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Informativo da
Sociedade Brasileira de Pediatria
Nº10 Fevereiro / Maio de 2008
Dioclécio Campos Jr.
Presidente da SBP
Graciete Vieira
Presidente do Departamento
Científico de Aleitamento Materno da SBP
Caros Amigos
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T e o r i a e P r á t i c a
“O aleitamento materno é um direito
natural de todas as crianças e cabe ao
poder público e à sociedade garanti-lo”,
diz a Carta de Belém. O documento final
do X Encontro Nacional de Aleita-
mento Materno, realizado em maio, na
capital do Pará, expressa também a
posição dos 2.408 participantes pela
aprovação do projeto de lei que prevê a
ampliação da licença-maternidade para seis
meses, com a instituição da empresa
cidadã. De fato, desde agosto de 2005,
quando a senadora Patrícia Saboya,
atendendo à proposta formulada pela SBP,
deu início à tramitação do projeto no Con-
gresso Nacional, crescem as adesões em
todo o País. Além de governos estaduais e
municípios, antes mesmo de poderem
usufruir da isenção fiscal a ser conferida
pela nova legislação, várias empresas já
adotaram a licença ampliada.
Poder público e sociedade civil finalmente
parecem entender suas responsabilida-
des no apoio à maternidade e à
amamentação. Com certeza, esse tema,
definido pela Aliança Mundial para Ação
em Aleitamento Materno (WABA) para a
17 ª SMAM, que ocorrerá de 1 a 7 de
agosto, ampliará ainda mais o debate
sobre o papel que todos devemos desem-
penhar para proporcionar as condições
necessárias ao exercício do ato natural de
amamentar. No Brasil, em 2008 comemo-
raremos também a 10ª campanha da
madrinha da Semana, outra iniciativa
da SBP já assumida não apenas pelo Mi-
nistério da Saúde, como pelos movimentos
sociais. É mais um marco na divulgação
das vantagens do aleitamento materno e
da importância do apoio de madrinhas,
anônimos, famílias, profissionais da saúde,
governos, cada um fazendo a sua parte.
Tenham todos uma boa Semana!
Gotas
O apoio é o tema escolhido pela WABA
para a SMAM de 2008. Na verdade, “a
amamentação depende, em grande parte,
da ajuda recebida pelas mães desde a
gestação”, observa a dra. Graciete Vieira,
presidente do Departamento de Aleita-
mento Materno da SBP, lembrando a im-
portância da participação dos companhei-
ros, da família, do auxílio dos vizinhos e dos
amigos. Quanto aos profissionais da saúde,
“é fundamental que orientem as mães
sobre como amamentar, tranqüilizando-as
nos momentos de dúvidas ou dificuldades
e ajudando-as a superar os obstáculos,
proporcionando segurança, transmitindo
confiança”, assinala. Foi o que ocorreu com
JANAÍNA ALBUQUERQUE, 29 anos, mãe
de ANTÔNIO MIGUEL, de dois meses, as-
sistente administrativa da Secretaria
Estadual de Educação de Alagoas – uma
das primeiras beneficiadas com a licença-
maternidade de seis meses recentemente
conquistada pelas funcionárias públicas do
estado. Eis seu depoimento: “A primeira
coisa que a dra. NADJA GAZZANEO (na
foto acima com Janaína e Antônio) me disse
foi que desse só o peito. Mas achei que meu
leite estava secando, fiquei muito nervosa e
acabei dando o leite artificial por um dia.
Mas a pediatra me explicou que com a suc-
ção do bebê o leite viria. Fomos nos adap-
tando, eu e ele, as mamadas noturnas fo-
ram diminuindo, passei a dormir melhor, co-
mecei a relaxar mais e curtir o momento. As
coisas foram fluindo melhor. O pai do meu
filho não assumiu, mas tenho contado com o
apoio dos meus pais (no detalhe, no alto),
irmãs, dos amigos, de todos. Meu pai é mui-
to coruja e tem inclusive cuidado muito da
minha alimentação. Vou juntar as minhas
férias com a licença e ficar sete meses só
com o meu filho. Quero amamentá-lo
por um ano ou dois”, declara. “É ótimo ver
uma pessoa admirada e bonita dando o
exemplo!”, acrescenta, assinalando que
espera agora pela madrinha da SMAM
desse ano. “Tenho dito para as minhas paci-
entes que quem dá de mamar está na
moda”, comenta também a dra. NADJA,
que atua em consultório e trabalha nos
Hospitais da Universidade Federal de Alagoas
e no Arthur Ramos, em Maceió. Foi lá que
conheceu Janaína.
Alagoas dá exemplo de mobilização
Não foi fácil conquistar a licença-materni-
dade de seis meses para as funcionárias do
estado. A Sociedade Alagoana de Pedia-
tria (SAP) lutou muito por esta vitória, conta
a presidente do Comitê de Aleitamento
Materno, dra. Ana Maria Melo: “Durante
quase três anos, a entidade discutiu o as-
sunto com a população, coletando assina-
turas em praça pública e em maternidades,
ocupando todos os espaços possíveis na im-
prensa, transmitindo as informações sobre
a campanha para a OAB. Também prepa-
ramos a justificativa e fizemos a proposta
ao deputado estadual Judson Cabral, que
tem tratado de projetos que dizem respeito
à defesa de crianças e adolescentes. Foi ele
quem apresentou a proposta. No início, a
idéia não foi bem acolhida, nem mesmo pela
bancada feminina. A própria Secretaria de
Estado da Mulher ficou inicialmente preo-
cupada com os custos para o Governo e
com uma possível retração do mercado de
trabalho feminino. Mas na audiência públi-
ca realizada em agosto do ano passado, dra.
Maria de Lourdes Vieira Fonseca (no desta-
que da foto) argumentou brilhantemente,
diante também da Procuradoria Pública do
Estado. Toda a diretoria da Sociedade parti-
cipou do trabalho de convencimento dos
deputados”. No final de dezembro, a emen-
da à Constituição do Estado foi aprovada
pela Assembléia Legislativa e publicada
no Diário Oficial. “Agora, estamos trabalhan-
do para levar o benefício para os municípios,
assim como pela vitória no Congresso
Nacional”, assinala a presidente da SAP, dra.
Sônia Uchôa.
Curso e apoio ao aleitamento
materno em Santa Catarina
Amamentação de prematuros de
muito baixo peso no Rio Grande do Sul
O Ministério da Saúde (MS) já começou os
treinamentos dos profissionais para a II Pes-
quisa Nacional de Prevalência de Aleita-
mento Materno, que vai ocorrer durante a
segunda etapa da Campanha de Vacinação,
em todas as capitais e em municípios defini-
dos pelas Secretarias estaduais de Saúde.
Para análise das práticas alimentares de
menores de um ano será utilizada amostra
por conglomerados, com sorteio em dois es-
tágios, já que as crianças não estão distribu-
ídas uniformemente nos vários postos de va-
cinação. A pesquisa será coordenada pela
dra. Sônia Venâncio, do Instituto de Saúde
de São Paulo, e vai investigar o consumo,
nas 24 horas anteriores, de leite materno,
outros tipos de leite e outros alimentos, se-
guindo as recomendações da OMS para le-
vantamentos sobre amamentação. A asses-
sora do MS Lílian Córdoba do Espírito Santo
observa que, “embora os resultados encon-
trados na pesquisa nacional realizada em
1999 mostrassem uma tendência ascenden-
te da prática no País – considerando as an-
teriores, realizadas a partir de 1975 –,
estamos distantes do preconizado pela OMS
e é importante obtermos dados atuais, para
pensarmos as estratégias de intensificação
das ações de proteção, promoção e apoio
ao aleitamento materno no Brasil”.
