SlideShare a Scribd company logo
1 of 5
Download to read offline
Plano de Acção para a Segurança Infantil em Portugal

 Coordenação:                     Co-financiamento:                                                 Apoio:




I – Enquadramento

O Plano de Acção para a Segurança Infantil (PASI) é um projecto Europeu coordenado pela Aliança Europeia de
Segurança Infantil (ECSA) sob orientação de uma Comissão de Especialistas constituída por representantes da
Organização Mundial da Saúde, da Associação Europeia de Saúde Pública, da UNICEF e das Universidades de
Keele e West of England (Reino Unido) e que conta com apoio financeiro parcial da Comissão Europeia. Envolve
18 países, incluindo Portugal, com o objectivo de coordenar, harmonizar e integrar políticas e acções
necessárias ao desenvolvimento de um programa de acção nacional para a prevenção e controle de
traumatismos e lesões não intencionais nas crianças e jovens.

Este projecto teve início em Outubro de 2004 e, em Portugal, é coordenado pela Associação para a Promoção
da Segurança Infantil (APSI). A primeira fase teve duas componentes principais: envolvimento e compromisso do
Governo com o projecto de forma a que fosse assumido como política de segurança infantil do País e análise da
situação portuguesa na área da segurança infantil. De acordo com indicadores estabelecidos pela Comissão de
Especialistas do CSAP, foi feito um levantamento relativo a infra-estruturas, capacidade e liderança existentes
na área da prevenção de acidentes. Foram avaliadas seis áreas específicas: acidentes rodoviários (passageiros,
peões e condutores), quedas, afogamento, queimaduras, intoxicação e asfixia. Os dados recolhidos foram
avaliados pela Comissão de Especialistas do CSAP o que permitiu traçar um perfil do nosso País, que constituirá
a linha orientadora das estratégias a desenvolver.

No final de 2005, a Direcção Geral de Saúde reconheceu a importância e pertinência do PASI, integrado no
Programa Nacional de Prevenção de Acidentes (em desenvolvimento na DGS), dando execução ao Plano
Nacional de Saúde, no qual os traumatismos e lesões são considerados área de relevo. Assim, a partir de
Fevereiro de 2006, a Direcção Geral de Saúde tornou-se parceira efectiva do PASI através de um apoio
financeiro parcial para a coordenação do projecto para além do envolvimento de alguns técnicos na sua
elaboração.




     Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 1/5
O ponto de partida para a criação duma plataforma de trabalho multidisciplinar foi um Workshop no dia 21 de
Novembro de 2006, organizado com o apoio do Alto Comissariado da Saúde (responsável pela coordenação do
PNS) e que contou com a presença da Directora da Aliança Europeia de Segurança Infantil para além de cerca
de 50 profissionais das mais diversas instituições. Entre elas, mais de 5 Ministérios estiveram representados.

Tendo em conta a transversalidade desta área de intervenção, um dos factores de sucesso do PASI será a
diversidade dos intervenientes na sua elaboração a fim de desenvolver o sentido de pertença, responsabilidade
e compromisso de cada um para a sua execução. Com este Workshop inicial, pretendeu-se dar início ao
desenvolvimento desses vínculos com o projecto, bem como fazer uma análise da situação e identificar outros
recursos para o desenvolvimento e implementação do PASI em Portugal. Ao longo do primeiro semestre de
2007, tiveram lugar diversas reuniões, com intenso trabalho electrónico entre elas, e foi-se elaborando um
documento de trabalho no qual se definiu a visão e as áreas prioritárias de intervenção. Para cada uma delas, foi
criado um grupo de trabalho responsável pelo estabelecimento de metas e objectivos.

Participaram neste projecto, até Setembro de 2007, mais de 54 instituições diferentes, entre organismos do
estado, organizações da sociedade civil nacionais e internacionais, universidades e outras.

Todo este trabalho deu origem a um documento de trabalho, cuja última versão foi circulada em Julho, com
recepção de comentários até Setembro. Actualmente o Plano de Acção para a Segurança Infantil em Portugal
está temporariamente suspenso por não haver financiamento. A 20 de Novembro foi apresentado publicamente
o Relatório de Avaliação de Segurança Infantil e o Perfil de Segurança Infantil em Portugal (2006). A
apresentação destes dados tem como objectivo dar a conhecer o estado actual de diferentes áreas da
segurança infantil em Portugal e sensibilizar o Governo para a urgência em estabelecer um compromisso na
área de segurança infantil.

