SlideShare a Scribd company logo
1 of 8
Download to read offline
Geometria Anal´
                                             ıtica - Profa. Cec´ Chirenti
                                                               ılia

                                  Lista 4 - Produto Vetorial e Produto Misto
                                                  Resolu¸˜o
                                                        ca


Nos exerc´
         ıcios a seguir, quando n˜o houver men¸˜o sobre bases, deve-se entender que as coordenadas
                                 a            ca
dos vetores est˜o sendo dadas em rela¸˜o a uma base B = (i, j, k), ortonormal e positiva.
               a                     ca

1 – Sendo w = (u+2v)×(u+v), determine o ˆngulo dos vetores u e v, sabendo que |u| = |v| = |w| = 2
                                        a
e u • v < 0.

Aplicando as propriedades do produto vetorial,

                                     w = u × u + u × v + 2v × u + 2v × v

mas, u × u = 2v × v = 0, ent˜o
                            a

                        w = u × v + 2(v × u) ⇒ w = u × v − 2(u × v) = −(u × v).

                                                                                            1
                    |w| = | − u × v| = |u × v| = |u||v| sin θ ⇒ 2 = 2 · 2 sin θ ⇒ sin θ =
                                                                                            2
                                                                    π
Temos como condi¸˜o u • v < 0, i.e., cos θ < 0 que implica em
                ca                                                  2   < θ < π. Assim,

                                                           1   5π
                                              θ = arcsin     =
                                                           2    6



2 – Dados u = (1, 2, −1) e v = (1, 3, −2), determine um vetor a, ortogonal a u e v, de m´dulo 3, que
                                                                                        o
forma com k um ˆngulo obtuso.
               a

              ıcio: a⊥u ; a⊥v ; |a| = 3 ; a • k < 0
Dados do exerc´

O vetor a ´ simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o a = λ(u × v).
          e                                       a

                     i j k
               a = λ 1 2 −1 = λ(−4i − j + 3k − 2k + 2j + 3i) = λ(−1, 1, 1) = (−λ, λ, λ)
                     1 3 −2
                                                                              √
                      |a| = 3 =     (−λ)2 + λ2 + λ2 ⇒ 3λ2 = 9 ⇒ λ2 = 3 ⇒ λ = ± 3

         √                  √ √ √                 √ √ √                  √
Se λ =       3, ent˜o a = (− 3, 3, 3) e a • k = (− 3, 3, 3) • (0, 0, 1) = 3 > 0.
                   a
        √              √    √    √              √    √    √                  √
Se λ = − 3, ent˜o a = ( 3, − 3, − 3) e a • k = ( 3, − 3, − 3) • (0, 0, 1) = − 3 < 0. Logo,
               a
                                         √     √    √
                                   a = ( 3, − 3, − 3).



3 – Sendo u = (−1, 1, m), v = (7, 5, 1) e w = (a, b, c), pede-se:

   (a) O valor de m para que a equa¸˜o v = u × w possa ter solu¸˜o;
                                   ca                          ca

                  i  j k
         u × w = −1 −1 m = −ci + amj − bk + ak + cj − bmi = (−mb − c, ma + c, a − b)
                 a   b c


                                                       1
v = u × w ⇒ (7, 5, 1) = (−mb − c, ma + c, a − b)

                                              
                                              −mb − c = 7
                                              
                                               ma + c = 5
                                              
                                               a−b=1
                                              

                     0 m −1
             det G = m 0  1 = 0, onde G ´ a matriz dos coeficientes do sistema.
                                        e
                     1 −1 c
Para que o sistema possua solu¸˜o (n˜o unica), devemos ter det A = det B = det C = 0.
                              ca    a ´

                                        7 −m 1
                                det A = 5 0 1 = 12 − m = 0 ⇒ m = 12
                                        1 −1 0

O mesmo resultado ser´ obtido em det B e det C.
                     a

    (b) para o valor de m encontrado em (a), resolva a equa¸˜o v = u × w, sabendo que |w| = 14 e
                                                           ca
u • w < 0.

Temos o sistema                          
                                         −12b − c = 7
                                         
                                          12a + c = 5
                                         
                                          a−b=1⇒b=a−1
                                         

Impondo que a = γ, temos b = γ − 1 e c = 5 − 12γ. Logo, w = (γ, γ − 1, 5 − 12γ).
                    √
            |w| =       14 =    γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 ⇒ γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 = 14
                                                                                              √
                                                                                           61+ 1969
                                                                                    γ1 =
     γ 2 + γ 2 − 2γ + 1 + 25 − 120γ + 144γ 2 = 14 ⇒ 146γ 2 − 122γ + 12 = 0 ⇒                  146
                                                                                              √
                                                                                           61− 1969
                                                                                    γ2 =      146
                            √         √          √
                         61+ 1969 −85+ 1969 −2−12 1969
Para γ1 temos v1 =          146  ,   146   ,   146         .
                            √         √          √
                         61− 1969 −85− 1969 −2+12 1969
Para γ2 temos v2 =          146  ,   146   ,   146         .