Com ênfase na atenção básica, o Ministé-
rio da Saúde está criando a Rede Amamen-
ta Brasil, uma estratégia de educação per-
manente em saúde, com objetivo de siste-
matizar um conjunto de ações que contribu-
am para o desenvolvimento de competênci-
as dos profissionais de saúde para uma prá-
tica integralizadora em Aleitamento Mater-
no. Sua implementação se dará por meio de
Oficinas de Formação de Tutores da Rede
e Oficinas de Trabalho em Aleitamento Ma-
terno nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
As primeiras, as cinco macroregionais, já
começaram em maio e vão até agosto, com
trinta participantes cada uma e 40 horas
de duração.
Dra. Graciete Vieira apresentou pesquisa,
no Encontro Nacional de Aleitamento
Materno (ENAM), em maio, sobre a inten-
ção materna de amamentar, realizada em
maternidade de Feira de Santana (BA). Das
1370 nutrizes entrevistadas, 41,3% preten-
dia amamentar entre 6 e 12 meses, quase a
metade, 49,3%, não soube definir a inten-
ção quanto ao tempo de amamentação,
4,1% pretendia amamentar nos primeiros
cinco meses, e somente 5,3% desejavam
amamentar por mais de um ano. “A reco-
mendação de aleitamento materno da
OMS não faz parte ainda das expectativas
da maioria das mulheres. Precisamos inten-
sificar muito nossas ações de promoção e
apoio da amamentação”, comenta a presi-
dente do DC.
A Prefeitura de Casimiro de Abreu lan-
çou, em março, uma campanha de incentivo
à amamentação. No evento, foram veicula-
dos os filmes produzidos pela SBP com Cássia
Kiss e com Thiago Lacerda e Vanessa Lóes.
Michelle, de 28 anos, amamenta o filho Antônio
desde o momento em que ele nasceu
Jorge
Ronald
Investindo na formação profissional, a So-
ciedade Catarinense de Pediatria (SCP)
apoiou a realização, em maio, no Hospital e
Maternidade de Jaraguá do Sul, de um Cur-
so de Aleitamento Materno, com o modelo
proposto pelo Ministério da Saúde. A ativi-
dade fez parte da I Jornada de Nutrição, IV
de Enfermagem e I Simpósio de Infecção
Hospitalar. Foi uma “ótima oportunidade de
reciclagem para médicos, enfermeiros, téc-
nicos de enfermagem e estudantes de toda
a região norte do estado”, comenta a pre-
sidente do Departamento Científico de
Aleitamento Materno da entidade, dra.
Maria Beatriz Nascimento.
A SCP está trabalhando nos preparativos
para a SMAM e dra. Maria Beatriz ressal-
ta a importância do apoio do pediatra
desde antes do parto: “Durante o pré-
natal, o suporte do obstetra é fundamen-
tal, e o pediatra entra para reforçar, in-
formando sobre a amamentação preco-
ce, a livre demanda, o alojamento con-
junto, esclarecendo as dúvidas da mãe”.
A médica assinala também a grande aju-
da prestada pelas madrinhas da SMAM:
“Acho que influenciam muito positiva-
mente. As mães olham e dizem: ‘se ela
pode, eu também posso!”.
Santa Catarina possui hoje treze bancos de
leite e vários Hospitais Amigos da Criança.
Um deles é a Maternidade Darcy Vargas, em
Joinville, onde trabalha a dra. Maria Beatriz.
Com atendimento multidisciplinar à gestan-
te e à mãe e o banco de leite referência
do estado, o trabalho é desenvolvido em
conjunto com a Secretaria Municipal de Saú-
de e com a Sociedade de Pediatria de
Joinville, regional da SCP. Segundo a médi-
ca, pesquisa recente comprovou que,
no momento da alta hospitalar, 84,4%
dos prematuros da Maternidade estão em
aleitamento materno exclusivo, 10,2% em
amamentação complementada e, apenas
5,4% desmamados.
Entre as boas histórias está a de Berenice
Chuffo, de 28 anos, moradora de São Fran-
cisco do Sul, cidade vizinha a Joinville. Dra.
Maria Beatriz conta que o filho da paciente
nasceu prematuro, com 28 semanas de ges-
tação e pesando 1.130 gramas. Apresentou
várias doenças decorrentes da prematuridade
e, durante o tratamento do filho, Berenice
ficou alojada no hospital, participando dos cui-
dados, ordenhando o leite e fazendo o méto-
do Canguru. Após 70 dias de hospitalização,
com um peso de 2.300 gramas, o bebê rece-
beu alta em aleitamento materno exclusivo!
Universitário e com o título de Amigo da Cri-
ança, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre
possui um programa de incentivo ao aleita-
mento materno, que atende também as
mães dos recém-nascidos mais graves, que
permanecem um longo período na UTI
Neonatal. Os bebês de muito baixo peso (PN
entre 500 gramas e 1500 gramas) são acom-
panhados após a alta hospitalar no Ambula-
tório, que existe de forma estruturada para
atender esta população desde o início de
2004 e é coordenado pela dra. Rita de
Cássia Silveira, do Departamento de
Neonatologia da SBP, secretária-geral da
Sociedade de Pediatria do Rio Grande
do Sul (SPRS) e professora da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Juntamente
com as residentes de terceiro ano Luciana T.
Fonseca e Luciana A. Heidemann, dra. Rita
fez um levantamento de dados e verificou
que as taxas de aleitamento materno exclu-
sivo são “crescentes, após cada consulta de
retorno, embora ainda pareçam baixas”.
O “grupo de pais” coordenado pela equipe
assistencial da Neonatologia incentiva o alei-
tamento materno durante a internação do
paciente, mesmo que o recém-nascido ainda
encontre-se sem condições clínicas para co-
ordenar sucção e deglutição e mamar efeti-
vamente ao seio materno. Segundo as médi-
cas, são utilizados os “cinco conceitos bási-
cos” da assistência na prematuridade: “a lon-
ga permanência na UTI não impede a mãe de
amamentar seu bebê assim que o recém-nas-
cido tenha condições clínicas; é necessário
estimular ‘apego’ e ‘vínculo materno’; é pos-
sível amamentar independente da idade
gestacional e do peso de nascimento; o baixo
peso de nascimento deve ser um REFORÇO à
prioridade do leite materno; a sensibilização
e a qualificação da equipe de assistência à
mãe e ao bebê é condição fundamental para
o bom andamento do aleitamento materno”.
As pediatras assinalam que “o incentivo à
amamentação é contínuo também após a
alta hospitalar, com visitas periódicas no se-
guimento. Trata- se de “população de pré-
termos extremos, sendo que muitos são sub-
metidos a ventilação mecânica por período
prolongado, apresentam Doença de Mem-
brana Hialina e sepse grave, além de outras
morbidades”, informam. Há bebês que ne-
cessitam ainda “de nutrição parenteral se-
guida de alimentação enteral inicialmente
via sonda e somente próximo às 34-35 se-
manas de idade corrigida têm a possibilida-
de de coordenar sucção-deglutição e ma-
mar por via oral”, finalizam.
Pablo
Alfredo
De
Luca
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3
O Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP responde às dúvidas de mães e profissionais.
O endereço é www.sbp.com.br (ver Departamento Científico / Aleitamento Materno / Fale conosco).
E n t r e v i s t a
SBP Responde
S M A M e m a i s
Existe na composição do leite materno algum fator que contribua para a constipação da criança? A alimentação da mãe interfere?
O leite materno protege o bebê contra constipação intestinal. É bastante conhecido o efeito laxante do colostro e do leite humano. Crianças amamentadas somente com leite materno
podem ter o hábito intestinal bastante variado. Por exemplo, podem evacuar várias vezes ao dia ou até evacuar a cada três ou cinco dias. Isto é considerado normal, desde que as fezes sejam
amolecidas, sem sangue e a criança esteja ganhando peso. Nos primeiros dias de vida, o bebê evacua após cada mamada, depois o intervalo vai sendo progressivamente aumentado. Alguns
bebês têm dificuldade em evacuar, fazem força, ficam vermelhos e choram, mas as fezes são semi-líquidas. Isto não significa constipação, trata-se de uma incoordenação entre o reto e ânus,
que irá melhorar com o crescimento da criança, ou seja, o bebê faz força para evacuar, mas o esfíncter anal não abre. Nestes casos, não é necessário usar alimentos laxantes ou
medicamentos. Pode-se ajudar a criança, fazendo massagens no abdome e flexionando gentilmente suas pernas e coxas. Não há comprovação científica que indique que uma dieta laxante
para a mãe possa determinar um efeito laxante no intestino do bebê.
