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Conflitos agrários 2011
     em Rondônia
   Apresentação 11/05/12
 Indígenas  e comunidades
 tradicionais, como os
 quilombolas, seguem sem
 territórios reconhecidos e
 Quilombolas do Forte Príncipe
 da Beira sofrem intento de
 expulsão pelo Exército.
 Seringueiros e indígenas sofrem
 conflitos internos por causa da
 exploração de madeira.
O trabalho degradante
    e análogo a escravidão continua
    em Rondônia.

- Nomes de Rondônia na lista suja do Trabalho Escravo:

José Carlos de Souza Barbeiro, da Fazenda Tapyratynga, de
   Corumbiara,
Roberto Demário Caldas,Robertão,
da Fazenda São Joaquim/Mequens, Pimenteiras d`Oeste.

-    Denúncias por trabalho escravo em Rondônia:

- 13 denúncias em 2011,
com 80 trabalhadores libertos.
Porém os maiores problemas
trabalhistas aconteceram nas
usinas do Madeira. Onde existem
muitas denúncias de
irregularidades.
As greves e revoltas nas
usinas tem continuado
em 2012

- Operário de Jirau morre
baleado em confronto com a
Polícia (13/2/12)
- Visita Comissão Câmara e
Audiência Pública sobre
violações dos direitos
humanos.
- Trabalhadores abandonados
por empresas terceirizadas.
-10 operários presos, na
cadeia em condições
desumanas.
Foram registrados 11 novos
conflitos por água, atingindo 768
famílias em 2011.
Os problemas continuam em 2012.
A injusta distribuição de terras
provoca o recrudescimento da
violência e dos conflitos agrários.
 Osconflitos por terra tem
 passado de 27 (2010) para
 55 em 2011.
Atingindo 2.444 famílias.
Apesar de reduzir os novos
acampamentos: 116 famílias
de sem terra.
10 pequenos agricultores
presos.
30 ameaçados.
04 tentativas de assassinato
04 assassinados.
O Terra Legal e o Novo Código
Florestal, que anistia os crimes
ambientais, tem provocado uma
“correria declaratória” e novo
aumento das queimadas.
Violência e
desmatamento andam juntos
As fronteiras agrícolas continuam
sendo terra sem lei: Jacinópolis,
Buritis, Vista Alegre do Abuná…

E também as áreas de avanço do
agronegócio: Vilhena,
Chupinguaia,…
A impunidade é
quase absoluta:
28 homicídios
decorrentes de
conflitos
agrários em
Rondônia em 12
anos. (Ouv Agr.)
A pistolagem anda solta:

Marcio Catâneo, Charlie
Brow, Edson Luis, Kaleb,     O registro de
Bico de Jaca, Jararaca
(Buritis), Lô, Gaúcho, Pit   pistolagem em
Bull (Nova Mamoré)
Vanderlei (Costa             nosso estado
Marques), Luiz Machado,
Zé do Brejo                  passou de 325
Custódio, Ronaldo, Zé
Preto (Chupinguáia), os      em 2010 a 884
irmãos Hélio e Erval
Miranda, Pezão (Vilhena)     em 2011.
…
A violência agrária dispara em
   Rondônia em 2011 com a morte de Avelino
   Ramos, o Dinho, controvertido líder do MCC
   (27 /maio/2011)




