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RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E
OS OUTROS
Prof. Me. Michael Marques
RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E OS OUTROS
CULTURA
Complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a
lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões
adquiridos pelo ser humano não somente em família, como
também por fazer parte de uma sociedade da qual somos
membros.
A cultura na sociologia representa o conjunto de saberes e
tradições. Estes são produzidos pela interação social entre
indivíduos de uma comunidade ou sociedade.
A partir das necessidades humanas vão sendo moldados e
criados padrões e comportamentos que geram uma
determinada estrutura e organização social.
RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E OS OUTROS
IDENTIDADE
Com origem na filosofia, utiliza-se este conceito para
descrever algo que é diferente dos demais, porém idêntico
a si mesmo.
A construção de identidades vale-se da matéria-prima
fornecida pela história, geografia, biologia, instituições
produtivas, pela memória coletiva e por fantasias pessoais,
pelos aparatos de poder e revelações de cunho religioso.
Porém, todos os materiais são processados pelos
indivíduos, grupos sociais e sociedades, que organizam seu
significados em função de tendências em sua estrutura
social e bem como em sua visão tempo/espaço. (CASTELLS,
2002, p. 23)
RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E OS
OUTROS
O racismo é sempre estrutural, ou seja, de que ele
é um elemento que integra a organização
econômica e política da sociedade. Em suma, o
que queremos explicitar é que o racismo é a
manifestação normal de uma sociedade, e não um
fenômeno patológico ou que expressa algum tipo
de anormalidade. O racismo fornece o sentido, a
lógica e a tecnologia para a reprodução das
formas de desigualdade e violência que moldam a
vida social contemporânea. (Almeida, 2019)
Racismo no Brasil
“ O Racismo em nossa sociedade se dá de um modo muito
especial: ele se afirma através da sua própria negação. Por
isso dizemos que vivemos no Brasil um racismo ambíguo, o
qual se apresenta, muito diferente de outros contextos onde
esse fenômeno acontece. O racismo no Brasil é alicerçado em
uma constante contradição. A sociedade brasileira sempre
negou insistentemente a existência do racismo e do
preconceito racial mas no entanto as pesquisas atestam que,
no cotidiano, nas relações de gênero, no mercado de
trabalho, na educação básica e na universidade os negros
ainda são discriminados e vivem uma situação de profunda
desigualdade racial, quando comparados com outros
segmentos étnico-raciais do pais. (Por Nilma Lino Gomes)
•
Etmologia da Palavra Raça
“Etmologicamente, o conceito de raça veio do italiano razza,
que por sua vez veio do latim ratio, que significa sorte,
categoria, espécie. Na história das ciências naturais, o
conceito de raça foi primeiramente usado na Zoologia e na
Botânica para classificar as espécies animais e vegetais.
Como a maioria dos conceitos, o de raça tem seu tempo
semântico e uma dimensão temporal e espacial”
•Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP)
Conceito de Etnia
“Um grupo social cuja indentidade se define
pela
comunidade de língua, pela cultura, tradições,
monumentos históricos e territórios.”( Por Eliana de
Oliveira)
“ O conteúdo da raça é morfo-biólogico e o da etnia é sócio-
cultural, histórico e psicológico. Um conjunto populacional
dito raça “branca”, “negra” e “amarela”, pode conter em
seu seio diversas etnias. Uma etnia é um conjunto de
indivíduos que, histórica ou mitologicamente, têm um
ancestral comum; têm uma língua em comum, uma mesma
religião ou cosmovisão; uma mesma cultura e moram
geograficamente num mesmo território.” (Por Prof.Dr.
Kabengele Munanga (USP)
Preconceito
“ É um julgamento formulado sobre uma pessoa, grupo de
indivíduos ou povo que ainda não se conhece ou não
compreendemos. É um dado universal, ligado à psicologia
humana, um dado inerente a todas as culturas e a todas
civilizações”
Preconceito Racial: ‘Simplesmente uma disposição afetiva
imaginária ligada aos estereótipos étnicos, uma atitude,
uma opinião que pode ser verbalizada ou não, que pode se
tornar uma crença’’ (Por Eliana de Oliveira)
*O Preconceito seria a materialização do estereótipo – são
próximos porque o preconceito é apoiado pelo
estereótipo .
