O documento discute o conceito de computação em nuvem, definindo-a como um modelo que permite o acesso a recursos computacionais como armazenamento, processamento e aplicações através da internet. Ele explica como a computação em nuvem surgiu a partir da evolução de outras tecnologias e conceitos e fornece definições do conceito segundo diferentes autores e instituições. Também descreve como a computação em nuvem funciona através de camadas que abstraem a infraestrutura e permitem escalabilidade e adaptabilidade.
Aplicabilidade do sistema de informação no desenvolvimento de sistemas embarc...
Um estudo sobre computação em nuvem
1. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 1
Um estudo sobre Computação em Nuvem
Thiago Pereira de Ázara1,
Matheus Souza2,
Elizabeth d´Arrochella Teixeira3
Faculdade Alvorada, Brasília, DF
junho/2011
Resumo: A computação em nuvem é um conceito que trás flexibilidade e mobilidade
para os usuários, esse modelo propõe o acesso de arquivos, execução de
aplicativos, permitindo usar recursos computacionais através da internet como
servidores, redes que são de uma maneira geral o hardware e software, assim
oferecendo serviços disponíveis a todo instante e permitindo que qualquer aparelho
execute os serviços, pois tudo é executado na nuvem.
Palavras-chave: Computação em nuvem. SOA.
1 Introdução
Segundo Taurion (2009) o modelo de computação em nuvem é o conceito de
usar recursos ociosos de computadores de qualquer lugar do mundo. Essa é uma
ideia que já vem despertando interesse entre os executivos da tecnologia da
informação.
A computação em nuvem surgiu a partir de uma evolução das diferenças de
várias outras tecnologias e conceitos, como o Grid (conceito de computação
distributiva, de forma global, compartilhamento de recursos computacionais) e o
modelo de Utility Computing (serviços comercializados com pagamento baseado no
uso), servidores virtuais, que são serviços virtualizados que rodam em uma mesma
máquina física e também sistemas como autonomic computing que são ferramentas
de auto-gerenciamento capazes de corrigir falhas e problemas que surgem das
tendências tecnologias como a Web 2.0, SOA (Service Oriented Arquitecture) e
SaaS (Software-as-a-Service).
Segundo Alecrim (2010) a computação em nuvem é uma ideia de usar diversas
aplicações por meio da internet, sem que estas aplicações estejam sendo
executadas localmente.
Segundo NIST (National Institute of Standards and Technology, Instituto Nacional
de Padrões e Tecnologia) o modelo computação em nuvem permite o uso de
recursos através da rede sob demanda que pode ser ajustado de acordo com seu
uso oferecendo condições de redução de custos de recursos computacionais, logo
proporcionando melhor performance na área de TI.
2 Tema e Justificativa
Segundo Taurion (2009), a Computação em nuvem é um conceito
computacional muito extenso, envolvendo várias tecnologias, surgindo de uma
evolução em conjunto dessas tecnologias
1 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, thiagoazara10@hotmail.com
2 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, tuta.23@hotmail.com
3 Mestra em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação , Professora no curso de BSI da Faculdade Alvorada,
darrochella.alv@terra.com.br
2. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 2
Hoje, muitas aplicações estão sendo disponibilizadas através da internet além
de serviços de armazenamento, plataformas de desenvolvimento de sistemas, e
ainda existe a disponibilidade de uma infra-estrutura de TI completa como exemplo:
servidores, redes e vários outros equipamentos e recursos de hardware e software.
Empresas conhecidas como Gmail, Youtube, Amazon, e tantos outras tem
aspectos comuns que são a disponibilidade de serviços a qualquer hora e acesso a
estes serviços através de qualquer dispositivo como celular, notebook, PDA,
smartphone e tantos outros.
3 Objetivos
Apresentar de forma sucinta, algumas características da computação em nuvem,
seguindo pela sua história, definições e o funcionamento do modelo computação em
nuvem.