Drs. Jefferson Pereira Guilherme / Graciete Oliveira Vieira / Luciano Borges Santiago, do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP
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Márcia Tanaka, à dir., com Claudia Cremon Giomo e Julia, de sete meses.
Arquivo
Eurofarma
Uma empresa amiga da infância
A assistente social e pedagoga Márcia Alves Tanaka é supervisora e responsável pelos programas sociais das duas creches do laboratório farmacêutico Eurofarma, sediado na capital
paulista. Como empresa que oferece benefícios às trabalhadoras, está entre as convidadas dos hospitais públicos da Região Sul para a mesa-redonda marcada para 12 de agosto.
A Eurofarma possui 2500 funcionários e seis unidades. As mães das quatro que não têm creche são reembolsadas pelos custos extras. A empresa tem também sala de amamentação e,
desde janeiro de 2008, as mães podem optar pela licença-maternidade de seis meses.
Márcia, como surgiu a idéia de ampliar a
licença-maternidade para seis meses?
Estamos acompanhando o movimento naci-
onal e nos antecipamos à legislação. Acha-
mos que, independente de ressarcimento
no Imposto de Renda, o apoio à maternida-
de é muito importante.
Como funcionam os projetos de apoio à
maternidade?
Logo que a funcionária ou a mulher de um
funcionário engravida, pode se inserir no
Programa de Gestantes, que nasceu com a
creche. O casal é incentivado a participar e
recebe diversos esclarecimentos, principal-
mente no campo da nutrição. A gestante
tem mais intervalos no trabalho e alimenta-
ção mais fracionada e balanceada.
E depois do nascimento da criança?
Durante a primeira semana, quando o pai
ainda está também licenciado, começa o
programa “Vida nova, nova vida”. A funcio-
nária recebe a visita dos enfermeiros e, en-
tre os objetivos, está o incentivo ao aleita-
mento materno exclusivo até os seis meses.
É também, efetivamente, um apoio emoci-
onal importante. Muitas vezes, encontra-
mos as avós nas residências, e é o momento
de incentivar o apoio da família. Falamos
das vantagens do leite materno, compara-
mos com o modificado, argumentamos con-
tra os mitos de “leite fraco... “.
Como é a volta ao trabalho?
A criança vem com a mãe para a creche,
que chamamos de “Espaço Criança”.
Lá, fazemos um trabalho também com
o pai, mostrando como o apoio psicológico
e o carinho dele são importantes. A
primeira unidade da creche tem 10 anos
e a filial completou um. As duas contam
com sala de amamentação para a coleta
e a estocagem de leite. No final da
tarde, a mãe leva o leite para casa, para
ser dado no copinho, se for necessário.
As funcionárias que
trabalham em serviços
terceirizados, e vivem o
dia-a-dia da empresa
na limpeza, na recep-
ção, também usufruem
da sala de amamen-
tação. Durante o perí-
odo de trabalho, não
há horário fixo para a
amamentação. Quem
faz o horário é a crian-
ça, sob livre demanda.
Nossa equipe conta
com enfermeiras e pe-
Campanha e bons planos
para a SMAM em São Paulo
Santos, Itapecerica da Serra, Cubatão,
Guarujá e Itaí já sancionaram a licença-mater-
nidade de seis meses para as funcionárias de
suas prefeituras, assim como Taubaté, Ameri-
cana, Franca, São Bernardo do Campo, Ribei-
rão Pires, Penápolis e Lins. Em Embu, dra.
Valdenise Calil, presidente do Comitê de Alei-
tamento Materno da Sociedade de Pedia-
tria de São Paulo (SPSP), participou, em abril,
de debate na Câmara Municipal, a convite do
vereador Professor Toninho, que apresentou
projeto para ampliar a licença para 180 dias
para as mães e 15 dias para os pais.
Para a SMAM, já é grande a movimentação,
e no sul da capital, a Universidade Ítalo Bra-
sileira, vai receber, dia 12 de agosto, o IV
Encontro de Aleitamento Materno da Re-
gião. Organizado pelos quatro hospitais pú-
blicos, esse ano, a programação científica
está sob responsabilidade da dra. Rosângela
Gomes Santos, que também integra o Co-
mitê Científico de Aleitamento Materno da
SPSP. Além da mesa-redonda com as em-
presas, estão planejadas palestras com a
professora Isília Aparecida Silva, diretora da
Escola de Enfermagem da USP, com o dr.
João Aprígio, coordenador da Rede Nacional
Em Lins, o pediatra e chefe da UTI neonatal
da Santa Casa da cidade, dr. Paulo Eduardo
Imamura, concentra agora seu foco na
adesão da iniciativa privada e organiza para
sete de agosto, durante a SMAM, o “I
Fórum de Defesa da Criança e do Adoles-
cente: Relação Empresa e Família”. “Nosso
objetivo é a conscientização dos dirigentes
das instituições sobre a importância da ade-
quada estimulação do desenvolvimento
neuropsicomotor infantil desde o nascimen-
to”, ressalta. Já confirmaram presença os
drs. Valdenise, Dioclécio Campos Jr. e o pre-
sidente da SPSP, José Hugo Lins Pessoa.
Em São Bernardo do Campo, dra. Marisa
Aprile, do Banco de Leite Humano e inte-
grante do Departamento da SPSP, informa
que a SMAM contará com grupos de orien-
tação a gestantes com participação de pe-
diatras na Rede Básica, palestras para ado-
lescentes alunos de escolas estaduais e para
agentes comunitários de saúde e com a
“Festa da Mãe Doadora de Leite Humano”.
diatras e priorizamos a amamentação.
Para a empresa, qual foi o impacto desta
política?
A maioria das nossas funcionárias é mu-
lher e o resultado é bastante proveitoso.
Quando a funcionária retorna ao traba-
lho, tem orgulho, está feliz. A Eurofarma
não vê a ampliação da licença-materni-
dade como um problema. Ouvimos mui-
tos relatos sobre a tranqüilidade que a
licença ampliada proporciona. Percebe-
mos que as mães estão mais atentas
aos benefícios da amamentação. Os rela-
tos sobre o prazer em amamentar
são constantes.
Departamento Científico
de Aleitamento Materno da SBP
Graciete Oliveira Vieira (presidente/ BA)
Jefferson Pereira Guilherme (AM)
Luciano Borges Santiago (vice-presidente / MG)
José Dias Rego (RJ)
Ana Lúcia Martins Figueiredo (RJ)
Carmen Silva Martimbianco de Figueiredo (MS)
Elzimar Ricardino Almeida e Silva (secretária / ES)
Keiko Miyasaki Teruya (SP)
Lélia Cardamono Gouveia (SP)
Maria de Fátima Arrais Carvalho (MA)
Maria José Guardia Mattar (SP)
Silvana Salgado Nader (RS)
Editora e coordenadora de produção
Maria Celina Machado
(reg. prof. 2.774/MG)/ENFIM Comunicação
Redator/copidesque
José Eudes Alencar/ENFIM Comunicação
Projeto gráfico e diagramação
Anjelica de Carvalho/GPC Studio
Colaborador
Daniel Paes / Iracema Comunicação
Estagiária
Priscila Melo
Endereço para correspondência
SBP/ Rua Santa Clara, 292 - Copacabana
Rio de Janeiro CEP 22041- 010 - RJ
Tel. (21) 2548 1999 Fax: (21) 2547 3567
imprensa@sbp.com.br www.sbp.com.br
Informativo da Sociedade Brasileira de Pediatria,
filiada à Associação Médica Brasileira
Conselho Editorial
Dioclécio Campos Jr. (presidente)
e Ana Lúcia Figueiredo
(Departamento Científico de Aleitamento Materno).
de Bancos de Leite Humano, entre outras
atividades. A inscrição é gratuita.
