SlideShare a Scribd company logo
1 of 16
 
O HOMEM Camões  viveu durante o séc. XVI, um período da história marcado por grandes alterações socioculturais.  Hoje a sua obra é mundialmente conhecida. Não se sabe muito acerca da sua vida; sabemos que nasceu por volta de  1524  e morreu em  1580 .
El Rei D. Sebastião Pensa-se que terá sido em Moçambique que terminou a epopeia, publicada em  1572 , com o apoio do rei  Dom Sebastião .
A ÉPOCA Para estudarmos melhor  Os Lusíadas   temos que compreender  a época em que de Camões viveu. No século XVI acontecem descobertas extraordinárias .  No campo das artes  Brunelleschi  é talvez o mais importante arquitecto dessa época e é um artista completo, pois também era pintor,  escultor , dominava conhecimentos matemáticos complexos e conhecia a poesia de  Dante .
A pintura renascentista inova com a introdução da perspectiva, o uso do claro-escuro, da tela e da tinta a óleo.  Botticelli ,  Leonardo Da Vinci ,  Michelângelo  e Rafael, são alguns dos mais importantes nomes desta altura.
Nesta época assistimos a um grande movimento cultural, de  ideias  e  científico , que se costuma sintetizar em três conceitos:  Humanismo ,  Renascimento  e  Classicismo .
Na  idade média  (até meados do séc. XV), a sociedade era regulada por ideias teocêntricas. O Humanismo vem recolocar o Homem no centro das atenções. Não se trata de uma rejeição de Deus, mas uma valorização do próprio Homem.  Camões é o exemplo de um humanista, um homem de “honesto estudo” e “longa experiência”. Na tentativa de dignificar o Homem, foi necessário desenvolver valores diferentes dos defendidos na Idade Média. É assim que surge o movimento chamado Renascimento: volta a seguir-se os princípios da cultura greco-latina.
Este sentimento de admiração pela Antiguidade Clássica, no fundo o desejo de imitar e superar os seus valores, chamamos a isso Classicismo. É nesta atmosfera que surgem  Os Lusíadas . Temos que ter em conta que epopeia constitui o mais elevado género cultivado pela Antiguidade Clássica.
A OBRA Uma epopeia é uma narrativa estruturada em verso que conta acontecimentos extraordinários de um herói ou de um povo e que têm interesse para a Humanidade. Os Lusíadas  são uma epopeia que segue um modelo clássico, sobretudo inspirado na  Eneida , de Virgílio. A epopeia escrita por Camões conta a história da descoberta do caminho marítimo para a Índia, em 1498.
ESTRUTURA INTERNA   Proposição (I, 1-3) O poeta diz em síntese que pretende cantar (enaltecer, celebrar, exaltar) : a)  “as armas e os barões assinados”, todos aqueles homens que descobriram, “Por mares nunca dantes navegados”, novas terras, “mais do que prometia a força humana”;  b)  “Daqueles reis que foram dilatando/ a Fé, o Império”, isto é, aqueles reis que contribuíram para o conhecimento da Fé cristã e alargamento do Império Português;
c)  “E aqueles que por obras valerosas” todos os que merecem o reconhecimento pelos feitos heróicos, jamais serão esquecidos, “Se vão da lei da morte libertando”. Na  3.ª estância  Camões afirma que a obra dos portugueses supera a de outros heróis da antiguidade, como Ulisses (“sábio Grego), herói da Odisseia, de Eneias (“Troiano” herói da Eneida; afirma inclusive que até os deuses “Neptuno e Marte” se submeteram à vontade do Povo Português.
Invocação (I, 4-5) Camões dirige-se às Tágides, ninfas do Tejo, pedindo-lhes ajuda para cantar os feitos gloriosos de uma forma grandiloquente e sublime (“Dai-me agora um som alto e sublimado, / um estilo grandíloco e corrente”).
Dedicatória (I, 6-18) A epopeia é dedicada ao rei Dom Sebastião. Ainda muito jovem era a esperança da pátria portuguesa.
Narração (I, 19 até ao fim) Estamos perante um narrador não participante, mas omnisciente e subjectivo, contando a partir daqui a viagem da descoberta do caminho marítimo para a  Índia  pelos navegadores portugueses, liderada por  Vasco da Gama . A narrativa segue o modelo da epopeia clássica –  in medias res . Os navegadores já se encontravam sensivelmente a meio da viagem “Já no largo oceano navegavam” quando se inicia a narração.
Estrutura Externa Dez cantos, num total de 1102 estâncias;  as estâncias são oitavas em verso decassílabo (heróico e sáfico);  a rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos ( abababcc )
Trajecto da Viagem de Vasco da Gama

More Related Content

What's hot

Analise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosaAnalise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosacnlx
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaLurdes Augusto
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresSermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresRenata Antunes
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. iameliapadrao
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardenteHelena Coutinho
 
Sermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IV
Sermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IVSermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IV
Sermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IVCristina Leitão
 
Resumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdfResumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdfLumaFigueiredo1
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoCatarina Castro
 
Cantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoCantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoGijasilvelitz 2
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Dina Baptista
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 
10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte ALurdes Augusto
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdiçãoSeduc/AM
 

What's hot (20)

Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
Analise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosaAnalise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosa
 
Amor De PerdiçãO
Amor De PerdiçãOAmor De PerdiçãO
Amor De PerdiçãO
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de Sousa
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
OS Lusíadas
OS LusíadasOS Lusíadas
OS Lusíadas
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresSermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
 
Sermão aos peixes cap. i
Sermão aos peixes   cap. iSermão aos peixes   cap. i
Sermão aos peixes cap. i
 
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Erros  meus, má fortuna, amor ardenteErros  meus, má fortuna, amor ardente
Erros meus, má fortuna, amor ardente
 
Sermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IV
Sermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IVSermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IV
Sermão de sto antónio aos peixes resumos capítulo I ao IV
 
Resumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdfResumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdf
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - Sermão
 
Cantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumoCantigas de amor -resumo
Cantigas de amor -resumo
 
Ricardo reis
Ricardo reisRicardo reis
Ricardo reis
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97
 
Antero de Quental.docx
Antero de Quental.docxAntero de Quental.docx
Antero de Quental.docx
 
10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A10ºano Luís de Camões - parte A
10ºano Luís de Camões - parte A
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 

Viewers also liked

Viewers also liked (20)

Os Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os LusíadasOs Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os Lusíadas
 
Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas Análise de Os Lusíadas
Análise de Os Lusíadas
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
 
Os lusíadas - Canto VII
Os lusíadas - Canto VIIOs lusíadas - Canto VII
Os lusíadas - Canto VII
 
Os lusiadas introdução
Os lusiadas introduçãoOs lusiadas introdução
Os lusiadas introdução
 
Mensagem & Os Lusíadas
Mensagem & Os LusíadasMensagem & Os Lusíadas
Mensagem & Os Lusíadas
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
3 ciclo leitura_autonoma(1)
3 ciclo leitura_autonoma(1)3 ciclo leitura_autonoma(1)
3 ciclo leitura_autonoma(1)
 
Heroísmo épico
Heroísmo épicoHeroísmo épico
Heroísmo épico
 
Heróis modernos
Heróis modernosHeróis modernos
Heróis modernos
 
Camões
CamõesCamões
Camões
 
Meu pai é meu herói!
Meu pai é meu herói!Meu pai é meu herói!
Meu pai é meu herói!
 
Lusiadas Estruturas
Lusiadas EstruturasLusiadas Estruturas
Lusiadas Estruturas
 
Parque Natural de Sintra-Cascais
Parque Natural de Sintra-CascaisParque Natural de Sintra-Cascais
Parque Natural de Sintra-Cascais
 
O Herói em cada um
O Herói em cada umO Herói em cada um
O Herói em cada um
 
Ficha - Partida das Naus
Ficha - Partida das NausFicha - Partida das Naus
Ficha - Partida das Naus
 
Tiradentes o mito do herói nacional
Tiradentes o mito do herói nacionalTiradentes o mito do herói nacional
Tiradentes o mito do herói nacional
 
Os lusíadas – canto vii
Os lusíadas – canto viiOs lusíadas – canto vii
Os lusíadas – canto vii
 
Criação de personagens: Arquétipos e Jornada do Herói
Criação de personagens: Arquétipos e Jornada do HeróiCriação de personagens: Arquétipos e Jornada do Herói
Criação de personagens: Arquétipos e Jornada do Herói
 
Os Lusíadas de Luís de Camões
Os Lusíadas de Luís de CamõesOs Lusíadas de Luís de Camões
Os Lusíadas de Luís de Camões
 

Similar to Os LusíAdas HistóRia De Uma Viagem

Similar to Os LusíAdas HistóRia De Uma Viagem (20)

Oslusiadas contexto
Oslusiadas contextoOslusiadas contexto
Oslusiadas contexto
 
Cap06 classicismo
Cap06 classicismoCap06 classicismo
Cap06 classicismo
 
Ft21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos IntrodutoriosFt21 Lusiadas Textos Introdutorios
Ft21 Lusiadas Textos Introdutorios
 
Contexto de Os Lusíadas
Contexto de Os LusíadasContexto de Os Lusíadas
Contexto de Os Lusíadas
 
03 a producao cultural
03 a producao cultural03 a producao cultural
03 a producao cultural
 
classicismo Pablo kdabra.ppt
classicismo Pablo kdabra.pptclassicismo Pablo kdabra.ppt
classicismo Pablo kdabra.ppt
 
Luís de camões
Luís de camõesLuís de camões
Luís de camões
 
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURAliteratura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
 
Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013
Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013
Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013
 
3 120731130823-phpapp02
3 120731130823-phpapp023 120731130823-phpapp02
3 120731130823-phpapp02
 
camoes
camoescamoes
camoes
 
Camões - contextualização
Camões - contextualizaçãoCamões - contextualização
Camões - contextualização
 