4 Computação em nuvem não é um conceito novo
Segundo Chirigate, apud Mohamed (2009) a ideia da disponibilidade de recursos
de software e hardware na rede mundial não é algo novo. Nos anos 60, Joseph Carl
Robnett Licklider, um dos criadores da ARPANET (Advanced Research Projects
Agency Network, Agência de Pesquisas em Projetos Avançados), ARPANET é um
tipo de rede para conectar computadores de forma global.
Ainda em 1960, John McCarthy, um pesquisador importante na área de
informática, apresentou a ideia do uso da rede baseado no pagamento pelo seu uso.
Ainda segundo Chirigate, apud Mohamed (2009) uma das pioneiras a aderir esse
modelo de computação em nuvem foi a Salesforce.com, na qual oferecia aplicativos
empresarias através da internet.
A partir daí a computação em nuvem foi ganhado forças e começaram outras
grandes empresas a também oferecer serviços na nuvem: Amazon, Google,
Microsoft e IBM.
4.1 Definição
Segundo Taurion (2009), a computação em nuvem pode ser definida como um
“um conjunto de recursos como capacidade de processamento, armazenamento,
conectividade, plataformas, aplicações e serviços disponibilizados na internet”.
Ainda segundo Taurion (2009), algumas características principais podem ser
citadas em relação a este conceito:
A computação em nuvem passa uma ilusão de disponibilidades de recursos
infinitos e acessibilidade sob demanda;
A computação em nuvem elimina a necessidade de comprar recursos
antecipados.
A computação em nuvem permite a elasticidade, ou seja oferece suporte de
forma dinâmica para as empresas usarem recursos computacionais de acordo
com sua demanda de uso, permitindo assim a diminuição ou aumento de
utilização dos recursos de TI.
A computação em nuvem tem como característica o pagamento dos serviços
baseado na alocação de recursos computacionais, de acordo com a
demandas das empresas.
3. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 3
Ainda segundo Taurion(2009), a computação em nuvem é um conceito que
ainda não está completamente entendido. Algumas características erradas sobre
computação em nuvem que se popularizaram:
A computação em nuvem é a nova geração da internet.
Resposta: A nuvem não é uma opção para a internet, e sim um conjunto de
serviços que aumentará a funcionalidade da rede mundial de computadores e com
ela poderá expandir pra uma área muito maior.
A computação em nuvem gera recursos livres de máquina.
Resposta: Esse novo paradigma, não significa que qualquer pessoa poderá
acessar qualquer computador ou que poderá acessar qualquer nuvem sem
restrições, por que cada nuvem tem a sua política de acesso, nível de controle e
gerenciamento de usos dos serviços.
A computação em nuvem irá dominar tudo e os data centers ficarão
obsoletos.
Resposta: As empresas de pequeno e médio porte, poderão escolher as
nuvens como seus data centers, mas num futuro próximo, os data centers poderão
aplicar este conceito internamente oferecendo serviços para o mercado.
Pode-se usar sem restrições recursos de diferentes nuvens.
Resposta: Isso só é possível na teoria, pois na prática é muito mais
complicado do que se imagina. Exemplo disso é a integração de serviços de e-mail
com um outro aplicativo em nuvem, tornando isso quase impossível.
Permitir a troca de nuvem sem nenhum problema.
Resposta: Só é possível para os usuários domésticos, pessoas físicas, mas
para empresas, a troca não será simples pois exige tempo para recarregar os dados
de uma nuvem para outra, e ainda adaptação e treinamento dos funcionários para o
novo cenário.
Parar totalmente nosso data center e usá-lo de imediato em uma nuvem.
Resposta: Só é possível migrar um sistema em nuvem, quando não se tem
nenhum sistema legado, por que muitas nuvens restringem a linguagem específica
no uso desse sistema, o ambiente operacional e toda a infra-estrutura usada no seu
ambiente não poderá ser suportada.
