SlideShare a Scribd company logo
1 of 18
AlmeidaAlmeida
GarrettGarrett
carlos h carneiro
youtube.com/letradeletra
Publicado nos anos de
1843 e 1846, na Revista
Universal Lisboense
Almeida Garrett - 1799 - 1854
Frades e barões: dois símbolos importantes do livro. Em seguida, a instituição
universitária é também criticada. Contudo, o narrador parece estar desviando-se
da história principal. A técnica de “desvio e retardamento” caracterizam o estilo
digressivo – como em “M P B Cubas”.
Garrett suspende, vez por outra, a narrativa e emite opiniões a respeito do
assunto do momento. A digressão é uma constante
De como o autor deste erudito livro se resolveu a viajar na sua terra, depois de ter
viajado no seu quarto; e como resolveu imortalizar-se escrevendo estas suas
viagens. Parte para Santarém. Chega ao terreiro do Paço, embarca no vapor de Vila
Nova; e o que aí lhe sucede. A Dedução Cronológica e a Baixa de Lisboa.
Lorde Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os ilhavos e os Bordas-d’Água:
os da calça larga levam a melhor.
Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de inverno, em Turim,
que é quase tão frio como S. Petersburgo — entende-se. Mas com este clima, com
esse ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o
próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal.
[ cap 1]
nota - alusão ao popular de Xavier de Maistre, Voyage autor de ma
chambre, que decerto foi iniciado a escrever em Turim, e que muitos
supõem que tenha sido concluído em São Petersburgo.
Em Viagens na minha terra, Garrett procura estabelecer
uma conexão entre passado, presente e futuro, utilizando-
se das memórias e das imagens.
Estas vão ser corporificadas através de seus personagens
principais, cada um deles configurando um aspecto-
símbolo da história de Portugal.
AS HISTÓRIAS
PRINCIPAIS DO LIVRO
Carlos e Joaninha
[ A menina dos rouxinóis ]
Viagem do narrador:
Lisboa a Santarém
GUERRA CIVIL
entre absolutistas e constitucionalistas.
[ Pedro IV e Miguel – 1828 – 34 ]
João VI Carlota
Pedro MiguelLeopoldina
Pedro II Maria II
Isabel
Conde D´Eu, Pedro II, Thereza e Isabel
conde D´Eu
Luís
Pedro de Alacântara
renunciou à nobreza
Pedro
Luiz Orleans e Bragança
Chefe da Casa Imperial do Brasil
“Ora, nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizada
a marcha de nosso progresso social”
Princípios para a civilização e o progresso:
princípio espiritualista – “que marcha sem atender à parte material e terrena desta vida,
com os olhos fitos em suas grandes e abstratas teorias, hirto, seco, duro, inflexível, e que
pode bem personalizar-se, simbolizar-se pelo famoso mito do cavaleiro da Mancha, D.
Quixote”
princípio materialista – “que, sem fazer caso, nem cabedal dessas teorias,
em que não crê e cujas impossíveis aplicações declara todas utopias, pode bem
representar-se pela rotunda e anafada presença do nosso amigo velho, Sancho Pança”
 Navega pelo rio Tejo e observa povo local
 Mundo dividido como o tema de D Quixote: espiritualistas e
materialistas
(o progresso estaria na convivência de ambos, no mundo)
 Reclama das estradas e chega a Vila Nova da Rainha : lugar
feio
A narrativa
Principais ações
• Chega a Azambuja : incomoda-se com as ruínas
(trata da possível decepção do leitor, pois não usará linguagem romântica)
• Nos pinhais de Azambuja faz reflexões sobre modéstia
• Trata da receita para livro de sucesso
 Homenageia Camões, valorizando seu estilo; cita Goethe e Dante Alighieri
 No universo do sonho, vê o marquês de Pombal mas não consegue conversar
 Cartaxo (produz bebidas) – encanta-se com a vegetação mas se recusa a fazer
versos
 É lembrado que D Pedro esteve ali com os liberais (pensa na guerra)
• Ponte Asseca
• Lembra Junot, militar a serviço de Napoleão que por ali passara
• Garrett lembra sua viagem a França, na juventude
• No Vale de Santarém vê beleza; encanta-se com uma janela
enfeitada e rouxinóis
• Inicia-se a história de Joaninha e Carlos
• Carlos chega à cidade revê Joaninha (beijam-se)
• O narrador revela que Carlos ama Joaninha mas se relaciona com Georgina, na
Inglaterra
• Carlos hesita em fazer visita à casa de sua avó, acaba desistindo
(ele ainda tem Soledade, amante)
• Primo de Joaninha seria um “Adão social” que deseja ser “Adão natural” – libertar-se
das correntes morais
• Com receios, decide se encontrar com Joaninha – mesmo em
território dos miguelistas
• Joaninha desconfia que seu primo tem outra mulher
• O narrador que estava no vale, chega a Santarém e decepciona-
se
• Trata de poetas da Europa e se justifica dizendo que não se
apegará a datas exatas, em sua história
Sta Iria (ou Irene), a lenda: jovem é raptada e morta por um cavaleiro que
hospedou-se em sua casa
Sta Iria na versão do povo: Iria era freira que aparentou estar grávida; seu
ex-apaixonado mandou matá-la e seu corpo jogado no rio; tempos depois,
no Tejo, Iria aparece (é uma santa)
• O autor volta tratar Santarém com tristeza por seu estado acabado, um tanto
destruído
• Garrett se desculpa com leitores por suas digressões
• Carlos é ferido e se vê ao lado de Georgina– ela diz que sabe de tudo e que não o
ama mais
• Diniz surge e pede perdão a Carlos. Este o acusa de ter matado seu pai. Diniz pede
que o mate
• Francisca aparece e impede a tragédia revelando que o frei era seu pai. Carlos
desmaia
• A história é revelada : Diniz era amante da mãe de Carlos e resiste a uma
emboscada feita pelo marido – acaba assassinando-o.
• Carlos parte para Évora
• O narrador está na Ribeira de Santarém : divaga sobre Lisboa e
suas saudades
• Garrett revela que voltará a Santarém para continuar a história
(passa pelo túmulo de Frei Gil)
• Diniz e Georgina saem da cidade – esta última leva consigo
Francisca e Joaninha debilitadas
• Garrett visita túmulo de D Fernando e de novo critica o descaso
com monumentos históricos
• Na casa que teria sido de Joaninha, Garrett encontra Diniz e
Francisca. Joaninha teria morrido
• Recebe cartas que Carlos escrevera à prima. Nelas, estão as
amadas Julia e Laura (irmãs de Georgina)
• O primo de Joaninha irá tornar-se político. Georgina, abadessa,
na Inglaterra.
Fim
Em maio de 1834, Carlos escreve de Évora e se
despede de Joaninha... o mesmo lugar em que Miguel
assina a “Concessão” e é exilado, na França
Carlos
X
Dinis
Pedro
X
Miguel
Santarém seria uma
corruptela do nome
“Santa Irene” (Iria)
LITERATURA
ENSINO MÉDIO
carlos h carneiro
letradeletra.wordpress.com
youtube.com/letradeletra

