SlideShare a Scribd company logo
1 of 19
“A arte da literatura renascentista”
O que é?
É uma época literária onde mostra o modo
renascentista de ver o mundo. Em portugual, começou em
1527, por Franscisco Sá de Miranda, que passou seis anos
na Itália, volta ao país e divulga novos conceitos de arte e
um novo ideal de poesia (conhecido como dolce stil
nuovo| doce estilo novo)
Franscisco Sá de
Miranda
Principais características
• “Imitação” dos modelos da Antiguidade Clássica greco-
romana
• Retomada da mitologia pagã e pela perfeição estética,
marcada pela pureza das formas
• Platão, Homero, Virgílio e outros mestres da
antiguidade servem de modelo, pois foram considerados
pelos classicistas como detentores dos ideais de
beleza
Principais características
Homero
• Humanistas e Italianizantes criaram novas formas
poéticas de inspiração clássica: soneto, ode, elegia,
écloga e epopéia (Histórias de Homero: Ilíada e
Odisséia)
• O classicismo, obviamente, era oposta à herança
medieval (os classicistas eram ligados ao
renascentismo), por isso, foi induzido à medida nova
(verbos decassílabos), já cultivados por Dante
Alighieri e Francesco Petrarca
Dante Alighieri Francesco petrarca
Principais características
• Os temas poéticos da época são:
 Reflexão moral
 Filosofia
 Política
 Lirismo Amoroso
A linguagem do Classicismo
A linguagem classicista é determinada pela
revolução cultural renascentista e suas características
temáticas e formais, como:
•A formação de campos lexicais (LEXICAL:
refere-se a linguagem léxica, ou seja, aos
dicionários de termos antigos e clássicos)
•A forte presença de adjetivos e de estruturação
de frases
Produção Literária
Luís Vaz de Camões
A vida de camões é muito duvidosa ainda. Sua
data de nascimento aproximada é de 1524. Frequentou
por um tempo a Universidade de Coimbra, foi militar no
norte da África, onde, num combate, perdeu o olho
direito.
Em 1553 foi exilado por 17 anos iniciando uma
longa jornada com a corte de D. João III, e foi morar nas
colônias portuguesas da África e Ásia |continua>>>>>
Continua>>>>> |
Voltou a portugal em 1570, após a morte de D.
João III. Nessa época, ele já terminou de escrever “Os
Lusíadas”, mas só foi publicado em 1572.
Morreu na miséria em 10 de junho de 1580, e foi
enterrado como indigente, em vala comum
Sua obra é composta de poesias líricas, uma poesia
épica, três peças para teatro e algumas cartas.
Luís Vaz de Camões
Luís Vaz de Camões
Os “líricos” de Camões
É Marcada por uma dualidade: ora os textos
são heranças da língua portuguesa, ou são enquadradas
no estilo novo do Renascimento
No próximo slide, as características da poesia lírica de
Camões>>>>>>>>
Luís Vaz de Camões
Características da poesia lírica
• Poesia tradicional: Herança das cantigas trovadorescas
aparece nas redondilhas. O mar, a fonte, a natureza surgem
constantemente em diálogos, lembrando das cantigas de
amigo, normalmente na terceira pessoa
Luís Vaz de Camões
CantigaCantiga
Cantiga alheira:
Na fonte está Lianor
Lavando a talha e chorando,
Às amigas perguntando:
-Vistes lá o meu amor?
VoltasVoltas
Posto o pensamento nele,
Porque a tudo o amor obriga,
Cantava, mas a cantiga
Eram suspiros por ele.
O seu desejo enganando,
Às amigas perguntando:
- Vistes lá o meu amor?
CAMÕES, Luís de. Rimas. Coimbra:
Atlântida, 1973
Luís Vaz de Camões
• As idéias platônicas em Camões: A filosofia de Platão
esteve presente na produção literária do Renascimento. Ele
concebia dois mundos:
Mundo sensível: As realidades concretas são simples
sombras ou reflexos dessa essência.
Mundo inteligível.
Luís Vaz de Camões
• O amor: o amor é visto como idéia e como manifestação de
carnalidade, onde Camões retrata a mulher amada tanto de forma
idealizada quanto de maneira mais concreta, cantando um amor