RACISMO NO CAMPO ESCOLAR
Qual nossa
interpretação de
educação hoje?
RACISMO NO CAMPO ESCOLAR
Educar não é apenas qualificar para o
emprego, nem arte é apenas adorno que
aguça a sensibilidade. Há uma dimensão
humana que, sem educação e cultura, nada
agrega como experiência coletiva nem
alcança a plenitude como experiência
individual capaz de discernir e ser livre para
escolher. E, sem isso, não podemos dizer
que somos realmente humanos. (ARAÚJO,
2005, p. 56)
REDISCUTINDO DEFNIÇÕES
a ideia de que o negro não tem problemas; a ideia de que por
conta da índole do povo brasileiro não existem distinções
raciais; a ideia de que houve igualdade no acesso à riqueza,
ao poder e ao prestígio; a ideia de que o „preto está
satisfeito‟; a ideia de que não existiu, nem existem
problemas de justiça social com referência ao negro.
(FERNANDES, 2007, p. 20)
Chegou-se a acreditar em teorias que diziam que povos que
nascem abaixo da linha do equador seriam preguiçosos,
porque “cientificamente” estava “comprovado” que o
sangue engrossava devido ao calor e, por isso, não chegava
a grandes quantidades à cabeça, o que evidenciava a
indolência e a preguiça, bem como a desinteligência.
(SOUZA, 1983, p.)
REDISCUTINDO DEFNIÇÕES
A experiência da alteridade (e a elaboração dessa experiência)
leva-nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido imaginar,
dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é
habitual, familiar, cotidiano, e que consideramos „evidente‟.
Aos poucos, notamos que o menor dos nossos
comportamentos (gestos, mímicas, posturas, reações afetivas)
não tem realmente nada de „natural‟. Começamos, então, a
nos surpreender com aquilo que diz respeito a nós mesmo, a
nos espiar. O conhecimento antropológico da nossa cultura
passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas;
e devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura
possível entre tanta outras, mas não a única. (LAPLANTINE,
2000, p. 21)
Quanto aos dados referentes à cor (raça) dos alunos teve-
se que:
a) 18% das alunas se declararam brancas
b) 8% dos alunos se declararam brancos
c) 1% das alunas se declararam clara
d) 1% dos alunos se declararam escuro
e) 18% das alunas se declararam morenas
f) 16% das alunas se declararam morena clara
g) 18% dos alunos se declararam moreno
h) 4% dos alunos se declararam moreno claro
i) 1% dos alunos se declararam moreno pardo
j) 1% dos alunos se declararam mulato
k) 7% das alunas se declararam pardas
l) 10% dos alunos se declararam pardos
m) 1% das alunas de declararam morena
bronzeada
A IDEIA DO RACISMO
“Estamos entrando no terceiro milênio carregando
o saldo negativo de um racismo elaborado no fim
do século XVIII aos meados do século XIX. A
consciência política reivindicativa das vítimas do
racismo nas sociedades contemporâneas está
cada vez mais crescente, o que comprova que as
práticas racistas não recuaram.” (Por Prof.Dr.
Kabengele Munanga – USP)
Referências Bibliográficas
SAPEDE.T.C.Racismo e Dominação Psíquica em Frantz Fanon – Dossiê – II Semináro Sankofa –
GOMES,Nilma Lino.Alguns Termos e Conceitos Presentes no Debate Sobre Relações Raciais no Brasil: Uma
Breve Discussão
ROCHA,Luiz..Políticas Afirmativas e Educação: A lei 10639/03 no contexto das Políticas Educacionais no
Brasil Comtemporâneo. Dissertação(Curso de Mestrado em Educação e Trabalho)
Universidade do Paraná, Curitiba.2006
HANDERSON.D.J. A Força das Palavras: Preconceito, Discriminação e Racismo,Universidade de Pelotas,
Centro de Educação Aberta e a Distância, Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-
Raciais.
RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – Racismo, pobreza e violência. PNDU – Brasil 2005.
