As coberturas mediterrânicas, verdes e productivas promovem o bem estar e a qualidade de vida das populações e contribuem decisivamente para o aumento da resiliência das cidades. Por esta razão é essencial não apenas o conhecimento das soluções existentes que melhor se adaptam ao nosso clima, como ainda o desenvolvimento das competências essenciais para a boa implementação daquelas soluções.
O enfoque deste Workshop está na demonstração das oportunidades de intervenção na “quinta fachada” do edificado, conducentes à melhoria do desempenho energético dos edifícios, à redução do “efeito ilha de calor”, à boa gestão das águas pluviais, à melhoria da qualidade do ar, ao aumento da biodiversidade e à segurança alimentar das populações urbanas.
O Workshop é dirigido a todos os decisores que influenciam a qualidade de construção do meio edificado.
A inscrição para o Workshop é gratuita sendo pre-inscrição individual e obrigatoria.
Mais informações: Tel: 918 613 023 - e-mail: mail@construcaosustentavel.pt
Construção sustentável reduz impacto ambiental em 40
1.
2. A indústria da construção é um dos maiores consumidores de matérias-
primas, produz uma das maiores parcelas de resíduos e os edifícios são
grandes consumidores de energia.
A nível da U.E, os edifícios são responsáveis:
40 % das necessidades energéticas (energia primária)
e das matérias-primas
40% do total de emissões de CO2
20% da água potável
As pessoas passam cerca de 85-90% das suas vidas dentro de espaços
construídos, considerando a casa, o trabalho e os tempos livres, sendo por
isso afectados por estes ambientes. (Fonte: European commission – Joint Research, 2003 )
Existe uma relação causa - efeito entre as condições de habitabilidade
e o nível de saúde dos seus habitantes.
Ideia do Impacte e das Oportunidades de construir de forma sustentável
3. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
Conceito: Abordagem integrada de criação e gestão responsável de um ambiente
construído saudável, baseado na eficiência de recursos e princípios
ecológicos (Fonte: Kibert, C.J., 1994 )
Trata-se de uma forma radicalmente diferente de pensar e exige uma integração de experiências em
arquitectura, design, engenharia civil, engenharia do ambiente, e outras ciências,
nomeadamente as sociais, uma vez que considera aspectos ambientais, socio-
económicos e culturais.
4. Objectivos clássicos: funcionalidade, segurança, economia e durabilidade.
Princípios da construção sustentável:
• minimização do consumo de recursos
• maximização da reutilização de recursos
• utilização de recursos renováveis
• protecção do ambiente natural
• criação de um ambiente saudável e não tóxico
• procura de qualidade na criação do ambiente construído
5. CICLO DE VIDA DE UM EMPREENDIMENTO
85% do impacte ambiental dos edifícios acontece durante a fase em que são habitados
(fase que se estende por mais tempo durante o seu ciclo de vida)
6. BOAS PRÁTICAS
-Ter sempre em consideração a concepção bioclimática dos edifícios, isto
é, conhecer e considerar no projecto as condições do local de construção,
em termos de orientação geográfica, luminosidade, vento, recursos
aquáticos e tipo de solo.
- Outras medidas: medidas solares passivas (por exemplo, paredes de
trombe e coberturas ajardinadas) e/ou medidas solares activas (por
exemplo, instalação de painéis solares).
- Gerir de forma adequada todas as actividades de forma a diminuir os
efeitos que provocam no ambiente e na saúde, numa perspectiva de ciclo
de vida (minimizar consumos materiais, energia e água, reduzir a poluição).
- Adequada selecção de materiais para construção (compra de materiais
com menores impactes negativos ).
- Medidas que permitam o aproveitamento das águas cinzentas e da água
da chuva.
-Formação/sensibilização.
7. O acréscimo de custos de um edifício de qualidade pode ser rentável
a curto prazo.
Edifícios de escritório nos USA:
Uma melhoria da envolvente, dos materiais utilizados (qualidade térmica, qualidade
acústica) e da utilização da iluminação natural, que resulte num acréscimo de 10% nos
custos de construção, é rapidamente amortizado devido ao aumento de produtividade dos
trabalhadores e poupança de energia.
Hospitais:
A melhoria da envolvente e dos materiais utilizados que se traduz numa melhor qualidade
interior, pode levar a uma redução do tempo de permanência dos utentes internados e
portanto uma redução dos encargos sociais associados, para além da poupança em
energia.
Fonte: IPAMB – www.ipamb.pt
8. CUSTOS
Edifícios sustentáveis: Com um investimento 2 a 7,5 % superior ao dispendido nos
edifícios de construção usual, os activos podem obter um maior retorno, atraindo
rendas mais elevadas, bem como registar maiores crescimentos nas taxas de
ocupação (dados EUA).