Segundo NIST (2010), computação em nuvem oferece recursos como
armazenamento, redes, servidores, aplicações e serviços, que pode ser
configurados de acordo com a demanda. Esse conceito de nuvem permite o acesso
de serviços a qualquer hora e de qualquer lugar do mundo, com 5 características
considerados essenciais:
Auto-atendimento sobre demanda: O usuário pode de forma dinâmica
aumentar ou diminuir recursos computacionais de acordo com suas
necessidades.
Rede - Ampla capacidade de Acesso: disponível de forma global e suporte a
plataforma diferentes como exemplo: Smartphones, PDAs, computadores e
dispositivos que suporta esse tipo de serviço.
4. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 4
Pool de recursos: Controla recursos computacionais, que permite juntar
diferentes recursos físicos e virtuais espalhados em várias partes do mundo,
para tender aos usuários em um modelo de mult-tenant (palavra que
descreve vários clientes em uma nuvem pública), oferecendo a flexibilidade
de serviços de acordo com sua demanda. Todo esse processo é feito sem a
interferência do usuário.
Elasticidade rápida: capacidade de aumentar ou diminuir de forma rápida os
recursos computacionais, comprando os recursos de acordo com sua
necessidade a na hora que necessita.
Medidas de serviço: Os serviços são adaptados de acordo com a demanda
do usuário, podendo aumentar ou diminuir de forma dinâmica.
4.2 Como Funciona a Computação em Nuvem.
Segundo Taurion (2009), a computação em nuvem possui algumas
características próprias, que define o seu conjunto de tecnologias. Algumas dessas
são:
A abstração da infra-estrutura e a distribuição geográfica dos sistemas,
necessitando recursos administrativos e gerencias que permitem autonomia
de gestão e operação entre diversos domínios;
A heterogeneidade dos sistemas. Em outras palavras, significa que diferentes
sistemas que formam uma nuvem podem ter tecnologias que não seguem
nenhum tipo de padrão específico.
Escalabilidade que permite de forma dinâmica o aumento ou diminuição da
nuvem, de acordo com sua demanda.
Adaptabilidade. Significa que a nuvem se auto-reconfigura quando um nó está
indisponível. A característica básica da computação em nuvem é a
virtualização dos recursos computacionais.
Ainda segundo Taurion(2009), a visualização das tecnologias que formam a
computação em nuvem, pode ser mostrada como camadas e cada camada é
formada por tecnologias específicas.
Uma camada mais baixa, que é constituído de servidores, PC's e os sistemas
operacionais contidos neles
Em seguida, os middleware, que oferecem recursos de gestão distribuído.
Depois, uma camada de serviços orientado aos usuários, como exemplo,
programação em grid;
E por último, as camadas de aplicações e portais de acesso e programas que
exploram o potencial da computação em nuvem.
Segundo Taurion (2009), para compreender o conceito de computação em
nuvem é preciso entender que esse conceito é uma soma da evolução de várias
tecnologias, como o grid computing, processamento paralelo, automic computing,
virtualização e outras.
Dentre os desafios, podemos falar de aplicações que devem ser capazes de
rodar em um ambiente de nuvem, mas para que tudo funcione, é necessário
implementar várias funcionalidades que são:
Identificação e autenticação: É preciso a certeza que o usuário é de fato o
que diz ser.
5. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 5
Autorização e aderência a políticas: permitir ou não a execução do programa.
Localização dos recursos: Identificar computadores disponíveis para a
execução de algum programa.
Caracterização dos Recursos: computadores capazes de executar
determinados programas.
Alocação dos recursos: uma quantidade disponível de cada computador para
o programa pode usar a nuvem.
Contabilização/Níveis de Serviços: controlar os recursos disponíveis na
nuvem, acordos de níveis de serviço(SLA)
Verificar se as políticas de segurança estão sendo cumpridas, a forma de
registrar violações e maneiras de penalizar estas violações.
A figura 1, mostra de forma muito clara como funciona a computação em nuvem.
Figura 1 –Utilização de recursos na nuvem / fonte: Meta ( 2011)
Ainda segundo Taurion (2009) toda essa complexidade é de uma forma
escondida e que quando o usuário utiliza esses recursos nem imagina o que
acontece por trás de tudo isso.