IANNI,Octavio. A Dialética das Relações Raciais
MUNANGA,Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e
etnia,Inclusão Social, um debate necessário?- https://ufmg.br/inclusaosocial
BANTON,Michael. A Ideia de Raça, trad.de Antônio Marques Bessa, Livraria martins fontes, São
Paulo,1977.
INSTITUTO AMMA PSIQUE E NEGRITUDE. Os Efeitos Psicossociais do Racismo.ed.Imprensa Oficial,São
Paulo 2008.
História da África E Diáspora Africana nas Américas do Coletivo Fanon.
http://coletivofanon.blogspot.com
CARDOSO, Codo. O que é alienação. Coleção primeiros passos, Editora Brasiliense, São
Paulo, 2004.CHAUI, Marilena. O que é ideologia. Coleção primeiros passos, Editora
Brasiliense, São Paulo, 1995. Everardo, Rocha. O que é etnocentrismo. Coleção primeiros
passos, Editora Brasiliense, São Paulo, 2003. FERNANDES, Florestan. O negro no mundo
dos brancos. 2 ed. São Paulo: Global, 2007. LAPLANTINE, François Aprender
Antropologia. 9ª edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1996 OLIVEIRA, Luiz Fernandes
de e COSTA, Ricardo Cesar Rocha. Sociologia para Jovens do século XXI. Editora: Ao
Livro Técnico, São Paulo, 2007 PAIXÃO, Marcelo. A dialética do bom aluno: relações
sociais e o sistema educacional brasileiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008 PINHO, V.
A. Relações raciais no cotidiano escolar: percepções de professores de educação física
sobre alunos negros. Coleção Educação e Relações Raciais, V. 9. Cuiabá: Ed. UFMT,
2007 SOUZA, Neuza Santos. Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro
brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983 VALLE SILVA, N. O
preço da cor: diferenciais raciais na distribuição da renda no Brasil. Pesquisa e
Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 21-44, abr. 1980

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  • 1. RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E OS OUTROS Prof. Me. Michael Marques
  • 2. RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E OS OUTROS CULTURA Complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual somos membros. A cultura na sociologia representa o conjunto de saberes e tradições. Estes são produzidos pela interação social entre indivíduos de uma comunidade ou sociedade. A partir das necessidades humanas vão sendo moldados e criados padrões e comportamentos que geram uma determinada estrutura e organização social.
  • 3.
  • 4. RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E OS OUTROS IDENTIDADE Com origem na filosofia, utiliza-se este conceito para descrever algo que é diferente dos demais, porém idêntico a si mesmo. A construção de identidades vale-se da matéria-prima fornecida pela história, geografia, biologia, instituições produtivas, pela memória coletiva e por fantasias pessoais, pelos aparatos de poder e revelações de cunho religioso. Porém, todos os materiais são processados pelos indivíduos, grupos sociais e sociedades, que organizam seu significados em função de tendências em sua estrutura social e bem como em sua visão tempo/espaço. (CASTELLS, 2002, p. 23)
  • 5.
  • 6. RACISMO, PRECONCEITO, DISCRIMINÃÇÃO: EU, NÓS E OS OUTROS O racismo é sempre estrutural, ou seja, de que ele é um elemento que integra a organização econômica e política da sociedade. Em suma, o que queremos explicitar é que o racismo é a manifestação normal de uma sociedade, e não um fenômeno patológico ou que expressa algum tipo de anormalidade. O racismo fornece o sentido, a lógica e a tecnologia para a reprodução das formas de desigualdade e violência que moldam a vida social contemporânea. (Almeida, 2019)
  • 7.
  • 8. Racismo no Brasil “ O Racismo em nossa sociedade se dá de um modo muito especial: ele se afirma através da sua própria negação. Por isso dizemos que vivemos no Brasil um racismo ambíguo, o qual se apresenta, muito diferente de outros contextos onde esse fenômeno acontece. O racismo no Brasil é alicerçado em uma constante contradição. A sociedade brasileira sempre negou insistentemente a existência do racismo e do preconceito racial mas no entanto as pesquisas atestam que, no cotidiano, nas relações de gênero, no mercado de trabalho, na educação básica e na universidade os negros ainda são discriminados e vivem uma situação de profunda desigualdade racial, quando comparados com outros segmentos étnico-raciais do pais. (Por Nilma Lino Gomes)
  • 9.
