O documento discute conceitos básicos de comércio exterior, como a importância das importações e exportações para o desenvolvimento econômico de um país. Também apresenta dados sobre o comércio exterior brasileiro, órgãos governamentais envolvidos, documentos e processos de importação e exportação.
2. Comex – Conceitos Básicos
Comércio significa compra e venda de bens e
serviços entre pessoas, sendo interno e externo
Comex é definido como o conjunto de operações
realizadas entre países onde há intercâmbio de
bens e serviços ou movimento de capitais
Cada país possui suas leis e regras sem colidir com
as normas internacionais de comércio
3. Dados do COMEX brasileiro
Nos anos 60, exportação de produtos primários (70% do total de
exportação do país no início do século).
Hoje abrange produtos semimanufaturados (5% em 1960 – 60%
em 2005), denotando avanços econômicos pela modernização do
setor industrial. Nas importações, 40% são matéria prima.
Parceiros comerciais: UE (Alemanha, Itália, França, Espanha e
Holanda), EUA, Argentina, Paraguai, Uruguai, México, China,
Chile, Taiwan, Coréia do Sul e Arábia Saudita.
Principais exportadores: EUA, UE (Alemanha, Itália, Espanha,
França), Argentina, Japão, Venezuela, México, Uruguai, Chile,
China, Coréia do Sul, Kuwait e Nigéria.
4. Órgãos Intervenientes no Comex
A IN RFB 1.288/12 define interveniente como todos
aqueles que tenham relação direta ou indireta com as
operações de Comex.
Seus principais órgãos são:
• Secretaria de Comércio Exterior (SECEX)
• Operações em Comércio Exterior (Decex)
• Negociações Internacionais (Deint)
• Defesa Comercial (Decom)
• Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (Depla)
5. Órgãos Intervenientes no Comex
Conselho Monetário Nacional (CMN)
Banco Central do Brasil (BACEN)
Secretaria da Receita Federal (SRF)
Sistema Integrado de Comércio Exterior
(SISCOMEX)
6. Principais órgãos internacionais
Organização das Nações Unidas (ONU)
•
•
•
Organização Mundial do Comércio (OMC)
Banco Mundial
Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e
Comércio (GATT)
7. A importância da Importação para os países
Amplia as opções de escolha para o consumidor
Maior concorrência entre os produtos, acarretando
uma baixa nos preços
Gastando menos em produtos, o consumidor destina
uma maior parte de sua renda em outras atividades
Ao importar, o país supre suas deficiências em
insumos escassos e necessários para desenvolver-se
8. O RADAR
Sistema de busca e cruzamento de dados estatísticos
em mais de 60 países (92% do comércio mundial)
Informações podem ser filtradas de acordo com a
necessidade
Dividido em triênios, podendo acessar os anteriores
Democratiza as infos de comex (acesso para PME’s
distantes, facilita sua inserção no mercado)
9. SISCOMEX
Instrumento
informatizado,
exerce
controle
governamental.
Adota fluxo único de informação, sem controle
paralelo – menos documentos envolvidos na
operação.
Integra atividade de todos os órgãos gestores do
Comex – permite controle das etapas de importação
e exportação.
Integra SECEX, RFB, BACEN
10. Principais documentos na Importação
Importação é o ingresso de qualquer bem no
território aduaneiro, em definitivo ou não.
Registro do Importador (RI)
Licença de Importação (LI)
Declaração de Importação (DI)
Declaração Simplificada de Importação (DSI)
Comprovante de Importação (CI)
11. Licença de Importação & Órgãos Anuentes
Toda importação depende da autorização do governo, concedida
automaticamente ou manualmente, na qual o interessado formula a LI
Fornecida pelo SISCOMEX, é essencial para a importação, anuída ou
não pelo SECEX e demais órgãos anuentes
A divisão entre licença automática ou não é a função da mercadoria, o
governo indica quais as sensíveis (precisam) e as que não
Órgãos Anuentes são org. que tem função legal de concordar ou não
com a entrada ou saída de bens do país, dependendo do bem, há um
órgão anuente específico para ele
Todo Órgão Anuente é Interveniente, porém a recíproca não é
verdadeira
12. Declaração da Importação
Formulada pelo importador, descreve os detalhes da
operação, encaminhada ao SECEX, calcula os impostos de
importação com as informações obtidas
Tem duas modalidades: Integral e Simplificada (Normal e
no Papel)
Simplificada: Formulada pelo SISCOMEX em operações de menos
valor, ou que interessem ao Estado simplificar:
o Cujo valor não ultrapasse US$ 3.000,00
o Recebidas a título de doação de governo ou org. internacional, ou
instituições de assistência social
13. Declaração de Importação
Papel: Declaração ainda mais simples, sendo:
o
o
o
Amostras sem valor comercial
Órgãos e tecidos humanos para transplante
Animais domésticos, sem cobertura cambial e sem valor comercial
14. Etapas do despacho aduaneiro de importação
Procedimento
administrativo
fiscal,
processa
o
desembaraço aduaneiro
Toda mercadoria importada deve submeter-se ao despacho
aduaneiro, dividido em:
Processamento de Despacho: Processado no SISCOMEX com base
