2. Que e o terrorismo?
Formalmente, terrorismo é o uso da violência sistemática, com objetivos
políticos, contra civis ou militares que não estão em operação de guerra.
Existem muitas formas de terrorismo. Os terroristas religiosos praticam
atentados em nome de Deus; já os mercenários recebem dinheiro por suas
ações; os nacionalistas agem movidos por um ideal patriótico. Há ainda os
ideólogos, que armam bombas motivados por uma determinada visão de
mundo. E, muitas vezes, o que se vê é uma mistura de tudo isso com desespero
e ódio.
Por outro lado, houve no século XX o crescimento do terrorismo de
Estado, em que é adotada a política de eliminação física de minorias étnicas
ou de adversários de um regime. Um exemplo é o regime racista da África do
Sul, responsável por ações terroristas contra a maioria negra do país até o
fim do apartheid, no início dos anos 90. Na América Latina, as ditaduras
militares dos anos 60 e 70 promoveram o terrorismo de Estado contra seus
opositores, torturando e matando milhares de pessoas. No Oriente Médio, os
palestinos de cidadania israelense e os habitantes dos territórios de Gaza e
Cisjordânia foram segregados e sofreram ataques das forças armadas de
Israel, entre 1967 e 1993. O terrorismo de extremistas muçulmanos contra
judeus de Israel, por sua vez, também aterrorizou e matou pessoas
inocentes, principalmente a partir da década de 80.
Muitos historiadores e intelectuais avaliam que as bombas atômicas jogadas
pelos Estados Unidos sobre o Japão, em agosto de 45, foram o maior
atentado terrorista já praticado até hoje. Mais de 170 mil civis perderam a
vida num ataque que não tinha como objetivo vencer a guerra, mas fazer uma
demonstração de força para a União Soviética.
3. significado ira :
O Exército Republicano
Irlandês, popularmente conhecido
como IRA (siglas para Irish Republican
Army), foi um dos mais ativos grupos
terroristas do século XX. Sua atuação
ficou marcada pela formação de
grupos paramilitares que
arquitetavam diversos atentados
terroristas contra seu maior alvo: a
Inglaterra. A oposição à nação inglesa
era prioritariamente motivada pelo
interesse de tornar a Irlanda do Norte
uma região politicamente
independente da Inglaterra
significado:
(IRA)
O Exército Republicano Irlandês, popularmente conhecido como IRA
(siglas para Irish Republican Army), foi um dos mais ativos grupos
terroristas do século XX. Sua atuação ficou marcada pela formação de
grupos paramilitares que arquitetavam diversos atentados terroristas
contra seu maior alvo: a Inglaterra. A oposição à nação inglesa era
prioritariamente motivada pelo interesse de tornar a Irlanda do Norte
4. Outra questão que motivava a ação deste grupo também tinha a ver com as
diferenças religiosas encontradas no território norte-irlandês. A
maioria da população – cerca de 60% – era praticante do cristianismo
protestante e, por isso, acabava impondo seus costumes e interesses
políticos em oposição a uma minoria de católicos. Com isso, parte dessa
minoria religiosa viu no discurso nacionalista, militar e anti-britânico
uma via de afirmação política.
5. Ao longo de sua trajetória, o IRA foi responsável por
mais de 3500 mortes e manchou a famosa reputação
diplomática inglesa com a resistência de seus integrantes.
No ano de 2005, depois de uma série de tentativas de
negociação, o IRA declarou o fim de sua “luta armada”.
Entretanto, no final de 2007, um grupo que se intitulava
parte integrante do movimento nacionalista irlandês
tentou instalar uma bomba nas proximidades de um posto
policial.
Em maio de 2008, um novo atentado à bomba ligado ao IRA
feriu um policial. Esses dois episódios acabaram
confundindo a opinião pública. Afinal de contas, o IRA
acabou ou continua sendo uma ameaça latente? De fato, a
grande maioria que engrossava as fileiras do movimento
irlandês chegou à conclusão de que a via da luta armada
não fazia mais sentido. Porém, a declaração de cessar
fogo de 2005 acabou estabelecendo um “racha” que dividiu
o IRA em três diferentes facções.
6. A primeira e a maior dessas facções é o chamado IRA Provisional.
Entre 1969 e 1997, este grupo foi responsável por uma série de ações
terroristas, focos de guerrilha e atentados ocorridos na
Inglaterra e na própria Irlanda do Norte. Em seu auge, o IRA
Provisional tornou-se a maior organização do continente europeu.
No entanto, o início das negociações na década de 1990 desarticulou
as ações de assalto do grupo provisional.
Os diálogos iniciais se deram entre os diversos grupos políticos
norte-irlandeses e o governo do Reino Unido. Uma das mais
expressivas vias de negociação foi estabelecida com o partido Sinn
Fein, que representava politicamente as tendências separatistas
irlandesas. No ano de 1996, grupos mais radicais negavam-se a
reconhecer o esforço político britânico e, por isso, realizaram uma
série de pequenos ataques. No ano seguinte, esse mesmo grupo
fundou o chamado IRA Real.