More Related Content

What's hot

Os Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítuloOs Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítulo
Daniela Filipa Sousa
 
Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)
Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)
Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)
Teresa Ferreira
 
Dicotomia cidade campo
Dicotomia cidade campoDicotomia cidade campo
Dicotomia cidade campo
1103sancho
 

What's hot (20)

Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Memorial do convento
Memorial do conventoMemorial do convento
Memorial do convento
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Os Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítuloOs Maias - a ação & titulo e subtítulo
Os Maias - a ação & titulo e subtítulo
 
Memorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIXMemorial do convento - Capítulo XIX
Memorial do convento - Capítulo XIX
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Cristalizacoes
CristalizacoesCristalizacoes
Cristalizacoes
 
sintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.pptsintese_farsa_ines.ppt
sintese_farsa_ines.ppt
 
Ceifeira
CeifeiraCeifeira
Ceifeira
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-Sistematização
 
Os Maias - análise
Os Maias - análise Os Maias - análise
Os Maias - análise
 
Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2
 
Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)
Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)
Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)
 
Contextualização literária de "Os Maias"
Contextualização literária de "Os Maias"Contextualização literária de "Os Maias"
Contextualização literária de "Os Maias"
 
Viagens na minha terra - Almeida Garret - 3ª A - 2013
Viagens na minha terra - Almeida Garret - 3ª A -  2013Viagens na minha terra - Almeida Garret - 3ª A -  2013
Viagens na minha terra - Almeida Garret - 3ª A - 2013
 
Dicotomia cidade campo
Dicotomia cidade campoDicotomia cidade campo
Dicotomia cidade campo
 
Os maias a intriga
Os maias   a intrigaOs maias   a intriga
Os maias a intriga
 
Narrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasNarrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os Maias
 
Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel Central
 
Memorial do convento
Memorial do conventoMemorial do convento
Memorial do convento
 