Mas, devemos ter u • w < 0, i. e., (−1, −1, 12) • (a, b, c) < 0 ⇒ −a − b + 12c < 0 ⇒ a + b > 12c.
                          √                        √
Em v1 temos a + b = −24+2 1969 e 12c = −24−144 1969 . Logo, a + b > 12c.
                        146                     146
                                √                    √
Em v2 temos a + b = −24−2 1969 e 12c = −24+144 1969 . Logo, n˜o ´ verdade que a + b > 12c.
                         146                 146             a e
Ent˜o, o vetor que safisfaz ` equa¸˜o v = u × w e as demais condi¸˜es ´ v1 .
   a                       a     ca                             co e
                                      −
                                      −→             −→
4 – S˜o dados: |x| = 3, |y| = 4, x⊥y, AB = 3x − 4y e AC = x + 5y. Calcule a ´rea do triˆngulo
     a                                                                      a          a
ABC e a distˆncia de B at´ a reta AC.
            a            e

Pelas propriedades de produto vetorial temos
          −
          −→ −  →
          AB × AC = (3x − 4y) × (x + 5y) = (3x × x) + (3x × 5y) − (4y × x) − (4y × 5y)

                         = 15(x × y) − 4(y × x) = 15(x × y) + 4(x × y) = 19(x × y)
                                           (3x × x) = (4y × 5y) = 0
Calculando o m´dulo do vetor,
              o
          −
          −→ −  →
         |AB × AC| = 19|x × y| = 19|x||y| sin α = 19|x||y|             x⊥y ⇒ sin α = sin 90◦ = 1
                                         −
                                         −→ −  →
                                        |AB × AC| = 19 · 4 · 4 = 228

                                                      2
Ent˜o,
   a
                                                    −
                                                    −→ −  →
                                                   |AB × AC|   228
                                       A∆ =                  =     = 114
                                                       2        2


A distˆncia de B a reta AC ´ a altura relativa ao lado AC do triˆngulo. Ent˜o, sendo AC a base e h
      a                    e                                    a          a
a altura                             −→
                                    |AC|h          114 · 2        228
                             A∆ =          ⇒h= −      → ⇒h= −      →
                                       2            |AC|         |AC|
                  −→                                       √
Como x⊥y ent˜o |AC| = |x|2 + |5y|2 = 32 + (5 · 4)2 = 409.
               a
                                                         √
                                             228     228 409
                                       h= √       =
                                              409      409


                                                1
                                               √ (1, −1, 1); (0, a, b); K
5 – Determine a, b e K para que C =              3
                                                                                    seja uma base ortonormal positiva.

                   1   1
                  √ , −√ , √1
Fa¸amos a :=
  c                 3   3    3
                                  e b := (0, a, b).

Os vetores a e b devem formar 90◦ , ent˜o a • b = 0.
                                       a
                                         1    1
                          a • b = 0 ⇒ − √ a + √ b = 0 ⇒ −a + b = 0 ⇒ a = b
                                          3    3

Os vetores da base ortonormal devem possuir m´dulo unit´rio. Ent˜o
                                             o         a        a

                                   |b| = 1 ⇒        a2 + b2 = 1 ⇒ a2 + b2 = 1

Mas, a = b
                                                                            1       1
                            a2 + a2 = 1 ⇒ 2a2 = 1 ⇒ a2 =                      ⇒a=b= √
                                                                            2         2
O resultado negativo foi ignorado arbitrariamente.
                     1    1
Temos ent˜o b = 0, √2 , √2 .
          a

O versor K deve ser simultaneamente ortogonal a a e b. Ent˜o, K = λa × b.
                                                          a

                                          i        j         k                  √ √
                                                                                √
                                          1          1       1             6     6 6
                            a×b=λ        √
                                           3
                                                  − √3       √
                                                               3     =λ −    ,−   ,
                                                   1         1            3     3 3
                                          0        √
                                                    2
                                                             √
                                                               2


                        √         √         √
                         6 2        6 2       6 2          6                          1
      |K| = 1 ⇒      (−   λ) + (−    λ) + (    λ) = 1 ⇒ 3 · λ2 = 1 ⇒ 2λ2 = 1 ⇒ λ = ± √
                        3          3        3              9                           2
                              √     √ √
         1                      3     3   3
Se λ =   √
           2
               temos K1 = −    3 ,− 3 , 3      .
                              √ √       √
         1                      3   3     3
Se λ = − √2 temos K2 =         3 , 3 ,− 3      .

