SlideShare a Scribd company logo
1 of 20
Download to read offline
PARADIGMA
CULTUROLÓGICO
PARADIGMA CULTUROLÓGICO
 ANÁLISE ESTRUTURALISTA
 COMO A CULTURA DE MASSA INTERFERE NAS ESTRUTURAS SOCIAIS E NA VIDA
SOCIAL E DOMÉSTICA DE GRUPOS E INDÍVÍDUOS
 EXPOENTES: EDGAR MORIN (FRANÇA, DÉCAD DE 1960); UMBERTO ECO
ESCOLA FRANCESA
ANÁLISE ESTRUTURAL
 FUNDAMENTO EM TRÊS ABORDAGENS:
1) ABORDAGEM MARXISTA: ANÁLISE A PARTIR DE UMA SUPERESTRUTURA
ECONÔMICA, QUE DETERMINA O SOCIAL
2) 2) SISTEMAS DE PENSAMENTO: A SOCIEDADE E A CULTURA SE ESTRUTURAM A
PARTIR DE UMA BASE, QUE É A LINGUAGEM
3) 3) A ESTRUTURA SOCIAL É COMPOSTA COMO UM SISTEMA DE SIGNOS
ESTRUTURALISMO
 ABORDAGEM INSTEDISCIPLINAR QUE CONTA COM O ESTUDO DE VÁRIOS
PESQUISADORES
-ANTROPOLOGIA (LÉVI STRAUSS);
- LINGUÍSTICA (JAKOBSON)
- PSICANÁLISE (LACAN)
- SEMIOLOGIA (GREIMAS)
O PROGRAMA ESTRUTURALISTA CONSISTIA EM MOSTRAR QUE O VERDADEIRO OBJETO
DAS CIÊNCIAS HUMANAS NÃO É O HOMEM, MAS AS ESTRUTURAS SOCIAIS E LINGUÍSTICAS
QUE O DETERMINAM.
OU SEJA, UM SISTEMA DE REGRAS E LEIS QUE AGEM POR MEIO DE NOSSAS PALAVRAS E
AÇÕES
ANÁLISE ESTRUTURAL
 O PRINCIPAL OBJETIVO DA CMUNICAÇÃO É DESCOBRIR O SIGNIFICADO DAS
MENSAGENS DENTRO DE UM PROCESSO ORGANIZADO.
 O QUE QUER DIZER UM IMAGINÁRIO CULTURAL RESULTANTE DA COMUNICAÇÃO
DE MASSA?
 INFLUÊNCIA DE ALTHUSSER (NEOMARXISTA), QUE UTILIZA CONCEITOS COMO
SUPERESTRUTURA E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO DENTRO DO MODELO
CAPITALISTA
 INFLÊNCIA DE PIERRE BOURDIEU – REFLEXÕES SOBRE CAMPO SOCIAL,
VIOLÊNCIA OCULTA
 INFLUÊNCIA DE MICHEL FOUCAULT – CONCEPÇÃO DE PODER COMO O DOMÍNIO
DE MICROSUJEITOS, NO QUAL O ESTADO, AS CLASSES E A IDEOLOGIA
DOMINANTE SÃO SUBSTITUÍDOS POR UMA CONCEPÇÃO RELACIONAL DE PODER
EDGAR MORIN
 A EVOLUÇÃO INDUSTRIAL CRIA NOVAS TÉCNICAS E NOVAS CONDIÇÕES DE VIDA,
QUE DESAGREGAM AS CULTURAS ANTERIORES E CRIM NOVAS NECESSIDADES
 A CULTURA DE MASSA READAPTA A SOCIEDADE, E ELA É O PRODUTO QUE QUE É
PRODUZIDO NA SOCIEDADE INDUSTRIAL-CAPITALISTA. A CULTURA TRANSFORMA-
SE EM MERCADORIA.
 O TRABALHO É ESVAZIADO DO PRAZER E A CULTURA DE MASSA PASSA A SER A
TRANSMISSORA DE VALORES VINCULADOS A UMA “IDEOLOGIA DA FELICIDADE”,
QUE ALARDEIA PRAZERES IMEDIATOS, AMORES ROMÂNTICOS E BEM ESTAR
IMEDIATO.
 A VISÃO DA TEORIA CRÍTICA, NA QUAL OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SÃO UM
INSTRUMENTO E DOMINAÇÃO E CONTROLE SOCIAL É SUBSTITUÍDA PELA IDEIA
DE QUE A COMUNICAÇÃO É UMA PRODUTORA DE CONTEÚDOS, SUSTENTADA POR
LUCROS PERMANENTES. A CULTURA É ADAPTADA AO CONSUMO
EDGAR MORIN
 OS PRODUTOS CULTURAIS SÃO ADAPTADOS ÀS CLASSES DE CONSUMO
 TUDO É ARTE E NADA É ARTE
 A COMUNICAÇÃO DE MASSA MANTÉM A ESTRUTURA SOCIAL E TAMBEM
INTRODUZ O NOVO, COMO OBJETO DE CONSUMO
 A SOCIEDADE É COMPLEXIFICADA. NUMA PÁGINA DE JORNAL
ENCONTRAMOS O ANÚNCIO DO NOVO CARRO, SUPER VELOZ, E AO
MESMO TEMPO MATÉRIAS DE CONTROLE DE VELOCIDADES NAS
ESTRADAS.
EDGAR MORIN
 A VIDA DO INDIVIDUO, NESSE CONTEXTO, É ROTINEIRA E MEDÍCORE,
MARCADA PELA AUSÊNCIA DE PERSPECTIVAS. O ÚNICO ESPAÇO DE
REALIZAÇÃO É O CONSUMO, QUE PASSA A SER A ESTRUTURA E A ESSÊNCIA
DA VIDA
 DOCUMENTÁRIOS E PROGRAMAS (PSEUDO)EDUCATIVOS SÃO A ILUSÃO DE
QUE O INDIVÍDUO ESTÁ APRENDENDO.
 O MÍDIA CRIA A PERCEPÇÃO DO MUNDO LEVADA AO INDIVÍDUO.