terreno, carnal, erótico. Tem um pouco do uso de antítese
•O “desconcerto do mundo” : Esse foi tema que pertubou muito o
autor. Está presente em poesias que tratam de injustiças, prêmio
para o mal e castigo para o bem, ambição e tentativa de guardar
bens que acabam no vazio da morte. Enfim, mostra o conflito
violento entre o ser e o dever ser.
A maior manifestação disso vem nas famosas redondilhas de “Ao
desconcerto do mundo, que diz: próx slide>>>>>>>>>
Luís Vaz de Camões
“Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos
E, para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de descontentamentos
Cuidado alcançar assim
O bem tão mal ordenado
Fui mau. Mas fui castigado
Assim que só para mim
Anda o mundo concertado”
CAMÕES, Luís de. Rimas. Coimbra:
Atlântida, 1973
Camões épico- Os
LusíadasNuma definição bem sucinta, levantaremos a seguir alguns aspectos fundamentais de Os
Lusíadas:
-Definição - Nas palavras de Antônio José Saraiva, “as epopéias são narrativas de
fundo histórico em que se registram poeticamente as tradições e os ideais de um grupo étnico sob a forma
de aventuras de um ou alguns heróis”.
-Título - A palavra lusíadas significa “lusitanos”,que nos anuncia a história heróica do
povo luso, em sua alma e ação.
-Herói - O herói do poema, não é Vasco da Gama, mas sim todo o povo português. O poeta
afirma que vai cantar “as armas e os barões assinalados” que navegaram “por mares nunca dantes
navegados”,ou seja, todo o povo português. Considerando o papel de Vasco da Gama no poema, podemos
afirmar que ele é o herói de Os Lusíadas, conciliando as duas idéias, podemos afirmar que o poema,
possui um herói coletivo(o povo) e um herói individual(Vasco da Gama).
-Tema - O poema deixa expresso o tema da epopéia nas duas primeiras estrofes: a glória
do povo navegador português, ou seja, os navegadores que conquistaram as Índias e edificaram o
Império Português no Oriente.
A estrutura de Os
lusíadasOs dez cantos do poema, dividem-se em cinco partes:
-Proposição - É a apresentação do poema, com destaque para o tema e o
herói.
-Invocação - O poeta pede inspiração às Tágides, ninfas do Rio Tejo, para
que lhe dêem um “engenho ardente” e “um som alto e sublimado, um estilo grandíloquo”,
ou seja, o absoluto domínio da arte poética.
-Dedicatória - O poema é dedicado a D. Sebastião, rei de Portugal à época
da publicação do poema.
-Narração - é a longa parte narrativa na qual o poeta desenvolve o tema
contando os episódios da viagem de Vasco da Gama e a história de Portugal.Ao narrar o
final da dinastia de Borgonha, temos o episódio de Inês de Castro, em que Camões
poetiza os amores da dama pelo príncipe D. Pedro.Transcrevemos, a seguir a estrofe 119
do canto lll, que representa o ponto alto do lirismo camoniano inserido na narrativa
épica.
“Tu, só tu, puro Amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga,
Deste causa á molesta morte sua,
Como se fora pérfida inimiga.
Se dizem, fero Amor, que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
É porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano.”
(CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas)
Amor: inicial maiúscula - é a personificação do sentimento
força crua: no sentido de ser cruel
morte sua: morte de Inês
fero: feroz
mitiga: acalma
aras: altares onde se praticavam sacrifícios
-Epílogo - É o fecho do poema; nele, o poeta mostra-se triste, abatido, desiludido
com a pátria, que não merece mais ser cantada:
Estrofe 145 do canto X
“No mais, Musa, no mais, que a lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se ascende o engenho,
Não dá a Pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza.”
(CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas).
Créditos da apresentação