Em Santos, onde o prefeito João Paulo
Tavares Papa sancionou, no final de março
(foto), a licença-maternidade de seis meses,
as lideranças da pediatria comemoram a con-
quista, enquanto articulam o tradicionalmen-
te amplo movimento realizado na SMAM. Na
programação do Centro de Lactação previs-
ta pelas dras. Laís Bueno e Keiko Teruya, vice-
presidente do Comitê da SPSP e integrante
do Comitê Assessor do Ministério da Saúde
em Aleitamento Materno, concurso de fra-
ses, desenhos e depoimentos de alunos e pro-
fessores das escolas de ensino fundamental.
A Rede Social Amamentação Santos e Região
– que envolve seis municípios, e o Senac – orga-
niza o IV Fórum “Amamentação” e a dra. Regi-
na Braghetto, da Secretaria de Higiene e Saú-
de, presidente do Conselho Municipal dos Direi-
tos da Criança e do Adolescente, e também
membro do Comitê da SPSP, informa que a
Festa da Amamentação será no dia seis de
agosto, com entrega de diplomas às mulheres
que amamentaram exclusivamente no peito
seus bebês até o sexto mês e aos profissionais
de saúde que se destacaram no apoio às mães.
Simpósio e conquistas em Pernambuco Espírito Santo e a mobilização
dos serviços de saúde
Campanha nas maternidades do Acre
A Sociedade Acreana de Pediatria planeja para agosto uma campanha pró-amamentação nas duas maternidades de Rio Branco, com intensificação do trabalho já desenvolvido. A informação é da dra.
Flávia Santos, a nova presidente do Comitê de Aleitamento Materno da entidade, que acrescenta também: “na maternidade pública temos o serviço do Banco de Leite, dirigido pela dra. Simone Chaves,
e que realiza um trabalho de apoio importante, com palestras diárias nas enfermarias, orientação às mães das crianças acompanhadas no ambulatório, além de um serviço de atendimento 24 horas para
os problemas da amamentação e de um 0800 para a doação de leite humano”. De acordo com a dra. Flávia, “é fato que, no dia-a-dia, vemos que a maioria das mães aceitam bem a amamentação no
primeiro momento, principalmente quando ainda estão na maternidade. Todavia em casa, às vezes falta apoio dos familiares, e ainda vigora a versão inverídica, bravamente combatida pelos pediatras,
de que o mingau é que sustenta. Os cartazes das madrinhas da amamentação são sempre bem vindos, pois as mães se vêem na mesma situação das artistas bem sucedidas”.
Centrado no apoio da família e do profissio-
nal de saúde à amamentação, o III Simpósio
Pernambucano de Aleitamento Materno
está previsto para oito e nove de agosto, em
Recife. Uma oficina será dirigida aos profissio-
nais dos Hospitais Amigos da Criança e uma
encenação teatral apresentada por estudan-
tes de medicina da Universidade Federal de
Pernambuco. Para a presidente da Socieda-
de de Pediatria de Pernambuco (Sopepe),
dra. Lúcia Trajano, o apoio cotidiano faz a
diferença na adesão ao aleitamento mater-
no e deve vir de todos, não apenas dos profis-
sionais: “a mulher precisa chegar em casa e
receber ajuda do companheiro, da família”.
Na opinião da dra. Lindacir Sampaio, presi-
dente do Departamento de Aleitamento
Materno, a “Campanha das madrinhas da
SMAM” tem ajudado bastante a divulgar a
importância da amamentação e “uma que
marcou muito” foi a de 2003, com a atriz
Luiza Thomé amamentando seus gêmeos.
“As mães viam o cartaz no consultório e se
impressionavam”, comenta. Sobre o apoio
dos governos, depois da conquista da licença-
maternidade de seis meses para as servidoras
do estado, da capital, de Petrolina, Salgueiro,
Pedra, Vitória de Santo Antão e Olinda, a
Sopepe trabalha para ampliar o movimento.
A pediatra Adriana Antunes, presidente do
Departamento de Alergia e Imunologia da
entidade e funcionária do estado, dá seu de-
poimento sobre a importância do benefício:
“ano passado, quando estava quase acaban-
do os quatro meses da licença-maternidade
pelo nascimento de Henrique, a lei que am-
plia para 180 dias foi sancionada em
Pernambuco. Ganhei mais dois meses de de-
dicação ao meu filho. Não sei como seria se
não tivesse esse tempo a mais. O aleitamen-
to materno demanda tempo, para atender
às necessidades do bebê. Não é fácil, mas
meu marido, Antônio Calado, também médi-
co, me deu total suporte. Consegui amamen-
tar Henrique exclusivamente com meu leite
até os seis meses, e depois continuei ama-
mentando até os dez, quando precisei fazer
uma viagem de trabalho. Se você está cons-
ciente de que está fazendo o melhor para o
seu filho, todo cansaço e dificuldades com-
pensam, ainda mais quando se tem apoio”.
Henrique, filho da Dra. Adriana, pediatra e funcionária
pública do estado, beneficiada pela licença-maternidade
de seis meses. Com a mãe e o pai, Antônio
Palestras e mesas-redondas com representan-
tes de hospitais, bancos de leite e unidades de
saúde, farão parte do evento programado
pela Sociedade Espiritossantense de Pedi-
atria (Soespe) para o dia primeiro de agosto,
de 9h às 12hs, em Vitória, segundo informa a
presidente do Comitê de Aleitamento Mater-
no, dra. Rosa Albuquerque, também coorde-
nadora do Banco de Leite do Hospital Infantil e
Maternidade Alzir Bernardino Alves. “Quere-
mos mobilizar os serviços de saúde e combater
o desmame precoce, que ainda ocorre, em
grande parte como conseqüência de mitos
como a existência de “leite fraco” e de “pou-
co leite”, observa, assinalando que “os índices
de aleitamento materno vêm aumentando
em todo o País, mas ainda temos muito a me-
lhorar. E apoio é tudo”, ressalta.
Um bom exemplo é o trabalho de extensão
realizado no serviço ambulatorial localizado
na comunidade de São Pedro, na periferia
da capital, pelos professores e alunos de
medicina da Universidade Federal do Espíri-
to Santo (UFES). Quem conta é a professora
Eneida Perim Bastos, também integrante do
Comitê da Soespe, e coordenadora do pro-
jeto, com dois colegas: “Atendemos
prioritariamente crianças de zero a cinco
anos, e o serviço é uma espécie de referên-
cia na recuperação de desnutridos. Entre as
muitas histórias, posso contar uma que ocor-
reu recentemente, com uma mãe muito
dedicada, disposta a manter aleitamento
materno, mas que precisava voltar para o
seu emprego. Sua pequena filha estaria
bem cuidada se ficasse com sua tia mater-
na, que também tinha uma criança de cinco
meses. Porém, mesmo mantendo o aleita-
mento materno e complementando com
frutas e com a refeição ‘de sal’ que a tia lhe
preparava, a criança estava recusando o
peito”, contou.