 EXISTE UMA GRANDE MISTURA DE GÊNEROS (SINCRETISMO), EM QUE
REALIDADE E FICÇÃO SE MISTURAM
ESCOLA FRANCESA
 NESSA PERSPECTIVA TEMOS:
 OS AUTORES QUE ACREDITAM NO BOM USO FUTURO DA MÍDIA E QUE A VÊEM
COMO FATOR DE VÍNCULO SOCIAL (MAFFESOLI E LEVY) E OS QUE CONSIDERAM A
MÍDIA COMO ALGO QUE OBEDECE A LÓGICA DA UTILIDADE SOCIAL
(BAUDRILLARD, BOURDIEU).
 EM COMUM TODOS TRAZEM A DESILUSÃO COM O MITO DE QUE O RACIONALISMO
GERA O PROGRESSO.
COMUNICAÇÃO NÃO SERVE SÓ PRA COMUNICAR: É O MOTOR DAS RELAÇÕES
SOCIAS, QUE ENVLVE APRODUÇÃO, O CONSUMO, O INTERCÂMBIO E A REPRODUÇÃO
UMBERTO ECO
 A partir da década de 1960 os produtos culturais passaram a ser
encarados de uma nova forma. Alguns artistas (pioneiros do movimento
“pop-art”) sacralizaram em seus trabalhos ícones de peças publicitárias,
histórias em quadrinhos e estrelas de cinema. O conteúdo do trabalho
desses artistas explorava os signos da cultura de massa.
 É nesse contexto que alguns pesquisadores europeus lançaram seus
estudos, observando o conteúdo das mensagens da cultura de massa.
Esses intelectuais tinham uma postura crítica, mas não preconceituosa.
Divergiam tanto da postura funcionalista de observar a comunicação
como dos estudiosos da teoria crítica.
 Dentre os principais representantes dessa escola podemos destacar:
Roland Barthes, Edgar Morin, Jean Braudrillard, Julia Kristeva,
Christian Metz e Umberto Eco.
 Umberto Eco, pesquisador da Universidade de Milão, tornou-se um dos
expoentes dessa escola. Em sua obra “Apocalípticos e Integrados”
(1964), o italiano critica os funcionalistas (integrados) por exibirem
uma postura otimista demais diante da cultura de massa, e os
frankfurtianos (apocalípticos), por refutarem radicalmente a
sociedade de massa sem ao menos analisá-la.
 Segundo Eco, os teóricos criaram denominadores chamados
“conceitos-fetiche” (massa, indústria cultural) para analisar de
maneira genérica e superficial a comunicação na sociedade moderna,
que, segundo ele, trata-se de um fenômeno complexo.
 Para Eco, a cultura de massa é um fenômeno típico do homem
contemporâneo, tendo despontado num contexto de evolução do
capitalismo, e da ascensão dos indivíduos na era pós-industrial. Dessa
forma, Eco vê como legítima a cultura produzida nesse período. Tão
legítima que é capaz de influenciar até mesmo os seus críticos.
A seguir, algumas características dos meios de comunicação:
- os meios de comunicação contribuem para influenciar a massa
- os produtos culturais são produzidos para agradar ao público
- possuem caráter evasivo, mas também podem informar e educar
- são efêmeros e possuem a característica da reprodutibilidade em
série
 Eco propõe uma análise apurada da mensagem vinculada ao
seu contexto de significação (análise estrutural da mensagem).
Ele sugere ainda a troca do termo “cultura de massa” por
“comunicação de massa”.
 Em outro livro seu, Obra Aberta, Eco defende a idéia de que
uma obra de arte possui uma gama infindável de significações,
e que essas significações e interpretações estão relacionadas ao
corpo de valores intrínsecos de cada indivíduo.
BIBLIOGRAFIA
 TEMER, Ana Carolina Rocha Pessoa e NERY, Vanda Cunha Albieri. Para entender
as Teorias da Cmunicação. 2. ed. Revista e atualizada. Goiânia: EDFU, 2009.