Segundo Tujal (2010), a base da computação em nuvem é o seu funcionamento
sem interrupções garantindo serviços em qualquer hora, prover recursos de forma
automática sem que o usuário faça o processo de alocação de computadores
disponíveis procurando computadores que estejam accessíveis e prontos para
serem utilizados.
Segundo Taurion (2009), várias empresas já oferecem serviços em nuvem, como
a Google, Yahoo, Amazon e Locaweb.
Figura 2 – Cloud Server Pro / Fonte:Locaweb(2011)
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A figura 2, apresenta um dos serviços de computação em nuvem oferecidos
pelas Locaweb que é o Cloud Server Pro.
A figura 3, apresenta o serviço Cloud Hosting oferecido pela Locaweb
Figura 3 – Cloud Hosting
Fonte: Locaweb(2011)
O Cloud Server Pro é uma solução baseado em computação em nuvem que
permite a virtualização de servidores usando o sistema XEN, esse sistema permite a
individualidade dos servidores para cada cliente de forma segura.
O recursos computacionais da locaweb são oferecidos de forma de pacotes e
esses pacotes possui os recursos de memória e de processamento, o vCPU que
fica a c´rit´rio do cliente em aumentar ou diminuir esses recursos.
A Amazon é uma empresa que oferece recursos de desenvolvimento,
processamento, armazenamento e vários outros recursos, de acordo com o site da
própria empresa. Ela possui recursos computacionais distribuídos geograficamente,
inclusive possui data centers em outros países: Leste dos EUA (Norte da Virgínia),
Oeste dos EUA (Norte da Califórnia), UE (Portugal), Ásia Pacífico (Cingapura) e
Ásia-Pacífico (Tokyo). Assim, quando um cliente usa os serviços da Amazon ele está
usando somente os data centers da Amazon, mas o cliente não sabe ao certo em
qual lugar estão sendo executados os dados, pois dependendo da demanda do
cliente, da necessidade de mais recursos computacionais, a nuvem da Amazon irá
procurar qual computadores de seu domínio está disponível para a execução de
uma nova tarefa independentemente do local físico.
Segundo uma reportagem da revista Veja desenvolvida por Rydlewski (2009),
podemos ter uma ideia de como a computação em nuvem pode explorar ainda mais
a internet. Um fotografo, cede o tempo ocioso do seu computador para ser usado no
processamento de dados por pesquisas de Harvard.
Existem programas que fazem todo esse processo de alocação de recursos de
computadores individuais ociosos quando necessário, transformando como se fosse
um único computador para um objetivo. Um software chamado wcg_boinc_6.10.58
7. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 7
disponibilizado pela IBM em um projeto chamado, World Community Grid
(Comunidade Mundial em Grid) em que para participar, basta que você faça um
simples cadastro, escolher qual projeto você quer doar os recursos computacionais
e depois baixar o programa que irá fazer todo o trabalho e instalar em seu
computador, este programa é sempre iniciado junto com seu sistema windows, e pra
funcionar mesmo basta você digitar o seu login e senha no cadastro feito no site e
pronto.
Esse projeto usa o conceito de computação em Grid, que é bem semelhante a
computação em nuvem, uma breve comparação entre esses dois conceitos será
mostrado logo abaixo.
4.3 Comparação entre Grid e Nuvem
Segundo Foster (2002) a computação em Grid pode ser entendida em três partes
que são:
A computação em grid organiza seus recursos de forma não centralizada.
Significa que o modelo em Grid integra e coordena recursos e usuários de
diferentes domínios. Um exemplo dessa característica são os usuários
domésticos e um centro computacional, realidades totalmente diferentes,
mas que podem ser controladas pela Grid.
Utilizando protocolos e interfaces de padrão aberto para objetivos gerais, a
sua constituição de multi-protocolos e interfaces que acerca de assuntos
fundamentais como autenticação, autorização, descoberta e acesso aos
recursos.