“A mãe foi ao nosso serviço para uma consulta
de rotina”, continua a dra. Eneida. “Demons-
trou sua vontade de manter o aleitamento,
apesar da criança estar irritada e sem o ganho
de peso satisfatório. Apoiamos e reforçamos
sua vontade. Mas a cada dia tornava-se mais
difícil para ela, pelo sentimento de culpa por ter
que sair de casa para trabalhar – nos disse,
inclusive, que pôde amamentar sua filha mais
velha até os seis meses só no peito, pois na
época não trabalhava fora. Havia também a
sedução do aleitamento artificial indicado por
todas as colegas. A tia já tinha até comprado
uma mamadeira! Mas nossa mãe voltava ao
nosso serviço, perseverante, e parecia renovar
suas forças ali. Acolhida, dizia: ‘estou dando o
peito quando ela está dormindo, e conseguin-
do fazer com que não seque’. Numa tarde,
quando já havíamos terminado nosso atendi-
mento, ela chegou atrasada para a consulta,
pois vinha do trabalho e nos contou muito con-
tente que a filha voltara a mamar e não tinha
tomado nenhuma mamadeira! E não é que a
nossa menina estava sorrridente e com ganho
de peso adequado? E nós, professores e
quintanistas de medicina, ficamos bobos, como
avôs observando a netinha, cheios de orgu-
lho!”, finaliza dra. Eneida.
Dras. Keiko Teruya (em pé, com o microfone), Regina
Braghetto e Célia Lopes Machado participaram da solenidade
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O prefeito está ao centro

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Informativo da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre aleitamento materno

  • 1. Informativo da Sociedade Brasileira de Pediatria Nº10 Fevereiro / Maio de 2008 Dioclécio Campos Jr. Presidente da SBP Graciete Vieira Presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP Caros Amigos 4 Nº 10 F e v e r e i r o / M a i o d e 2 0 0 8 T e o r i a e P r á t i c a “O aleitamento materno é um direito natural de todas as crianças e cabe ao poder público e à sociedade garanti-lo”, diz a Carta de Belém. O documento final do X Encontro Nacional de Aleita- mento Materno, realizado em maio, na capital do Pará, expressa também a posição dos 2.408 participantes pela aprovação do projeto de lei que prevê a ampliação da licença-maternidade para seis meses, com a instituição da empresa cidadã. De fato, desde agosto de 2005, quando a senadora Patrícia Saboya, atendendo à proposta formulada pela SBP, deu início à tramitação do projeto no Con- gresso Nacional, crescem as adesões em todo o País. Além de governos estaduais e municípios, antes mesmo de poderem usufruir da isenção fiscal a ser conferida pela nova legislação, várias empresas já adotaram a licença ampliada. Poder público e sociedade civil finalmente parecem entender suas responsabilida- des no apoio à maternidade e à amamentação. Com certeza, esse tema, definido pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA) para a 17 ª SMAM, que ocorrerá de 1 a 7 de agosto, ampliará ainda mais o debate sobre o papel que todos devemos desem- penhar para proporcionar as condições necessárias ao exercício do ato natural de amamentar. No Brasil, em 2008 comemo- raremos também a 10ª campanha da madrinha da Semana, outra iniciativa da SBP já assumida não apenas pelo Mi- nistério da Saúde, como pelos movimentos sociais. É mais um marco na divulgação das vantagens do aleitamento materno e da importância do apoio de madrinhas, anônimos, famílias, profissionais da saúde, governos, cada um fazendo a sua parte. Tenham todos uma boa Semana! Gotas O apoio é o tema escolhido pela WABA para a SMAM de 2008. Na verdade, “a amamentação depende, em grande parte, da ajuda recebida pelas mães desde a gestação”, observa a dra. Graciete Vieira, presidente do Departamento de Aleita- mento Materno da SBP, lembrando a im- portância da participação dos companhei- ros, da família, do auxílio dos vizinhos e dos amigos. Quanto aos profissionais da saúde, “é fundamental que orientem as mães sobre como amamentar, tranqüilizando-as nos momentos de dúvidas ou dificuldades e ajudando-as a superar os obstáculos, proporcionando segurança, transmitindo confiança”, assinala. Foi o que ocorreu com JANAÍNA ALBUQUERQUE, 29 anos, mãe de ANTÔNIO MIGUEL, de dois meses, as- sistente administrativa da Secretaria Estadual de Educação de Alagoas – uma das primeiras beneficiadas com a licença- maternidade de seis meses recentemente conquistada pelas funcionárias públicas do estado. Eis seu depoimento: “A primeira coisa que a dra. NADJA GAZZANEO (na foto acima com Janaína e Antônio) me disse foi que desse só o peito. Mas achei que meu leite estava secando, fiquei muito nervosa e acabei dando o leite artificial por um dia. Mas a pediatra me explicou que com a suc- ção do bebê o leite viria. Fomos nos adap- tando, eu e ele, as mamadas noturnas fo- ram diminuindo, passei a dormir melhor, co- mecei a relaxar mais e curtir o momento. As coisas foram fluindo melhor. O pai do meu filho não assumiu, mas tenho contado com o apoio dos meus pais (no detalhe, no alto), irmãs, dos amigos, de todos. Meu pai é mui- to coruja e tem inclusive cuidado muito da minha alimentação. Vou juntar as minhas férias com a licença e ficar sete meses só com o meu filho. Quero amamentá-lo por um ano ou dois”, declara. “É ótimo ver uma pessoa admirada e bonita dando o exemplo!”, acrescenta, assinalando que espera agora pela madrinha da SMAM desse ano. “Tenho dito para as minhas paci- entes que quem dá de mamar está na moda”, comenta também a dra. NADJA, que atua em consultório e trabalha nos Hospitais da Universidade Federal de Alagoas e no Arthur Ramos, em Maceió. Foi lá que conheceu Janaína. Alagoas dá exemplo de mobilização Não foi fácil conquistar a licença-materni- dade de seis meses para as funcionárias do estado. A Sociedade Alagoana de Pedia- tria (SAP) lutou muito por esta vitória, conta a presidente do Comitê de Aleitamento Materno, dra. Ana Maria Melo: “Durante quase três anos, a entidade discutiu o as- sunto com a população, coletando assina- turas em praça pública e em maternidades, ocupando todos os espaços possíveis na im- prensa, transmitindo as informações sobre a campanha para a OAB. Também prepa- ramos a justificativa e fizemos a proposta ao deputado estadual Judson Cabral, que tem tratado de projetos que dizem respeito à defesa de crianças e adolescentes. Foi ele quem apresentou a proposta. No início, a idéia não foi bem acolhida, nem mesmo pela bancada feminina. A própria Secretaria de Estado da Mulher ficou inicialmente preo- cupada com os custos para o Governo e com uma possível retração do mercado de trabalho feminino. Mas na audiência públi- ca realizada em agosto do ano passado, dra. Maria de Lourdes Vieira Fonseca (no desta- que da foto) argumentou brilhantemente, diante também da Procuradoria Pública do Estado. Toda a diretoria da Sociedade parti- cipou do trabalho de convencimento dos deputados”. No final de dezembro, a emen- da à Constituição do Estado foi aprovada pela Assembléia Legislativa e publicada no Diário Oficial. “Agora, estamos trabalhan- do para levar o benefício para os municípios, assim como pela vitória no Congresso Nacional”, assinala a presidente da SAP, dra. Sônia Uchôa. Curso e apoio ao aleitamento materno em Santa Catarina Amamentação de prematuros de muito baixo peso no Rio Grande do Sul O Ministério da Saúde (MS) já começou os treinamentos dos profissionais para a II Pes- quisa Nacional de Prevalência de Aleita- mento Materno, que vai ocorrer durante a segunda etapa da Campanha de Vacinação, em todas as capitais e em municípios defini- dos pelas Secretarias estaduais de Saúde. Para análise das práticas alimentares de menores de um ano será utilizada amostra por conglomerados, com sorteio em dois es- tágios, já que as crianças não estão distribu- ídas uniformemente nos vários