More Related Content

What's hot (20)

Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013
Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013
Movimento Literário Classicismo em Portugal 1º ano D 2013
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
O renascimento ou classicismo 1º ano
O renascimento ou classicismo  1º anoO renascimento ou classicismo  1º ano
O renascimento ou classicismo 1º ano
 
Renascimento e Classicismo
Renascimento e ClassicismoRenascimento e Classicismo
Renascimento e Classicismo
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Classicismo[1]
Classicismo[1]Classicismo[1]
Classicismo[1]
 
Humanismo e Classicismo
Humanismo e ClassicismoHumanismo e Classicismo
Humanismo e Classicismo
 
Renascimento, Humanismo e Classicismo
Renascimento, Humanismo e ClassicismoRenascimento, Humanismo e Classicismo
Renascimento, Humanismo e Classicismo
 
Classicismo videoaula
Classicismo  videoaulaClassicismo  videoaula
Classicismo videoaula
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Cap06 classicismo
Cap06 classicismoCap06 classicismo
Cap06 classicismo
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Revisão literatura
Revisão   literaturaRevisão   literatura
Revisão literatura
 
Arcadismo[1]..
Arcadismo[1]..Arcadismo[1]..
Arcadismo[1]..
 
Classicismo / Renascimento
Classicismo / RenascimentoClassicismo / Renascimento
Classicismo / Renascimento
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Romantismo em Portugal
Romantismo em PortugalRomantismo em Portugal
Romantismo em Portugal
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Camões - contextualização
Camões - contextualizaçãoCamões - contextualização
Camões - contextualização
 

Viewers also liked

Viewers also liked (11)

Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Classicismo rev
Classicismo revClassicismo rev
Classicismo rev
 
Classicismo
Classicismo Classicismo
Classicismo
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Quinhentismo-Humanismo
Quinhentismo-HumanismoQuinhentismo-Humanismo
Quinhentismo-Humanismo
 
Desertificação 9º2
Desertificação 9º2Desertificação 9º2
Desertificação 9º2
 
How Does Desertification Effect Africa
How Does Desertification Effect AfricaHow Does Desertification Effect Africa
How Does Desertification Effect Africa
 
Desertification
DesertificationDesertification
Desertification
 
Desertificaçao- 9º1
Desertificaçao- 9º1Desertificaçao- 9º1
Desertificaçao- 9º1
 
A desertificação
A desertificaçãoA desertificação
A desertificação
 
Renascimento, Classicismo e Humanismo
Renascimento, Classicismo e HumanismoRenascimento, Classicismo e Humanismo
Renascimento, Classicismo e Humanismo
 

Similar to Classicismo

Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesHerança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesCiceroMarcosSantos1
 
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURAliteratura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURAmariasantos1451
 
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMResumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMMarly Rodrigues
 
Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões Tatiana Raquel
 
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo- Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo- teresakashino
 
“O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”.
“O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”. “O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”.
“O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”. MajuGomes
 
TESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docx
TESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docxTESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docx
TESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docxaliceferro3
 
O classicismo em portugal
O classicismo em portugalO classicismo em portugal
O classicismo em portugalma.no.el.ne.ves
 
Liricacamoniana (1)
Liricacamoniana (1)Liricacamoniana (1)
Liricacamoniana (1)ritaamelo21
 
Visão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.pptttttttttttttttttttttttttttttttttttttttVisão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.pptttttttttttttttttttttttttttttttttttttttMatildeSilva37
 

Similar to Classicismo (20)

Camões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vbCamões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vb
 
Camões e a epopeia
Camões e a epopeiaCamões e a epopeia
Camões e a epopeia
 
Vida de camões
Vida de camõesVida de camões
Vida de camões
 
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesHerança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
 
Aula 03 classicismo
Aula 03   classicismoAula 03   classicismo
Aula 03 classicismo
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURAliteratura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
 
Luis de Camões
Luis de CamõesLuis de Camões
Luis de Camões
 
Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
Camões
Camões Camões
Camões
 
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMResumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
 
Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões Biografia de luis vaz de camões
Biografia de luis vaz de camões
 
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo- Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
 
“O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”.
“O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”. “O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”.
“O Romantismo olha o mundo de forma apaixonada e ideal”.
 
A literatura romântica..ppt
A literatura romântica..pptA literatura romântica..ppt
A literatura romântica..ppt
 
TESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docx
TESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docxTESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docx
TESTE ESCUTA ATIVA CAMOES 2017.docx
 
O classicismo em portugal
O classicismo em portugalO classicismo em portugal
O classicismo em portugal
 
Liricacamoniana
LiricacamonianaLiricacamoniana
Liricacamoniana
 
Liricacamoniana (1)
Liricacamoniana (1)Liricacamoniana (1)
Liricacamoniana (1)
 
Visão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.pptttttttttttttttttttttttttttttttttttttttVisão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
Visão geral d´Os Lusíadas.ppttttttttttttttttttttttttttttttttttttttt
 

More from PATRICIA VIANA

Trovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptx
Trovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptxTrovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptx
Trovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptxPATRICIA VIANA
 
Modernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).ppt
Modernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).pptModernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).ppt
Modernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).pptPATRICIA VIANA
 
1a fase modernismo.ppt
1a fase modernismo.ppt1a fase modernismo.ppt
1a fase modernismo.pptPATRICIA VIANA
 
Generos literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epicoGeneros literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epicoPATRICIA VIANA
 
Modelo convite casando sem grana
Modelo convite casando sem granaModelo convite casando sem grana
Modelo convite casando sem granaPATRICIA VIANA
 
linguagens para o enem n 3
   linguagens para o  enem n  3   linguagens para o  enem n  3
linguagens para o enem n 3PATRICIA VIANA
 
linguagens no enem n. 1
 linguagens no enem n. 1 linguagens no enem n. 1
linguagens no enem n. 1PATRICIA VIANA
 