Com a morte do suposto assassino Ozias
Vicente, (15/01/12) o processo foi arquivado
Porém as novas lideranças e
moradores do PAF Curuqueté também
foram ameaçados em 2012 e já
sofreram tentativas de assassinato.
   Dihana Nink foi assassinada em
    Nova Califórnia este ano após
    conflito com madeireiros.
    Amnistia Internacional tem
    lançado uma campanha
    pedindo a intervenção do
    governo brasileiro na região
Após a morte do Dinho, a ministra
Maria do Rosário e o ministro de
justiça visitam Porto Velho.
A CPT RO apresenta relatório de
conflitos e de ameaçados de
morte em Rondônia.
 As ameaças de morte disparam:
 30 ameaçados em 2011:
 lideranças, agricultores,
 indígenas, procuradores,
 religiosos...
Alguns ameaçados de morte,
foram ouvidos e cadastrados pela
secretaria nacional de direitos
humanos.
Porém o governo de Rondônia
ainda não tem convênio de
proteção a testemunhas e
defensores dos direitos humanos.
Muitos conflitos agrários são
antigos. Confúcio Moura reconhece
em Rondônia “27 acampamentos
rurais, conflituosos" "muitos deles
há mais de dez anos sem solução“
(11/08/11).
Existem: "Inúmeros mandados
de reintegração de posse". "Que
terei que agir para atendimento à
justiça". (11/08/11)
ARIQUEMES : Ass. São Francisco
(Lotes 131 e 131 A do Projeto
Burareiro) a reintegração de
posse a favor de Daniel Roberto
Stivanin. As 30 famílias
finalmente foram despejadas em
maio 2012, após o assassinato
do fazendeiro (março 2012)
Em outubro 2011 tenta-se
negociar um acordo entre
movimentos sociais, INCRA e
governo… porém logo novos
despejos acontecem.
(Fotos: Castanheiras, Janeiro 2012)
Foram despejadas 84 famílias no Barro
Branco, Chupinguáia, (fevereiro 2011),
por demanda de Ilário Bodanese
Diversas lideranças foram ameaçada e
tiveram que fugir.
Dois foram baleados (26/6/11), um
pistoleiro indiciado,
Em retomada das terras, foi descoberto
um arsenal de armas do fazendeiro e ex-
secretario de governo.
Despejadas 27 famílias do Arraial
do Cajueiro, da beira da estrada
em Parecís. (03/08/2011) Estes
fatos radicalizam os sem terras e
pequenos agricultores,
Resistem a ordem de despejo de 12/7/2011
120 famílias do Canaá, de Jarú,
acampamento da Liga dos Camponeses
Pobres, com onze anos morando e
trabalhando no local.
(Em abril 2012 cortaram a Br 364 em Jaru)
Em Candéias, linha
do Caju, despejadas e
abandonadas 35 famílias.
Morro Vermelho, Jaci Paraná.
50 barracos queimados no local com
intervenção de policiais. A fazenda era de
João do Vale e foi comprada em leilão
irregular por Valdir Araújo.
Depois de várias ameaças, Leonel, uma
liderança morreu atropelado, uma semana
antes da Op. Termópilas. Vanderlei Araujo
foi condenado este ano, por posse de
arsenal de armas
Barracos queimados pela Polícia
Florestal de Rondônia, na Linha
do Rio Azul, BR 319. As lideranças
foram ameaçadas, em Canutama
AM (este ano dois acampados
sofreram violências e já saiu
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Pistoleiros “visitam” a Associação de
 Produtores Rurais Porto Velho
 Progresso, da Linha 27 da Gleba Rio
 das Garças e ameaçam lideranças.
O acampamento é despejado.
84 famílias de Seringueiras, (A. Paulo
Freire 3) com ordem de reintegração
de posse, duas lideranças baleadas em
agosto, 2011. Sob atuação de
pistoleiros, alguns moradores
expulsos e lideranças ameaçadas, em
2012.
Famílias da Serra do Ouro, em
Guajará Mirim.

   Em terras da União reclamadas por Moisés
    Benesby, resistem ordem de reintegração de
    posse.
Em Vilhena 80% dos pequenos
agricultores têm problemas:
Assentamento União da Vitória, com ação de
reintegração de posse (170 famílias)
Ocupação do Aeroporto, área do exército;
Associação Portal da Amazônia, Assentamento Vale
do Rio Ávila. Posseiros despejados pelo ex-prefeito
Melki Donadon.
Assentamento AMPAMEL, com ação de
reintegração de posse.
Agricultores da Associação Barão do
Melgaço, de Pimenta Bueno, presos
pela PM de Pimenteiras, ameaçados de
morte por capangas armados e casa
queimadas, acabam despejados
judicialmente em 2012.
Agricultores da Associação N. Sra
Aparecida de Chupinguaia (Posto
Guaporé) tem um confronto com
pistoleiros a finais de ano, com
intento de assassinato de algumas
lideranças.
Ass. Água Viva (Faz Caramello) em
Chupinguáia, após serem despejados
a final de 2011, tentam reocupar o
local, terminando em confronto em
fevereiro 2012. Dois feridos e um
desaparecido.
Udo Wahlbrink,
presidente do sindicato e
conselho rural de Vilhena