A base ´ positiva se [a, b, K] > 0.
       e
                                                     1           1         1
                                                    √
                                                      3
                                                              − √3        √
                                                                            3
                                                                                   √
                                                                 1         1      2 2
                                  [a, b, K1 ] =      0           √
                                                                   2
                                                                          √     =     >0
                                                       √          √       √2       3
                                                         3            3     3
                                                   −    3     −      3     3
                                                                                                      √
Como, K1 = −K2 , por propriedade de determinantes concluimos que [a, b, K2 ] = − 2 3 2 < 0.


                                                                 3
√   √ √
                    1
                    √ (1, −1, 1),        1   1         3    3   3
Portanto, C =        3
                                     0, √2 , √2 , −   3 ,− 3 , 3     ´ uma base ortonormal e positiva.
                                                                     e

6 – B = (u, v, w) ´ uma base ortonormal positiva.
                  e

   (a) Determine u sabendo que ele ´ paralelo ao vetor (2, −1, 2).
                                   e

Temos que u (2, −1, 2), ent˜o u = λ(2, −1, 2) = (2λ, −λ, 2λ).
                           a
                                                                                              1     1
    |u| = 1 ⇒       (2λ)2 + (−λ)2 + (2λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + λ2 + 4λ2 = 1 ⇒ 9λ2 = 1 ⇒ λ2 =             ⇒λ=
                                                                                              9     3
                                                                           1
O valor negativo da equa¸˜o acima foi arbitrariamente ignorado. Ent˜o, u = 3 (2, −1, 2).
                        ca                                         a

   (b) Determine v sabendo que ´ da forma (x, y, 0).
                               e

u ⊥ v ⇒ u • v = 0.
                                         1
                              u • v = 0 ⇒ (2x − y) = 0 ⇒ 2x − y = 0 ⇒ y = 2x
                                         3
                                                                                         1
            |v| = 1 ⇒      x2 + y 2 = 1 ⇒ x2 + (2x)2 = 1 ⇒ x2 + 4x2 = 1 ⇒ 5x2 = 1 ⇒ x = √
                                                                                          5
             2           1
Logo, y =   √
              5
                  ev=   √ (1, 2, 0).
                          5

   (c) Determine w.

O vetor w deve ser simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o w = α1 (u × v).
                                                         a

                           i j k
                     1 1                                                              1 1
                  w=  √ α1 2 −1 2 = α(−4, 2, 5) = (−4α, 2α, 5α)                  α=    √ α1 .
                     3 5                                                              3 5
                           1 2 0

                                                                                   1    1
|w| = 1 ⇒     (−4α)2 + (2α)2 + (5α)2 = 1 ⇒ 16α2 +4α2 +25α2 = 1 ⇒ 45α2 = 1 ⇒ α = ± √ = ± √
                                                                                   45  3 5
          1              1
Se α =    √ ent˜o w1 = √ (−4, 2, 5).
         3 5
                a       3 5
            1              1
Se α =   − 3√5 ent˜o w2 = 3√5 (4, −2, −5).
                  a

                                              2 −1 2
                                    1 1    1                        1 1    1
                    [u, v, w1 ] =     ·√ · √ 1 2   0 =                ·√ · √     (−45) < 0.
                                    3   5 3 5 4 −2 −5               3   5 3 5

                               1   1    1
Como w1 = −w2 , [u, v, w2 ] = 3 · √5 · 3√5 (45) > 0.
Portanto, B = (u, v, w2 ) ´ uma base ortonormal positiva.
                          e

7 – Dados os vetores u = (2, 2, 4) e v = (1, 1, 0) determine uma base ortonormal positiva tal que seu
primeiro vetor seja paralelo a u e seu segundo vetor seja uma combina¸˜o linear de u e v. Determine,
                                                                      ca
na base achada, as coordenadas de x = (1, 0, 0).

Queremos determinar os vetores da base B = (a, b, c).
Sabemos que a u ent˜o a = λu. Logo, a = λ(2, 2, 4) ⇒ a = (2λ, 2λ, 4λ).
                    a
                                                                                  1   1
          |a| = 1 ⇒       (2λ)2 + (2λ)2 + (4λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + 4λ2 + 16λ2 = 1 ⇒ λ = √ = √
                                                                                  24 2 6
              1
Entao, a =    √ (2, 2, 4).
             2 6

O vetor b ´ dado por b = αu + βv. Ou seja, b = α(2, 2, 4) + β(1, 1, 0) = (2α + β, 2α + β, 4α).
          e

                  |b| = 1 ⇒     (2α + β)2 + (2α + β)2 + (4α)2 = 1 ⇒ 24α2 + 2β 2 + 8αβ = 1


                                                          4
a⊥b ⇒ (2, 2, 4) • (2α + β, 2α + β, 4α) = 0 ⇒ 24α + 4β = 0 ⇒ β = −6α
Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira, temos
                           ca
                                                                1      1
                 24α2 + 2(−6α)2 + 8α(−6α) = 1 ⇒ 48α2 = 1 ⇒ α = √ ⇒ α = √
                                                                48    4 3
                                 1             3
Logo, β = −6α ⇒ β = −6 ·         √
                                4 3
                                      ⇒ β = − 2√3 . E,