Oferece uma boa qualidade nos serviços, como tempo de resposta,
disponibilidade e segurança.
Vistas essas características da computação em grid, segundo Chirigate, apud
Vaquero(2009), existem diferenças sutis entre computação em nuvem e computação
em grid, que são pontos importantes para um definição desses conceitos:
Alocação de recursos: Na computação em Grid acontece o compartilhamento
por igual dos recurso entre os usuários, já na computação em nuvem só é
alocado algum recurso quando é solicitado pelo o usuário.
Tanto a computação em nuvem quanto o grid possui suporte para a
virtualização, e também a computação em nuvem possui suporte para
virtualização de hardware, o que significa que é um programa que consegue
simular características de um computador físico, como por exemplo,
firmware(conjunto de instruções já embutidas nos equipamentos eletrônicos
dentro de um chip de memória, para a realização de uma tarefa.) e
dispositivos como cd-rom.
Plataforma de dependência: A computação em nuvem permite que
programas e serviços processem independentemente da plataforma
executada e livre de qualquer padrão ou domínio, ao contrario do grid.
Escalabilidade: Tanto a computação em grid quanto a computação em
nuvem possui a característica da escalabilidade, mas enquanto que no grid o
usuário tem que habilitar a estes recursos de forma manual através do
aumento de nós, na computação em nuvem isso é feito automaticamente.
Segundo Morimoto (2005) um Grid tem como função, aproveitar a capacidade
de processamento de vários computadores em conjunto para realização de tarefas,
8. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 8
a um custo mais baixo e com maior eficiência. Um Grid pode apresentar uma maior
flexibilidade, compartilhando um mesmo Grid entre dois clientes que podem estar
em diferentes lugares do planeta, pois em um Grid a ideia principal é a de não existir
um controle central, mais sim compartilhamento.
Por exemplo, duas empresas sediadas em países com fuso-horários
diferentes poderiam formar um grid combinando seus servidores web, de
modo que uma possa utilizar os ciclos de processamento ociosos da outra
em seus horários de pico, já que com horários diferentes os picos de
acessos aos servidores de cada empresa ocorrerão em horários
diferentes.(MORIMOTO, 2005).
4.4 Virtualização
Segundo a Sun (2009) das várias características presentes na computação em
nuvem, a mais importante que pode ser citada é a virtualização (se refere à criação
de ambientes virtuais ou também conhecidas como máquinas virtuais), com isso um
data center dinâmico com servidores fornecendo um conjunto de serviços de acordo
com a demanda.
Como um pequeno exemplo, é possível em um único computador rodar vários
outros sistemas operacionais, com se fossem outros computadores. Isso mostra que
os serviços adquiridos como algum tipo de aplicativos, podem ser implantados em
servidores virtuais, assim dispensando a compra de outros servidores físicos.
Esta é uma das características da virtualização: dinamismo, em outras palavras,
a capacidade de atender a necessidades do usuário de acordo com a demanda,
podendo diminuir ou aumentar a utilização de recursos, dispensando a compra de
computadores físicos. Uma outra vantagem é a escalabilidade por causa da
estrutura dinâmica que a computação em nuvem oferece.
Ainda segundo a Sun(2009), existem dois tipos de virtualização, que são a
paravirtualização, que consiste em que um único servidor físico rodar vários outros
servidores de forma virtual e tratados separadamente, e de clustering, que
consistem que vários servidores físicos funcionem como se fossem um único
servidor virtual.
4.5 Service Oriented Architectute (SOA)
Segundo Koch (2006), a SOA(Service-Oriented Architecture) se conceitua como
uma estratégia de criação dos serviços de uma empresa. O termo SOA apresenta
representações distintas, sendo uma conceituada como uma metodologia de
desenvolvimento de software e outra representando todos os ativos de uma
empresa.
A terceira palavra é um panorama de todos os ativos de software de uma
empresa, assim como uma planta arquitetônica é uma representação de
todas as peças que, juntas, formam uma construção.(KOCH, 2006)
Outra definição é que segundo Oásis (2006) a SOA se caracteriza como um
paradigma para organização e utilização dos serviços que são gerenciados por
diferentes proprietários.