e outras lideranças
são presos, acusados de
“terrorismo e sequestro” por estes
fatos.
Udo estava ameaçado fazia dois
anos e tinha sofrido intento de
assassinato a início de 2012
(o carro do sindicato foi baleado).
No PA Águas Claras, onde o INCRA ganhou
imissão na justiça federal, o presidente,
agente voluntário da CPT, sofre graves
ameaças.
- Lote 77 e 78, com ação de reintegração a
favor do deputado federal Valdir Colatto, de
Santa Catarina.
- São Lourenço. Ação de reintegração de
posse movida pelo ex senador Francisco
Sartori.
- Associação Canarinho, acabam
acampados na estrada.
Até assentados pelo
INCRA estão com sentenças de
reintegração de posse




P.A. PAU D`ARCO, NA BR 425, Porto Velho: 51
famílias, por requerimento da Fazenda
Fartura (janeiro/11). O processo continua na
Justiça Federal.
Ordens de despejo de famílias do
PA Flor de Amazonas, assentadas
pelo INCRA. O local continua
registrando ameaças, tirotéios
(4/5/10), fogo (8/11), com abertura
de inquérito civil público do MP
RO (DOU 17/02/11)
A atuação do judiciario provoca
manifestações enfrente ao
Tribunal de Justiça de Porto Velho
(dezembro 2010, junho 2011). A
CPT emite nota pública em abril de
2012.
A CPT também denuncia a
inoperância e passividade do
INCRA RO na defesa dos
pequenos agricultores.
Dos poucos avanços: Após
dezesseis anos, 400 famílias finalmente são
assentadas em Corumbiara, após acordo entre
diversas organizações: Fetagro e LCP.
   Em 2012 tem
    quatro mortes
    registradas. Do
    professor Renato,
    em Jacinópolis, a
    LCP acusa
    policiais civis de
    execução durante
    uma blitz noturna.
   “A onda de
    assassinatos que
    presenciamos na
    Amazônia é o
    recrudescimento de
    ciclos repetidos de
    exploração de
    recursos naturais,
    sempre acompanhados
    de violência”.
“Felizes os mansos porque
possuiram a terra. Felizes os que
tem fome e sede de justiça,
porque serão saciados.” MT. 5, 6
A luta pela justiça, através
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violência ativa, é o caminho
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Conflitos agrários em Rondonia 2011