More Related Content

What's hot

Aula 2 desenvolvimento dos estudos da comunicação
Aula 2   desenvolvimento dos estudos da comunicaçãoAula 2   desenvolvimento dos estudos da comunicação
Aula 2 desenvolvimento dos estudos da comunicação
Ed Marcos
 
Paradigma midiológico tecnológico
Paradigma midiológico tecnológicoParadigma midiológico tecnológico
Paradigma midiológico tecnológico
aulasdejornalismo
 
Teoria funcionalista
Teoria funcionalistaTeoria funcionalista
Teoria funcionalista
rodcassio
 
Aula3 Pesquisa Norte Americana Teoria Hipodermica
Aula3 Pesquisa Norte Americana Teoria HipodermicaAula3 Pesquisa Norte Americana Teoria Hipodermica
Aula3 Pesquisa Norte Americana Teoria Hipodermica
Valéria da Costa
 

What's hot (20)

Agenda setting
Agenda settingAgenda setting
Agenda setting
 
Estudos culturais - teorias da comunicação
Estudos culturais - teorias da comunicaçãoEstudos culturais - teorias da comunicação
Estudos culturais - teorias da comunicação
 
Paradigma critico radical
Paradigma critico radicalParadigma critico radical
Paradigma critico radical
 
Teoria Funcionalista
Teoria FuncionalistaTeoria Funcionalista
Teoria Funcionalista
 
Cultura de massa - teorias da comunicação
Cultura de massa - teorias da comunicaçãoCultura de massa - teorias da comunicação
Cultura de massa - teorias da comunicação
 
Aula 2 desenvolvimento dos estudos da comunicação
Aula 2   desenvolvimento dos estudos da comunicaçãoAula 2   desenvolvimento dos estudos da comunicação
Aula 2 desenvolvimento dos estudos da comunicação
 
Mass communication research e funcionalismo
Mass communication research e funcionalismoMass communication research e funcionalismo
Mass communication research e funcionalismo
 
Teoria crítica - teorias da comunicação
Teoria crítica - teorias da comunicaçãoTeoria crítica - teorias da comunicação
Teoria crítica - teorias da comunicação
 
Aula 04 - Teoria Funcionalista
Aula 04 - Teoria FuncionalistaAula 04 - Teoria Funcionalista
Aula 04 - Teoria Funcionalista
 
Aula 05 Teorias do Jornalismo_Espiral de Silêncio
Aula 05   Teorias do Jornalismo_Espiral de SilêncioAula 05   Teorias do Jornalismo_Espiral de Silêncio
Aula 05 Teorias do Jornalismo_Espiral de Silêncio
 
Teoria hipodermica
Teoria hipodermicaTeoria hipodermica
Teoria hipodermica
 
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda SettingAula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
Aula 02 Teorias do Jornalismo_Agenda Setting
 
Paradigma midiológico tecnológico
Paradigma midiológico tecnológicoParadigma midiológico tecnológico
Paradigma midiológico tecnológico
 
Teoria Hipodermica
Teoria Hipodermica Teoria Hipodermica
Teoria Hipodermica
 
TC ESCOLA FRANCESA
TC ESCOLA FRANCESATC ESCOLA FRANCESA
TC ESCOLA FRANCESA
 
Teoria funcionalista
Teoria funcionalistaTeoria funcionalista
Teoria funcionalista
 
Teoria hipodérmica
Teoria hipodérmicaTeoria hipodérmica
Teoria hipodérmica
 
Aula3 Pesquisa Norte Americana Teoria Hipodermica
Aula3 Pesquisa Norte Americana Teoria HipodermicaAula3 Pesquisa Norte Americana Teoria Hipodermica
Aula3 Pesquisa Norte Americana Teoria Hipodermica
 
Teoria Empirico experimental
Teoria Empirico experimental Teoria Empirico experimental
Teoria Empirico experimental
 
Teorias da Comunicação
Teorias da ComunicaçãoTeorias da Comunicação
Teorias da Comunicação
 

Similar to Paradigma culturológico

Sociologia – Industria Cultural 2º Ano
Sociologia – Industria Cultural   2º AnoSociologia – Industria Cultural   2º Ano
Sociologia – Industria Cultural 2º Ano
guest8b5b051
 
Power point tce
Power point tcePower point tce
Power point tce
rdrer
 
Power point tce
Power point tcePower point tce
Power point tce
rdrer
 
Alta cultura, cultura popular, cultura de massa
Alta cultura, cultura popular, cultura de massaAlta cultura, cultura popular, cultura de massa
Alta cultura, cultura popular, cultura de massa
Aline Corso
 
Aula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptx
Aula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptxAula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptx
Aula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptx
AlineCALi
 
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de Massas
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de MassasA interface Marxista entre Comunicação e Cultura de Massas
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de Massas
MontaniniRC
 
A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)
A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)
A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)
Tati Garcia
 
T12 povo como construção social, 2000
T12 povo como construção social, 2000T12 povo como construção social, 2000
T12 povo como construção social, 2000
Elisio Estanque
 

Similar to Paradigma culturológico (20)

Teoria Crítica - Escola Frankfurt
Teoria Crítica - Escola FrankfurtTeoria Crítica - Escola Frankfurt
Teoria Crítica - Escola Frankfurt
 
Sociologia – Industria Cultural 2º Ano
Sociologia – Industria Cultural   2º AnoSociologia – Industria Cultural   2º Ano
Sociologia – Industria Cultural 2º Ano
 
Design gráfico
Design  gráficoDesign  gráfico
Design gráfico
 
A sociedade do consumo
A sociedade do consumoA sociedade do consumo
A sociedade do consumo
 
Power point tce
Power point tcePower point tce
Power point tce
 
Power point tce
Power point tcePower point tce
Power point tce
 
Industria cultural
Industria culturalIndustria cultural
Industria cultural
 
Teoria Crítica
Teoria CríticaTeoria Crítica
Teoria Crítica
 
Mangá O FenôMeno Comunicacional No Brasil Giovana S. Carlos
Mangá O FenôMeno Comunicacional No Brasil Giovana S. CarlosMangá O FenôMeno Comunicacional No Brasil Giovana S. Carlos
Mangá O FenôMeno Comunicacional No Brasil Giovana S. Carlos
 
teoria Crítica e Escola de Frankfurt
teoria Crítica e Escola de Frankfurtteoria Crítica e Escola de Frankfurt
teoria Crítica e Escola de Frankfurt
 
Alta cultura, cultura popular, cultura de massa
Alta cultura, cultura popular, cultura de massaAlta cultura, cultura popular, cultura de massa
Alta cultura, cultura popular, cultura de massa
 
Indústria Cultural
Indústria CulturalIndústria Cultural
Indústria Cultural
 
Aulão prova
Aulão provaAulão prova
Aulão prova
 
Teoria Crítica
Teoria CríticaTeoria Crítica
Teoria Crítica
 
Aula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptx
Aula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptxAula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptx
Aula 10 SOCIOLOGIA Indústria Cultural.pptx
 
CCS aula 17
CCS aula 17CCS aula 17
CCS aula 17
 
Teorias da comunição resumo teórico
Teorias da comunição resumo teóricoTeorias da comunição resumo teórico
Teorias da comunição resumo teórico
 
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de Massas
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de MassasA interface Marxista entre Comunicação e Cultura de Massas
A interface Marxista entre Comunicação e Cultura de Massas
 
A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)
A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)
A cultura da mídia e o trifunfo do espetáculo douglas kellner (1)
 
T12 povo como construção social, 2000
T12 povo como construção social, 2000T12 povo como construção social, 2000
T12 povo como construção social, 2000
 

More from aulasdejornalismo (20)

Modelo de pauta para jornal laboratório
Modelo de pauta para jornal laboratórioModelo de pauta para jornal laboratório
Modelo de pauta para jornal laboratório
 
Modelo de Espelho
Modelo de EspelhoModelo de Espelho
Modelo de Espelho
 
ANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIO
ANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIOANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIO
ANÁLISE DE IMAGEM - EXERCÍCIO
 
Análise de imagem
Análise de imagemAnálise de imagem
Análise de imagem
 
Oficina de jornalismo literário 2014
Oficina de jornalismo literário   2014Oficina de jornalismo literário   2014
Oficina de jornalismo literário 2014
 
Aula 5 ENTREVISTA
Aula 5   ENTREVISTAAula 5   ENTREVISTA
Aula 5 ENTREVISTA
 
Aula 4 FONTES
Aula 4  FONTESAula 4  FONTES
Aula 4 FONTES
 
Aula 3 PAUTA
Aula 3   PAUTAAula 3   PAUTA
Aula 3 PAUTA
 
Aula 2 SER REPÓRTER
Aula 2   SER REPÓRTERAula 2   SER REPÓRTER
Aula 2 SER REPÓRTER
 
Aula 1 GÊNEROS
Aula 1  GÊNEROSAula 1  GÊNEROS
Aula 1 GÊNEROS
 
Aula 4 classificação 2
Aula 4   classificação 2Aula 4   classificação 2
Aula 4 classificação 2
 
Infografia aula 1
Infografia   aula 1Infografia   aula 1
Infografia aula 1
 
Aula 1 Introducao, Tipologia - Agencias
Aula 1   Introducao, Tipologia  - AgenciasAula 1   Introducao, Tipologia  - Agencias
Aula 1 Introducao, Tipologia - Agencias
 
Aula 3 - Infografia
Aula 3 - InfografiaAula 3 - Infografia
Aula 3 - Infografia
 
Aula 2 - Infografia
Aula 2 - InfografiaAula 2 - Infografia
Aula 2 - Infografia
 
PLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICA
PLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICAPLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICA
PLANO DE ENSINO - EDITORAÇÃO ELETRONICA
 
PLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
PLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIASPLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
PLANO DE ENSINO - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS
 
Aula 1 Surgimento das Agências de Notícias
Aula 1   Surgimento das Agências de NotíciasAula 1   Surgimento das Agências de Notícias
Aula 1 Surgimento das Agências de Notícias
 
Eduardo campos texto
Eduardo campos   textoEduardo campos   texto
Eduardo campos texto
 
Efeitos a longo prazo
Efeitos a longo prazoEfeitos a longo prazo
Efeitos a longo prazo
 

