PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
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2011/2012
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João Gonçalves nº8 5ºB
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Bibliografia
Sophia de Mello Breyner Andresen é, sem sombra de dúvida, um dos
maiores poetas portugueses contemporâneos – um nome que se
transformou, em sinónimo de Poesia e de musa da própria poesia.
Sophia nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família
aristocrática. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e
Lisboa, onde cursou Filologia Clássica.
Após o casamento com o advogado e jornalista Francisco Sousa
Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade
entre a poesia e a actividade cívica, tendo sido notória ativista
contra o regime de Salazar. A sua poesia ergue-se como a voz da
liberdade, especialmente em "O Livro Sexto".
Foi sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos
Políticos"e a sua intervenção cívica foi uma constante, mesmo após
a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia
Constituinte pelo Partido Socialista.
Profundamente mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem
poética de Sophia de Mello Breyner denota, para além da sólida
cultura clássica da autora e da sua paixão pela cultura grega, a
pureza e a transparência da palavra na sua relação da linguagem
com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo
se harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema.
Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de
Sophia, quer na obra poética, quer na importante obra para
crianças que, inicialmente destinada aos seus cinco filhos,
rapidamente se transformou em clássico da literatura infantil em
Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com
títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou "A Menina
do Mar".
Sophia é ainda tradutora para português de obras de Claudel,
Dante, Shakespeare e Eurípedes, tendo sido condecorada pelo
governo italiano pela sua tradução de "O Purgatório".
Sophia de Mello Breyner morreu em 2 de Junho de
2004 com 84 anos em Lisboa.