2. A partir do momento que o continente africano não
podia mais fornecer escravos, o interesse das
potências colônias inclinou-se para a sua ocupação
territorial. E isso deu-se por dois motivos, O primeiro A partilha
deles é que ambicionavam explorar as riquezas
africanas, minerais e agrícolas, existentes no O Alto Níger era controlado
hinterland, até então só parcialmente conhecidas. O pela Companhia Real do Níger,
segundo deveu-se à competição imperialista cada vez dos britânicos. A África Oriental
maior entre elas, especialmente após a celebração da
unificação da Alemanha, ocorrida em 1871. Por vezes estava dividida entre uma
chegou-se a ocupar extensas regiões desérticas, companhia alemã, dirigida por
como a França o fez no Saara (chamando-a de Karl Peters, e uma inglesa,
França equatorial), apenas para não deixá-las para o
adversário. comandada pelo escocês
Antes da África ser dominada por funcionários W.Mackinnon. Cecil Rhodes
metropolitanos, a região toda havia sido dividida entre era o chefe da companhia sul-
várias companhias privadas que tinham concessões
de exploração. Assim a Guiné estava entregue a uma africana que explorou a atual
companhia escravista francesa. O Congo, por sua Zâmbia e Zimbawe, enquanto o
vez, era privativo da Companhia para o Comércio e rei Leopoldo II da Bélgica
Indústria, fundada em 1889, que o dividia com a
companhia Anversoise, de 1892 . autorizava a companhia de
Katanga a explorar o cobre do
Congo belga.
3. O Congresso de Berlim
Atendendo ao convite do chanceler O congresso de Berlim deu enorme impulso
do II Reich alemão, Otto von à expansão colonial, sendo complementado
posteriormente por acordos bilaterais entre
Bismarck, 12 países com interesse as partes envolvidas, tais como Convênio
na África encontraram-se em Berlim franco-britânico de 1889-90, e o Tratado
- entre novembro de 1884 a fevereiro anglo-germânico de Heligoland, de 1890. Até
de 1885 -, para a realização de um 1914 a África encontrou-se inteiramente
congresso. O objetivo de Bismarck é divida entre os principais países europeus
(Inglaterra, França, Espanha, Itália, Bélgica,
que os demais reconhecessem a Portugal e Alemanha). Com a derrota alemã
Alemanha como uma potência com de 1918, e obedecendo ao Tratado de
interesses em manter certas regiões Versalhes de 1919, as antigas colônias
africanas como protetorados. Além alemãs passaram à tutela da Inglaterra e da
França. Também, a partir desse tratado, as
disso acertou-se que o Congo seria potências comprometeram-se a administrar
propriedade do rei Leopoldo II da seus protetorados de acordo com os
Bélgica (responsável indireto por um interesses dos nativos africanos e não mais
dos mais terríveis genocídios de com os das companhias metropolitanas.
africanos), convertido porém em Naturalmente que isso ficou apenas como
uma afirmação retórica.
zona franca comercial. Tanto a
Alemanha, como a França e a
Inglaterra combinaram
reconhecimentos mútuos e
acertaram os limites das suas
respectivas áreas.
4. Interesses estrangeiros
A África foi sistematicamente invadida por nações em busca de riquezas, de
modo que sua população foi submetida a diferentes formas de poder e
exploração, justificadas por preceitos religiosos, políticos ou econômicos e
mesmo científicos.
No século XIX, os religiosos lançaram-se à conversão dos africanos, como
tentativa de salvar suas almas, alguns deles após longo período afirmando que
elas não existiam. Os políticos, por sua vez, discursaram em prol do avanço da
civilização ocidental, para que atingisse regiões e povos atrasados.
Os cientistas, famintos pela elaboração de teorias que os conduzissem ao
reconhecimento público, olharam a África como novo campo de descobertas.
Não por acaso, foram abundantes os estudos que levaram à formulação da
Teoria da Evolução e às fórmulas pseudocientíficas que geraram a Eugenia e as
novas teses racistas.
Naquele período, com a expansão das práticas do liberalismo econômico e
declínio do mercantilismo, mais uma vez o “continente negro” presenciou os
crimes e as atrocidades promovidas pela cobiça, mas agora legitimados pela
preocupação científica de diversos grupos de intelectuais e institutos de
pesquisa, bem como pela “legalidade” das decisões tomadas no final do século
XIX durante a Conferência de Berlim.
5. O território como colônia e como protetorado
Colonialismo é quando um País culturamente e
economicamente superior, toma posse, ilegalmente de outro,
já habitados por outros povos. Povos que possuem a mesma
nacionalidade, e passam a ser controlados politicamente e
socialmente por outro Estado.
Já o Protetorado, dito do próprio nome, é um País que recebe
uma "proteção" de outro. Um País mais adiantado, supõe que
o outro necessite de sua ajuda. Então invadem o mesmo e
colocam um Presidente, uma política e também um exército
dominante para manter a "Paz". A diferença em relação a
colônia e que o representante da metrópole tem mais
autonomia de mandar e fazer escolhas pelo País.
Um exemplo desse colonialismo e "proteção" já realizado ná
África, é a diversidade de idiomas e culturas em áreas
diferentes do País.
6. Territórios ocupados
pelas nações
europeias
A divisão da Africa começou
na segunda metade do séc
XIX, um pouco depois da
Confêrencia de Berlim (
1884- 1885) , quando a
deleimeteação das fronteiras
da Àfrica antingiu seu ponto
máximo. Nesta conferência
foram quais normas seriam
tomadas pelas potências
colonizadoras. Apesar do
intuito inicial ter sido de
acertar os limtes econômicos
destes países na região, não
foi possível alcançar um
equilíbiro entre as ambições
imperialistas da nação .
7. Continuação
A Àfrica foi dividida entre A Rùssia, EUA e outros 14 países.
Líder do imperialismo na época, a Inglaterra dominou o norte do Mar
Mediterrâneo até o extremo Sul do continente africano, região onde
se encontrava o Cabo da Boa Esperança. Um importante nome
britânico neste processo foi o de Benjamin Disraeli, que conseguiu
tomar o Canal de Suez do completo domínio francês e egípcio. Este
canal encurtava a distância entre os centros da indústria européia e
as áreas de colonização da Ásia, além disso, ligava o mar
Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Disraeli adquiriu ações do governo
egípcio, fazendo com que o canal de Suez e todo Egito tivessem
dupla administração: inglesa e francesa. Já em 1904, o governo
inglês apoiou a França na conquista do Marrocos, tendo como
moeda de troca o abandono dos franceses das terras egípcias. Por
fim, em 1885, a Inglaterra ainda anexou o Sudão, país ao Sul do
Egito.
A França, apesar de ter perdido o Egito para os britânicos, dominava
Argélia, Tunísia, ilha de Madagascar, Somália Francesa, Marrocos e
Sudão (depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.