II – Documento de trabalho sobre o Plano de Acção para a Segurança Infantil – Resumo

1 - Visão

                    Conhecer os riscos, Criar ambientes seguros, Minimizar os acidentes
Fundamentação:

“Conhecer os riscos” relaciona-se com a necessidade de obter informação (estatística), mas também com as
necessidades de formação académica e profissional bem como com a educação pública, de forma a aumentar a
capacidade de lidar com o risco e de adoptar estratégias para a prevenção de traumatismos e lesões. A palavra
risco foi seleccionada por ser considerado um termo inclusivo: é bem conhecido e utilizado em diferentes
ambientes o que foi considerado útil para gerar reconhecimento e assim, ajudar a envolver os diversos sectores
da comunidade (o risco na indústria, o risco ocupacional, o risco organizacional, o risco ambiental, são
expressões bem conhecidas o que facilita a identificação das pessoas com o PASI).

“Criar ambientes seguros” pretende dar um sinal de pró-actividade e da necessidade de envolvimento de
todos; além disso, pretende abranger os diversos ambientes que as crianças frequentam diariamente (rodoviário,
casa, escola, …) e nos quais deverão ter a oportunidade de se movimentarem com autonomia sem riscos
inaceitáveis criados pelo ambiente (ambientes construídos mas também os que são criados pela organização do
espaço e ainda os ambientes naturais no qual o homem possa ter alguma intervenção aceitável). A filosofia
adoptada enquadra-se no conceito do programa da UNICEF “cidades amigas das crianças”.
“Minimizar os acidentes” pretende referir-se à redução do impacto das lesões acidentais, nomeadamente ao
nível da mortalidade por lesões não intencionais, mas também da morbilidade e incapacidades relacionadas com
os acidentes. Assim, quer-se diminuir o número de acidentes, mas também a gravidade das suas consequências
(agir antes do acontecimento para evitar o acidente; agir antecipando o que acontece no momento do acidente
de forma a limitar os danos/prejuízo; agir após o acidente, rápida e eficazmente de forma a reduzir os danos já
causados, ou impedir que aumentem/piorem).
Prazo: 2015 (com sub-metas ou objectivos específicos até 2010, de acordo com PNS)




     Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 2/5
2 - Áreas de intervenção prioritárias e metas

Foram identificadas 7 áreas de intervenção prioritárias

A) Sistema de informação integrado – Dificuldade de acesso a dados que suportem o planeamento
estratégico, a avaliação e a monitorização de medidas de segurança infantil

Meta: Integrar e disponibilizar a informação sobre traumatismos com celeridade e de forma a permitir a análise,
a monitorização, a avaliação e o planeamento das acções de prevenção

B) Formação académica e profissional

Meta 1: Criar uma rede de profissionais de diversos sectores com ligação à criança e vida familiar com
competência para incluir e utilizar de forma regular no seu dia a dia profissional, estratégias eficazes
relacionadas com a segurança infantil e prevenção de acidentes (a confirmar)

Meta 2: Aumentar os conhecimentos das crianças e jovens para a redução do número de acidentes e das suas
consequências.

C) Traumatismos cranio-encefálicos e vertebro-medulares
Meta: Reduzir o número e a gravidade dos TCE e TVM bem como as suas consequências a nível
individual, familiar e social
D) Segurança nos Espaços de Turismo e Lazer

Meta 1: Requalificar os espaços de turismo e lazer numa lógica de gestão do risco de forma a permitir uma
utilização mais autónoma pelas crianças e jovens

Meta 2: Criação de planos concelhios para a prevenção do afogamento e outros acidentes relacionados com o
meio aquático

E) Acidentes dos 0 aos 4 anos em ambiente doméstico / familiar

Meta: Reduzir o número e a gravidade dos acidentes domésticos em crianças dos 0 aos 4 anos

F) Segurança nos espaços exteriores e envolvente dos espaços educativos / escolares

Meta 1: Requalificar os espaços exteriores das escolas de forma a promover a sua qualidade e a reduzir o
número e a gravidade das lesões em recreios, campos de jogos e outras áreas exteriores dentro do recinto
escolar

Meta 2: Implementar a utilização sistemática de processos de gestão de risco de forma a aumentar a segurança
do espaço escolar, peri-escolar e das actividades pedagógicas / educativas fora da escola

G) Segurança dos Ambientes construídos e sua envolvente (inclui critérios para manutenção)

Meta 1: Difundir e implementar a nível nacional critérios de segurança que permitam reduzir o número e a
gravidade de acidentes relacionados com elementos e espaços construídos

Meta 2: Difundir e implementar critérios mínimos para uma rede viária segura nas ligações casa-escola-lazer
(para peões, passageiros, ciclistas,...)

3 – Áreas de Intervenção Transversais
Foram consideradas 4 áreas transversais a serem abordadas dentro de cada área prioritária:
- A segurança rodoviária nas suas diversas vertentes
- A segurança de produtos e serviços
- A informação ao público e campanhas (definição de necessidades e implementação)
- A identificação de necessidades de formação e eventual definição de conteúdos programáticos.

     Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 3/5
3 - Instituições e Entidades Participantes

Participaram neste projecto, até Setembro de 2007, entre organismos do estado, organizações da sociedade civil
nacionais e internacionais, universidades e outras:

    •   European Child Safety Alliance
    •   Norwegian Safety Forum
    •   Directorate for Health and Social Affairs – Norway
    •   Administração Central - Direcção Geral das Autarquias Locais
    •   Conselho de Ministros - Instituto Nacional de Estatística
    •   Ministério da Saúde – Direcção Geral da Saúde
    •   Ministério da Saúde – Alto Comissariado da Saúde
    •   Ministério da Saúde – INSA/ Observatório Nacional de Saúde
    •   Ministério da Saúde – Centros Regionais de Saúde Pública do Norte, Centro, Alentejo e Algarve
    •   Ministério do Saúde – Centro de Informação Anti-venenos Dr.ª Arlinda Borges
    •   Ministério da Saúde – Inspecção-geral da Saúde
    •   Ministério da Saúde – INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
    •   Ministério da Justiça – Provedoria da Justiça
    •   Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Universidade Minho – Instituto de Estudos da
        Criança
    •   Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Universidade de Aveiro
    •   Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Instituto Superior Técnico
    •   Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Escola Nacional de Saúde Pública
    •   Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Instituto Nacional para a Segurança, Higiene e
        Saúde do Trabalho
    •   Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Direcção Geral da Segurança Social
    •   Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Instituto de Segurança Social, IP
    •   Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Instituto Nacional para a Reabilitação
    •   Ministério da Administração Interna – Polícia Segurança Pública – Projecto Escola Segura
    •   Ministério da Administração Interna – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
    •   Ministério da Administração Interna – Prevenção Rodoviária Portuguesa
    •   Ministério da Administração Interna – Observatório de Segurança Rodoviária
    •   Ministério da Economia e da Inovação – Autoridade Segurança Alimentar e Económica
    •   Ministério da Economia e da Inovação – Direcção Geral do Consumidor
    •   Ministério da Economia e da Inovação – Direcção Regional de Economia do Centro
    •   Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional – Instituto do
        Ambiente
    •   Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional – Direcção Geral
        do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano
    •   Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional – Instituto da
        Habitação e da Reabilitação Urbana
    •   Ministério da Educação – Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo
    •   Ministério da Educação – Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular
    •   Ministério Educação – Equipa de Missão para a Segurança
    •   Secretaria do Estado da Juventude e do Desporto – Instituto do Desporto de Portugal
    •   Unicef – Comité Português para a UNICEF
    •   Associação para a Promoção da Segurança Infantil – APSI
    •   Associação Nacional de Municípios Portugueses
    •   Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis
    •   Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
    •   Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários
    •   Grupo Habitar – Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional
    •   A Nossa Âncora
    •   Associação de Profissionais de Piscinas
    •   Cruz Vermelha Portuguesa

     Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 4/5
•   Liga Portuguesa de Deficientes Motores
•   Liga Portuguesa de Bombeiros
•   Instituto de Apoio à Criança – SOS Criança
•   Plataforma Saúde em Diálogo
•   Sociedade Portuguesa de Pediatria
•   União das Misericórdias Portuguesas
•   Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – Escola Superior de Alcoitão
•   Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – Centro de Medicina e de Reabilitação do Alcoitão
•   CONFAP - Confederação Nacional das Associações de Pais
•   1 Consultora de toxicologia
•   2 Neuropsicólogas
•   1 Estudante Faculdade Arquitectura




Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 5/5

More Related Content

Viewers also liked

Jornada sobre Competències i Eines Digitals
Jornada sobre Competències i Eines DigitalsJornada sobre Competències i Eines Digitals
Jornada sobre Competències i Eines DigitalsRamon Barlam
 
Ice cream
Ice creamIce cream
Ice creamJoe
 
Conte nan i gegant lletra
Conte nan i gegant lletraConte nan i gegant lletra
Conte nan i gegant lletraguest8baf6bd
 
Simulação de perfuração
Simulação de perfuraçãoSimulação de perfuração
Simulação de perfuraçãorodrigobvm
 
Marketing online
Marketing onlineMarketing online
Marketing onlineSowre
 
eCommerce V2
eCommerce V2eCommerce V2
eCommerce V2Sowre
 
Cartilha 1 -_gestores_municipais
Cartilha 1 -_gestores_municipaisCartilha 1 -_gestores_municipais
Cartilha 1 -_gestores_municipaismoverptu
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1edpedag
 