More from PATRICIA VIANA (8)

Trovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptx
Trovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptxTrovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptx
Trovadorismo_Humanismo_e_Classicismo.pptx
 
Modernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).ppt
Modernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).pptModernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).ppt
Modernismo_2a_fase_-_Jose_Lins_do_Rego_e_Jorge_Amado_(1).ppt
 
1a fase modernismo.ppt
1a fase modernismo.ppt1a fase modernismo.ppt
1a fase modernismo.ppt
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Generos literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epicoGeneros literarios lirico-e_epico
Generos literarios lirico-e_epico
 
Modelo convite casando sem grana
Modelo convite casando sem granaModelo convite casando sem grana
Modelo convite casando sem grana
 
linguagens para o enem n 3
   linguagens para o  enem n  3   linguagens para o  enem n  3
linguagens para o enem n 3
 
linguagens no enem n. 1
 linguagens no enem n. 1 linguagens no enem n. 1
linguagens no enem n. 1
 

Recently uploaded

aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfamarianegodoi
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 

Recently uploaded (20)

aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 

Classicismo

  • 1. “A arte da literatura renascentista”
  • 2. O que é? É uma época literária onde mostra o modo renascentista de ver o mundo. Em portugual, começou em 1527, por Franscisco Sá de Miranda, que passou seis anos na Itália, volta ao país e divulga novos conceitos de arte e um novo ideal de poesia (conhecido como dolce stil nuovo| doce estilo novo) Franscisco Sá de Miranda
  • 3. Principais características • “Imitação” dos modelos da Antiguidade Clássica greco- romana • Retomada da mitologia pagã e pela perfeição estética, marcada pela pureza das formas • Platão, Homero, Virgílio e outros mestres da antiguidade servem de modelo, pois foram considerados pelos classicistas como detentores dos ideais de beleza
  • 4. Principais características Homero • Humanistas e Italianizantes criaram novas formas poéticas de inspiração clássica: soneto, ode, elegia, écloga e epopéia (Histórias de Homero: Ilíada e Odisséia) • O classicismo, obviamente, era oposta à herança medieval (os classicistas eram ligados ao renascentismo), por isso, foi induzido à medida nova (verbos decassílabos), já cultivados por Dante Alighieri e Francesco Petrarca Dante Alighieri Francesco petrarca
  • 5. Principais características • Os temas poéticos da época são:  Reflexão moral  Filosofia  Política  Lirismo Amoroso
  • 6. A linguagem do Classicismo A linguagem classicista é determinada pela revolução cultural renascentista e suas características temáticas e formais, como: •A formação de campos lexicais (LEXICAL: refere-se a linguagem léxica, ou seja, aos dicionários de termos antigos e clássicos) •A forte presença de adjetivos e de estruturação de frases
  • 7. Produção Literária Luís Vaz de Camões A vida de camões é muito duvidosa ainda. Sua data de nascimento aproximada é de 1524. Frequentou por um tempo a Universidade de Coimbra, foi militar no norte da África, onde, num combate, perdeu o olho direito. Em 1553 foi exilado por 17 anos iniciando uma longa jornada com a corte de D. João III, e foi morar nas colônias portuguesas da África e Ásia |continua>>>>>
  • 8. Continua>>>>> | Voltou a portugal em 1570, após a morte de D. João III. Nessa época, ele já terminou de escrever “Os Lusíadas”, mas só foi publicado em 1572. Morreu na miséria em 10 de junho de 1580, e foi enterrado como indigente, em vala comum Sua obra é composta de poesias líricas, uma poesia épica, três peças para teatro e algumas cartas. Luís Vaz de Camões
  • 9. Luís Vaz de Camões Os “líricos” de Camões É Marcada por uma dualidade: ora os textos são heranças da língua portuguesa, ou são enquadradas no estilo novo do Renascimento No próximo slide, as características da poesia lírica de Camões>>>>>>>>
  • 10. Luís Vaz de Camões Características da poesia lírica • Poesia tradicional: Herança das cantigas trovadorescas aparece nas redondilhas. O mar, a fonte, a natureza surgem constantemente em diálogos, lembrando das cantigas de amigo, normalmente na terceira pessoa