Segundo Oásis (2006), as entidades desenvolvem soluções para resolver e dar
suporte aos problemas que são encontrados nas empresas. Estas soluções não
existem em quantidades proporcionais, pois uma necessidade pode necessitar de
uma combinação de competências para ser solucionada, da mesma forma que uma
competência pode tratar mais de uma situação problemática.
9. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 9
4.6 Modelos de Serviços
Segundo Armbrust (2009), a computação em nuvem está dividida em três
modelos de serviço que são os modelos de Software como um Serviço, Plataforma
como um Serviço e Infra-Estrutura como um Serviço.
Para Tujal (2010), modelos vem sendo sugeridos e apresentados através dos
fabricantes de equipamentos e provedores, mas que esses modelos só são
adaptativas em suas próprias plataformas.
Abaixo segue de forma sucinta, definições sobre esses modelos de serviços.
4.6.1 Software como um Serviço (SaaS)
Segundo Tujal (2010), Software ou Aplicação pode ser definido como um serviço
(SaaS ou AssS) para o usuário final por meio de uma plataforma web, ou seja,
através de um browser normalmente usado, oferecendo aplicativos corporativos ou
de automação de escritório por exemplo.
Segundo NIST, o modelo SaaS oferece aos usuários, aplicativos que rodam na
nuvem, permitindo o acesso de qualquer lugar de qualquer dispositivos, exemplo:
serviço de e-mail. O cliente não tem controle dos recursos computacionais da
nuvem.
4.6.2 Plataforma como um Serviço (PaaS)
Segundo Tujal (2010), oferecer uma plataforma completa remotamente
hospedada, significa ter um ambiente completo para o desenvolvimento de
aplicações, de interfaces, incluindo banco de dados alem de armazenamento e
ambiente de teste.
Significa que o usuário não tem controle da infra-estrutura subjacente que são os
servidores, sistemas operacionais e etc., mas tem o controle de aplicações que
estão implantadas nesses ambientes, podendo trabalhar nesse ambiente e salvar
seus arquivos.
Partindo de uma visão de negócio a PaaS oferece aos usuários serviços de
terceiros, aumentando o suporte para os usuários inscritos nas solicitações na área
de TI ou na solução de problemas pela web.
Segundo NIST (2010), o PaaS oferece uma estrutura de desenvolvimento de
aplicativos para web, como linguagens de programação e ferramentas
disponibilizados pelo provedor. O cliente não tem controle dos servidores da nuvem
como exemplo o controle do sistema operacional desse servidor.
4.6.3 Infra-estrutura como um Serviço (IaaS)
Segundo Tujal (2010), IaaS, Infra-estrutura como serviço, é uma maneira de
disponibilizar uma estrutura computacional, como servidores, roteadores, e vários
equipamentos que são usados remotamente, ou seja, todos os recursos
computacionais da área de TI pode usar esse modelo, esse modelo independe do
tipo de nuvem. Dessa forma, permite a dispensa de compra de servidores e outros
equipamentos de imediato.
Segundo NIST (2010), IaaS disponibiliza recursos de processamento de uma
infra-estrutura computacional, ou seja, toda uma estrutura que uma TI possui como
processamento, armazenamento, redes e outros recursos necessários. E o usuário
não tem controle dos servidores da nuvem como o controle do sistema operacional
do servidor.
10. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 10
4.7 Tipo de Nuvem
Segundo Tujal (2010), existem vários tipos de nuvens a partir de diversos
modelos já implementados. Com tantas arquiteturas diferentes, abaixo estão
definidos alguns modelos mais comuns no mercado.
4.7.1 Nuvem Privado ou Interna
Segundo Tujal (2010), toda a infra-estrutura da nuvem pode ser alugada ou ser
própria de uma organização.
