A poesia descreve a perda da inocência e pureza original da autora através do contato com a realidade do mundo. Ela se sente acorrentada por significados secretos e terroríficos e comparada a uma mentira vã da realidade, assim como as rosas adormecidas nas campas do amor eterno.

1. ESCOLA SECUNDÁRIA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO
Joana Bettencourt 11ºK
É o brilho que me falta
Ao ar que a mais respiro.
O sopro carnal da necessidade
Que decepcionadamente
Entra em contacto com o já pré-fabricado paradoxo.
Roubou um bocado de mim,
O único fragmento celestial,
Outrora inteiramente vazio e puro,
Para o acorrentar com o meu próprio terrorífico significado de secretismo.
Platonicamente real
Como o cheiro das rosas, que tão tacticamente
Se encontram adormecidas nas campas do amor eterno;
Que elas, tal como eu,
São meros fantoches da existência.
Apenas mais uma mentira reles da realidade
Uma tentativa vã que esta fez para que jamais paremos de trincar a maçã;
Maçã
Que já nem tenta ocultar o fedor pútrido da sua mortalidade imortal.