Custos reais associados aos edifícios “mais verdes”: O sector imobiliário ainda
está longe de conseguir fornecer valores com exactidão relativos à eficiência
energética dos edifícios, devido à inexistência de acordo quanto aos standards de
medição e consequentemente, da ausência de dados que permitam a realização de
um “benchmarking credível”
Fonte: consultora CB Richard Ellis, relatório “Who Pays for Green? The Economics of Sustainable Buildings” (www.cbre.co.uk)
Todos os custos devem ser conhecidos:
Custo da casa (>/=/<)
Custo do consumo de água e energia (<)
Custo do condomínio (<) Competitividade
Custo da manutenção (<)
9. O que os consumidores valorizam na compra da
habitação?
Como incentivar os consumidores para a sua aquisição?
Como é que a compra de habitações sustentáveis pode
contribuir para a mitigação das alterações climáticas?
10. EVOLUÇÃO DO PREÇO DO PETRÓLEO
O preço do petróleo em 2011 subiu até 217% comparativamente
à média do preço dos 7 anos anteriores
Os preços do gás natural e da electricidade também são
potenciais fontes com tendência á subida de preços
11. EFEITOS DO AQUECIMENTO GLOBAL
Aquecimento das calotes polares
Aumento da intensidade dos furacões
Aumento do nível do mar
Aumento das áreas consideradas como deserto
Aumento do número de mortes, causadas por catástrofes
naturais
12. GASTOS ENERGÉTICOS
A água quente sanitária e o aquecimento central representam
66% dos gastos anuais de uma família
Uma casa unifamiliar despende em média 46% da energia
consumida em aquecimento central e 20% em água quente
sanitária
A fonte energética mais utilizada para o aquecimento central é o
gasóleo
13. O uso de coberturas verdes
Preocupação com os
consumos energéticos
Redução da acumulação de
energia nas coberturas do
edificado
Bom isolamento térmico
Aumendo da vida util da
cobertura através da
protecção UV resultante da
cobertura verde Fonte: City of Toronto – What is a Green
Roof – www..toronto.com
14. Coberturas verdes e energias renováveis
2 em 1
Redução de consumos
energéticos de forma passiva –
cobertura verde
Redução de consumos
energéticos de forma activa –
sistema solar
15. Ter em atenção que:
A combinação sistema solar
vs vegetação
Sistema solar térmico
- A instalação não deve ter
mais de 5% da superfície
sombreada
- Praticamente inoperante
com 20% da superfície
coberta por sombras
Sistema solar fotovoltaico
- Não existência de
sombreamentos
16. Ter em atenção que:
Os colectores solares
térmicos e módulos
fotovoltaicos têm inclinações
mínimas:
15º a 20º para colectores solares
térmicos
(reduz depósitos de sujidade,
remoção da condensação)
12º para módulos fotovoltaicos
(reduz depósitos de sujidade)
17. Casos de estudo
Integração em coberturas verdes
Implantação de 6 colectores
solares
Versão horizontal para
minimizar altura
Azimute solar: -20º
18. Integração em coberturas verdes
Caso I
Zonas múltiplas resultantes da
integração arquitectónica
Criação de zona de gravilha para
instalação de colectores
Utilizada como zona de passagem
para acesso a toda a periferia da
cobertura
Uso para colocação de
equipamentos de AVAC ou outros
Zona verde com tamanho
ligeiramente reduzido
26. Integração em coberturas verdes
Caso III – Integração Arquitectónica
Fonte: http://www.greenroofdesign.co.uk/archives/cat_monumentbuilding.html
27. Cobertura verde e energia solar
Cobertura verde aumenta eficiência
de módulos fotovoltaicos
Perfeita integração de colectores
solares térmicos e módulos solares
Redução dos consumos energéticos
Comportamento térmico melhorado
Aumento da sustentabilidade do
edificado
Redução da pegada ecológica
28. ALVOR BAIA Hotel
Collector: GK10
Gross area: 400 m2
Sonnenkraft
Partner:
No
Total tank
volume:
30.000 l
Year of
commissioning:
Under construction
29. Estarreja swimming pool
Collector: GK10
Gross area: 270 m2
Sonnenkraft
Partner:
No
Total tank
volume:
4.000 l
Year of
commissioning:
2010
30. Almada swimming pool
Collector: SK500N
Gross area: 395 m2
Sonnenkraft
Partner:
No
Total tank
volume:
-
Year of
commissioning:
2009
31. INATEL Albufeira Hotel
Collector: SK500N
Gross area: 220 m2
Sonnenkraft
Partner:
No
Total tank
volume:
15.000 l
Year of
commissioning:
2010
32. MARINA DE OLHÃO Hotel
Collector: GK10
Gross area: 270 m2
Sonnenkraft
Partner:
No
Total tank
volume:
5000l+5000l
Year of
commissioning:
2010