                            1   3      1   3      1                             1
                 b=     2 · √ − √ ,2 · √ − √ ,4 · √                       ⇒ b = √ (−1, −1, 1).
                           4 3 2 3    4 3 2 3    4 3                             3
O vetor c = (x, y, z) deve ser ortogonal ` a e c e possuir m´dulo igual a 1.
                                         a                  o

                  a⊥c ⇒ (2, 2, 4) • (x, y, z) = 0 ⇒ 2x + 2y + 4z = 0 ⇒ x + y + 2z = 0

                    b⊥c ⇒ (−1, −1, 1) • (x, y, z) = 0 ⇒ −x − y + z = 0 ⇒ z = x + y
                               |c| = 1 ⇒    x2 + y 2 + z 2 = 1 ⇒ x2 + y 2 + z 2 = 1
Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira e na terceira, temos o sistema:
                           ca

                           x + y + 2(x + y) = 0                   x = −y
                                                          ⇒
                           x2 + y 2 + (x + y)2 = 1                2x2 + 2y 2 + 2xy = 1

Substituindo, agora, a primeira equa¸˜o na segunda, obtemos
                                    ca
                                                                                                  1
                    2      2                          2       2     2          2
                                                                                          y1 =   √
                                                                                                   2
             2(−y) + 2y + 2(−y)y = 1 ⇒ 2y + 2y − 2y = 1 ⇒ 2y = 1                                     1
                                                                                          y2 =   − √2

                      1                          1
Para y1 temos x1 = − √2 e para y2 , x2 =        √ .
                                                  2
                                                      Substituindo em z = x + y obtemos z1 = z2 = 0.
              1     1
              √ , −√ , 0        1
                                √ (1, −1, 0)             1    1           1
Logo, c1 =     2     2
                           =     2
                                               e c2 = − √2 , √2 , 0 =     √ (−1, 1, 0).
                                                                           2

                                          2  2 4
                               1   1   1           1   1    1
                 [a, b, c1 ] = √ · √ · √ −1 −1 1 = √ · √ · √ · (−12) < 0
                              2 6   3   2 1 −1 0  2 6   3    2

Se [a, b, c1 ] < 0 e c1 = −c2 , ent˜o [a, b, c2 ] > 0 e B = (a, b, c2 ) ´ uma base ortonormal e positiva.
                                   a                                    e

Mudan¸a de base do vetor xO = (1, 0, 0), onde O representa a base (i, j, k).
     c

Obtemos, pelos c´lculos acima
                a                          
                                                 1      1
                                           a = √ i + √ j + √ k2
                                           
                                                 6      6      6
                                                   1      1      1
                                            b = − √3 i − √3 j + √3 k
                                           
                                                   1      1
                                           c = − √ i + √ j
                                           
                                                    2      2

Devemos ter xO = xB ⇒ (1, 0, 0)O = (A, B, C)B , i.e., i = Aa + B b + Cc, onde A, B, C ∈ R. Ent˜o,
                                                                                              a

                   1     1    2        1      1    1         1     1
        1i = A    √ i + √ j + √ k + B −√ i − √ j + √ k + C −√ i + √ j                                    =⇒
                    6     6    6        3      3    3         2     2

                    1     1     1         1       1  1                                   2     1
          1i = i A √ − B √ − C √   + j A√ − B √ + C √                              + k A√ + B √
                     6     3     2         6       3  2                                   6     3
                               
                                   1    1      1
                               A √ − B √ − C √ = 1
                               
                                   6    3      2
                                               1     1       1
                                            A √6 − B √3 + C √2 = 0
                                           
                                            2       1
                                           A √ + B √ = 0
                                                6     3




                                                          5
√               √            √
                                                     6              3             2
Resolvendo o sistema acima, obt´m-se A =
                               e                    6 ,   B=−      3    eC=−     2 .
                 √       √       √
                   6    3    2
Portanto, xB =    6 ,− 3 ,− 2         .