Segundo NIST (2010), a infra-estrutura privada é exclusiva de uma organização,
que é controlada pela organização ou de um terceiro e o ambiente computacional
pode ser local ou fora da empresa.
A nuvem privada significa que a entidade tem exclusividade nos recursos
computacionais (servidores, redes, etc.) que estará usando, ou seja, seus serviços
não serão executados junto com outros clientes. Um exemplo dessa aplicação são
as entidades bancárias, em que a segurança está em primeiro lugar, segundo Freire
apud Taurion essas empresas bancárias já possui um grande ambiente
computacional e que para o seu acesso passa por firewall da própria empresa e não
disponibilizada por terceiros já pré-configurado, com todas as políticas adotadas e
aplicadas.
Segundo pesquisa feita pela Eucalyptus Systems(2011) 21 empresas citadas na
última Fortune 100 usam atualmente serviços de nuvem privada.
4.7.2 Nuvem Comunitária
Segundo Tujal (2010), Nuvem Comunitária significa que a estrutura de uma
nuvem é compartilhada por outras organizações e que tem suporte a comunidades
com um objetivo comum, por exemplo, segurança em rede, políticas etc..
Segundo NIST (2010), este nível de acesso é compartilhado por diversas
organizações e comporta uma determinada comunidade que tenha interesses em
comum, pode ser controlado pelas organizações ou de um terceiro independe do
local físico onde está.
4.7.3 Nuvem Pública
Segundo Tujal (2010), a nuvem pública é disponibilizada por entidades que
vende serviços em nuvem, e que está aberto ao público geral, ou seja, grandes
empresas como a Amazon, IBM e tantas outras que oferecem serviços em nuvem e
que a execução de serviços neste tipo de nuvem, é feita com vários clientes
usandos os mesmos recursos computacionais, mas que nenhum dos clientes tem
acesso a informações dos outros clientes, com auxilio de softwares que separam
cada cliente.
Segundo NIST (2010), é um tipo de estrutura que é disponibilizado ao público em
geral e essa estrutura é de propriedade de uma organização que disponibiliza
vendas de recursos em nuvem.
Com a nuvem pública, os dados são processados junto com outros clientes,
usando os mesmos recursos computacionais para atender a vários usuários e
aumentando ou diminuindo de acordo os recursos de acordo com a demanda dos
clientes.Um exemplo de serviços disponibilizados em nuvens públicas são, serviços
de e-mail e conta no youtube.com são alguns exemplos.
Segundo Sposito(2009) entre as empresas que utilizam serviços de nuvem
pública está a TecBan, empresa responsável pela de rede Banco 24horas, a TecBan
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também utiliza de nuvens privadas, mas tem como objetivo colocar o máximo de
conteúdo na nuvem para ter serviços mais flexíveis.
4.7.4 Nuvem Híbrida
Segundo Tujal (2010), essa infra-estrutura de nuvem é definida por mais de um
tipo de nuvem que pode ser nuvem privada com nuvem pública ou nuvem
comunitária que estão interligadas atrás de uma tecnologia padronizada ou
proprietária possibilitando o transporte de informações e aplicações.
Segundo NIST (2010), é uma infra-estrutura composta de duas ou mais nuvens,
exemplo, nuvem privada com nuvem pública que pertence a uma única organização,
mas que são ligadas usando tecnologias proprietárias que permitem a portabilidade
de dados e aplicativos.
Segundo VMWare, permite que empresas que tenham uma nuvem privado
provisionem de forma rápido os recursos da computação em nuvem ou estende de
forma segura sua infra-estrutura interna(ou nuvem privada) virtualizado para nuvem
pública, tudo isso é possível através de softwares que compõem a nuvem, no caso
da VMWare com o VMWare vCloud Datacenter Services , controla a carga de
trabalho de um ambiente computacional de uma infra-estrutura virtualizada interna
para uma nuvem externa ou vice-versa.
4.8 Vantagens da Computação em Nuvem
Segundo Alecrim (2008), algumas características importantes que a computação
em nuvem pode oferecer são:
Na maioria dos casos, o usuário pode ter acesso as todas as aplicações
independente da plataforma usada.
