Este documento apresenta o plano de avaliação do domínio B (leitura e literacia) da biblioteca escolar, focando-se nos subdomínios B1 (trabalho da biblioteca para promover a leitura) e B3 (impacto do trabalho da biblioteca nas competências de leitura dos alunos). O plano descreve o processo de avaliação, incluindo a recolha de evidências através de questionários, registos estatísticos e análise de trabalhos dos alunos para avaliar a coleção, atividades e impacto
1. Plano de Avaliação do Domínio B
Sub-domínios B1 e B3
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PLANO DE AVALIAÇÃO DO DOMÍNIO B (LEITURA E LITERACIA)
A. ESCOLHA DO DOMÍNIO
Ao iniciar o processo de auto-avaliação da BE, importa escolher o domínio sobre o qual
vai incidir o referido processo, sendo essa escolha fundamentada em critérios que a
escola deve conhecer e aceitar.
No corrente ano lectivo, foi escolhido o domínio B pelas seguintes razões:
A escola está a iniciar a avaliação/ revisão de vários documentos estruturantes
(PEE, Plano de Auto-Avaliação e Plano de Formação)
A equipa de revisão do PEE, tendo em conta as linhas gerais do relatório de
avaliação externa e as evidências já recolhidas, considera que a promoção da
leitura e da literacia, com carácter transversal e envolvendo as diferentes
áreas curriculares, deve ser o motor de todo o projecto e a base sobre a qual
assentarão as diferentes acções para a melhoria, tendo como grande objectivo
o sucesso educativo dos alunos e não, tão somente, o seu sucesso académico.
Para que este grande objectivo se possa concretizar, importa que todas as
estruturas pedagógicas orientem a sua acção nesse sentido. Justifica-se, por
isso, que a BE faça incidir a sua auto-avaliação sobre este mesmo domínio,
para que possa vir a demonstrar a importância do seu contributo para que a
escola cumpra a sua missão e atinja os seus objectivos.
A BE tem desenvolvido a sua acção em torno deste objectivo, mas não o tem
feito de uma forma sistemática e devidamente planificada, pelo que
certamente poderá melhorar o seu trabalho com base na auto-avaliação do
mesmo.
B. O PROCESSO DE AVALIAÇÃO
No texto Basic Guide to Program Evaluation, Carter McNamara sublinha que a
avaliação das organizações, quer tenham ou não fins lucrativos, não pode continuar a ser
vista como uma actividade inútil e sem consequências na vida da organização. Pelo
contrário, a avaliação deve ser útil, relevante e praticável, além de cientificamente
válida. A avaliação não é um processo que se encerra, é antes um processo contínuo,
que vai dando o feed-back necessário para que se possam continuar a fazer os
ajustamentos necessários à melhoria da organização.
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2. Plano de Avaliação do Domínio B
Sub-domínios B1 e B3
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Para que este objectivo se concretize, há que decidir:
Que informação é necessária para poder tomar decisões?
Como recolher a informação com precisão?
Como interpretar essa informação?
Para que o programa de avaliação seja viável é, entretanto, necessário que a organização,
neste caso a escola, funcione e aja como um todo e que o programa seja avaliado não
só em termos de meios (inputs), de processo (process) e de realizações (outputs) mas,
igualmente, em termos de impactos (outcomes) sobre os utilizadores. A avaliação irá
revelar o valor que os utilizadores atribuem à sua biblioteca, quer em termos da
melhoria nas suas competências e conhecimento, quer em termos da sua formação,
integração e bem-estar.
A aplicação do modelo de auto-avaliação da BE tem subjacentes estes pressupostos,
sendo por isso necessário que:
Toda a escola se envolva no processo
Sejam avaliados os meios, processos, realizações e impactos
Sejam retiradas conclusões fundamentadas e credíveis
Sejam deduzidas acções de melhoria
C. PLANIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO
C.1. Envolvimento da escola
O envolvimento da escola processar-se-á gradualmente, através da Equipa da Biblioteca,
da Direcção Executiva e Conselho Pedagógico (1º Período), alargando-se
progressivamente aos restantes professores, alunos, encarregados de educação e
assistentes operacionais da BE (2º/3º períodos).
C.1.1. Equipa da BE
Analisa o modelo, envolve-se na escolha do sub-domínio, acompanha o processo,
colabora na recolha de evidências, na análise de dados e na elaboração da proposta do
plano de acção para a melhoria.