  • 11. Luís Vaz de Camões CantigaCantiga Cantiga alheira: Na fonte está Lianor Lavando a talha e chorando, Às amigas perguntando: -Vistes lá o meu amor? VoltasVoltas Posto o pensamento nele, Porque a tudo o amor obriga, Cantava, mas a cantiga Eram suspiros por ele. O seu desejo enganando, Às amigas perguntando: - Vistes lá o meu amor? CAMÕES, Luís de. Rimas. Coimbra: Atlântida, 1973
  • 12. Luís Vaz de Camões • As idéias platônicas em Camões: A filosofia de Platão esteve presente na produção literária do Renascimento. Ele concebia dois mundos: Mundo sensível: As realidades concretas são simples sombras ou reflexos dessa essência. Mundo inteligível.
  • 13. Luís Vaz de Camões • O amor: o amor é visto como idéia e como manifestação de carnalidade, onde Camões retrata a mulher amada tanto de forma idealizada quanto de maneira mais concreta, cantando um amor terreno, carnal, erótico. Tem um pouco do uso de antítese •O “desconcerto do mundo” : Esse foi tema que pertubou muito o autor. Está presente em poesias que tratam de injustiças, prêmio para o mal e castigo para o bem, ambição e tentativa de guardar bens que acabam no vazio da morte. Enfim, mostra o conflito violento entre o ser e o dever ser. A maior manifestação disso vem nas famosas redondilhas de “Ao desconcerto do mundo, que diz: próx slide>>>>>>>>>
  • 14. Luís Vaz de Camões “Os bons vi sempre passar No mundo graves tormentos E, para mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de descontentamentos Cuidado alcançar assim O bem tão mal ordenado Fui mau. Mas fui castigado Assim que só para mim Anda o mundo concertado” CAMÕES, Luís de. Rimas. Coimbra: Atlântida, 1973
  • 15. Camões épico- Os LusíadasNuma definição bem sucinta, levantaremos a seguir alguns aspectos fundamentais de Os Lusíadas: -Definição - Nas palavras de Antônio José Saraiva, “as epopéias são narrativas de fundo histórico em que se registram poeticamente as tradições e os ideais de um grupo étnico sob a forma de aventuras de um ou alguns heróis”. -Título - A palavra lusíadas significa “lusitanos”,que nos anuncia a história heróica do povo luso, em sua alma e ação. -Herói - O herói do poema, não é Vasco da Gama, mas sim todo o povo português. O poeta afirma que vai cantar “as armas e os barões assinalados” que navegaram “por mares nunca dantes navegados”,ou seja, todo o povo português. Considerando o papel de Vasco da Gama no poema, podemos afirmar que ele é o herói de Os Lusíadas, conciliando as duas idéias, podemos afirmar que o poema, possui um herói coletivo(o povo) e um herói individual(Vasco da Gama). -Tema - O poema deixa expresso o tema da epopéia nas duas primeiras estrofes: a glória do povo navegador português, ou seja, os navegadores que conquistaram as Índias e edificaram o Império Português no Oriente.
  • 16. A estrutura de Os lusíadasOs dez cantos do poema, dividem-se em cinco partes: -Proposição - É a apresentação do poema, com destaque para o tema e o herói. -Invocação - O poeta pede inspiração às Tágides, ninfas do Rio Tejo, para que lhe dêem um “engenho ardente” e “um som alto e sublimado, um estilo grandíloquo”, ou seja, o absoluto domínio da arte poética. -Dedicatória - O poema é dedicado a D. Sebastião, rei de Portugal à época da publicação do poema. -Narração - é a longa parte narrativa na qual o poeta desenvolve o tema contando os episódios da viagem de Vasco da Gama e a história de Portugal.Ao narrar o final da dinastia de Borgonha, temos o episódio de Inês de Castro, em que Camões poetiza os amores da dama pelo príncipe D. Pedro.Transcrevemos, a seguir a estrofe 119 do canto lll, que representa o ponto alto do lirismo camoniano inserido na narrativa épica.
  • 17. “Tu, só tu, puro Amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa á molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano.” (CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas) Amor: inicial maiúscula - é a personificação do sentimento força crua: no sentido de ser cruel morte sua: morte de Inês fero: feroz mitiga: acalma aras: altares onde se praticavam sacrifícios
  • 18. -Epílogo - É o fecho do poema; nele, o poeta mostra-se triste, abatido, desiludido com a pátria, que não merece mais ser cantada: Estrofe 145 do canto X “No mais, Musa, no mais, que a lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida. O favor com que mais se ascende o engenho, Não dá a Pátria, não, que está metida No gosto da cobiça e na rudeza Duma austera, apagada e vil tristeza.” (CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas).