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A implementação do Modelo de Auto-Avaliação requer uma liderança forte e uma mudança de atitude e de práticas por parte do professor bibliotecário e da escola.<br />Exponha num texto que contenha citações das leituras obrigatórias sugeridas os aspectos que considera ser essenciais a essa mudança.<br />quot;
Se nós virmos sempre como sempre vimos, seremos sempre como sempre fomos, e vamos fazer sempre como sempre fizemos.quot;
<br />Autor desconhecido<br />(…)diria que as preocupações centrais públicas dos professores bibliotecários<br />continuam a ser expressas em termos de colecções, posição e política de promoção do valor da biblioteca escolar, e eu acredito que este é o principal factor limitador da profissão nos dias de hoje. Acredito realmente que a nossa mentalidade precisa mudar para a prática centrada na aprendizagem, baseada em evidências, que tem como centro os conceitos principais da construção do conhecimento e da compreensão humana. Isto deveria ser o centro da nossa preocupação e o desafio fundamental que nos impulsiona, e o resto fluirá por si só(…) <br />Ross Todd<br />A literacia da informação como construtora do conhecimento <br />No actual contexto da Sociedade da Informação, a Escola tem de repensar o seu papel e de alterar as práticas instaladas, para poder formar alunos capazes de se movimentarem com destreza no mundo da informação e de prosseguirem a sua aprendizagem ao longo da vida. Deve abandonar o seu papel transmissivo e acompanhar a mudança nos processos tecnológicos, sociais e comunicacionais. Tem que formar para a autonomia, para a criatividade, para a capacidade de interagir socialmente de forma crítica e para a competência de aprender a aprender.<br />A importância das bibliotecas escolares neste processo de transformação pode e deve ser decisiva. A BE tem de assumir-se como recurso activo nas respostas à mudança e no cumprimento dos seus objectivos relativos ao processo ensino/aprendizagem. A introdução das TIC, o surgimento de novos ambientes de disponibilização da informação, obrigam ao desenvolvimento de novas literacias e a uma aprendizagem contínua ao longo da vida.<br />Os alunos devem encontrar sentido no que fazem vendo de forma clara os processos e os produtos que se espera que adquiram através de propostas atractivas e de situações que levem ao envolvimento pessoal. <br />Segundo Todd (…) falando a partir de uma perspectiva construtivista, Wilson (1996) afirma que a aprendizagem que destaca as quot;
 actividades significativas e autênticas que ajudam o aluno a construir conhecimentos e a desenvolver competências relevantes para a resolução de problemasquot;
 é a missão central da escola. Hein (1991) reforça a ideia de que quot;
os alunos constroem o conhecimento por si mesmo; cada aluno individualmente (e socialmente) constrói o significado à medida que aprende. A construção de significado é aprendizagem. Não há nenhum outro tipo (…). Assim podemos observar que dentro desta perspectiva construtivista a noção central é que a aprendizagem é um processo activo, construtivo, generativo e de reorganização. É atribuir significado ao que se aprende incorporando os conceitos na própria vida, utilizando-os e estendendo-os a novo conhecimento.<br />Também segundo Todd (…) O fornecimento de informação não significa necessariamente que os nossos alunos fiquem informados. A informação é a entrada; através desta entrada, o conhecimento existente é transformado e os novos conhecimentos - como a compreensão, o significado, novas perspectivas, as interpretações, as inovações - são o resultado. O fortalecimento/capacitação, a conectividade, o envolvimento e a interactividade definem as acções e práticas da biblioteca escolar, e o seu resultado é a construção do conhecimento: novos significados, novas compreensões, novas perspectivas.<br />Neste panorama a BE surge como pioneira do processo de mudança. O seu papel é o de fomentar e impulsionar a transformação necessária partindo da perspectiva construtivista da aprendizagem, como fundamento para a colaboração entre a biblioteca escolar e o currículo. A BE passa a ter uma missão, a de favorecer aos alunos aprendizagens significativas através de relações interactivas (professor/aluno/conteúdos de aprendizagem).<br />Para Todd (…) Os bibliotecários escolares têm que ser claros sobre qual é realmente a sua força motivadora para as suas funções educativas nas escolas. Há pelo menos duas maneiras de olhar para isto: Fazer e Ser. O motivo fundamental para a função educativa do bibliotecário escolar tem que ir mais além, permitindo aos alunos dominarem um conjunto de competências de manipulação da informação. Isso é FAZER. E isto é muitas vezes percebido pelos professores como uma tarefa da biblioteca, um acréscimo para um currículo já carregado. Não há dúvida de que é importante FAZER isso. No entanto, o desenvolvimento de um aluno letrado em informação é essencial para se TORNAR e SER (…) As iniciativas educativas dos bibliotecários escolares centradas na literacia da informação estão prestes a conceder o melhor contexto e oportunidades para as pessoas fazerem o máximo das suas vidas, como pessoas com sentido, construtivas e independentes.<br />Todd refere ainda que o SER e TORNAR-SE são a razão de existir das Bibliotecas Escolares: (…) o papel do bibliotecário escolar vai além do desenvolvimento de um conjunto de competências de literacia da informação, ao contrário, é a grande responsabilidade de tornar todas as informações e conhecimentos que a escola possui ou pode aceder accionáveis, para que os alunos possam construir sua própria compreensão e desenvolver as suas ideias de forma significativa (…).<br />Assim, a biblioteca escolar deve ser um lugar não só de disponibilização da informação, mas também um lugar para adquirir conhecimento e, o professor bibliotecário não só um especialista em literacia da informação, mas um parceiro e líder da aprendizagem curricular. <br />O Professor Bibliotecário como impulsionador da mudança<br />Neste sentido o professor bibliotecário deve assumir esta liderança na implementação das mudanças necessárias e, ao mesmo tempo, ser o motor para a mudança global que envolve os seus parceiros e a restante comunidade educativa. Adoptando uma atitude proactiva, o professor bibliotecário deve procurar e conseguir a colaboração dos colegas passando a ser o actor principal na alteração da cultura das escolas. <br />Todd refere sete tipos de liderança e que são: <br />“Liderança Informada - participar e aprender com a investigação de campo e utilizar<br />esta investigação para delinear as iniciativas educativas; <br />Liderança Determinada – ter uma visão clara dos resultados de aprendizagem dos alunos, centrando-se na estrutura intelectual que lhes permita construir o conhecimento, compreensão e significado; <br />Liderança Estratégica - ter um plano claro para traduzir a visão centrada na aprendizagem em acções, através da aprendizagem baseada em investigação e envolvimento com uma diversidade de fontes e formatos de informação; <br />Liderança Colaborativa - construção de parcerias através de uma filosofia compartilhada sobre a aprendizagem baseada em investigação para a construção de compreensão e conhecimento; <br />Liderança Criativa - combinar criativamente os recursos para obter um valor real, e documentar as evidências das suas acções em termos de resultados de aprendizagem reais dos alunos; <br />Liderança Renovável - ser bastante flexível e adaptável, aprendendo, mudando e inovando continuamente, pensar para além das formas tradicionais de fazer e ser; <br />Liderança Sustentável – estabelecer evidências locais, identificando e celebrando as realizações, resultados, impactos”.<br />O Professor Bibliotecário e a implementação do MAABE<br />A capacidade de relação e de liderança do professor bibliotecário é decisiva na aplicação do MAABE, pois a adaptação deste à missão e objectivos da escola deverá ser uma estratégia importante de mobilização dos diferentes órgãos da escola, desde a equipa que com ele trabalha, até ao Conselho Pedagógico e à Direcção, passando pelas diferentes estruturas intermédias.<br />O professor bibliotecário enquanto gestor da BE, mas fundamentalmente do plano de acção da BE, deverá planear convenientemente a aplicação do modelo, mostrando uma visão estratégica da sua aplicação.<br />Em todo este processo é crucial a prática baseada em evidências como motor da mudança que é necessário introduzir à dinâmica das BE’s.<br />Todd refere que a experiência baseada em evidências, de bibliotecários escolares, “é uma abordagem que envolve sistematicamente evidências decorrentes da investigação, evidências observadas pelo professor bibliotecário e evidências relatadas pelo utilizador, no processo corrente de tomar decisões, no desenvolvimento e na melhoria continuada, com vista a atingir os objectivos e metas escolares. Estas metas estão normalmente centradas nos resultados dos estudantes e na qualidade do ensino e da aprendizagem.<br />É de facto esta prática que irá servir para implementar o Modelo de Auto-Avaliação.<br />Assim as evidências devem revelar o trabalho realizado, as actividades desenvolvidas e os resultados e o impacto alcançados. Estas evidências incidem sobre os processos – qual é o trabalho realizado e como: como é que os serviços estão a corresponder às necessidades dos utilizadores; como é que a acção da BE exerce influência sobre as actividades de docentes e alunos; como é que a BE ajuda a atingir determinados objectivos do Projecto da Escola; como é que o trabalho da/com a BE concorre para os objectivos curriculares, etc. Pretende-se identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses instrumentos as informações (evidências) que melhor esclarecem o trabalho e os resultados alcançados pela Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de indicadores.<br />Também como Todd refere (…) A prática baseada em evidências é um paradigma emergente da prática de muitas profissões. (…) centra-se numa utilização consciente, explícita e cuidadosamente escolhida da melhor investigação actual sobre evidências na tomada de decisões sobre o desempenho do papel do bibliotecário escolar no dia-a-dia.(…) a prática baseada em evidências é onde o trabalho diário do profissional é direccionado para a demonstração do impacto e resultados concretos da tomada de decisões sólidas e para a implementação de metas e objectivos organizacionais.(…) A prática baseada em evidências coloca ênfase nos resultados da aprendizagem dos alunos.(…) A educação baseada em resultados é uma prática curricular que estabelece resultados de aprendizagem claramente definidos com base na premissa de que todos os alunos podem ser alunos de sucesso. Também é dada atenção aos resultados no sentido de maximizar as experiências de aprendizagem dos alunos, onde é dada atenção à identificação, compreensão e realização com as diferenças reais que isto faz na vida dos alunos (…).<br />A avaliação surge assim como um factor pedagógico e regulador e um factor mobilizador de toda a escola, uma vez que conduzirá a uma reflexão e originará uma mudança nas práticas.<br /> A necessidade de gerir a mudança deve basear-se na recolha de evidências relativas ao impacto que as Bibliotecas Escolares têm na escola e na análise dos factores que se assumem como críticos ao seu desenvolvimento. <br />A pertinência do Modelo de Auto-Avaliação<br />O MAABE surge enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. À sua construção preside a noção de valor. O “Valor” não como algo que lhe é inerente mas sim como algo que podemos retirar e que se traduz em experiência e benefício. O factor qualidade passa assim a nortear a avaliação das Bibliotecas Escolares. <br />O modelo de auto-avaliação passa a ser não só uma fonte de melhoria da qualidade do serviço prestado, mas também uma estratégia de afirmação da BE na escola, enquanto estrutura que procura, através de uma recolha sistemática de evidências, aprender com o seu trabalho e melhorar sistematicamente o serviço prestado.<br />Este novo processo de avaliação centra-se também na determinação da forma como a Biblioteca é incorporada pela escola e como a escola incorpora a biblioteca como um recurso indispensável e, por outro lado, como se articula com ela no apoio ao currículo e ao processo ensino/aprendizagem. <br />É fundamental, conseguir mobilizar toda a escola no processo de auto-avaliação da BE, para que o processo de ajustamento de acções seja amplo, participado e compreendido por todos.<br />O MAABE permite um conhecimento aprofundado do trabalho que a BE desenvolve, pondo em evidência os seus pontos fortes e pontos fracos, e num trabalho de reflexão/acção leva à definição de acções de melhoria.<br />Um dos aspectos mais relevantes do MAABE, é o facto de perante um conjunto de evidências recolhidas, com um valor por si só diminuto, interpretar os dados de forma a, de forma sustentada, passar à acção, fazendo do processo de auto-avaliação um instrumento de melhoria da qualidade e de estratégia de desenvolvimento. <br />O processo de auto-avaliação deve ter um carácter formativo e regulador, na procura da melhoria do serviço prestado, de promoção da aprendizagem e no contributo para a escola ir de encontro à sua missão e objectivos definidos. Podemos ler no texto da sessão (…) A criação de um Modelo para avaliação das bibliotecas escolares permite dotar as escolas/ bibliotecas de um quadro de referência e de um instrumento que lhes permite a melhoria contínua da qualidade, a busca de uma perspectiva de inovação. Pretende-se induzir a transformação das bibliotecas escolares em organizações capazes de aprender e de crescer através da recolha sistemática de evidências de uma autoavaliação sistemática (…) e ainda (…) O modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. A obtenção da melhoria contínua da qualidade exige que a organização esteja preparada para a aprendizagem contínua. Pressupõe a motivação individual dos seus membros e a liderança forte do professor coordenador, que tem de mobilizar a escola para a necessidade e implementação do processo avaliativo.<br />Como conclusão poderemos assim dizer que para a implementação do MAABE o professor bibliotecário deve:<br />Ser perito em literacia da informação e um mediador junto dos alunos da utilização dessa mesma informação;<br />Ter um papel fundamental no processo de avaliação da BE para que todos reconheçam a importância da mesma na melhoria dos resultados escolares;<br />Ser um parceiro dos restantes docentes;<br />Exercer uma liderança forte associada a uma visão e gestão estratégicas;<br />Promover uma cultura de avaliação;<br />Comunicar permanentemente e articular prioridades;<br />Proceder à recolha sistemática de informação; <br />Estabelecer e coordenar políticas, isto é, linhas orientadoras dos planos de acção, de modo a que estejam concertadas com a estratégia da escola e também com os factores críticos de sucesso.<br />Assim, num nível fundamental, o papel educativo do bibliotecário escolar, na colaboração proactiva com o currículo e com os objectivos de aprendizagem da escola, é formativo bem como informativo, intervencionista e integrador, solidário e orientado para os serviços, orientado tanto para os resultados como para o processo. Neste contexto, os bibliotecários escolares têm grandes desafios pela frente, na medida em que contribuem para o desenvolvimento da sua escola como uma comunidade inclusiva, interactiva e fortalecedora da aprendizagem, especialmente agora, no contexto de um intenso ambiente tecnológico e de informação.<br />Ross Todd<br />Bibliografia:<br />Texto da Sessão<br />O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: problemáticas e conceitos implicados;<br />Excerto do texto e texto integral “Professores Bibliotecários Escolares: resultados da aprendizagem e prática baseada em evidências”;<br />MAABE;<br />Jornal da Biblioteca Escolar<br />O Manifesto para os Bibliotecários Escolares sobre a prática baseada em evidências.<br />
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O Modelo de Auto-Avaliação no contexto da escola/ agrupamento
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O Modelo de Auto-Avaliação no contexto da escola/ agrupamento
 
Plano acçao biblioteca_castelo
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A implementação do Modelo de Autovaliação

  • 1. A implementação do Modelo de Auto-Avaliação requer uma liderança forte e uma mudança de atitude e de práticas por parte do professor bibliotecário e da escola.<br />Exponha num texto que contenha citações das leituras obrigatórias sugeridas os aspectos que considera ser essenciais a essa mudança.<br />quot; Se nós virmos sempre como sempre vimos, seremos sempre como sempre fomos, e vamos fazer sempre como sempre fizemos.quot; <br />Autor desconhecido<br />(…)diria que as preocupações centrais públicas dos professores bibliotecários<br />continuam a ser expressas em termos de colecções, posição e política de promoção do valor da biblioteca escolar, e eu acredito que este é o principal factor limitador da profissão nos dias de hoje. Acredito realmente que a nossa mentalidade precisa mudar para a prática centrada na aprendizagem, baseada em evidências, que tem como centro os conceitos principais da construção do conhecimento e da compreensão humana. Isto deveria ser o centro da nossa preocupação e o desafio fundamental que nos impulsiona, e o resto fluirá por si só(…) <br />Ross Todd<br />A literacia da informação como construtora do conhecimento <br />No actual contexto da Sociedade da Informação, a Escola tem de repensar o seu papel e de alterar as práticas instaladas, para poder formar alunos capazes de se movimentarem com destreza no mundo da informação e de prosseguirem a sua aprendizagem ao longo da vida. Deve abandonar o seu papel transmissivo e acompanhar a mudança nos processos tecnológicos, sociais e comunicacionais. Tem que formar para a autonomia, para a criatividade, para a capacidade de interagir socialmente de forma crítica e para a competência de aprender a aprender.<br />A importância das bibliotecas escolares neste processo de transformação pode e deve ser decisiva. A BE tem de assumir-se como recurso activo nas respostas à mudança e no cumprimento dos seus objectivos relativos ao processo ensino/aprendizagem. A introdução das TIC, o surgimento de novos ambientes de disponibilização da informação, obrigam ao desenvolvimento de novas literacias e a uma aprendizagem contínua ao longo da vida.<br />Os alunos devem encontrar sentido no que fazem vendo de forma clara os processos e os produtos que se espera que adquiram através de propostas atractivas e de situações que levem ao envolvimento pessoal. <br />Segundo Todd (…) falando a partir de uma perspectiva construtivista, Wilson (1996) afirma que a aprendizagem que destaca as quot; actividades significativas e autênticas que ajudam o aluno a construir conhecimentos e a desenvolver competências relevantes para a resolução de problemasquot; é a missão central da escola. Hein (1991) reforça a ideia de que quot; os alunos constroem o conhecimento por si mesmo; cada aluno individualmente (e socialmente) constrói o significado à medida que aprende. A construção de significado é aprendizagem. Não há nenhum outro tipo (…). Assim podemos observar que dentro desta perspectiva construtivista a noção central é que a aprendizagem é um processo activo, construtivo, generativo e de reorganização. É atribuir significado ao que se aprende incorporando os conceitos na própria vida, utilizando-os e estendendo-os a novo conhecimento.<br />Também segundo Todd (…) O fornecimento de informação não significa necessariamente que os nossos alunos fiquem informados. A informação é a entrada; através desta entrada, o conhecimento existente é transformado e os novos conhecimentos - como a compreensão, o significado, novas perspectivas, as interpretações, as inovações - são o resultado. O fortalecimento/capacitação, a conectividade, o envolvimento e a interactividade definem as acções e práticas da biblioteca escolar, e o seu resultado é a construção do conhecimento: novos significados, novas compreensões, novas perspectivas.<br />Neste panorama a BE surge como pioneira do processo de mudança. O seu papel é o de fomentar e impulsionar a transformação necessária partindo da perspectiva construtivista da aprendizagem, como fundamento para a colaboração entre a biblioteca escolar e o currículo. A BE passa a ter uma missão, a de favorecer aos alunos aprendizagens significativas através de relações interactivas (professor/aluno/conteúdos de aprendizagem).<br />Para Todd (…) Os bibliotecários escolares têm que ser claros sobre qual é realmente a sua força motivadora para as suas funções educativas nas escolas. Há pelo menos duas maneiras de olhar para isto: Fazer e Ser. O motivo fundamental para a função educativa do bibliotecário escolar tem que ir mais além, permitindo aos alunos dominarem um conjunto de competências de manipulação da informação. Isso é FAZER. E isto é muitas vezes percebido pelos professores como uma tarefa da biblioteca, um acréscimo para um currículo já carregado. Não há dúvida de que é importante FAZER isso. No entanto, o desenvolvimento de um aluno letrado em informação é essencial para se TORNAR e SER (…) As iniciativas educativas dos bibliotecários escolares centradas na literacia da informação estão prestes a conceder o melhor contexto e oportunidades para as pessoas fazerem o máximo das suas vidas, como pessoas com sentido, construtivas e independentes.<br />Todd refere ainda que o SER e TORNAR-SE são a razão de existir das Bibliotecas Escolares: (…) o papel do bibliotecário escolar vai além do desenvolvimento de um conjunto de competências de literacia da informação, ao contrário, é a grande responsabilidade de tornar todas as informações e conhecimentos que a escola possui ou pode aceder accionáveis, para que os alunos possam construir sua própria compreensão e desenvolver as suas ideias de forma significativa (…).<br />Assim, a biblioteca escolar deve ser um lugar não só de disponibilização da informação, mas também um lugar para adquirir conhecimento e, o professor bibliotecário não só um especialista em literacia da informação, mas um parceiro e líder da aprendizagem curricular. <br />O Professor Bibliotecário como impulsionador da mudança<br />Neste sentido o professor bibliotecário deve assumir esta liderança na implementação das mudanças necessárias e, ao mesmo tempo, ser o motor para a mudança global que envolve os seus parceiros e a restante comunidade educativa. Adoptando uma atitude proactiva, o professor bibliotecário deve procurar e conseguir a colaboração dos colegas passando a ser o actor principal na alteração da cultura das escolas. <br />Todd refere sete tipos de liderança e que são: <br />“Liderança Informada - participar e aprender com a investigação de campo e utilizar<br />esta investigação para delinear as iniciativas educativas; <br />Liderança Determinada – ter uma visão clara dos resultados de aprendizagem dos alunos, centrando-se na estrutura intelectual que lhes permita construir o conhecimento, compreensão e significado; <br />Liderança Estratégica - ter um plano claro para traduzir a visão centrada na aprendizagem em acções, através da aprendizagem baseada em investigação e envolvimento com uma diversidade de fontes e formatos de informação; <br />Liderança Colaborativa - construção de parcerias através de uma filosofia compartilhada sobre a aprendizagem baseada em investigação para a construção de compreensão e conhecimento; <br />Liderança Criativa - combinar criativamente os recursos para obter um valor real, e documentar as evidências das suas acções em termos de resultados de aprendizagem reais dos alunos; <br />Liderança Renovável - ser bastante flexível e adaptável, aprendendo, mudando e inovando continuamente, pensar para além das formas tradicionais de fazer e ser; <br />Liderança Sustentável – estabelecer evidências locais, identificando e celebrando as realizações, resultados, impactos”.<br />O Professor Bibliotecário e a implementação do MAABE<br />A capacidade de relação e de liderança do professor bibliotecário é decisiva na aplicação do MAABE, pois a adaptação deste à missão e objectivos da escola deverá ser uma estratégia importante de mobilização dos diferentes órgãos da escola, desde a equipa que com ele trabalha, até ao Conselho Pedagógico e à Direcção, passando pelas diferentes estruturas intermédias.<br />O professor bibliotecário enquanto gestor da BE, mas fundamentalmente do plano de acção da BE, deverá planear convenientemente a aplicação do modelo, mostrando uma visão estratégica da sua aplicação.<br />Em todo este processo é crucial a prática baseada em evidências como motor da mudança que é necessário introduzir à dinâmica das BE’s.<br />Todd refere que a experiência baseada em evidências, de bibliotecários escolares, “é uma abordagem que envolve sistematicamente evidências decorrentes da investigação, evidências observadas pelo professor bibliotecário e evidências relatadas pelo utilizador, no processo corrente de tomar decisões, no desenvolvimento e na melhoria continuada, com vista a atingir os objectivos e metas escolares. Estas metas estão normalmente centradas nos resultados dos estudantes e na qualidade do ensino e da aprendizagem.<br />É de facto esta prática que irá servir para implementar o Modelo de Auto-Avaliação.<br />Assim as evidências devem revelar o trabalho realizado, as actividades desenvolvidas e os resultados e o impacto alcançados. Estas evidências incidem sobre os processos – qual é o trabalho realizado e como: como é que os serviços estão a corresponder às necessidades dos utilizadores; como é que a acção da BE exerce influência sobre as actividades de docentes e alunos; como é que a BE ajuda a atingir determinados objectivos do Projecto da Escola; como é que o trabalho da/com a BE concorre para os objectivos curriculares, etc. Pretende-se identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses instrumentos as informações (evidências) que melhor esclarecem o trabalho e os resultados alcançados pela Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de indicadores.<br />Também como Todd refere (…) A prática baseada em evidências é um paradigma emergente da prática de muitas profissões. (…) centra-se numa utilização consciente, explícita e cuidadosamente escolhida da melhor investigação actual sobre evidências na tomada de decisões sobre o desempenho do papel do bibliotecário escolar no dia-a-dia.(…) a prática baseada em evidências é onde o trabalho diário do profissional é direccionado para a demonstração do impacto e resultados concretos da tomada de decisões sólidas e para a implementação de metas e objectivos organizacionais.(…) A prática baseada em evidências coloca ênfase nos resultados da aprendizagem dos alunos.(…) A educação baseada em resultados é uma prática curricular que estabelece resultados de aprendizagem claramente definidos com base na premissa de que todos os alunos podem ser alunos de sucesso. Também é dada atenção aos resultados no sentido de maximizar as experiências de aprendizagem dos alunos, onde é dada atenção à identificação, compreensão e realização com as diferenças reais que isto faz na vida dos alunos (…).<br />A avaliação surge assim como um factor pedagógico e regulador e um factor mobilizador de toda a escola, uma vez que conduzirá a uma reflexão e originará uma mudança nas práticas.<br /> A necessidade de gerir a mudança deve basear-se na recolha de evidências relativas ao impacto que as Bibliotecas Escolares têm na escola e na análise dos factores que se assumem como críticos ao seu desenvolvimento. <br />A pertinência do Modelo de Auto-Avaliação<br />O MAABE surge enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. À sua construção preside a noção de valor. O “Valor” não como algo que lhe é inerente mas sim como algo que podemos retirar e que se traduz em experiência e benefício. O factor qualidade passa assim a nortear a avaliação das Bibliotecas Escolares. <br />O modelo de auto-avaliação passa a ser não só uma fonte de melhoria da qualidade do serviço prestado, mas também uma estratégia de afirmação da BE na escola, enquanto estrutura que procura, através de uma recolha sistemática de evidências, aprender com o seu trabalho e melhorar sistematicamente o serviço prestado.<br />Este novo processo de avaliação centra-se também na determinação da forma como a Biblioteca é incorporada pela escola e como a escola incorpora a biblioteca como um recurso indispensável e, por outro lado, como se articula com ela no apoio ao currículo e ao processo ensino/aprendizagem. <br />É fundamental, conseguir mobilizar toda a escola no processo de auto-avaliação da BE, para que o processo de ajustamento de acções seja amplo, participado e compreendido por todos.<br />O MAABE permite um conhecimento aprofundado do trabalho que a BE desenvolve, pondo em evidência os seus pontos fortes e pontos fracos, e num trabalho de reflexão/acção leva à definição de acções de melhoria.<br />Um dos aspectos mais relevantes do MAABE, é o facto de perante um conjunto de evidências recolhidas, com um valor por si só diminuto, interpretar os dados de forma a, de forma sustentada, passar à acção, fazendo do processo de auto-avaliação um instrumento de melhoria da qualidade e de estratégia de desenvolvimento. <br />O processo de auto-avaliação deve ter um carácter formativo e regulador, na procura da melhoria do serviço prestado, de promoção da aprendizagem e no contributo para a escola ir de encontro à sua missão e objectivos definidos. Podemos ler no texto da sessão (…) A criação de um Modelo para avaliação das bibliotecas escolares permite dotar as escolas/ bibliotecas de um quadro de referência e de um instrumento que lhes permite a melhoria contínua da qualidade, a busca de uma perspectiva de inovação. Pretende-se induzir a transformação das bibliotecas escolares em organizações capazes de aprender e de crescer através da recolha sistemática de evidências de uma autoavaliação sistemática (…) e ainda (…) O modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização. A obtenção da melhoria contínua da qualidade exige que a organização esteja preparada para a aprendizagem contínua. Pressupõe a motivação individual dos seus membros e a liderança forte do professor coordenador, que tem de mobilizar a escola para a necessidade e implementação do processo avaliativo.<br />Como conclusão poderemos assim dizer que para a implementação do MAABE o professor bibliotecário deve:<br />Ser perito em literacia da informação e um mediador junto dos alunos da utilização dessa mesma informação;<br />Ter um papel fundamental no processo de avaliação da BE para que todos reconheçam a importância da mesma na melhoria dos resultados escolares;<br />Ser um parceiro dos restantes docentes;<br />Exercer uma liderança forte associada a uma visão e gestão estratégicas;<br />Promover uma cultura de avaliação;<br />Comunicar permanentemente e articular prioridades;<br />Proceder à recolha sistemática de informação; <br />Estabelecer e coordenar políticas, isto é, linhas orientadoras dos planos de acção, de modo a que estejam concertadas com a estratégia da escola e também com os factores críticos de sucesso.<br />Assim, num nível fundamental, o papel educativo do bibliotecário escolar, na colaboração proactiva com o currículo e com os objectivos de aprendizagem da escola, é formativo bem como informativo, intervencionista e integrador, solidário e orientado para os serviços, orientado tanto para os resultados como para o processo. Neste contexto, os bibliotecários escolares têm grandes desafios pela frente, na medida em que contribuem para o desenvolvimento da sua escola como uma comunidade inclusiva, interactiva e fortalecedora da aprendizagem, especialmente agora, no contexto de um intenso ambiente tecnológico e de informação.<br />Ross Todd<br />Bibliografia:<br />Texto da Sessão<br />O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: problemáticas e conceitos implicados;<br />Excerto do texto e texto integral “Professores Bibliotecários Escolares: resultados da aprendizagem e prática baseada em evidências”;<br />MAABE;<br />Jornal da Biblioteca Escolar<br />O Manifesto para os Bibliotecários Escolares sobre a prática baseada em evidências.<br />