8 – Verdadeiro ou falso? Se verdadeiro, demonstre, se falso, dˆ contra-exemplo.
                                                              e

   (a) se a + b + c = 0, ent˜o a × b = b × c = c × a.
                            a

Para quaisquer a, b e c teremos a = −(b + c).

                     a × b = −(b + c) × b = (−b × b) +(−c × b) = −(c × b) = b × c
                                                       =0

Agora, se pegarmos b = −a − c

                     b × c = (−a − c) × c = (−a × c) + (−c × c) = −(a × c) = c × a
                                                                       =0

Portanto, a propriedade ´ verdadeira.
                        e



   (b) se a × b = b × a, ent˜o a e b s˜o paralelos.
                            a         a


    a × b = b × a ⇒ (a × b) − (b × a) = 0 ⇒ (a × b) + (a × b) = 0 ⇒ 2(a × b) = 0 ⇒ (a × b) = 0

Um vetor ´ nulo se e somente se seu m´dulo ´ zero. Ent˜o
         e                           o     e          a

                 |a × b| = 0 ⇒ |a||b| sin θ = 0 ⇒ θ = 0 ou θ = π ou |a| = 0 ou |b| = 0

Em todas as possibilidades de solu¸˜o da equa¸˜o acima temos a
                                  ca         ca                                     b, pois o vetor nulo ´ paralelo `
                                                                                                         e          a
todos os vetores.



   (c) a × b = a × c implica b = c.
                                                             
                                                             a = 0 ou
                                                             
        a × b = a × c ⇒ a × b − a × c = 0 ⇒ a × (b − c) = 0 ⇒ b − c = 0 ⇒ b = c                       ou
                                                             
                                                               a (b − c)
                                                             


b = c ´ apenas um dos casos poss´
      e                          ıveis, portanto a propriedade ´ falsa.
                                                               e
Nota: a rec´
           ıproca ´, certamente, uma proposi¸˜o verdadeira.
                  e                           ca



9 – O vetor w ´ ortogonal aos vetores u e v, |u| = 1, |v| = 2, |w| = 3 e o ˆngulo formado por u e v
              e                                                            a
mede 30◦ .

   (a) Calcule [u, v, w], sabendo que ´ um n´mero positivo.
                                      e     u

                   [u, v, w] = (u × v) • w = |u × v| |w| cos θ = |u||v| sin ϕ|w| cos θ
                                                   =|u||v| sin ϕ

onde θ ´ o ˆngulo entre (u × v) e w e ϕ ´ o ˆngulo entre u e v. θ = 0, pois w ´ simultaneamente
       e a                                e a                                    e
ortogonal a u e v e u × v ´ um vetor simultaneamente ortogonal a u e v, logo w e u × v s˜o paralelos.
                          e                                                             a
ϕ = 30◦ , como informado pelo enunciado. Substituindo os valores:


                                                                               1
                             [u, v, w] = 1 · 2 · sin 30◦ · 3 cos 0 = 1 · 2 ·     ·3·1=3
                                                                               2

                                                            6
(b) Se a = 2u, b = v + w e c = u − v + w, calcule [a, b, c].

Queremos calcular [2u, v + w, u − v + w]. Utilizando as propriedades de produto vetorial teremos,

                      [2u, v + w, u − v + w] = [2u, v, u − v + w] + [2u, w, u − v + w] =

                  = [2u, v, u] + [2u, v, −v] +[2u, v, w] + [2u, w, u] +[2u, w, −v] + [2u, w, w]
                        =0           =0                         =0                       =0

                 = [2u, v, w] + [2u, w, −v] = [2u, v, w] − [2u, w, v] = [2u, v, w] + [2u, v, w] =
                                      2[2u, v, w] = 4[u, v, w] = 4 · 3 = 12


           −
           −→               −→                −→
                                               −
10 – Sejam AB = (1, −1, 1), AC = (−1, 3, 2) e AD = (2, 1, 0). Pede-se:

   (a) A ´rea do triˆngulo ABC e sua altura relativa ao v´rtice A;
         a          a                                    e

                              i j k                            √      √
                   −
                   −→ −  →                           −
                                                     −→ −  →
                   AB × AC = 1 −1 1 = (−5, −3, 2) ⇒ |AB × AC| = 38 = 2 7
                             −1 3 2
                                       −
                                       −→ −    →      √
                                      |AB × AC|      2 7 √
                           A∆ABC =                 =    = 7
                                           2          2
              −→ −
               −    → − −→                      −→
                                                 −    √         −→
                                                                 −
   Tem-se que BC = AC − AB = (−2, 4, 1), ent˜o |BC| = 21. Sendo BC a base do triˆngulo
                                            a                                   a
                                        −→
                                         −                 √
                                       |BC|h      2A∆ABC 2· 7  2
                             A∆ABC   =       ⇒ h = −→ = √
                                                    −         =√ .
                                          2        |BC|    21   3

   (b) o volume do paralelep´
                            ıpedo ABCD e a distˆncia
                                               a                 do ponto D ao plano determinado por, A, B
e C.
                                                 1               −1 1
                                − − −→
                                − → −
                                 →
                    VABCD = [AB, AC, AD] = −1                    3 2 = | − 13| = 13
                                                 2               1 0
A distˆncia do ponto D ao plano determinado por, A, B e C ´ a altura do paralelogramo com rela¸˜o
      a                                                   e                                   ca
` base ABC. Seu volume (prisma) ´ dado por V = Abase · h. No caso teremos
a                                 e

