O documento discute a técnica de raquianestesia para cirurgias plásticas no tórax superior, incluindo detalhes sobre drogas, volumes, posicionamento e monitorização do paciente. A técnica envolve punção lombar com bupivacaína hiperbárica, sufentanil e clonidina para bloqueio sensitivo no nível torácico alto, preservando a função motora e respiratória. Complicações potenciais como hipotensão e depressão respiratória são discutidas, assim como estratégias para sua
2. Celso Schmalfuss Nogueira
Dotado de razão.
Que se concebe segundo a
razão.
Que se baseia no raciocínio.
COERENTE
LÓGICO
PROCEDENTE
Controvérsias em
Anestesiologia:
da Teoria à
Prática Clínica
4. RAQUI ALTA POR
PUNÇÃO ACIDENTAL
DE DURAMATER
DURANTE
REALIZAÇÃO DE
BLOQUEIO
PERIDURAL
DOSE E VOLUME
ELEVADOS DE
ANESTÉSICO LOCAL
RAQUI ALTA EM
CESARIANA
COMPRESSÃO
AORTO-CAVA
SINDROME SUPINO-
HIPOTENSIVA
RAQUI ALTA COM
PUNÇÃO LOMBAR
Retorno venoso
Débito cardíaco
Hipotensão arterial
Isquemia bulbar
Ins. respiratória
Apnéia
Bloqueio motor alto
Risco
Materno
e Fetal
5. Raquianestesia para cirurgias torácicas
Punção lombar
Harry Koster – 1928 – Survey of Anesthesiology
3500 raquianestesias – cabeça, face, pescoço, tórax
e abdome
Punção torácica
Soresi AL – 1937
Frumin MJ et al – 1954
10 pacientes adultos
T12 – 0,5 ml procaína 5%
Imbelloni (Brasil)
Ressonância magnética em vivos
6. Indicações
Cirurgia Plástica Estética
Mamaplastia
mastopexia, redução, prótese*
Lipoaspiração e Lipoescultura
Abdominoplastia
Cirurgias combinadas
Cirurgia Plástica Reparadora
Reconstruções
Queimados
Pacientes ASA I e II
Cirurgia realizada
na posição
horizontal
Cirurgias de 4 a 5
horas de duração
Respeitar contra-
indicações da
técnica
* Apenas prótese de mama: anestesia local com sedação
7. Técnica anestésica
Raquianestesia
Punção LOMBAR em L2-L3, L3-L4
Agulha ponta de lápis 27G
As drogas utilizadas
Bupivacaína hiperbárica 0,5% – 20 mg
Sufentanil – 5 µg
Clonidina – 1 a 2 µg.kg-1 (150 µg)
Velocidade de injeção – rápida
Posicionamento
Cefalodeclive 30º de 10 a 15 minutos
Nível sensitivo
Torácico alto ou cervical
0,33%
Solução
hiperbárica
9. Imediatamente após a punção,
Cefalodeclive (30º) - 10 a 15 minutos
Grande
risco de
escorregar
da mesa
cirúrgica
Retorno venoso
Débito Cardíaco
Reflexo de Bezold-Jarisch
10. Bloqueio
Sensitivo
Bloqueio
Autonômico
Bloqueio
motor
2 a 6
metâmeros
2 a 6
metâmeros
Fibras Nervosas
Bloqueio diferencial
na Raquianestesia
Na Raquianestesia Alta o bloqueio diferencial fica bem evidente, com
preservação da atividade motora na região torácica alta e membros
superiores
11. Comprimento da Coluna Vertebral
60 a 70 cm ou 2/5 da altura
Comprimento da Medula Espinhal
44 a 46 cm
16. Sistema cardiovascular
Bloqueio simpático (T1-L2)
Pressão arterial
Estabilidade hemodinâmica
Hipotensão discreta
Boa resposta à vasoconstritores
Efedrina, Metaraminol
Mobilização da paciente
“Controle da pressão arterial alterado”
Hipotensão arterial
Vasoconstritor 3 a 5 minutos antes
Frequência cardíaca
Mantém, dentro dos limites da normalidade
Bloqueio de fibras cardioaceleradoras (T1-T4)
Tônus vascular
residual
(60 % da RVPT)
Sancetta SM, Lynn RB, Simeone FA et
AL. Studies of hemodynamics changes
in humans following induction of low and
high spinal anesthesia. Circulation
1952;6:559-71.
Cefalodeclive
> Retorno
venoso
Nunca
desmonitorizar
20. Sistema respiratório
Diafragma: ação preservada
Nervo frênico: C3-C5
Plexo braquial: de C5-T1
Músculos intercostais altos: ação preservada
Oximetria de pulso
Mantida ou discreta queda
Oxigênio suplementar – cateter nasal com O2
Capnografia
EtCO2 normal
Sem queixa de dispnéia
Paciente fala em voz alta
Volume corrente mantido
Raízes motoras são
anteriores
21. Sedação
Avaliado caso a caso
Clonidina intratecal
< incidência de tremores
Midazolam
Cetamina
Outros
Evitar droperidol (bloqueio α-adrenérgico)
22. Falhas técnicas
Problemas de altura do bloqueio sensitivo
Adicionar anestésico local na solução para
infiltração
Associação opióide + bzd e/ou propofol
Associação dextrocetamina + bzd e/ou
propofol
Anestesia geral balanceada ou venosa total
23. Complicações
Depressão respiratória importante
Intubação traqueal ou máscara laríngea
Suporte ventilatório
Hipotensão arterial
Vasoconstritor
Reposição volêmica
Bradicardia
Atropina
Outras complicações
O PREÇO DA
SEGURANÇA É A
ETERNA
VIGILÂNCIA
25. Técnica anestésica
Variações técnicas
Punção em decúbito lateral
Após gotejamento de líquor, posicionar em
cefalodeclive e injetar a mistura anestésica.
Deve diminuir dose de anestésico local
Acréscimo de 2 (dois) mililitros de líquor,
completando 8 mililitros a ser injetado (Bupi
a 0,25%)
Diminuição ou aumento da dose de
bupivacaína
Substituição do sufentanil por fentanil
Não usar opióide
26. RAQUI ALTA POR
PUNÇÃO ACIDENTAL
DE DURAMATER
DURANTE
REALIZAÇÃO DE
BLOQUEIO
PERIDURAL
DOSE E VOLUME
ELEVADOS DE
ANESTÉSICO LOCAL
RAQUI ALTA EM
CESARIANA
COMPRESSÃO
AORTO-CAVA
SINDROME SUPINO-
HIPOTENSIVA
RAQUI ALTA COM
PUNÇÃO LOMBAR
Retorno venoso
Débito cardíaco
Hipotensão arterial
Isquemia bulbar
Ins. respiratória
Apnéia
Bloqueio motor alto
Risco
Materno
e Fetal
Niveis pressóricos
mantidos ou pequena
queda
Eupnéia
Sem bloqueio motor
alto
Estabilidade
Hemodinâmica
e Respiratória
27. Simplicidade e Eficácia
da Técnica
Drogas e doses
seguras
Alterações
hemodinâmicas
discretas e
responsivas aos
tratamentos
convencionais
Preservação da
função respiratória
Excelente
analgesia pós-
operatória
Menor
incidência
de tremores
Menor incidência
de fenômenos
tromboembólicos
Menos náuseas
e vômitos pós-
operatórios
Punção em nível lombar
L2-L3 / L3-L4
Aceitação dos
cirurgiões e pacientes
Menor custo
Escolha pessoal das
médicas anestesistas