Dependendo do fornecedor, o usuário terá uma alta disponibilidade dos
serviços oferecidos pelo fornecedor.
Maior controle de gastos, pois muitas aplicações em nuvem são gratuitas e
quando é necessário pagar, será apenas sobre o uso.
Dispensa a aquisição de hardware de imediato para a empresa que pretende
criar ou migrar sua área de TI para as nuvens.
Segundo SISNEMA (2009) ressalta algumas características mais importantes da
computação em nuvem que são:
Melhor aproveitamento dos recursos de hardware;
Recursos podem ser utilizados ao máximo e controlados de uma maneira
inteligente;
Economia;
Flexibilidade;
Capacidade de atualização sem impacto para o usuário;
A figura 2, retrata de forma simples as formas utilização da nuvem.
12. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 12
Figura 2 – Utilização da computação em nuvem
fonte: IBM (2010)
Segundo IBM (2010) foi feito um estudo baseado em seus clientes e na própria
IBM, mostram que a computação em nuvem tem vários benefícios como o melhor
aproveitamento dos recursos e flexibilidade. Alguns dados deste estudo:
- Perto de 80% dos clientes IBM estão fazendo compartilhamento de recursos
com uma infra-estrutura altamente virtualizada.
- Quase 60% dos clientes IBM procuram nuvens com características de auto-
atendimento.
- Clientes que usam nuvens de acesso público são superiores a 85%.
68% dos clientes IBM pagam pelos serviços oferecidos na nuvem.
63% dos clientes IBM se beneficiam de nuvem Internet/Web based (sistemas
desenvolvidos e gerenciados na internet)
47% dos clientes de nuvem publica utilizam de uma infra-estrutura altamente
virtualizado.
4.9 Desafios Enfrentados na Computação em Nuvem
Segundo Jon Brodkin, apud Gartner(2008), existem pontos que são
extremamente importantes para o uso da computação em nuvem com segurança.
Acesso privilegiado de usuários: Dados que são executados fora do ambiente
da empresa é um risco inerente, para minimizar este risco consiga o máximo
de informação sobre quem irá controlar seus dados além de exigir dos
fornecedores informações específicas de quem terá privilégios de
administrador para daí controlar os acessos aos dados.
Localidade dos dados: Quando a empresa opta por trabalhar na nuvem,
provavelmente ela não sabe nem mesmo o país onde são processados seus
dados. Questione o seu fornecedor se eles estão dispostos a armazenar e
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processar dados em jurisdição específica, ou seja se obedecerá as regras
específicas do país de origem da empresa.
Recuperação dos dados: Empresas que trabalham com a computação em
nuvem, não sabem exatamente onde estão fisicamente seus dados. É uma
boa ideia questionar ao fornecedor quanto à sua capacidade de restauração
completa dos dados e quanto tempo será necessário.
Longo prazo: Os forncedores podem entrar em falência ou ser vendidas por
outras empresas maiores, então é essencial saber quais garantias o
fornecedor pode oferecer para sua informações.
5 Conclusão
Segundo IBM (2010), a computação em nuvem com base em estudos realizados
com seus clientes, oferece várias vantagens que cada vez mais vem atraindo
empresas que procuram disponibilidade de serviços de qualquer lugar do mundo.
Usuários que utilizam esse modelo, não precisam ter preocupações de instalação de
aplicativo por que tudo é executado na nuvem. Outra vantagem é a mobilidade,
sendo possível acessar seus dados de qualquer lugar do mundo, a qualquer hora e
ainda permite o acesso de quaisquer dispositivos para esse acesso.
A computação em nuvem promete várias vantagens, que segundo vários
autores e pesquisas sendo realizadas, muitos usuários estão aderindo a essa nova
tendência que segundo Taurion (2009) é uma ideia nova que está sendo conhecida
e que não está totalmente entendida entre os profissionais de TI.
6 Referências Bibliográficas
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