Televisão na educação
Televisão na educaçãoTelevisão na educação
Televisão na educaçãoricarti
 
Claustro de profesores en 2040
Claustro de profesores en 2040Claustro de profesores en 2040
Claustro de profesores en 2040marmopi
 
Ian downey elevationburger
Ian downey elevationburgerIan downey elevationburger
Ian downey elevationburgerguesta22580
 
Manifestação geração à rasca
Manifestação geração à rascaManifestação geração à rasca
Manifestação geração à rascaJosé Figueira
 
Slideshare ppt ovning
Slideshare ppt ovningSlideshare ppt ovning
Slideshare ppt ovningemilie123
 
Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar
Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar
Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar Beatriz Alexandra
 

Viewers also liked (20)

Jornada sobre Competències i Eines Digitals
Jornada sobre Competències i Eines DigitalsJornada sobre Competències i Eines Digitals
Jornada sobre Competències i Eines Digitals
 
Ice cream
Ice creamIce cream
Ice cream
 
Conte nan i gegant lletra
Conte nan i gegant lletraConte nan i gegant lletra
Conte nan i gegant lletra
 
Simulação de perfuração
Simulação de perfuraçãoSimulação de perfuração
Simulação de perfuração
 
Turshilt
TurshiltTurshilt
Turshilt
 
Marketing online
Marketing onlineMarketing online
Marketing online
 
eCommerce V2
eCommerce V2eCommerce V2
eCommerce V2
 
Cartilha 1 -_gestores_municipais
Cartilha 1 -_gestores_municipaisCartilha 1 -_gestores_municipais
Cartilha 1 -_gestores_municipais
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Televisão na educação
Televisão na educaçãoTelevisão na educação
Televisão na educação
 
Claustro de profesores en 2040
Claustro de profesores en 2040Claustro de profesores en 2040
Claustro de profesores en 2040
 
Ian downey elevationburger
Ian downey elevationburgerIan downey elevationburger
Ian downey elevationburger
 
Texas Passion Photos 1
Texas Passion Photos 1Texas Passion Photos 1
Texas Passion Photos 1
 
Teorema de tales
Teorema de talesTeorema de tales
Teorema de tales
 
Manifestação geração à rasca
Manifestação geração à rascaManifestação geração à rasca
Manifestação geração à rasca
 
Slideshare ppt ovning
Slideshare ppt ovningSlideshare ppt ovning
Slideshare ppt ovning
 
Neyda
NeydaNeyda
Neyda
 
Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar
Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar
Portugal da 1º Republica á Ditadura Militar
 
003
003003
003
 
Sara i vicent
 Sara  i vicent Sara  i vicent
Sara i vicent
 

Similar to Plano de accao para a seguranca infantil em portugal

Manual para educadores
Manual para educadoresManual para educadores
Manual para educadoresCre Educação
 
Manual para educadores
Manual para educadoresManual para educadores
Manual para educadoresCre Educação
 
Apresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptx
Apresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptxApresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptx
Apresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptxProfCibellePires
 
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdfEducação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdfJoão Paulo Freire
 
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdfcaderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdfTicianeAndrade6
 
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdfcaderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdfTicianeAndrade5
 
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...Franklin Arisson Rodrigues dos Santos
 
Plano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensino
Plano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensinoPlano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensino
Plano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensinoRobson Peixoto
 
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...Maria José Brollo
 
Apresentacao Encea Enraizadores
Apresentacao Encea EnraizadoresApresentacao Encea Enraizadores
Apresentacao Encea EnraizadoresRicardo Ferrao
 
EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...
EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...
EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...Diego Rocha
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação92560375
 
Parametros eduinfparinfestencarte
Parametros eduinfparinfestencarteParametros eduinfparinfestencarte
Parametros eduinfparinfestencartejaqueegervasio
 

Similar to Plano de accao para a seguranca infantil em portugal (20)

Manual para educadores
Manual para educadoresManual para educadores
Manual para educadores
 
Manual para educadores
Manual para educadoresManual para educadores
Manual para educadores
 
Apresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptx
Apresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptxApresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptx
Apresentação - PPIE - Plano de Ação_101022 (1).pptx
 
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdfEducação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
Educação para a Segurança e Prevenção de Riscos na Escola.pdf
 
material.pdf
material.pdfmaterial.pdf
material.pdf
 
Eci pt[1]
Eci pt[1]Eci pt[1]
Eci pt[1]
 
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdfcaderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
 
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdfcaderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
caderno_tecnico_programa_primeira_infancia_v1.pdf
 
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
Programa de Comportamento Seguro Aplicado em Escola Profissionalizante. Capac...
 