postos de va- cinação. A pesquisa será coordenada pela dra. Sônia Venâncio, do Instituto de Saúde de São Paulo, e vai investigar o consumo, nas 24 horas anteriores, de leite materno, outros tipos de leite e outros alimentos, se- guindo as recomendações da OMS para le- vantamentos sobre amamentação. A asses- sora do MS Lílian Córdoba do Espírito Santo observa que, “embora os resultados encon- trados na pesquisa nacional realizada em 1999 mostrassem uma tendência ascenden- te da prática no País – considerando as an- teriores, realizadas a partir de 1975 –, estamos distantes do preconizado pela OMS e é importante obtermos dados atuais, para pensarmos as estratégias de intensificação das ações de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno no Brasil”. Com ênfase na atenção básica, o Ministé- rio da Saúde está criando a Rede Amamen- ta Brasil, uma estratégia de educação per- manente em saúde, com objetivo de siste- matizar um conjunto de ações que contribu- am para o desenvolvimento de competênci- as dos profissionais de saúde para uma prá- tica integralizadora em Aleitamento Mater- no. Sua implementação se dará por meio de Oficinas de Formação de Tutores da Rede e Oficinas de Trabalho em Aleitamento Ma- terno nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). As primeiras, as cinco macroregionais, já começaram em maio e vão até agosto, com trinta participantes cada uma e 40 horas de duração. Dra. Graciete Vieira apresentou pesquisa, no Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM), em maio, sobre a inten- ção materna de amamentar, realizada em maternidade de Feira de Santana (BA). Das 1370 nutrizes entrevistadas, 41,3% preten- dia amamentar entre 6 e 12 meses, quase a metade, 49,3%, não soube definir a inten- ção quanto ao tempo de amamentação, 4,1% pretendia amamentar nos primeiros cinco meses, e somente 5,3% desejavam amamentar por mais de um ano. “A reco- mendação de aleitamento materno da OMS não faz parte ainda das expectativas da maioria das mulheres. Precisamos inten- sificar muito nossas ações de promoção e apoio da amamentação”, comenta a presi- dente do DC. A Prefeitura de Casimiro de Abreu lan- çou, em março, uma campanha de incentivo à amamentação. No evento, foram veicula- dos os filmes produzidos pela SBP com Cássia Kiss e com Thiago Lacerda e Vanessa Lóes. Michelle, de 28 anos, amamenta o filho Antônio desde o momento em que ele nasceu Jorge Ronald Investindo na formação profissional, a So- ciedade Catarinense de Pediatria (SCP) apoiou a realização, em maio, no Hospital e Maternidade de Jaraguá do Sul, de um Cur- so de Aleitamento Materno, com o modelo proposto pelo Ministério da Saúde. A ativi- dade fez parte da I Jornada de Nutrição, IV de Enfermagem e I Simpósio de Infecção Hospitalar. Foi uma “ótima oportunidade de reciclagem para médicos, enfermeiros, téc- nicos de enfermagem e estudantes de toda a região norte do estado”, comenta a pre- sidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da entidade, dra. Maria Beatriz Nascimento. A SCP está trabalhando nos preparativos para a SMAM e dra. Maria Beatriz ressal- ta a importância do apoio do pediatra desde antes do parto: “Durante o pré- natal, o suporte do obstetra é fundamen- tal, e o pediatra entra para reforçar, in- formando sobre a amamentação preco- ce, a livre demanda, o alojamento con- junto, esclarecendo as dúvidas da mãe”. A médica assinala também a grande aju- da prestada pelas madrinhas da SMAM: “Acho que influenciam muito positiva- mente. As mães olham e dizem: ‘se ela pode, eu também posso!”. Santa Catarina possui hoje treze bancos de leite e vários Hospitais Amigos da Criança. Um deles é a Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, onde trabalha a dra. Maria Beatriz. Com atendimento multidisciplinar à gestan- te e à mãe e o banco de leite referência do estado, o trabalho é desenvolvido em conjunto com a Secretaria Municipal de Saú- de e com a Sociedade de Pediatria de Joinville, regional da SCP. Segundo a médi- ca, pesquisa recente comprovou que, no momento da alta hospitalar, 84,4% dos prematuros da Maternidade estão em aleitamento materno exclusivo, 10,2% em amamentação complementada e, apenas 5,4% desmamados. Entre as boas histórias está a de Berenice Chuffo, de 28 anos, moradora de São Fran- cisco do Sul, cidade vizinha a Joinville. Dra. Maria Beatriz conta que o filho da paciente nasceu prematuro, com 28 semanas de ges- tação e pesando 1.130 gramas. Apresentou várias doenças decorrentes da prematuridade e, durante o tratamento do filho, Berenice ficou alojada no hospital, participando dos cui- dados, ordenhando o leite e fazendo o méto- do Canguru. Após 70 dias de hospitalização, com um peso de 2.300 gramas, o bebê rece- beu alta em aleitamento materno exclusivo! Universitário e com o título de Amigo da Cri- ança, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre possui um programa de incentivo ao aleita- mento materno, que atende também as mães dos recém-nascidos mais graves, que permanecem um longo período na UTI Neonatal. Os bebês de muito baixo peso (PN entre 500 gramas e 1500 gramas) são acom- panhados após a alta hospitalar no Ambula- tório, que existe de forma estruturada para atender esta população desde o início de 2004 e é coordenado pela dra. Rita de Cássia Silveira, do Departamento de Neonatologia da SBP, secretária-geral da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Juntamente com as residentes de terceiro ano Luciana T. Fonseca e Luciana A. Heidemann, dra. Rita fez um levantamento de dados e verificou que as taxas de aleitamento materno exclu- sivo são “crescentes, após cada consulta de retorno, embora ainda pareçam baixas”. O “grupo de pais” coordenado pela equipe assistencial da Neonatologia incentiva o alei- tamento materno durante a internação do paciente, mesmo que o recém-nascido ainda encontre-se sem condições clínicas para co- ordenar sucção e deglutição e mamar efeti- vamente ao seio materno. Segundo as médi- cas, são utilizados os “cinco conceitos bási- cos” da assistência na prematuridade: “a lon- ga permanência na UTI não impede a mãe de amamentar seu bebê assim que o recém-nas- cido tenha condições clínicas; é necessário estimular ‘apego’ e ‘vínculo materno’; é pos- sível amamentar independente da idade gestacional e do peso de nascimento; o baixo peso de nascimento deve ser um REFORÇO à prioridade do leite materno; a sensibilização e a qualificação da equipe de assistência à mãe e ao bebê é condição fundamental para o bom andamento do aleitamento materno”. As pediatras assinalam que “o incentivo à amamentação é contínuo também após a alta hospitalar, com visitas periódicas no se- guimento. Trata- se de “população de pré- termos extremos, sendo que muitos são sub- metidos a ventilação mecânica por período prolongado, apresentam Doença de Mem- brana Hialina e sepse grave, além de outras morbidades”, informam. Há bebês que ne- cessitam ainda “de nutrição parenteral se- guida de alimentação enteral inicialmente via sonda e somente próximo às 34-35 se- manas de idade corrigida têm a possibilida- de de coordenar sucção-deglutição e ma- mar por via oral”, finalizam. Pablo Alfredo De Luca