  • 1. Conflitos agrários 2011 em Rondônia Apresentação 11/05/12
  • 2.  Indígenas e comunidades tradicionais, como os quilombolas, seguem sem territórios reconhecidos e
  • 3.  Quilombolas do Forte Príncipe da Beira sofrem intento de expulsão pelo Exército.
  • 4.  Seringueiros e indígenas sofrem conflitos internos por causa da exploração de madeira.
  • 5. O trabalho degradante e análogo a escravidão continua em Rondônia. - Nomes de Rondônia na lista suja do Trabalho Escravo: José Carlos de Souza Barbeiro, da Fazenda Tapyratynga, de Corumbiara, Roberto Demário Caldas,Robertão, da Fazenda São Joaquim/Mequens, Pimenteiras d`Oeste. - Denúncias por trabalho escravo em Rondônia: - 13 denúncias em 2011, com 80 trabalhadores libertos.
  • 6. Porém os maiores problemas trabalhistas aconteceram nas usinas do Madeira. Onde existem muitas denúncias de irregularidades.
  • 7. As greves e revoltas nas usinas tem continuado em 2012 - Operário de Jirau morre baleado em confronto com a Polícia (13/2/12) - Visita Comissão Câmara e Audiência Pública sobre violações dos direitos humanos. - Trabalhadores abandonados por empresas terceirizadas. -10 operários presos, na cadeia em condições desumanas.
  • 8. Foram registrados 11 novos conflitos por água, atingindo 768 famílias em 2011. Os problemas continuam em 2012.
  • 9. A injusta distribuição de terras provoca o recrudescimento da violência e dos conflitos agrários.
  • 10.
  • 11.  Osconflitos por terra tem passado de 27 (2010) para 55 em 2011.
  • 12. Atingindo 2.444 famílias. Apesar de reduzir os novos acampamentos: 116 famílias de sem terra.
  • 13. 10 pequenos agricultores presos. 30 ameaçados. 04 tentativas de assassinato 04 assassinados.
  • 14. O Terra Legal e o Novo Código Florestal, que anistia os crimes ambientais, tem provocado uma “correria declaratória” e novo aumento das queimadas.
  • 16. As fronteiras agrícolas continuam sendo terra sem lei: Jacinópolis, Buritis, Vista Alegre do Abuná… E também as áreas de avanço do agronegócio: Vilhena, Chupinguaia,…
  • 17. A impunidade é quase absoluta: 28 homicídios decorrentes de conflitos agrários em Rondônia em 12 anos. (Ouv Agr.)
  • 18. A pistolagem anda solta: Marcio Catâneo, Charlie Brow, Edson Luis, Kaleb, O registro de Bico de Jaca, Jararaca (Buritis), Lô, Gaúcho, Pit pistolagem em Bull (Nova Mamoré) Vanderlei (Costa nosso estado Marques), Luiz Machado, Zé do Brejo passou de 325 Custódio, Ronaldo, Zé Preto (Chupinguáia), os em 2010 a 884 irmãos Hélio e Erval Miranda, Pezão (Vilhena) em 2011. …
  • 19. A violência agrária dispara em Rondônia em 2011 com a morte de Avelino Ramos, o Dinho, controvertido líder do MCC (27 /maio/2011) Com a morte do suposto assassino Ozias Vicente, (15/01/12) o processo foi arquivado
  • 20. Porém as novas lideranças e moradores do PAF Curuqueté também foram ameaçados em 2012 e já sofreram tentativas de assassinato.
  • 21. Dihana Nink foi assassinada em Nova Califórnia este ano após conflito com madeireiros. Amnistia Internacional tem lançado uma campanha pedindo a intervenção do governo brasileiro na região
  • 22. Após a morte do Dinho, a ministra Maria do Rosário e o ministro de justiça visitam Porto Velho. A CPT RO apresenta relatório de conflitos e de ameaçados de morte em Rondônia.
  • 23.  As ameaças de morte disparam: 30 ameaçados em 2011: lideranças, agricultores, indígenas, procuradores, religiosos...
  • 24. Alguns ameaçados de morte, foram ouvidos e cadastrados pela secretaria nacional de direitos humanos. Porém o governo de Rondônia ainda não tem convênio de proteção a testemunhas e defensores dos direitos humanos.
  • 25. Muitos conflitos agrários são antigos. Confúcio Moura reconhece em Rondônia “27 acampamentos rurais, conflituosos" "muitos deles há mais de dez anos sem solução“ (11/08/11).
  • 26. Existem: "Inúmeros mandados de reintegração de posse". "Que terei que agir para atendimento à justiça". (11/08/11)
  • 27. ARIQUEMES : Ass. São Francisco (Lotes 131 e 131 A do Projeto Burareiro) a reintegração de posse a favor de Daniel Roberto Stivanin. As 30 famílias finalmente foram despejadas em maio 2012, após o assassinato do fazendeiro (março 2012)
  • 28. Em outubro 2011 tenta-se negociar um acordo entre movimentos sociais, INCRA e governo… porém logo novos despejos acontecem. (Fotos: Castanheiras, Janeiro 2012)
  • 29. Foram despejadas 84 famílias no Barro Branco, Chupinguáia, (fevereiro 2011), por demanda de Ilário Bodanese Diversas lideranças foram ameaçada e tiveram que fugir. Dois foram baleados (26/6/11), um pistoleiro indiciado, Em retomada das terras, foi descoberto um arsenal de armas do fazendeiro e ex- secretario de governo.