                                      −
                                      −→ −  →              VABCD    13
                             VABCD = |AB × AC| · h ⇒ h = −−→ − = √
                                                                →
                                                         |AB × AC| 2 7
             −
             −→            −→                −→
                                              −
11 – Sejam AB = (3, 6, 3), AC = (1, 3, −2) e AD = (2, 2, α − 2). Encontre os valores do parˆmetro
                                                                                           a
α para os quais o volume V do tetraedro ABCD fica igual a 3.


                                                   − − −
                                                   − → −
                                                    →       →
                                                   AB, AC, AB
                                    Vtetraedro =                     = 3 =⇒
                                                            6
                   3 6  3
                 1         1                                    30 ± 18                             α1 = 16
  Vtetraedro =     1 3 −2 = |3α − 30| = 3 ⇒ 3α − 30 = ±18 ⇒ α =         ⇒
                 6         6                                       3                                α2 = 4
                   2 2 α−2


12 – Demonstre [u + v, v + w, u + w] = 2 [u, v, w].

Por propriedade de produtos mistos temos

                       [u + v, v + w, u + w] = [u, v + w, u + w] + [v, v + w, u + w] =


                                                        7
= [u, v, u + w] + [u, w, u + w] + [v, v, u + w] + [v, w, u + w] =
           = [u, v, u] +[u, v, w] + [u, w, u] + [u, w, w] + [v, v, u] + [v, v, w] +[v, w, u] + [v, w, w]
                 =0                      =0          =0          =0          =0                      =0

                                               = [u, v, w] + [v, w, u]
Mas, pela propriedade c´
                       ıclica dos produtos mistos, [v, w, u] = [u, v, w], ent˜o
                                                                             a

                                        = [u, v, w] + [u, v, w] = 2[u, v, w]



Nota: Um produto misto de trˆs vetores ´ nulo quando dois deles s˜o iguais. Isso justifica-se pelo fato
                             e         e                         a
de, por propriedade de determinantes, quando duas linhas da matriz s˜o iguais, seu determinante ´
                                                                      a                              e
igual a zero.

13 – Prove: a, a + b, a + b + c = a, b, c .

Por propriedade de produtos mistos temos

      [a, a + b, a + b + c] = [a, a, a + b + c] +[a, b, a + b + c] = [a, b, a] + [a, b, b] +[a, b, c] = [a, b, c]
                                      =0                                  =0         =0




                                                          8

More Related Content

What's hot

Transforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas Polares
Transforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas PolaresTransforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas Polares
Transforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas Polares
guestacf86e
 
Revisão em -funções - calculo 1
Revisão   em -funções - calculo 1Revisão   em -funções - calculo 1
Revisão em -funções - calculo 1
Eduardo Soares
 
2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos
2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos
2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos
Roberta Araujo do Amorim
 
Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07
Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07
Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07
André Luís Nogueira
 
Teoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numerosTeoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numeros
lealtran
 
Teoria como resolver um sistema de equações - graficamente
Teoria   como resolver um sistema de equações - graficamenteTeoria   como resolver um sistema de equações - graficamente
Teoria como resolver um sistema de equações - graficamente
tetsu
 

What's hot (20)

Matriz e Determinantes
Matriz e DeterminantesMatriz e Determinantes
Matriz e Determinantes
 
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterleRespostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
 
Circunfrência
CircunfrênciaCircunfrência
Circunfrência
 
Lista 3 - Geometria Analítica
Lista 3   - Geometria AnalíticaLista 3   - Geometria Analítica
Lista 3 - Geometria Analítica
 
Solution geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Solution geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterleSolution geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Solution geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
 
Transforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas Polares
Transforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas PolaresTransforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas Polares
Transforme Coordenadas Cartesianas Em Coordenadas Polares
 
Revisão em -funções - calculo 1
Revisão   em -funções - calculo 1Revisão   em -funções - calculo 1
Revisão em -funções - calculo 1
 
2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos
2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos
2972340 matematica-exercicios-resolvidos-logaritmos-resolvidos
 
9º ano matutino
9º ano   matutino9º ano   matutino
9º ano matutino
 
Respostas do livro geometria analítica alfredo steinbruch e paulo-winterle 16...
Respostas do livro geometria analítica alfredo steinbruch e paulo-winterle 16...Respostas do livro geometria analítica alfredo steinbruch e paulo-winterle 16...
Respostas do livro geometria analítica alfredo steinbruch e paulo-winterle 16...
 
Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07
Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07
Lei dos-senos-e-lei-dos-cossenos-aula-07
 
15 aula operacoes com conjuntos
15 aula   operacoes com conjuntos15 aula   operacoes com conjuntos
15 aula operacoes com conjuntos
 
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Geometria analitica
Geometria analiticaGeometria analitica
Geometria analitica
 
Teoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numerosTeoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numeros
 
Teoria como resolver um sistema de equações - graficamente
Teoria   como resolver um sistema de equações - graficamenteTeoria   como resolver um sistema de equações - graficamente
Teoria como resolver um sistema de equações - graficamente
 
2 vectors
2 vectors2 vectors
2 vectors
 
Exercícios Resolvidos: Área com integrais
Exercícios Resolvidos: Área com integraisExercícios Resolvidos: Área com integrais
Exercícios Resolvidos: Área com integrais
 
MATEMATICA_Ciencia_Aplicacoes_V1_PNLD2018_PR.pdf
MATEMATICA_Ciencia_Aplicacoes_V1_PNLD2018_PR.pdfMATEMATICA_Ciencia_Aplicacoes_V1_PNLD2018_PR.pdf
MATEMATICA_Ciencia_Aplicacoes_V1_PNLD2018_PR.pdf
 
Sistemas lineares
Sistemas linearesSistemas lineares
Sistemas lineares
 

Similar to Lista 4 - Resolução

Ita2008 3dia
Ita2008 3diaIta2008 3dia
Ita2008 3dia
cavip
 
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterleRespostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
samuelsaocristovao
 
Resolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integraisResolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integrais
Wilson Kushima
 
Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2
Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2
Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2
trigono_metrico
 
Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1
Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1
Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1
trigono_metrico
 
Equções Algébricas
Equções AlgébricasEquções Algébricas
Equções Algébricas
bethbal
 
Mat em numeros complexos sol vol3 cap5
Mat em numeros complexos sol vol3 cap5Mat em numeros complexos sol vol3 cap5
Mat em numeros complexos sol vol3 cap5
trigono_metrico
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
Andrei Bastos
 
Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01
Carlos Andrade
 
Ita2010 3dia
Ita2010 3diaIta2010 3dia
Ita2010 3dia
cavip
 

Similar to Lista 4 - Resolução (20)

4º teste 10_resolucao.pdf
4º teste 10_resolucao.pdf4º teste 10_resolucao.pdf
4º teste 10_resolucao.pdf
 
Resumo MA14 - Aritmética - Unidades 1 e 2
Resumo MA14 - Aritmética - Unidades 1 e 2Resumo MA14 - Aritmética - Unidades 1 e 2
Resumo MA14 - Aritmética - Unidades 1 e 2
 
Vetores
VetoresVetores
Vetores
 
Equações
EquaçõesEquações
Equações
 
Prova do Colégio Militar do Rio de Janeiro, COMENTADA
Prova do Colégio Militar do Rio de Janeiro, COMENTADAProva do Colégio Militar do Rio de Janeiro, COMENTADA
Prova do Colégio Militar do Rio de Janeiro, COMENTADA
 
Ufba12mat2
Ufba12mat2Ufba12mat2
Ufba12mat2
 
Ita2008 3dia
Ita2008 3diaIta2008 3dia
Ita2008 3dia
 
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterleRespostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
 
Remember 09
Remember 09Remember 09
Remember 09
 
Resolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integraisResolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integrais
 
Resolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integraisResolucao dos exercicios_integrais
Resolucao dos exercicios_integrais
 
Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2
Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2
Mat em funcoes trigonometricas sol vol1 cap9 parte 2
 
Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1
Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1
Mat em progressoes geometricas sol vol2 cap1
 
Equções Algébricas
Equções AlgébricasEquções Algébricas
Equções Algébricas
 
Mat em numeros complexos sol vol3 cap5
Mat em numeros complexos sol vol3 cap5Mat em numeros complexos sol vol3 cap5
Mat em numeros complexos sol vol3 cap5
 
Intro teoria dos numerros cap6
Intro teoria dos numerros cap6Intro teoria dos numerros cap6
Intro teoria dos numerros cap6
 
Ufba11mat2
Ufba11mat2Ufba11mat2
Ufba11mat2
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
 
Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01
 
Ita2010 3dia
Ita2010 3diaIta2010 3dia
Ita2010 3dia
 

More from Rodrigo Thiago Passos Silva

More from Rodrigo Thiago Passos Silva (20)

Recompra de Energia - Demonstração
Recompra de Energia - DemonstraçãoRecompra de Energia - Demonstração
Recompra de Energia - Demonstração
 
Cálculo do imposto de renda
Cálculo do imposto de rendaCálculo do imposto de renda
Cálculo do imposto de renda
 
Demonstração da equação de Bhaskara
Demonstração da equação de BhaskaraDemonstração da equação de Bhaskara
Demonstração da equação de Bhaskara
 
1 = 0,999...
1 = 0,999...1 = 0,999...
1 = 0,999...
 