  • 2. 2 3 O Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP responde às dúvidas de mães e profissionais. O endereço é www.sbp.com.br (ver Departamento Científico / Aleitamento Materno / Fale conosco). E n t r e v i s t a SBP Responde S M A M e m a i s Existe na composição do leite materno algum fator que contribua para a constipação da criança? A alimentação da mãe interfere? O leite materno protege o bebê contra constipação intestinal. É bastante conhecido o efeito laxante do colostro e do leite humano. Crianças amamentadas somente com leite materno podem ter o hábito intestinal bastante variado. Por exemplo, podem evacuar várias vezes ao dia ou até evacuar a cada três ou cinco dias. Isto é considerado normal, desde que as fezes sejam amolecidas, sem sangue e a criança esteja ganhando peso. Nos primeiros dias de vida, o bebê evacua após cada mamada, depois o intervalo vai sendo progressivamente aumentado. Alguns bebês têm dificuldade em evacuar, fazem força, ficam vermelhos e choram, mas as fezes são semi-líquidas. Isto não significa constipação, trata-se de uma incoordenação entre o reto e ânus, que irá melhorar com o crescimento da criança, ou seja, o bebê faz força para evacuar, mas o esfíncter anal não abre. Nestes casos, não é necessário usar alimentos laxantes ou medicamentos. Pode-se ajudar a criança, fazendo massagens no abdome e flexionando gentilmente suas pernas e coxas. Não há comprovação científica que indique que uma dieta laxante para a mãe possa determinar um efeito laxante no intestino do bebê. Drs. Jefferson Pereira Guilherme / Graciete Oliveira Vieira / Luciano Borges Santiago, do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP Nº 10 F e v e r e i r o / M a i o d e 2 0 0 8 Márcia Tanaka, à dir., com Claudia Cremon Giomo e Julia, de sete meses. Arquivo Eurofarma Uma empresa amiga da infância A assistente social e pedagoga Márcia Alves Tanaka é supervisora e responsável pelos programas sociais das duas creches do laboratório farmacêutico Eurofarma, sediado na capital paulista. Como empresa que oferece benefícios às trabalhadoras, está entre as convidadas dos hospitais públicos da Região Sul para a mesa-redonda marcada para 12 de agosto. A Eurofarma possui 2500 funcionários e seis unidades. As mães das quatro que não têm creche são reembolsadas pelos custos extras. A empresa tem também sala de amamentação e, desde janeiro de 2008, as mães podem optar pela licença-maternidade de seis meses. Márcia, como surgiu a idéia de ampliar a licença-maternidade para seis meses? Estamos acompanhando o movimento naci- onal e nos antecipamos à legislação. Acha- mos que, independente de ressarcimento no Imposto de Renda, o apoio à maternida- de é muito importante. Como funcionam os projetos de apoio à maternidade? Logo que a funcionária ou a mulher de um funcionário engravida, pode se inserir no Programa de Gestantes, que nasceu com a creche. O casal é incentivado a participar e recebe diversos esclarecimentos, principal- mente no campo da nutrição. A gestante tem mais intervalos no trabalho e alimenta- ção mais fracionada e balanceada. E depois do nascimento da criança? Durante a primeira semana, quando o pai ainda está também licenciado, começa o programa “Vida nova, nova vida”. A funcio- nária recebe a visita dos enfermeiros e, en- tre os objetivos, está o incentivo ao aleita- mento materno exclusivo até os seis meses. É também, efetivamente, um apoio emoci- onal importante. Muitas vezes, encontra- mos as avós nas residências, e é o momento de incentivar o apoio da família. Falamos das vantagens do leite materno, compara- mos com o modificado, argumentamos con- tra os mitos de “leite fraco... “. Como é a volta ao trabalho? A criança vem com a mãe para a creche, que chamamos de “Espaço Criança”. Lá, fazemos um trabalho também com o pai, mostrando como o apoio psicológico e o carinho dele são importantes. A primeira unidade da creche tem 10 anos e a filial completou um. As duas contam com sala de amamentação para a coleta e a estocagem de leite. No final da tarde, a mãe leva o leite para casa, para ser dado no copinho, se for necessário. As funcionárias que trabalham em serviços terceirizados, e vivem o dia-a-dia da empresa na limpeza, na recep- ção, também usufruem da sala de amamen- tação. Durante o perí- odo de trabalho, não há horário fixo para a amamentação. Quem faz o horário é a crian- ça, sob livre demanda. Nossa equipe conta com enfermeiras e pe- Campanha e bons planos para a SMAM em São Paulo Santos, Itapecerica da Serra, Cubatão, Guarujá e Itaí já sancionaram a licença-mater- nidade de seis meses para as funcionárias de suas prefeituras, assim como Taubaté, Ameri- cana, Franca, São Bernardo do Campo, Ribei- rão Pires, Penápolis e Lins. Em Embu, dra. Valdenise Calil, presidente do Comitê de Alei- tamento Materno da Sociedade de Pedia- tria de São Paulo (SPSP), participou, em abril, de debate na Câmara Municipal, a convite do vereador Professor Toninho, que apresentou projeto para ampliar a licença para 180 dias para as mães e 15 dias para os pais. Para a SMAM, já é grande a movimentação, e no sul da capital, a Universidade Ítalo Bra- sileira, vai receber, dia 12 de agosto, o IV Encontro de Aleitamento Materno da Re- gião. Organizado pelos quatro hospitais pú- blicos, esse ano, a programação científica está sob responsabilidade da dra. Rosângela Gomes Santos, que também integra o Co- mitê Científico de Aleitamento Materno da SPSP. Além da mesa-redonda com as em- presas, estão planejadas palestras com a professora Isília Aparecida Silva, diretora da Escola de Enfermagem da USP, com o dr. João Aprígio, coordenador da Rede Nacional Em Lins, o pediatra e chefe da UTI neonatal da Santa Casa da cidade, dr. Paulo Eduardo Imamura, concentra agora seu foco na adesão da iniciativa privada e organiza para sete de agosto, durante a SMAM, o “I Fórum de Defesa da Criança e do Adoles- cente: Relação Empresa e Família”. “Nosso objetivo é a conscientização dos dirigentes das instituições sobre a importância da ade- quada estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor infantil desde o nascimen- to”, ressalta. Já confirmaram presença os drs. Valdenise, Dioclécio Campos Jr. e o pre- sidente da SPSP, José Hugo Lins Pessoa. Em São Bernardo do Campo, dra. Marisa Aprile, do Banco de Leite Humano e inte- grante do Departamento da SPSP, informa que a SMAM contará com grupos de orien- tação a gestantes com participação de pe- diatras na Rede Básica, palestras para ado- lescentes alunos de escolas estaduais e para agentes comunitários de saúde e com a “Festa da Mãe Doadora de Leite Humano”. diatras e priorizamos a amamentação. Para a empresa, qual foi o impacto desta política? A maioria das nossas funcionárias é mu- lher e o resultado é bastante proveitoso. Quando a funcionária retorna ao traba- lho, tem orgulho, está feliz. A Eurofarma não vê a ampliação da licença-materni- dade como um problema. Ouvimos mui- tos relatos sobre a tranqüilidade que a licença ampliada proporciona. Percebe- mos que as mães estão mais atentas aos benefícios da amamentação. Os rela- tos sobre o prazer em amamentar são constantes. Departamento Científico de Aleitamento Materno da SBP Graciete Oliveira Vieira (presidente/ BA) Jefferson Pereira Guilherme (AM) Luciano Borges Santiago (vice-presidente / MG) José Dias Rego (RJ) Ana Lúcia Martins Figueiredo (RJ) Carmen Silva Martimbianco de Figueiredo (MS) Elzimar Ricardino Almeida e Silva (secretária / ES) Keiko Miyasaki Teruya (SP) Lélia Cardamono Gouveia (SP) Maria de Fátima Arrais Carvalho (MA) Maria José Guardia Mattar (SP) Silvana Salgado Nader (RS) Editora e coordenadora de produção Maria Celina Machado (reg. prof. 2.774/MG)/ENFIM Comunicação Redator/copidesque José Eudes Alencar/ENFIM Comunicação Projeto gráfico e diagramação Anjelica de Carvalho/GPC Studio Colaborador Daniel Paes / Iracema Comunicação Estagiária Priscila Melo Endereço para correspondência SBP/ Rua Santa Clara, 292 - Copacabana Rio de Janeiro CEP 22041- 010 - RJ Tel. (21) 2548 1999 Fax: (21) 2547 3567 imprensa@sbp.com.br www.sbp.com.br Informativo da Sociedade Brasileira de Pediatria, filiada à Associação Médica Brasileira Conselho Editorial Dioclécio Campos Jr. (presidente) e Ana Lúcia Figueiredo (Departamento Científico de Aleitamento Materno). de Bancos de Leite Humano, entre outras atividades. A inscrição é gratuita. Em Santos, onde o prefeito João Paulo Tavares Papa sancionou, no final de março (foto), a licença-maternidade de seis meses, as lideranças da pediatria comemoram a con- quista, enquanto articulam o tradicionalmen- te amplo movimento realizado na SMAM. Na programação do Centro de Lactação previs- ta pelas dras. Laís Bueno e Keiko Teruya, vice- presidente do Comitê da SPSP e integrante do Comitê Assessor do Ministério da Saúde em Aleitamento Materno, concurso de fra- ses, desenhos e depoimentos de alunos e pro- fessores das escolas de ensino fundamental. A Rede Social Amamentação Santos e Região – que envolve seis municípios, e o Senac – orga- niza o IV Fórum “Amamentação” e a dra. Regi- na Braghetto, da Secretaria de Higiene e Saú- de, presidente do Conselho Municipal dos Direi- tos da Criança e do Adolescente, e também membro do Comitê da SPSP, informa que a Festa da Amamentação será no dia seis de agosto, com entrega de diplomas às mulheres que amamentaram exclusivamente no peito seus bebês até o sexto mês e aos profissionais de saúde que se destacaram no apoio às mães. Simpósio e conquistas em Pernambuco Espírito Santo e a mobilização dos serviços de saúde Campanha nas maternidades do Acre A Sociedade Acreana de Pediatria planeja para agosto uma campanha pró-amamentação nas duas maternidades de Rio Branco, com intensificação do trabalho já desenvolvido. A informação é da dra. Flávia Santos, a nova presidente do Comitê de Aleitamento Materno da entidade, que acrescenta também: “na maternidade pública temos o serviço do Banco de Leite, dirigido pela dra. Simone Chaves, e que realiza um trabalho de apoio importante, com palestras diárias nas enfermarias, orientação às mães das crianças acompanhadas no ambulatório, além de um serviço de atendimento 24 horas para os problemas da amamentação e de um 0800 para a doação de leite humano”. De acordo com a dra. Flávia, “é fato que, no dia-a-dia, vemos que a maioria das mães aceitam bem a amamentação no primeiro momento, principalmente quando ainda estão na maternidade. Todavia em casa, às vezes falta apoio dos familiares, e ainda vigora a versão inverídica, bravamente combatida pelos pediatras, de que o mingau é que sustenta. Os cartazes das madrinhas da amamentação são sempre bem vindos, pois as mães se vêem na mesma situação das artistas bem sucedidas”. Centrado no apoio da família e do profissio- nal de saúde à amamentação, o III Simpósio Pernambucano de Aleitamento Materno está previsto para oito e nove de agosto, em Recife. Uma oficina será dirigida aos profissio- nais dos Hospitais Amigos da Criança e uma encenação teatral apresentada por estudan- tes de medicina da Universidade Federal de Pernambuco. Para a presidente da Socieda- de de Pediatria de Pernambuco (Sopepe), dra. Lúcia Trajano, o apoio cotidiano faz a diferença na adesão ao aleitamento mater- no e deve vir de todos, não apenas dos profis- sionais: “a mulher precisa chegar em casa e receber ajuda do companheiro, da família”. Na opinião da dra. Lindacir Sampaio, presi- dente do Departamento de Aleitamento Materno, a “Campanha das madrinhas da SMAM” tem ajudado bastante a divulgar a importância da amamentação e “uma que marcou muito” foi a de 2003, com a atriz Luiza Thomé amamentando seus gêmeos. “As mães viam o cartaz no consultório e se impressionavam”, comenta. Sobre o apoio dos governos, depois da conquista da licença- maternidade de seis meses para as servidoras do estado, da capital, de Petrolina, Salgueiro, Pedra, Vitória de Santo Antão e Olinda, a Sopepe trabalha para ampliar o movimento. A pediatra Adriana Antunes, presidente do Departamento de Alergia e Imunologia da entidade e funcionária do estado, dá seu de- poimento sobre a importância do benefício: “ano passado, quando estava quase acaban- do os quatro meses da licença-maternidade pelo nascimento de Henrique, a lei que am- plia para 180 dias foi sancionada em Pernambuco. Ganhei mais dois meses de de- dicação ao meu filho. Não sei como seria se não tivesse esse tempo a mais. O aleitamen- to materno demanda tempo, para atender às necessidades do bebê. Não é fácil, mas meu marido, Antônio Calado, também médi- co, me deu total suporte. Consegui amamen- tar Henrique exclusivamente com meu leite até os seis meses, e depois continuei ama- mentando até os dez, quando precisei fazer uma viagem de trabalho. Se você está cons- ciente de que está fazendo o melhor para o seu filho, todo cansaço e dificuldades com- pensam, ainda mais quando se tem apoio”. Henrique, filho da Dra. Adriana, pediatra e funcionária pública do estado, beneficiada pela licença-maternidade de seis meses. Com a mãe e o pai, Antônio Palestras e mesas-redondas com representan- tes de hospitais, bancos de leite e unidades de saúde, farão parte do evento programado pela Sociedade Espiritossantense de Pedi- atria (Soespe) para o dia primeiro de agosto, de 9h às 12hs, em Vitória, segundo informa a presidente do Comitê de Aleitamento Mater- no, dra. Rosa Albuquerque, também coorde- nadora do Banco de Leite do Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves. “Quere- mos mobilizar os serviços de saúde e combater o desmame precoce, que ainda ocorre, em grande parte como conseqüência de mitos como a existência de “leite fraco” e de “pou- co leite”, observa, assinalando que “os índices de aleitamento materno vêm aumentando em todo o País, mas ainda temos muito a me- lhorar. E apoio é tudo”, ressalta. Um bom exemplo é o trabalho de extensão realizado no serviço ambulatorial localizado na comunidade de São Pedro, na periferia da capital, pelos professores e alunos de medicina da Universidade Federal do Espíri- to Santo (UFES). Quem conta é a professora Eneida Perim Bastos, também integrante do Comitê da Soespe, e coordenadora do pro- jeto, com dois colegas: “Atendemos prioritariamente crianças de zero a cinco anos, e o serviço é uma espécie de referên- cia na recuperação de desnutridos. Entre as muitas histórias, posso contar uma que ocor- reu recentemente, com uma mãe muito dedicada, disposta a manter aleitamento materno, mas que precisava voltar para o seu emprego. Sua pequena filha estaria bem cuidada se ficasse com sua tia mater- na, que também tinha uma criança de cinco meses. Porém, mesmo mantendo o aleita- mento materno e complementando com frutas e com a refeição ‘de sal’ que a tia lhe preparava, a criança estava recusando o peito”, contou. “A mãe foi ao nosso serviço para uma consulta de rotina”, continua a dra. Eneida. “Demons- trou sua vontade de manter o aleitamento, apesar da criança estar irritada e sem o ganho de peso satisfatório. Apoiamos e reforçamos sua vontade. Mas a cada dia tornava-se mais difícil para ela, pelo sentimento de culpa por ter que sair de casa para trabalhar – nos disse, inclusive, que pôde amamentar sua filha mais velha até os seis meses só no peito, pois na época não trabalhava fora. Havia também a sedução do aleitamento artificial indicado por todas as colegas. A tia já tinha até comprado uma mamadeira! Mas nossa mãe voltava ao nosso serviço, perseverante, e parecia renovar suas forças ali. Acolhida, dizia: ‘estou dando o peito quando ela está dormindo, e conseguin- do fazer com que não seque’. Numa tarde, quando já havíamos terminado nosso atendi- mento, ela chegou atrasada para a consulta, pois vinha do trabalho e nos contou muito con- tente que a filha voltara a mamar e não tinha tomado nenhuma mamadeira! E não é que a nossa menina estava sorrridente e com ganho de peso adequado? E nós, professores e quintanistas de medicina, ficamos bobos, como avôs observando a netinha, cheios de orgu- lho!”, finaliza dra. Eneida. Dras. Keiko Teruya (em pé, com o microfone), Regina Braghetto e Célia Lopes Machado participaram da solenidade de sanção da licença-maternidade de seis meses em Santos. O prefeito está ao centro