Paradigma culturológico

  • 2. PARADIGMA CULTUROLÓGICO  ANÁLISE ESTRUTURALISTA  COMO A CULTURA DE MASSA INTERFERE NAS ESTRUTURAS SOCIAIS E NA VIDA SOCIAL E DOMÉSTICA DE GRUPOS E INDÍVÍDUOS  EXPOENTES: EDGAR MORIN (FRANÇA, DÉCAD DE 1960); UMBERTO ECO
  • 3. ESCOLA FRANCESA ANÁLISE ESTRUTURAL  FUNDAMENTO EM TRÊS ABORDAGENS: 1) ABORDAGEM MARXISTA: ANÁLISE A PARTIR DE UMA SUPERESTRUTURA ECONÔMICA, QUE DETERMINA O SOCIAL 2) 2) SISTEMAS DE PENSAMENTO: A SOCIEDADE E A CULTURA SE ESTRUTURAM A PARTIR DE UMA BASE, QUE É A LINGUAGEM 3) 3) A ESTRUTURA SOCIAL É COMPOSTA COMO UM SISTEMA DE SIGNOS
  • 4. ESTRUTURALISMO  ABORDAGEM INSTEDISCIPLINAR QUE CONTA COM O ESTUDO DE VÁRIOS PESQUISADORES -ANTROPOLOGIA (LÉVI STRAUSS); - LINGUÍSTICA (JAKOBSON) - PSICANÁLISE (LACAN) - SEMIOLOGIA (GREIMAS) O PROGRAMA ESTRUTURALISTA CONSISTIA EM MOSTRAR QUE O VERDADEIRO OBJETO DAS CIÊNCIAS HUMANAS NÃO É O HOMEM, MAS AS ESTRUTURAS SOCIAIS E LINGUÍSTICAS QUE O DETERMINAM. OU SEJA, UM SISTEMA DE REGRAS E LEIS QUE AGEM POR MEIO DE NOSSAS PALAVRAS E AÇÕES
  • 5. ANÁLISE ESTRUTURAL  O PRINCIPAL OBJETIVO DA CMUNICAÇÃO É DESCOBRIR O SIGNIFICADO DAS MENSAGENS DENTRO DE UM PROCESSO ORGANIZADO.  O QUE QUER DIZER UM IMAGINÁRIO CULTURAL RESULTANTE DA COMUNICAÇÃO DE MASSA?  INFLUÊNCIA DE ALTHUSSER (NEOMARXISTA), QUE UTILIZA CONCEITOS COMO SUPERESTRUTURA E RELAÇÕES DE PRODUÇÃO DENTRO DO MODELO CAPITALISTA  INFLÊNCIA DE PIERRE BOURDIEU – REFLEXÕES SOBRE CAMPO SOCIAL, VIOLÊNCIA OCULTA  INFLUÊNCIA DE MICHEL FOUCAULT – CONCEPÇÃO DE PODER COMO O DOMÍNIO DE MICROSUJEITOS, NO QUAL O ESTADO, AS CLASSES E A IDEOLOGIA DOMINANTE SÃO SUBSTITUÍDOS POR UMA CONCEPÇÃO RELACIONAL DE PODER
  • 6. EDGAR MORIN  A EVOLUÇÃO INDUSTRIAL CRIA NOVAS TÉCNICAS E NOVAS CONDIÇÕES DE VIDA, QUE DESAGREGAM AS CULTURAS ANTERIORES E CRIM NOVAS NECESSIDADES  A CULTURA DE MASSA READAPTA A SOCIEDADE, E ELA É O PRODUTO QUE QUE É PRODUZIDO NA SOCIEDADE INDUSTRIAL-CAPITALISTA. A CULTURA TRANSFORMA- SE EM MERCADORIA.  O TRABALHO É ESVAZIADO DO PRAZER E A CULTURA DE MASSA PASSA A SER A TRANSMISSORA DE VALORES VINCULADOS A UMA “IDEOLOGIA DA FELICIDADE”, QUE ALARDEIA PRAZERES IMEDIATOS, AMORES ROMÂNTICOS E BEM ESTAR IMEDIATO.  A VISÃO DA TEORIA CRÍTICA, NA QUAL OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SÃO UM INSTRUMENTO E DOMINAÇÃO E CONTROLE SOCIAL É SUBSTITUÍDA PELA IDEIA DE QUE A COMUNICAÇÃO É UMA PRODUTORA DE CONTEÚDOS, SUSTENTADA POR LUCROS PERMANENTES. A CULTURA É ADAPTADA AO CONSUMO
  • 7. EDGAR MORIN  OS PRODUTOS CULTURAIS SÃO ADAPTADOS ÀS CLASSES DE CONSUMO  TUDO É ARTE E NADA É ARTE  A COMUNICAÇÃO DE MASSA MANTÉM A ESTRUTURA SOCIAL E TAMBEM INTRODUZ O NOVO, COMO OBJETO DE CONSUMO  A SOCIEDADE É COMPLEXIFICADA. NUMA PÁGINA DE JORNAL ENCONTRAMOS O ANÚNCIO DO NOVO CARRO, SUPER VELOZ, E AO MESMO TEMPO MATÉRIAS DE CONTROLE DE VELOCIDADES NAS ESTRADAS.
  • 8. EDGAR MORIN  A VIDA DO INDIVIDUO, NESSE CONTEXTO, É ROTINEIRA E MEDÍCORE, MARCADA PELA AUSÊNCIA DE PERSPECTIVAS. O ÚNICO ESPAÇO DE REALIZAÇÃO É O CONSUMO, QUE PASSA A SER A ESTRUTURA E A ESSÊNCIA DA VIDA  DOCUMENTÁRIOS E PROGRAMAS (PSEUDO)EDUCATIVOS SÃO A ILUSÃO DE QUE O INDIVÍDUO ESTÁ APRENDENDO.  O MÍDIA CRIA A PERCEPÇÃO DO MUNDO LEVADA AO INDIVÍDUO.  EXISTE UMA GRANDE MISTURA DE GÊNEROS (SINCRETISMO), EM QUE REALIDADE E FICÇÃO SE MISTURAM
  • 9. ESCOLA FRANCESA  NESSA PERSPECTIVA TEMOS:  OS AUTORES QUE ACREDITAM NO BOM USO FUTURO DA MÍDIA E QUE A VÊEM COMO FATOR DE VÍNCULO SOCIAL (MAFFESOLI E LEVY) E OS QUE CONSIDERAM A MÍDIA COMO ALGO QUE OBEDECE A LÓGICA DA UTILIDADE SOCIAL (BAUDRILLARD, BOURDIEU).  EM COMUM TODOS TRAZEM A DESILUSÃO COM O MITO DE QUE O RACIONALISMO GERA O PROGRESSO. COMUNICAÇÃO NÃO SERVE SÓ PRA COMUNICAR: É O MOTOR DAS RELAÇÕES SOCIAS, QUE ENVLVE APRODUÇÃO, O CONSUMO, O INTERCÂMBIO E A REPRODUÇÃO
  • 10. UMBERTO ECO  A partir da década de 1960 os produtos culturais passaram a ser encarados de uma nova forma. Alguns artistas (pioneiros do movimento “pop-art”) sacralizaram em seus trabalhos ícones de peças publicitárias, histórias em quadrinhos e estrelas de cinema. O conteúdo do trabalho desses artistas explorava os signos da cultura de massa.  É nesse contexto que alguns pesquisadores europeus lançaram seus estudos, observando o conteúdo das mensagens da cultura de massa. Esses intelectuais tinham uma postura crítica, mas não preconceituosa. Divergiam tanto da postura funcionalista de observar a comunicação como dos estudiosos da teoria crítica.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.  Dentre os principais representantes dessa escola podemos destacar: Roland Barthes, Edgar Morin, Jean Braudrillard, Julia Kristeva, Christian Metz e Umberto Eco.  Umberto Eco, pesquisador da Universidade de Milão, tornou-se um dos expoentes dessa escola. Em sua obra “Apocalípticos e Integrados” (1964), o italiano critica os funcionalistas (integrados) por exibirem uma postura otimista demais diante da cultura de massa, e os frankfurtianos (apocalípticos), por refutarem radicalmente a sociedade de massa sem ao menos analisá-la.
  • 17.  Segundo Eco, os teóricos criaram denominadores chamados “conceitos-fetiche” (massa, indústria cultural) para analisar de maneira genérica e superficial a comunicação na sociedade moderna, que, segundo ele, trata-se de um fenômeno complexo.  Para Eco, a cultura de massa é um fenômeno típico do homem contemporâneo, tendo despontado num contexto de evolução do capitalismo, e da ascensão dos indivíduos na era pós-industrial. Dessa forma, Eco vê como legítima a cultura produzida nesse período. Tão legítima que é capaz de influenciar até mesmo os seus críticos.
  • 18. A seguir, algumas características dos meios de comunicação: - os meios de comunicação contribuem para influenciar a massa - os produtos culturais são produzidos para agradar ao público - possuem caráter evasivo, mas também podem informar e educar - são efêmeros e possuem a característica da reprodutibilidade em série
  • 19.  Eco propõe uma análise apurada da mensagem vinculada ao seu contexto de significação (análise estrutural da mensagem). Ele sugere ainda a troca do termo “cultura de massa” por “comunicação de massa”.  Em outro livro seu, Obra Aberta, Eco defende a idéia de que uma obra de arte possui uma gama infindável de significações, e que essas significações e interpretações estão relacionadas ao corpo de valores intrínsecos de cada indivíduo.
  • 20. BIBLIOGRAFIA  TEMER, Ana Carolina Rocha Pessoa e NERY, Vanda Cunha Albieri. Para entender as Teorias da Cmunicação. 2. ed. Revista e atualizada. Goiânia: EDFU, 2009.