C.1.2. Direcção Executiva
Toma conhecimento do modelo, envolve-se na escolha do sub-domínio, acompanha o
processo, toma conhecimento do relatório final e do plano de acção e envolve-se na
criação de condições para as acções de melhoria
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3. Plano de Avaliação do Domínio B
Sub-domínios B1 e B3
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C.1.3. Conselho Pedagógico
Toma conhecimento do modelo e da escolha do domínio, toma conhecimento do
processo, do relatório final e do plano de acção para a melhoria
C.1.4. Restantes professores
Tomam conhecimento de todo o processo e do relatório final através dos respectivos
departamentos e colaboram na recolha de evidências, quando tal se justifique.
C.1.5. Alunos
Colaboram na recolha de evidências, quando tal se justifique.
C.1.6. Encarregados de Educação
Através dos seus representantes (Associação de Pais) tomam conhecimento do
modelo e da escolha do domínio, tomam conhecimento do processo, do relatório final
e do plano de acção para a melhoria. Colaboram na recolha de evidências, quando tal
se justifique.
C.1.7. Assistentes Operacionais da BE
Conhecem sucintamente o modelo e colaboram na recolha de evidências. Tomam
conhecimento dos aspectos principais do relatório e do plano de acção e envolvem-se
na concretização das acções de melhoria.
C.2. Recolha de evidências
A recolha dos diferentes tipos de evidências deve decorrer, maioritariamente, durante o
2º período
C.3. Interpretação da informação
A interpretação da informação, retirando as respectivas conclusões e propondo acções de
melhoria deve realizar-se no 3º período.
D. RECOLHA DE EVIDÊNCIAS DO SUB-DOMÍNO B.1.
TRABALHO DA BIBLIOTECA AO SERVIÇO DA PROMOÇÃO DA LEITURA
NA ESCOLA
A avaliação deste sub-domínio incide sobre os processos e as realizações da BE no
sentido de promover a leitura junto de todos os seus potenciais utilizadores, ou seja,
pretende-se saber o que é realizado e como é realizado.
D.1. Análise prévia
Antes de iniciar o processo de avaliação propriamente dito, considero importante fazer
uma análise prévia de verificação, antecipando os aspectos a observar, que necessitam
ser implementados ou desenvolvidos.
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4. Plano de Avaliação do Domínio B
Sub-domínios B1 e B3
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Aspectos a avaliar Análise Prévia
Pontos fortes Pontos fracos
A colecção existente A colecção tem vindo a ser Não existe uma política de
está adequada e actualizada; colecção;
corresponde aos gostos Têm sido recolhidas sugestões Não se conhecem com rigor os
e necessidades dos de utilizadores, embora não de gostos, interesses e
utilizadores? forma sistemática necessidades dos utilizadores
A colecção corresponde Os alunos dos CEF e PIEF Não se conhecem com rigor os
aos gostos e frequentam a BE e alguns gostos, interesses e
necessidades de novos requisitam livros; necessidades destes
públicos? Alguns professores de Português utilizadores
destes cursos integram a leitura
nas suas práticas;
A BE desenvolve Estes alunos participam em Existem poucas actividades
actividades destinadas a actividades da BE, embora o destinadas a estes públicos.
estes públicos? façam esporadicamente.
Estão identificadas Existe uma noção empírica de Não existe uma identificação
problemáticas e algumas dificuldades fundamentada
dificuldades?
São promovidas acções São promovidas algumas acções Não são promovidas de forma
formativas na área da sistemática
leitura?
É incentivado o Existe um aumento no número Muitos alunos nunca
empréstimo de requisições requisitaram qualquer livro
domiciliário?
A BE desenvolve São desenvolvidas acções no Não existe uma actuação
acções no âmbito da âmbito do PNL sistemática e consistente em
implementação do termos da implementação do
PNL? PNL
A BE incentiva a leitura Existem actividades pontuais de Não existe articulação com a
informativa, em articulação generalidade dos
articulação com os departamentos
departamentos
curriculares?
A BE desenvolve São desenvolvidas várias Muitas actividades são
actividades no âmbito actividades pontuais
da promoção da leitura?
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5. Plano de Avaliação do Domínio B
Sub-domínios B1 e B3
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A BE promove São desenvolvidas várias Não têm sido promovidos
encontros com actividades encontros com escritores
escritores/ eventos
culturais para promoção
da leitura?
A BE incentiva a leitura Existem meios informáticos e os Não é feito de forma
em ambientes digitais? alunos têm apetência sistemática
A BE organiza e Fá-lo esporadicamente Não tem sido feito trabalho
difunde recursos sistemático nesta área
documentais?