Renascimento 2019ok
Renascimento 2019okRenascimento 2019ok
Renascimento 2019ok
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Renascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e CientíficoRenascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e Científico
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf
 
Aula classicismo
Aula classicismoAula classicismo
Aula classicismo
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 

Recently uploaded

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 

Recently uploaded (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 

Os LusíAdas HistóRia De Uma Viagem

  • 1.  
  • 2. O HOMEM Camões viveu durante o séc. XVI, um período da história marcado por grandes alterações socioculturais. Hoje a sua obra é mundialmente conhecida. Não se sabe muito acerca da sua vida; sabemos que nasceu por volta de 1524 e morreu em 1580 .
  • 3. El Rei D. Sebastião Pensa-se que terá sido em Moçambique que terminou a epopeia, publicada em 1572 , com o apoio do rei Dom Sebastião .
  • 4. A ÉPOCA Para estudarmos melhor Os Lusíadas temos que compreender a época em que de Camões viveu. No século XVI acontecem descobertas extraordinárias . No campo das artes Brunelleschi é talvez o mais importante arquitecto dessa época e é um artista completo, pois também era pintor, escultor , dominava conhecimentos matemáticos complexos e conhecia a poesia de Dante .
  • 5. A pintura renascentista inova com a introdução da perspectiva, o uso do claro-escuro, da tela e da tinta a óleo. Botticelli , Leonardo Da Vinci , Michelângelo e Rafael, são alguns dos mais importantes nomes desta altura.
  • 6. Nesta época assistimos a um grande movimento cultural, de ideias e científico , que se costuma sintetizar em três conceitos: Humanismo , Renascimento e Classicismo .
  • 7. Na idade média (até meados do séc. XV), a sociedade era regulada por ideias teocêntricas. O Humanismo vem recolocar o Homem no centro das atenções. Não se trata de uma rejeição de Deus, mas uma valorização do próprio Homem. Camões é o exemplo de um humanista, um homem de “honesto estudo” e “longa experiência”. Na tentativa de dignificar o Homem, foi necessário desenvolver valores diferentes dos defendidos na Idade Média. É assim que surge o movimento chamado Renascimento: volta a seguir-se os princípios da cultura greco-latina.
  • 8. Este sentimento de admiração pela Antiguidade Clássica, no fundo o desejo de imitar e superar os seus valores, chamamos a isso Classicismo. É nesta atmosfera que surgem Os Lusíadas . Temos que ter em conta que epopeia constitui o mais elevado género cultivado pela Antiguidade Clássica.
  • 9. A OBRA Uma epopeia é uma narrativa estruturada em verso que conta acontecimentos extraordinários de um herói ou de um povo e que têm interesse para a Humanidade. Os Lusíadas são uma epopeia que segue um modelo clássico, sobretudo inspirado na Eneida , de Virgílio. A epopeia escrita por Camões conta a história da descoberta do caminho marítimo para a Índia, em 1498.
  • 10. ESTRUTURA INTERNA   Proposição (I, 1-3) O poeta diz em síntese que pretende cantar (enaltecer, celebrar, exaltar) : a) “as armas e os barões assinados”, todos aqueles homens que descobriram, “Por mares nunca dantes navegados”, novas terras, “mais do que prometia a força humana”; b) “Daqueles reis que foram dilatando/ a Fé, o Império”, isto é, aqueles reis que contribuíram para o conhecimento da Fé cristã e alargamento do Império Português;
  • 11. c) “E aqueles que por obras valerosas” todos os que merecem o reconhecimento pelos feitos heróicos, jamais serão esquecidos, “Se vão da lei da morte libertando”. Na 3.ª estância Camões afirma que a obra dos portugueses supera a de outros heróis da antiguidade, como Ulisses (“sábio Grego), herói da Odisseia, de Eneias (“Troiano” herói da Eneida; afirma inclusive que até os deuses “Neptuno e Marte” se submeteram à vontade do Povo Português.
  • 12. Invocação (I, 4-5) Camões dirige-se às Tágides, ninfas do Tejo, pedindo-lhes ajuda para cantar os feitos gloriosos de uma forma grandiloquente e sublime (“Dai-me agora um som alto e sublimado, / um estilo grandíloco e corrente”).
  • 13. Dedicatória (I, 6-18) A epopeia é dedicada ao rei Dom Sebastião. Ainda muito jovem era a esperança da pátria portuguesa.
  • 14. Narração (I, 19 até ao fim) Estamos perante um narrador não participante, mas omnisciente e subjectivo, contando a partir daqui a viagem da descoberta do caminho marítimo para a Índia pelos navegadores portugueses, liderada por Vasco da Gama . A narrativa segue o modelo da epopeia clássica – in medias res . Os navegadores já se encontravam sensivelmente a meio da viagem “Já no largo oceano navegavam” quando se inicia a narração.
  • 15. Estrutura Externa Dez cantos, num total de 1102 estâncias; as estâncias são oitavas em verso decassílabo (heróico e sáfico); a rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos ( abababcc )
  • 16. Trajecto da Viagem de Vasco da Gama