Similar to Viagens na minha terra (Garrett) - resumo

Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
rafabebum
 
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Daniel Leitão
 
Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa
Dhay Lima
 
Cap08 arcadismo
Cap08 arcadismoCap08 arcadismo
Cap08 arcadismo
whybells
 
Memórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de miliciasMemórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de milicias
SESI012
 

Similar to Viagens na minha terra (Garrett) - resumo (20)

Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Eça de Queiroz
Eça de QueirozEça de Queiroz
Eça de Queiroz
 
Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a minha Terra - 2ª A - 2011
 
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
Viagens a Minha Terra - 2ª A - 2011
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Viagens na minha terra.pptx
Viagens na minha terra.pptxViagens na minha terra.pptx
Viagens na minha terra.pptx
 
Viagens na minha terra 3ª B - 2013
Viagens na minha terra 3ª B -  2013Viagens na minha terra 3ª B -  2013
Viagens na minha terra 3ª B - 2013
 
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmilaViagens na minha terra (5)edyane e ludmila
Viagens na minha terra (5)edyane e ludmila
 
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)2ª fase modernista (prosa)
2ª fase modernista (prosa)
 
Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa Segunda Geração da prosa
Segunda Geração da prosa
 
Segundo momento modernista prosa
Segundo momento modernista  prosaSegundo momento modernista  prosa
Segundo momento modernista prosa
 
Os Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicosOs Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicos
 
Arcadismo na europa aula 5
Arcadismo na europa   aula 5Arcadismo na europa   aula 5
Arcadismo na europa aula 5
 
Cap08 arcadismo
Cap08 arcadismoCap08 arcadismo
Cap08 arcadismo
 
Memórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de miliciasMemórias de um sargento de milicias
Memórias de um sargento de milicias
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terra Viagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Memórias de um sargento de milícias - Fuvest
Memórias de um sargento de milícias - FuvestMemórias de um sargento de milícias - Fuvest
Memórias de um sargento de milícias - Fuvest
 

Recently uploaded

O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 

Recently uploaded (20)