Plano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensino
Plano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensinoPlano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensino
Plano de prevencao_e_emergencia_para_estabelecimentos_de_ensino
 
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
A REDUÇÃO DOS RISCOS DE DESASTRES COMEÇA NA ESCOLA: ESTUDO DE CASO EM CAMPOS ...
 
Palestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SP
Palestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SPPalestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SP
Palestrante Tenente-Coronel PM Walter Nyakas - CEDEC/SP
 
Apresentacao Encea Enraizadores
Apresentacao Encea EnraizadoresApresentacao Encea Enraizadores
Apresentacao Encea Enraizadores
 
Apresentacao C B U C
Apresentacao  C B U CApresentacao  C B U C
Apresentacao C B U C
 
EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...
EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...
EDUCAÇÃO EM DEFESA CIVIL E PROTEÇÃO COMUNITÁRIA – CONSTRUINDO CIDADES RESILIE...
 
Apresentacao para Unicef julho 6 2011
Apresentacao para Unicef julho 6 2011 Apresentacao para Unicef julho 6 2011
Apresentacao para Unicef julho 6 2011
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
Parametros eduinfparinfestencarte
Parametros eduinfparinfestencarteParametros eduinfparinfestencarte
Parametros eduinfparinfestencarte
 
Acesso aberto como ferramenta para o empoderamento do paciente
Acesso aberto como ferramenta para o empoderamento do pacienteAcesso aberto como ferramenta para o empoderamento do paciente
Acesso aberto como ferramenta para o empoderamento do paciente
 
29 09 09_artigo_6
29 09 09_artigo_629 09 09_artigo_6
29 09 09_artigo_6
 

More from uccarcozelo

Licença de maternidade
Licença de maternidadeLicença de maternidade
Licença de maternidadeuccarcozelo
 
Espaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abril
Espaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abrilEspaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abril
Espaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abriluccarcozelo
 
Ecci guia da rede nacional de cuidados continuados integrados
Ecci   guia da rede nacional de cuidados continuados integradosEcci   guia da rede nacional de cuidados continuados integrados
Ecci guia da rede nacional de cuidados continuados integradosuccarcozelo
 
Ecci decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006
Ecci   decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006Ecci   decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006
Ecci decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006uccarcozelo
 
Ecci decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008
Ecci   decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008Ecci   decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008
Ecci decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008uccarcozelo
 
Cuidados continuados nos csp carteira de servicos
Cuidados continuados nos csp carteira de servicosCuidados continuados nos csp carteira de servicos
Cuidados continuados nos csp carteira de servicosuccarcozelo
 
Portaria 1451 2001 de 22 de dezembro
Portaria 1451 2001 de 22 de dezembroPortaria 1451 2001 de 22 de dezembro
Portaria 1451 2001 de 22 de dezembrouccarcozelo
 
Portaria 193 99 de 23 de março
Portaria 193 99 de 23 de marçoPortaria 193 99 de 23 de março
Portaria 193 99 de 23 de marçouccarcozelo
 
Lei nº 141 99 de 28 de agosto
Lei nº 141 99 de 28 de agostoLei nº 141 99 de 28 de agosto
Lei nº 141 99 de 28 de agostouccarcozelo
 
Lei 45 2004 de 19 de agosto
Lei 45 2004 de 19 de agostoLei 45 2004 de 19 de agosto
Lei 45 2004 de 19 de agostouccarcozelo
 
Dl 11 1998 de 24 de janeiro
Dl 11 1998 de 24 de janeiroDl 11 1998 de 24 de janeiro
Dl 11 1998 de 24 de janeirouccarcozelo
 
Dl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembroDl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembrouccarcozelo
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosauccarcozelo
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosauccarcozelo
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosauccarcozelo
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosauccarcozelo
 
Dl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembroDl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembrouccarcozelo
 
Legislação 2011
Legislação 2011Legislação 2011
Legislação 2011uccarcozelo
 

More from uccarcozelo (20)

Licença de maternidade
Licença de maternidadeLicença de maternidade
Licença de maternidade
 
Espaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abril
Espaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abrilEspaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abril
Espaço ao cuidador decreto lei n 60 de 2003 de 1 de abril
 
Ecci guia da rede nacional de cuidados continuados integrados
Ecci   guia da rede nacional de cuidados continuados integradosEcci   guia da rede nacional de cuidados continuados integrados
Ecci guia da rede nacional de cuidados continuados integrados
 
Ecci decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006
Ecci   decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006Ecci   decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006
Ecci decreto lei 101 de 2006 de 6 de junho de 2006
 
Ecci decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008
Ecci   decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008Ecci   decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008
Ecci decreto lei 28 de 2008 de 22 fevereiro 2008
 