  • 30. Despejadas 27 famílias do Arraial do Cajueiro, da beira da estrada em Parecís. (03/08/2011) Estes fatos radicalizam os sem terras e pequenos agricultores,
  • 31. Resistem a ordem de despejo de 12/7/2011 120 famílias do Canaá, de Jarú, acampamento da Liga dos Camponeses Pobres, com onze anos morando e trabalhando no local. (Em abril 2012 cortaram a Br 364 em Jaru)
  • 32. Em Candéias, linha do Caju, despejadas e abandonadas 35 famílias.
  • 33. Morro Vermelho, Jaci Paraná. 50 barracos queimados no local com intervenção de policiais. A fazenda era de João do Vale e foi comprada em leilão irregular por Valdir Araújo. Depois de várias ameaças, Leonel, uma liderança morreu atropelado, uma semana antes da Op. Termópilas. Vanderlei Araujo foi condenado este ano, por posse de arsenal de armas
  • 34. Barracos queimados pela Polícia Florestal de Rondônia, na Linha do Rio Azul, BR 319. As lideranças foram ameaçadas, em Canutama AM (este ano dois acampados sofreram violências e já saiu ordem de despejo)
  • 35. Pistoleiros “visitam” a Associação de Produtores Rurais Porto Velho Progresso, da Linha 27 da Gleba Rio das Garças e ameaçam lideranças. O acampamento é despejado.
  • 36. 84 famílias de Seringueiras, (A. Paulo Freire 3) com ordem de reintegração de posse, duas lideranças baleadas em agosto, 2011. Sob atuação de pistoleiros, alguns moradores expulsos e lideranças ameaçadas, em 2012.
  • 37. Famílias da Serra do Ouro, em Guajará Mirim.  Em terras da União reclamadas por Moisés Benesby, resistem ordem de reintegração de posse.
  • 38. Em Vilhena 80% dos pequenos agricultores têm problemas: Assentamento União da Vitória, com ação de reintegração de posse (170 famílias) Ocupação do Aeroporto, área do exército; Associação Portal da Amazônia, Assentamento Vale do Rio Ávila. Posseiros despejados pelo ex-prefeito Melki Donadon. Assentamento AMPAMEL, com ação de reintegração de posse.
  • 39. Agricultores da Associação Barão do Melgaço, de Pimenta Bueno, presos pela PM de Pimenteiras, ameaçados de morte por capangas armados e casa queimadas, acabam despejados judicialmente em 2012.
  • 40. Agricultores da Associação N. Sra Aparecida de Chupinguaia (Posto Guaporé) tem um confronto com pistoleiros a finais de ano, com intento de assassinato de algumas lideranças.
  • 41. Ass. Água Viva (Faz Caramello) em Chupinguáia, após serem despejados a final de 2011, tentam reocupar o local, terminando em confronto em fevereiro 2012. Dois feridos e um desaparecido.
  • 42. Udo Wahlbrink, presidente do sindicato e conselho rural de Vilhena e outras lideranças são presos, acusados de “terrorismo e sequestro” por estes fatos. Udo estava ameaçado fazia dois anos e tinha sofrido intento de assassinato a início de 2012 (o carro do sindicato foi baleado).
  • 43. No PA Águas Claras, onde o INCRA ganhou imissão na justiça federal, o presidente, agente voluntário da CPT, sofre graves ameaças. - Lote 77 e 78, com ação de reintegração a favor do deputado federal Valdir Colatto, de Santa Catarina. - São Lourenço. Ação de reintegração de posse movida pelo ex senador Francisco Sartori. - Associação Canarinho, acabam acampados na estrada.
  • 44. Até assentados pelo INCRA estão com sentenças de reintegração de posse P.A. PAU D`ARCO, NA BR 425, Porto Velho: 51 famílias, por requerimento da Fazenda Fartura (janeiro/11). O processo continua na Justiça Federal.
  • 45. Ordens de despejo de famílias do PA Flor de Amazonas, assentadas pelo INCRA. O local continua registrando ameaças, tirotéios (4/5/10), fogo (8/11), com abertura de inquérito civil público do MP RO (DOU 17/02/11)
  • 46. A atuação do judiciario provoca manifestações enfrente ao Tribunal de Justiça de Porto Velho (dezembro 2010, junho 2011). A CPT emite nota pública em abril de 2012.
  • 47. A CPT também denuncia a inoperância e passividade do INCRA RO na defesa dos pequenos agricultores.
  • 48. Dos poucos avanços: Após dezesseis anos, 400 famílias finalmente são assentadas em Corumbiara, após acordo entre diversas organizações: Fetagro e LCP.
  • 49. Em 2012 tem quatro mortes registradas. Do professor Renato, em Jacinópolis, a LCP acusa policiais civis de execução durante uma blitz noturna.
  • 50. “A onda de assassinatos que presenciamos na Amazônia é o recrudescimento de ciclos repetidos de exploração de recursos naturais, sempre acompanhados de violência”.
  • 51. “Felizes os mansos porque possuiram a terra. Felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados.” MT. 5, 6
  • 52. A luta pela justiça, através dos métodos de não violência ativa, é o caminho da paz.