A BE apoia os alunos Existe um bom ambiente e o A equipa não consegue dar
nas suas escolhas e atendimento é o mais resposta a todas as solicitações
conhece as novidades personalizado possível
que se adequam aos
seus gostos?
D.2. Evidências
No sentido de recolher a informação pretendida, dever-se-á recorrer a diferentes tipos de
evidências, conforme o objecto da avaliação. Tal determinará o recurso a diferentes tipos
de instrumentos de avaliação, conforme se indica.
Objecto de avaliação Evidências
A colecção Livros adquiridos (quantidade/ diversidade)
Orçamento anual
Pedidos não satisfeitos
Comparação com necessidades das áreas
curriculares
Questionário aos alunos e professores
Utilização informal da BE Estatísticas de utilização para leitura em presença
(registo de dias críticos)
Leitura domiciliária Estatísticas de requisição domiciliária
Leitura programada Registo de actividades de leitura programada na BE
Questionário aos professores envolvidos
Leitura em sala de aula Estatística de livros requisitados para sala de aula
Questionário aos professores
Leitura em ambientes digitais Registo de acesso ao blogue da BE
Registo de participação em fóruns de leitura
Actividades do PNL Estatística de livros utilizados
Levantamento das actividades desenvolvidas
Questionário aos professores de 3º ciclo
Questionário aos alunos de 3º ciclo
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6. Plano de Avaliação do Domínio B
Sub-domínios B1 e B3
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Realização de actividades de Registo de actividades
promoção da leitura
Organização e difusão de recursos Questionários a professores de diferentes áreas
documentais curriculares
E. RECOLHA DE EVIDÊNCIAS DO SUB-DOMÍNO B.3.
IMPACTO DO TRABALHO DA BE NAS ATITUDES E COMPETÊNCIAS DOS
ALUNOS, NO ÂMBITO DA LEITURA E DA LITERACIA
Com a avaliação deste sub-domínio pretende-se aferir se a acção da BE provoca
alterações significativas nas competências de leitura e literacia dos alunos. O que está
em causa não são os processos e as realizações, mas sim o seu impacto.
E.1. Análise prévia
Pela análise prévia de verificação deste sub-domínio verifica-se:
Aspectos a avaliar Análise Prévia
Pontos fortes Pontos fracos
Os alunos usam os Os alunos recorrem à BE com Não é evidente a forma como
livros e a BE para frequência usam os livros e a BE
leitura recreativa, para
se informar ou realizar
trabalhos?
Os alunos revelam Muitos alunos revelam maior Desconhecem-se os
progressos nas apetência pela leitura progressos reais
competências de leitura,
lendo mais e com mais
profundidade?
Os alunos revelam Os alunos dispõem dos meios Importa aferir a qualidade dos
progressos nas para desenvolver trabalhos
competências de leitura, competências de leitura em
desenvolvendo ambientes informacionais
trabalhos onde variados e realizam trabalhos
interagem com
equipamentos e
ambientes
informacionais
variados?
Os alunos participam Verifica-se uma boa Importa avaliar a qualidade da
em actividades de participação participação
promoção da leitura?
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7. Plano de Avaliação do Domínio B
Sub-domínios B1 e B3
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E.2. Evidências
As evidências a recolher são as seguintes:
Objecto de avaliação Evidências
Utilização do livro Estatísticas de requisição domiciliária
Utilização da BE Estatísticas de utilização da BE para actividades de
leitura;
Observação de utilização da BE
Progressos nas competências de Análise das avaliações dos alunos
leitura Questionários / Entrevistas aos alunos
Questionários/Entrevistas aos professores
Desenvolvimento de trabalhos Trabalhos realizados pelos alunos
Participação em actividades Registo de actividades
Trabalhos realizados pelos alunos
F. ANÁLISE DOS DADOS
A partir dos dados recolhidos, serão tiradas ilações relativamente aos diferentes factores
críticos de sucesso, confrontando-as com os perfis de desempenho.
G. RELATÓRIO E COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS
Após preenchimento do relatório, de acordo com o modelo da RBE, os resultados devem
ser comunicados à escola e incluídos no relatório de auto-avaliação da escola.
H. PLANO DE ACÇÃO
Tendo em conta os pontos fortes e fracos identificados, é definido um plano de acção
que será monitorizado no ano lectivo seguinte.
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