Cuidados continuados nos csp carteira de servicos
Cuidados continuados nos csp carteira de servicosCuidados continuados nos csp carteira de servicos
Cuidados continuados nos csp carteira de servicos
 
Portaria 1451 2001 de 22 de dezembro
Portaria 1451 2001 de 22 de dezembroPortaria 1451 2001 de 22 de dezembro
Portaria 1451 2001 de 22 de dezembro
 
Portaria 193 99 de 23 de março
Portaria 193 99 de 23 de marçoPortaria 193 99 de 23 de março
Portaria 193 99 de 23 de março
 
Lei nº 141 99 de 28 de agosto
Lei nº 141 99 de 28 de agostoLei nº 141 99 de 28 de agosto
Lei nº 141 99 de 28 de agosto
 
Lei 45 2004 de 19 de agosto
Lei 45 2004 de 19 de agostoLei 45 2004 de 19 de agosto
Lei 45 2004 de 19 de agosto
 
Dl 113 2002
Dl 113 2002Dl 113 2002
Dl 113 2002
 
Dl 11 1998 de 24 de janeiro
Dl 11 1998 de 24 de janeiroDl 11 1998 de 24 de janeiro
Dl 11 1998 de 24 de janeiro
 
Dl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembroDl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembro
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosa
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosa
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosa
 
Controlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosaControlo dor na pessoa idosa
Controlo dor na pessoa idosa
 
Intervencao ucc
Intervencao uccIntervencao ucc
Intervencao ucc
 
Dl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembroDl nº 411 98 de 30 de dezembro
Dl nº 411 98 de 30 de dezembro
 
Legislação 2011
Legislação 2011Legislação 2011
Legislação 2011
 

Plano de accao para a seguranca infantil em portugal

  • 1. Plano de Acção para a Segurança Infantil em Portugal Coordenação: Co-financiamento: Apoio: I – Enquadramento O Plano de Acção para a Segurança Infantil (PASI) é um projecto Europeu coordenado pela Aliança Europeia de Segurança Infantil (ECSA) sob orientação de uma Comissão de Especialistas constituída por representantes da Organização Mundial da Saúde, da Associação Europeia de Saúde Pública, da UNICEF e das Universidades de Keele e West of England (Reino Unido) e que conta com apoio financeiro parcial da Comissão Europeia. Envolve 18 países, incluindo Portugal, com o objectivo de coordenar, harmonizar e integrar políticas e acções necessárias ao desenvolvimento de um programa de acção nacional para a prevenção e controle de traumatismos e lesões não intencionais nas crianças e jovens. Este projecto teve início em Outubro de 2004 e, em Portugal, é coordenado pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI). A primeira fase teve duas componentes principais: envolvimento e compromisso do Governo com o projecto de forma a que fosse assumido como política de segurança infantil do País e análise da situação portuguesa na área da segurança infantil. De acordo com indicadores estabelecidos pela Comissão de Especialistas do CSAP, foi feito um levantamento relativo a infra-estruturas, capacidade e liderança existentes na área da prevenção de acidentes. Foram avaliadas seis áreas específicas: acidentes rodoviários (passageiros, peões e condutores), quedas, afogamento, queimaduras, intoxicação e asfixia. Os dados recolhidos foram avaliados pela Comissão de Especialistas do CSAP o que permitiu traçar um perfil do nosso País, que constituirá a linha orientadora das estratégias a desenvolver. No final de 2005, a Direcção Geral de Saúde reconheceu a importância e pertinência do PASI, integrado no Programa Nacional de Prevenção de Acidentes (em desenvolvimento na DGS), dando execução ao Plano Nacional de Saúde, no qual os traumatismos e lesões são considerados área de relevo. Assim, a partir de Fevereiro de 2006, a Direcção Geral de Saúde tornou-se parceira efectiva do PASI através de um apoio financeiro parcial para a coordenação do projecto para além do envolvimento de alguns técnicos na sua elaboração. Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 1/5
  • 2. O ponto de partida para a criação duma plataforma de trabalho multidisciplinar foi um Workshop no dia 21 de Novembro de 2006, organizado com o apoio do Alto Comissariado da Saúde (responsável pela coordenação do PNS) e que contou com a presença da Directora da Aliança Europeia de Segurança Infantil para além de cerca de 50 profissionais das mais diversas instituições. Entre elas, mais de 5 Ministérios estiveram representados. Tendo em conta a transversalidade desta área de intervenção, um dos factores de sucesso do PASI será a diversidade dos intervenientes na sua elaboração a fim de desenvolver o sentido de pertença, responsabilidade e compromisso de cada um para a sua execução. Com este Workshop inicial, pretendeu-se dar início ao desenvolvimento desses vínculos com o projecto, bem como fazer uma análise da situação e identificar outros recursos para o desenvolvimento e implementação do PASI em Portugal. Ao longo do primeiro semestre de 2007, tiveram lugar diversas reuniões, com intenso trabalho electrónico entre elas, e foi-se elaborando um documento de trabalho no qual se definiu a visão e as áreas prioritárias de intervenção. Para cada uma delas, foi criado um grupo de trabalho responsável pelo estabelecimento de metas e objectivos. Participaram neste projecto, até Setembro de 2007, mais de 54 instituições diferentes, entre organismos do estado, organizações da sociedade civil nacionais e internacionais, universidades e outras. Todo este trabalho deu origem a um documento de trabalho, cuja última versão foi circulada em Julho, com recepção de comentários até Setembro. Actualmente o Plano de Acção para a Segurança Infantil em Portugal está temporariamente suspenso por não haver financiamento. A 20 de Novembro foi apresentado publicamente o Relatório de Avaliação de Segurança Infantil e o Perfil de Segurança Infantil em Portugal (2006). A apresentação destes dados tem como objectivo dar a conhecer o estado actual de diferentes áreas da segurança infantil em Portugal e sensibilizar o Governo para a urgência em estabelecer um compromisso na área de segurança infantil. II – Documento de trabalho sobre o Plano de Acção para a Segurança Infantil – Resumo 1 - Visão Conhecer os riscos, Criar ambientes seguros, Minimizar os acidentes Fundamentação: “Conhecer os riscos” relaciona-se com a necessidade de obter informação (estatística), mas também com as necessidades de formação académica e profissional bem como com a educação pública, de forma a aumentar a capacidade de lidar com o risco e de adoptar estratégias para a prevenção de traumatismos e lesões. A palavra risco foi seleccionada por ser considerado um termo inclusivo: é bem conhecido e utilizado em diferentes ambientes o que foi considerado útil para gerar reconhecimento e assim, ajudar a envolver os diversos sectores da comunidade (o risco na indústria, o risco ocupacional, o risco organizacional, o risco ambiental, são expressões bem conhecidas o que facilita a identificação das pessoas com o PASI). “Criar ambientes seguros” pretende dar um sinal de pró-actividade e da necessidade de envolvimento de todos; além disso, pretende abranger os diversos ambientes que as crianças frequentam diariamente (rodoviário, casa, escola, …) e nos quais deverão ter a oportunidade de se movimentarem com autonomia sem riscos inaceitáveis criados pelo ambiente (ambientes construídos mas também os que são criados pela organização do espaço e ainda os ambientes naturais no qual o homem possa ter alguma intervenção aceitável). A filosofia adoptada enquadra-se no conceito do programa da UNICEF “cidades amigas das crianças”. “Minimizar os acidentes” pretende referir-se à redução do impacto das lesões acidentais, nomeadamente ao nível da mortalidade por lesões não intencionais, mas também da morbilidade e incapacidades relacionadas com os acidentes. Assim, quer-se diminuir o número de acidentes, mas também a gravidade das suas consequências (agir antes do acontecimento para evitar o acidente; agir antecipando o que acontece no momento do acidente de forma a limitar os danos/prejuízo; agir após o acidente, rápida e eficazmente de forma a reduzir os danos já causados, ou impedir que aumentem/piorem). Prazo: 2015 (com sub-metas ou objectivos específicos até 2010, de acordo com PNS) Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 2/5