na declaração a ser formulada pelo importador e apresentada a
repartição sob cujo controle estiver a mercadoria
Início do Despacho: Inicia-se na data do registro da DI
o
Interrupção do Despacho:Quando exigível o depósito ou pagamento de qualquer
ônus financeiros ou cambiais, é interrompido até o cumprimento das exigências
Documento base do Despacho: É a própria Declaração de
Importação
15. Etapas do despacho aduaneiro de importação
Seleção Parametrizada: Função que enquadra a mercadoria em
parâmetros pré-definidos, sendo quatro ao total na importação:
o
o
o
o
Verde: Desembaraço automático
Amarelo: Despacho sujeito a conferência documental
Vermelho: Sujeito a conferência documental e física da mercadoria
Cinza: Sujeito a conferência documental, física e do valor da mercadoria
Desembaraço aduaneiro: Autorização para a incorporação da
mercadoria na economia nacional. Após isso é emitido o
Comprovante de Importação pelo SISCOMEX, indica o
desembaraço da mercadoria
o
Descarga Direta por questões de logística
16. Impostos na Importação
Imposto é o tributo cujo fator gerador independe de qualquer
atividade estatal específica relativa ao contribuinte
Na importação, fato gerador é a saída da mercadoria do território
aduaneiro, e sua base de cálculo é definido pelo valor aduaneiro
apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre
Tarifas e Comércio (GATT 1994), sendo:
Imposto sobre Importação (II): Calculado sobre o valor aduaneiro, com
alíquotas variáveis
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): Calculado conforme a
Tabela do IPI
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): Alíquota
variável segundo as alíquotas vigentes no Estado em que o desembaraço
aduaneiro é procedido
17. Impostos na Importação
PIS (Importação Lei 10.865/2004): Alíquota geral de 1,65%,
existindo alíquotas específicas para determinados produtos
COFINS (Importação Lei 10.865/2004): Alíquota geral de 7,6%,
existindo alíquotas específicas para determinados produtos
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS): Alíquota de 5%
sobre a importação de serviços provenientes do exterior do País
Imposto sobre Operações de Câmbio (IOF): Devido sobre a compra
da moeda estrangeira, na liquidação da operação de câmbio para
pagamento da importação de serviços, devido a alíquota de 0,38%
18. O Câmbio
Operação
de troca de moeda nacional por moeda
estrangeira ou vice-versa. Apenas algumas instituições são
autorizadas pelo BACEN para efetuar tais transações
Toda operação cambial deve ser efetuada por meio de
contrato de câmbio, documento que formaliza a operação
Contrato de Câmbio: Instrumento firmado entre o vendedor e o
comprador de moeda estrangeira, no qual se mencionam as
características completas das operações de câmbio e suas condições,
com o objetivo a troca de divisas (disponibilidade que os países tem
em moeda estrangeira)
o
Se o valor não exceder US$ 10.000, o câmbio poderá ser efetuado de forma
simplificada, com o boleto de câmbio
19. O Câmbio
Taxa de Câmbio: Preço de uma moeda estrangeira
medidas em unidades ou frações da moeda nacional,
divididas em:
o
o
Taxa de Venda: É o preço que o banco cobra para vender a moeda
estrangeira
Taxa de Compra: É o preço que o banco aceita pagar pela moeda
ofertada
20. PIL E MP dos Portos – Melhorias na Infra-Estrutura
para alavancar o PIB
Exportações foram de 55bi para 242bi (2000-2012) –
quadruplicou nesse período
Infra-Estrutura não acompanhou, compromete agilidade e
eficiência das operações
Custo de navio parado, esperando para atracar é de US$
25.000 p/dia, valor pago pelos produtores, influi no preço
do produto p/ o consumidor final (diminui sua
competitividade)
PIL (Programa de Investimento em Logística) prevê
parcerias com a iniciativa privada, quer atrair investidores
para melhorias, concessões na ordem de R$250bi por ações
do PAC. Projetos rentáveis para estimular a concorrência
21. PIL E MP dos Portos – Melhorias na Infra-Estrutura
para alavancar o PIB
A MP 595/12 (MP dos Portos), medida revoga a Lei dos Portos
(8.630/96) e o Programa Nacional de Dragagem Portuária e
Hidroviária (11.610/07)
•
•
•
Objetiva dar maior competitividade ao setor
Licitações feitas por um leilão ( maior movimentação de cargas com menor
custo tarifário)
Almeja garantir a oferta com o menor custo possível ( 95% fluxo comercial
está nos portos)
Se bem sucedidas antes das eleições, elevaria o PIB de 2014 para 3,5%
Investimento de R$26,3bi nos primeiros 5 anos, estimativa do governo
Estima-se que a cada 1mi investido em Infra-Estrutura, o reflexo na
economia pode chegar a R$200.000
22. Conclusão
Comex é essencial para o desenvolvimento de um
país
Normas que produzem um cenário mercante
competitivo
Promove o empreendedorismo e uma maior
variedade de bens e serviços para o consumidor
Promove interação (alianças) entre os Estados,
diminuindo a necessidade de guerras
Permite um intercâmbio material e cultural entre
diferentes povos ao redor do mundo