volta da hora do parto, mesmo em pequenas doses, podem causar efeitos colaterais na estrutura do cérebro e na química do recém-nascido que talvez não sejam claros até a idade adulta. Os medicamentos ministrados à mãe entram imediatamente na corrente sangüínea e vão igualmente ao bebê, e alguns desses medicamentos serão absorvidos preferencialmente pelo seu cérebro. A meia-vida das substâncias ministradas é muito maior no organismo do bebê  Os medicamentos utilizados em procedimentos de rotina nos partos continuam agindo no corpo da mãe e do bebê por horas após o parto, fazendo com que a mãe esteja sedada no momento de seu primeiro encontro com seu filho, e que o bebê nasça sob efeito dessas drogas, o que causa um imprinting químico no seu cérebro. As conseqüências desse fenômeno poderão ser percebidas na vida adulta como tendência física em reviver tal sensação experienciada no parto, causada por essas substâncias anestésicas. O imprinting previsto pela natureza para o cérebro do bebê neste momento seria aquele realizado pela ocitocina produzida pelo cérebro da mãe e do bebê durante um trabalho de parto sem interferências.
  • 25. A primeira impressão deve ser aquela de amor, impulsionada pela ocitocina.
  • 26. Recém-nascidos também tem suas necessidades fisiológicas básicas ignoradas. Necessitam de amamentação na primeira hora de vida e contato pele- a-pele.  O “método canguru”, que estimula o colo e o contato pele-a-pele, tem sido um grande auxílio na recuperação mais rápida de bebês, prematuros ou não, que se encontram em UTIs neonatais. O contato torna-se uma ferramenta de cura, é importante que o bebê não fique apenas na incubadora.  A rotina hospitalar é cercada de violência (frio, luz forte, manuseio grosseiro, isolamento). O bebê é induzido a um estado de estresse. A liberação de cortisol também vai prejudicar o desenvolvimento cerebral.
  • 27. “PARA MUDAR O MUNDO É PRECISO MUDAR A FORMA DE NASCER” (Michel Odent, obstetra)
  • 28. BIBLIOGRAFIA  ODENT, Michel. A Cesariana. 2004  ODENT, Michel. A Cientificação do Amor. 2002  AMORIM, Melânia. Parto Normal vs. Cesárea - (parte 1): a magnitude do problema. http://guiadobebe.uol.com.br/parto-normal-vs-cesarea-parte-1-a-magnitude-do-problema/  AMORIM, Melânia. Parto domiciliar: refletindo sobre paradigmas. http://guiadobebe.uol.com.br/parto-domiciliar-refletindo-sobre-paradigmas/  LEBOYER, Frederick. Nascer Sorrindo. 1996  Cresce número de bebês nascidos com baixo peso no país http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1014267-cresce-numero-de-bebes- nascidos-com-baixo-peso-no-pais.shtml  Cesárias superam partos normais pela 1ª vez no Brasil - http://www.casaangela.org.br/?p=1580  Cesarianas podem aumentar as chances de depressão pós-parto. http://saude.terra.com.br/noticias/0,,OI5235318-EI16561,00- Cesarianas+podem+aumentar+as+chances+de+depressao+posparto.html  Cesariana prejudica relação afetiva entre mãe e bebê, diz estudo. http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080904_bebe_parto_dg.shtm l