  • 3. 2 - Áreas de intervenção prioritárias e metas Foram identificadas 7 áreas de intervenção prioritárias A) Sistema de informação integrado – Dificuldade de acesso a dados que suportem o planeamento estratégico, a avaliação e a monitorização de medidas de segurança infantil Meta: Integrar e disponibilizar a informação sobre traumatismos com celeridade e de forma a permitir a análise, a monitorização, a avaliação e o planeamento das acções de prevenção B) Formação académica e profissional Meta 1: Criar uma rede de profissionais de diversos sectores com ligação à criança e vida familiar com competência para incluir e utilizar de forma regular no seu dia a dia profissional, estratégias eficazes relacionadas com a segurança infantil e prevenção de acidentes (a confirmar) Meta 2: Aumentar os conhecimentos das crianças e jovens para a redução do número de acidentes e das suas consequências. C) Traumatismos cranio-encefálicos e vertebro-medulares Meta: Reduzir o número e a gravidade dos TCE e TVM bem como as suas consequências a nível individual, familiar e social D) Segurança nos Espaços de Turismo e Lazer Meta 1: Requalificar os espaços de turismo e lazer numa lógica de gestão do risco de forma a permitir uma utilização mais autónoma pelas crianças e jovens Meta 2: Criação de planos concelhios para a prevenção do afogamento e outros acidentes relacionados com o meio aquático E) Acidentes dos 0 aos 4 anos em ambiente doméstico / familiar Meta: Reduzir o número e a gravidade dos acidentes domésticos em crianças dos 0 aos 4 anos F) Segurança nos espaços exteriores e envolvente dos espaços educativos / escolares Meta 1: Requalificar os espaços exteriores das escolas de forma a promover a sua qualidade e a reduzir o número e a gravidade das lesões em recreios, campos de jogos e outras áreas exteriores dentro do recinto escolar Meta 2: Implementar a utilização sistemática de processos de gestão de risco de forma a aumentar a segurança do espaço escolar, peri-escolar e das actividades pedagógicas / educativas fora da escola G) Segurança dos Ambientes construídos e sua envolvente (inclui critérios para manutenção) Meta 1: Difundir e implementar a nível nacional critérios de segurança que permitam reduzir o número e a gravidade de acidentes relacionados com elementos e espaços construídos Meta 2: Difundir e implementar critérios mínimos para uma rede viária segura nas ligações casa-escola-lazer (para peões, passageiros, ciclistas,...) 3 – Áreas de Intervenção Transversais Foram consideradas 4 áreas transversais a serem abordadas dentro de cada área prioritária: - A segurança rodoviária nas suas diversas vertentes - A segurança de produtos e serviços - A informação ao público e campanhas (definição de necessidades e implementação) - A identificação de necessidades de formação e eventual definição de conteúdos programáticos. Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 3/5
  • 4. 3 - Instituições e Entidades Participantes Participaram neste projecto, até Setembro de 2007, entre organismos do estado, organizações da sociedade civil nacionais e internacionais, universidades e outras: • European Child Safety Alliance • Norwegian Safety Forum • Directorate for Health and Social Affairs – Norway • Administração Central - Direcção Geral das Autarquias Locais • Conselho de Ministros - Instituto Nacional de Estatística • Ministério da Saúde – Direcção Geral da Saúde • Ministério da Saúde – Alto Comissariado da Saúde • Ministério da Saúde – INSA/ Observatório Nacional de Saúde • Ministério da Saúde – Centros Regionais de Saúde Pública do Norte, Centro, Alentejo e Algarve • Ministério do Saúde – Centro de Informação Anti-venenos Dr.ª Arlinda Borges • Ministério da Saúde – Inspecção-geral da Saúde • Ministério da Saúde – INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica • Ministério da Justiça – Provedoria da Justiça • Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Universidade Minho – Instituto de Estudos da Criança • Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Universidade de Aveiro • Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Instituto Superior Técnico • Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Escola Nacional de Saúde Pública • Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Instituto Nacional para a Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho • Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Direcção Geral da Segurança Social • Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Instituto de Segurança Social, IP • Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social – Instituto Nacional para a Reabilitação • Ministério da Administração Interna – Polícia Segurança Pública – Projecto Escola Segura • Ministério da Administração Interna – Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária • Ministério da Administração Interna – Prevenção Rodoviária Portuguesa • Ministério da Administração Interna – Observatório de Segurança Rodoviária • Ministério da Economia e da Inovação – Autoridade Segurança Alimentar e Económica • Ministério da Economia e da Inovação – Direcção Geral do Consumidor • Ministério da Economia e da Inovação – Direcção Regional de Economia do Centro • Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional – Instituto do Ambiente • Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional – Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano • Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional – Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana • Ministério da Educação – Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo • Ministério da Educação – Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular • Ministério Educação – Equipa de Missão para a Segurança • Secretaria do Estado da Juventude e do Desporto – Instituto do Desporto de Portugal • Unicef – Comité Português para a UNICEF • Associação para a Promoção da Segurança Infantil – APSI • Associação Nacional de Municípios Portugueses • Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis • Associação Portuguesa de Apoio à Vítima • Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários • Grupo Habitar – Associação Portuguesa para a Promoção da Qualidade Habitacional • A Nossa Âncora • Associação de Profissionais de Piscinas • Cruz Vermelha Portuguesa Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 4/5
  • 5. Liga Portuguesa de Deficientes Motores • Liga Portuguesa de Bombeiros • Instituto de Apoio à Criança – SOS Criança • Plataforma Saúde em Diálogo • Sociedade Portuguesa de Pediatria • União das Misericórdias Portuguesas • Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – Escola Superior de Alcoitão • Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – Centro de Medicina e de Reabilitação do Alcoitão • CONFAP - Confederação Nacional das Associações de Pais • 1 Consultora de toxicologia • 2 Neuropsicólogas • 1 Estudante Faculdade Arquitectura Plano de Acção para a Segurança Infantil, Portugal – Ponto da situação Dezembro 2007 – www.apsi.org.pt – p. 5/5