  • 10. Etmologia da Palavra Raça “Etmologicamente, o conceito de raça veio do italiano razza, que por sua vez veio do latim ratio, que significa sorte, categoria, espécie. Na história das ciências naturais, o conceito de raça foi primeiramente usado na Zoologia e na Botânica para classificar as espécies animais e vegetais. Como a maioria dos conceitos, o de raça tem seu tempo semântico e uma dimensão temporal e espacial” •Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP)
  • 11. Conceito de Etnia “Um grupo social cuja indentidade se define pela comunidade de língua, pela cultura, tradições, monumentos históricos e territórios.”( Por Eliana de Oliveira) “ O conteúdo da raça é morfo-biólogico e o da etnia é sócio- cultural, histórico e psicológico. Um conjunto populacional dito raça “branca”, “negra” e “amarela”, pode conter em seu seio diversas etnias. Uma etnia é um conjunto de indivíduos que, histórica ou mitologicamente, têm um ancestral comum; têm uma língua em comum, uma mesma religião ou cosmovisão; uma mesma cultura e moram geograficamente num mesmo território.” (Por Prof.Dr. Kabengele Munanga (USP)
  • 12.
  • 13. Preconceito “ É um julgamento formulado sobre uma pessoa, grupo de indivíduos ou povo que ainda não se conhece ou não compreendemos. É um dado universal, ligado à psicologia humana, um dado inerente a todas as culturas e a todas civilizações” Preconceito Racial: ‘Simplesmente uma disposição afetiva imaginária ligada aos estereótipos étnicos, uma atitude, uma opinião que pode ser verbalizada ou não, que pode se tornar uma crença’’ (Por Eliana de Oliveira) *O Preconceito seria a materialização do estereótipo – são próximos porque o preconceito é apoiado pelo estereótipo .
  • 14.
  • 15.
  • 16. RACISMO NO CAMPO ESCOLAR Qual nossa interpretação de educação hoje?
  • 17. RACISMO NO CAMPO ESCOLAR Educar não é apenas qualificar para o emprego, nem arte é apenas adorno que aguça a sensibilidade. Há uma dimensão humana que, sem educação e cultura, nada agrega como experiência coletiva nem alcança a plenitude como experiência individual capaz de discernir e ser livre para escolher. E, sem isso, não podemos dizer que somos realmente humanos. (ARAÚJO, 2005, p. 56)
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. REDISCUTINDO DEFNIÇÕES a ideia de que o negro não tem problemas; a ideia de que por conta da índole do povo brasileiro não existem distinções raciais; a ideia de que houve igualdade no acesso à riqueza, ao poder e ao prestígio; a ideia de que o „preto está satisfeito‟; a ideia de que não existiu, nem existem problemas de justiça social com referência ao negro. (FERNANDES, 2007, p. 20) Chegou-se a acreditar em teorias que diziam que povos que nascem abaixo da linha do equador seriam preguiçosos, porque “cientificamente” estava “comprovado” que o sangue engrossava devido ao calor e, por isso, não chegava a grandes quantidades à cabeça, o que evidenciava a indolência e a preguiça, bem como a desinteligência. (SOUZA, 1983, p.)
  • 22.
  • 23. REDISCUTINDO DEFNIÇÕES A experiência da alteridade (e a elaboração dessa experiência) leva-nos a ver aquilo que nem teríamos conseguido imaginar, dada a nossa dificuldade em fixar nossa atenção no que nos é habitual, familiar, cotidiano, e que consideramos „evidente‟. Aos poucos, notamos que o menor dos nossos comportamentos (gestos, mímicas, posturas, reações afetivas) não tem realmente nada de „natural‟. Começamos, então, a nos surpreender com aquilo que diz respeito a nós mesmo, a nos espiar. O conhecimento antropológico da nossa cultura passa inevitavelmente pelo conhecimento das outras culturas; e devemos especialmente reconhecer que somos uma cultura possível entre tanta outras, mas não a única. (LAPLANTINE, 2000, p. 21)
  • 24.