E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 

Viagens na minha terra (Garrett) - resumo

  • 2. Publicado nos anos de 1843 e 1846, na Revista Universal Lisboense Almeida Garrett - 1799 - 1854
  • 3. Frades e barões: dois símbolos importantes do livro. Em seguida, a instituição universitária é também criticada. Contudo, o narrador parece estar desviando-se da história principal. A técnica de “desvio e retardamento” caracterizam o estilo digressivo – como em “M P B Cubas”. Garrett suspende, vez por outra, a narrativa e emite opiniões a respeito do assunto do momento. A digressão é uma constante De como o autor deste erudito livro se resolveu a viajar na sua terra, depois de ter viajado no seu quarto; e como resolveu imortalizar-se escrevendo estas suas viagens. Parte para Santarém. Chega ao terreiro do Paço, embarca no vapor de Vila Nova; e o que aí lhe sucede. A Dedução Cronológica e a Baixa de Lisboa. Lorde Byron e um bom charuto. Travam-se de razões os ilhavos e os Bordas-d’Água: os da calça larga levam a melhor. Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de inverno, em Turim, que é quase tão frio como S. Petersburgo — entende-se. Mas com este clima, com esse ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal. [ cap 1] nota - alusão ao popular de Xavier de Maistre, Voyage autor de ma chambre, que decerto foi iniciado a escrever em Turim, e que muitos supõem que tenha sido concluído em São Petersburgo.
  • 4. Em Viagens na minha terra, Garrett procura estabelecer uma conexão entre passado, presente e futuro, utilizando- se das memórias e das imagens. Estas vão ser corporificadas através de seus personagens principais, cada um deles configurando um aspecto- símbolo da história de Portugal. AS HISTÓRIAS PRINCIPAIS DO LIVRO Carlos e Joaninha [ A menina dos rouxinóis ] Viagem do narrador: Lisboa a Santarém GUERRA CIVIL entre absolutistas e constitucionalistas. [ Pedro IV e Miguel – 1828 – 34 ]
  • 5. João VI Carlota Pedro MiguelLeopoldina Pedro II Maria II Isabel Conde D´Eu, Pedro II, Thereza e Isabel conde D´Eu Luís Pedro de Alacântara renunciou à nobreza Pedro Luiz Orleans e Bragança Chefe da Casa Imperial do Brasil
  • 6. “Ora, nesta minha viagem Tejo arriba está simbolizada a marcha de nosso progresso social” Princípios para a civilização e o progresso: princípio espiritualista – “que marcha sem atender à parte material e terrena desta vida, com os olhos fitos em suas grandes e abstratas teorias, hirto, seco, duro, inflexível, e que pode bem personalizar-se, simbolizar-se pelo famoso mito do cavaleiro da Mancha, D. Quixote” princípio materialista – “que, sem fazer caso, nem cabedal dessas teorias, em que não crê e cujas impossíveis aplicações declara todas utopias, pode bem representar-se pela rotunda e anafada presença do nosso amigo velho, Sancho Pança”
  • 7.  Navega pelo rio Tejo e observa povo local  Mundo dividido como o tema de D Quixote: espiritualistas e materialistas (o progresso estaria na convivência de ambos, no mundo)  Reclama das estradas e chega a Vila Nova da Rainha : lugar feio A narrativa Principais ações
  • 8. • Chega a Azambuja : incomoda-se com as ruínas (trata da possível decepção do leitor, pois não usará linguagem romântica) • Nos pinhais de Azambuja faz reflexões sobre modéstia • Trata da receita para livro de sucesso
  • 9.  Homenageia Camões, valorizando seu estilo; cita Goethe e Dante Alighieri  No universo do sonho, vê o marquês de Pombal mas não consegue conversar  Cartaxo (produz bebidas) – encanta-se com a vegetação mas se recusa a fazer versos  É lembrado que D Pedro esteve ali com os liberais (pensa na guerra)
  • 10. • Ponte Asseca • Lembra Junot, militar a serviço de Napoleão que por ali passara • Garrett lembra sua viagem a França, na juventude • No Vale de Santarém vê beleza; encanta-se com uma janela enfeitada e rouxinóis • Inicia-se a história de Joaninha e Carlos
  • 11. • Carlos chega à cidade revê Joaninha (beijam-se) • O narrador revela que Carlos ama Joaninha mas se relaciona com Georgina, na Inglaterra • Carlos hesita em fazer visita à casa de sua avó, acaba desistindo (ele ainda tem Soledade, amante) • Primo de Joaninha seria um “Adão social” que deseja ser “Adão natural” – libertar-se das correntes morais
  • 12. • Com receios, decide se encontrar com Joaninha – mesmo em território dos miguelistas • Joaninha desconfia que seu primo tem outra mulher • O narrador que estava no vale, chega a Santarém e decepciona- se • Trata de poetas da Europa e se justifica dizendo que não se apegará a datas exatas, em sua história
  • 13. Sta Iria (ou Irene), a lenda: jovem é raptada e morta por um cavaleiro que hospedou-se em sua casa Sta Iria na versão do povo: Iria era freira que aparentou estar grávida; seu ex-apaixonado mandou matá-la e seu corpo jogado no rio; tempos depois, no Tejo, Iria aparece (é uma santa)
  • 14. • O autor volta tratar Santarém com tristeza por seu estado acabado, um tanto destruído • Garrett se desculpa com leitores por suas digressões • Carlos é ferido e se vê ao lado de Georgina– ela diz que sabe de tudo e que não o ama mais • Diniz surge e pede perdão a Carlos. Este o acusa de ter matado seu pai. Diniz pede que o mate • Francisca aparece e impede a tragédia revelando que o frei era seu pai. Carlos desmaia • A história é revelada : Diniz era amante da mãe de Carlos e resiste a uma emboscada feita pelo marido – acaba assassinando-o. • Carlos parte para Évora
  • 15. • O narrador está na Ribeira de Santarém : divaga sobre Lisboa e suas saudades • Garrett revela que voltará a Santarém para continuar a história (passa pelo túmulo de Frei Gil) • Diniz e Georgina saem da cidade – esta última leva consigo Francisca e Joaninha debilitadas
  • 16. • Garrett visita túmulo de D Fernando e de novo critica o descaso com monumentos históricos • Na casa que teria sido de Joaninha, Garrett encontra Diniz e Francisca. Joaninha teria morrido • Recebe cartas que Carlos escrevera à prima. Nelas, estão as amadas Julia e Laura (irmãs de Georgina) • O primo de Joaninha irá tornar-se político. Georgina, abadessa, na Inglaterra. Fim Em maio de 1834, Carlos escreve de Évora e se despede de Joaninha... o mesmo lugar em que Miguel assina a “Concessão” e é exilado, na França
  • 18. LITERATURA ENSINO MÉDIO carlos h carneiro letradeletra.wordpress.com youtube.com/letradeletra