7. O segundo episódio a expor a faceta mafiosa do IRA foi o assassinato de
Robert McCartney e a posterior campanha de suas irmãs por justiça. Os
detalhes da morte de Robert, no fim de janeiro, mostraram a disposição
do grupo terrorista em atuar como um Estado paralelo dentro da
comunidade católica. O crime não teve motivação política. Operário de 33
anos e pai de dois filhos, McCartney era filiado ao Sinn Fein e participava de
uma festa do partido em um pub do setor católico de Belfast. Em
determinado momento, começou uma pancadaria no bar e Robert tentou
impedir que outros participantes da festa – que por acaso eram
terroristas do IRA – agredissem um amigo. McCartney morreu esfaqueado.
Após o crime, os assassinos destruíram as câmeras de segurança e, antes de
fugir, ameaçaram de morte todos os presentes que se arriscassem a
contar o que viram à polícia. Pelo menos setenta pessoas estavam no
8. O IRA Real (também conhecido como RIRA ou True IRA)
estabeleceu um segundo momento de ruptura política interna
dentro do movimento terrorista irlandês. No ano de
1986, disputas pelo controle político do Irish Republican Army
deram origem a um grupo dissidente anterior chamado de O
grupo da Continuidade (popularmente conhecido como CIRA). Os
dois recentes atentados atribuídos ao IRA foram arquitetados
por esses dois grupos de ruptura. De fato, o grupo “Real” e “da
Continuidade” constituem uma pequena minoria que não acredita
em uma resolução pacífica para o problema entre irlandeses e
ingleses.
9. Em 1984, membros do grupo terrorista
IRA – Exército Republicano Irlandês – realizaram
o mais devastador ataque até então lançado
contra o governo britânico em quase 15 anos de
guerra civil: a explosão de uma bomba em um
hotel, em Londres, no momento em que os
principais membros do governo estavam
reunidos sob o mesmo teto para participar da
Convenção Anual do Partido Conservador. O
atentado matou três pessoas, feriou pelo menos
30, entre elas o Ministro da Indústria e
Comércio, Norman Tebbit, e um dos líderes do
Partido Conservador, John Wakegam, e quase
matou a Primeira-Ministra Margaret
Thatcher, que escapou da explosão por pouco.
10.
11. quarto andar do prédio, de maneira a provocar o maior dano possível. A
força da explosão, além de abrir um rombo na fachada do velho e nobre
edifício, trouxe abaixo pelo menos sete andares. Seus destroços
esmagaram quartos e corredores, e bloquearam totalmente a porta de
entrada principal
Esta foi uma tentativa desumana e indiscriminada de massacrar gente
inocente e fora de qualquer suspeita – diria Margaret Thatcher
emocionada, horas depois da explosão da bomba, à audiência da
Convenção do Partido Conservador. Até o instante em que a bomba
explodiu, Margaret Thatcher vivia um dos piores momentos dos seus seis
anos de governo, criticado severamente por sua austera política
econômica e falta de iniciativa de combater o desemprego, que atingiu o
recorde para a Inglaterra de quase quatro milhões de pessoas.
Ao realizar atentados terroristas contra o governo britânico, o grupo
IRA visava combater o domínio inglês na Irlanda do Norte, e criar uma
Irlanda “unida, independente e socialista”
12. FIM DO “IRA”
Num comunicado que vinha sendo aguardado há muito tempo, a organização
anunciou que vai seguir o "caminho democrático", pondo fim a mais de 30
anos de violência.
O comunicado afirma que a decisão entra em vigor a partir da tarde desta
quinta-feira e que todas as unidades da organização foram ordenadas a
depor suas armas.
Voluntários do IRA foram instruídos a ajudar no desenvolvimento do que
a organização chamou de programas "puramente políticos e
democráticos".
O primeiro ministro britânico, Tony Blair, disse que o comunicado do IRA
marca o dia em que "a paz finalmente substituiu a guerra e a política
substituiu o terror" na Irlanda do Norte.
Blair afirmou que a declaração do IRA é "de uma importância inédita,
diferente de tudo que foi feito antes".
Mas Ian Paisley, líder do Partido Unionista Democrático, principal partido
político protestante da Irlanda do Norte, disse que vai julgar a
declaração do IRA nos próximos meses e anos, acrescentando que, na
13. DEBATE:
A decisão de depor as armas foi tomada depois de um debate dentro do
próprio IRA, provocado pelo presidente do Sinn Fein (o braço político da
organização), Gerry Adams, para que a organização lutasse por seus
objetivos exclusivamente por meios políticos.
O IRA é responsabilizado por cerca de 1,8 mil assassinatos nos últimos 30
anos.
Quando fez o apelo à organização, em abril passado, Adams disse que se
tratava de uma "tentativa genuína de levar o processo de paz adiante".
O IRA luta pelo fim da presença britânica na Irlanda do Norte, que
levaria a uma Irlanda unida.
Na declaração desta quinta-feira, o IRA também lida com a questão da
entrega de suas armas, um dos pontos que vinha complicando o processo
de paz na Irlanda do Norte.
O grupo afirma que quer colocar suas armas fora de uso o mais rápido
possível. Um representante do IRA vai trabalhar com o órgão
internacional que fiscalizará a entrega das armas.
Segundo a declaração, o IRA também vai convidar testemunhas
independentes entre católicos e protestantes para tomar parte do
processo.
14. ATENTADO DO PREDIO Policial iraquiano inspeciona
carro destruído pelo ataque
em Kirkuk, cidade localizada
250 km ao norte de Bagdá