  • 25. Quanto aos dados referentes à cor (raça) dos alunos teve- se que: a) 18% das alunas se declararam brancas b) 8% dos alunos se declararam brancos c) 1% das alunas se declararam clara d) 1% dos alunos se declararam escuro e) 18% das alunas se declararam morenas f) 16% das alunas se declararam morena clara g) 18% dos alunos se declararam moreno h) 4% dos alunos se declararam moreno claro i) 1% dos alunos se declararam moreno pardo j) 1% dos alunos se declararam mulato k) 7% das alunas se declararam pardas l) 10% dos alunos se declararam pardos m) 1% das alunas de declararam morena bronzeada
  • 26.
  • 27.
  • 28. A IDEIA DO RACISMO “Estamos entrando no terceiro milênio carregando o saldo negativo de um racismo elaborado no fim do século XVIII aos meados do século XIX. A consciência política reivindicativa das vítimas do racismo nas sociedades contemporâneas está cada vez mais crescente, o que comprova que as práticas racistas não recuaram.” (Por Prof.Dr. Kabengele Munanga – USP)
  • 29.
  • 30. Referências Bibliográficas SAPEDE.T.C.Racismo e Dominação Psíquica em Frantz Fanon – Dossiê – II Semináro Sankofa – GOMES,Nilma Lino.Alguns Termos e Conceitos Presentes no Debate Sobre Relações Raciais no Brasil: Uma Breve Discussão ROCHA,Luiz..Políticas Afirmativas e Educação: A lei 10639/03 no contexto das Políticas Educacionais no Brasil Comtemporâneo. Dissertação(Curso de Mestrado em Educação e Trabalho) Universidade do Paraná, Curitiba.2006 HANDERSON.D.J. A Força das Palavras: Preconceito, Discriminação e Racismo,Universidade de Pelotas, Centro de Educação Aberta e a Distância, Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico- Raciais. RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – Racismo, pobreza e violência. PNDU – Brasil 2005. IANNI,Octavio. A Dialética das Relações Raciais MUNANGA,Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia,Inclusão Social, um debate necessário?- https://ufmg.br/inclusaosocial BANTON,Michael. A Ideia de Raça, trad.de Antônio Marques Bessa, Livraria martins fontes, São Paulo,1977. INSTITUTO AMMA PSIQUE E NEGRITUDE. Os Efeitos Psicossociais do Racismo.ed.Imprensa Oficial,São Paulo 2008. História da África E Diáspora Africana nas Américas do Coletivo Fanon. http://coletivofanon.blogspot.com
  • 31. CARDOSO, Codo. O que é alienação. Coleção primeiros passos, Editora Brasiliense, São Paulo, 2004.CHAUI, Marilena. O que é ideologia. Coleção primeiros passos, Editora Brasiliense, São Paulo, 1995. Everardo, Rocha. O que é etnocentrismo. Coleção primeiros passos, Editora Brasiliense, São Paulo, 2003. FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos. 2 ed. São Paulo: Global, 2007. LAPLANTINE, François Aprender Antropologia. 9ª edição. São Paulo, Editora Brasiliense, 1996 OLIVEIRA, Luiz Fernandes de e COSTA, Ricardo Cesar Rocha. Sociologia para Jovens do século XXI. Editora: Ao Livro Técnico, São Paulo, 2007 PAIXÃO, Marcelo. A dialética do bom aluno: relações sociais e o sistema educacional brasileiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008 PINHO, V. A. Relações raciais no cotidiano escolar: percepções de professores de educação física sobre alunos negros. Coleção Educação e Relações Raciais, V. 9. Cuiabá: Ed. UFMT, 2007 SOUZA, Neuza Santos. Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983 VALLE SILVA, N. O preço da cor: diferenciais raciais na distribuição da renda no Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 21-44, abr. 1980

Editor's Notes

  1. 08-12-2020 Camaronês Pierre Webó, da comissão técnica do time turco, acusa quarto árbitro romeno Sebastian Colţescu de ofensa racista, e atletas saem de campo. Partida é adiada. “você nunca diz "esse cara branco", você diz "esse cara". Então por que você está mencionando "cara preto"? Você tem que dizer "esse cara preto"? Por quê?!" — Demba Ba, ao quarto árbitro Sebastian Coltescu