Identidade de Euler - Demonstração
Identidade de Euler - DemonstraçãoIdentidade de Euler - Demonstração
Identidade de Euler - Demonstração
 
Seqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
Seqüência de Fibonacci - Aspectos MatemáticosSeqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
Seqüência de Fibonacci - Aspectos Matemáticos
 
Por que "menos com menos dá mais"?
Por que "menos com menos dá mais"?Por que "menos com menos dá mais"?
Por que "menos com menos dá mais"?
 
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
Como calcular a média do ENEM para ingresso na UFABC?
 
Exercício sobre Pré-Imagem
Exercício sobre Pré-ImagemExercício sobre Pré-Imagem
Exercício sobre Pré-Imagem
 
Demonstração - Propriedade de módulo
Demonstração - Propriedade de móduloDemonstração - Propriedade de módulo
Demonstração - Propriedade de módulo
 
Newton e Leibniz
Newton e LeibnizNewton e Leibniz
Newton e Leibniz
 
Redes de Primeira Ordem
Redes de Primeira OrdemRedes de Primeira Ordem
Redes de Primeira Ordem
 
Petróleos ultra-pesados - Apresentação
Petróleos ultra-pesados - ApresentaçãoPetróleos ultra-pesados - Apresentação
Petróleos ultra-pesados - Apresentação
 
Petróleos ultra-pesados
Petróleos ultra-pesadosPetróleos ultra-pesados
Petróleos ultra-pesados
 
Tensão média e tensão eficaz
Tensão média e tensão eficazTensão média e tensão eficaz
Tensão média e tensão eficaz
 
Exercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
Exercício - Torre de Resfriamento - TermodinâmicaExercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
Exercício - Torre de Resfriamento - Termodinâmica
 
Demonstração do binômio de Newton
Demonstração do binômio de NewtonDemonstração do binômio de Newton
Demonstração do binômio de Newton
 
Formulário - Estatística
Formulário - EstatísticaFormulário - Estatística
Formulário - Estatística
 
Limite de função de duas variáveis
Limite de função de duas variáveisLimite de função de duas variáveis
Limite de função de duas variáveis
 
Sensor de Campo Magnético
Sensor de Campo MagnéticoSensor de Campo Magnético
Sensor de Campo Magnético
 

Lista 4 - Resolução

  • 1. Geometria Anal´ ıtica - Profa. Cec´ Chirenti ılia Lista 4 - Produto Vetorial e Produto Misto Resolu¸˜o ca Nos exerc´ ıcios a seguir, quando n˜o houver men¸˜o sobre bases, deve-se entender que as coordenadas a ca dos vetores est˜o sendo dadas em rela¸˜o a uma base B = (i, j, k), ortonormal e positiva. a ca 1 – Sendo w = (u+2v)×(u+v), determine o ˆngulo dos vetores u e v, sabendo que |u| = |v| = |w| = 2 a e u • v < 0. Aplicando as propriedades do produto vetorial, w = u × u + u × v + 2v × u + 2v × v mas, u × u = 2v × v = 0, ent˜o a w = u × v + 2(v × u) ⇒ w = u × v − 2(u × v) = −(u × v). 1 |w| = | − u × v| = |u × v| = |u||v| sin θ ⇒ 2 = 2 · 2 sin θ ⇒ sin θ = 2 π Temos como condi¸˜o u • v < 0, i.e., cos θ < 0 que implica em ca 2 < θ < π. Assim, 1 5π θ = arcsin = 2 6 2 – Dados u = (1, 2, −1) e v = (1, 3, −2), determine um vetor a, ortogonal a u e v, de m´dulo 3, que o forma com k um ˆngulo obtuso. a ıcio: a⊥u ; a⊥v ; |a| = 3 ; a • k < 0 Dados do exerc´ O vetor a ´ simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o a = λ(u × v). e a i j k a = λ 1 2 −1 = λ(−4i − j + 3k − 2k + 2j + 3i) = λ(−1, 1, 1) = (−λ, λ, λ) 1 3 −2 √ |a| = 3 = (−λ)2 + λ2 + λ2 ⇒ 3λ2 = 9 ⇒ λ2 = 3 ⇒ λ = ± 3 √ √ √ √ √ √ √ √ Se λ = 3, ent˜o a = (− 3, 3, 3) e a • k = (− 3, 3, 3) • (0, 0, 1) = 3 > 0. a √ √ √ √ √ √ √ √ Se λ = − 3, ent˜o a = ( 3, − 3, − 3) e a • k = ( 3, − 3, − 3) • (0, 0, 1) = − 3 < 0. Logo, a √ √ √ a = ( 3, − 3, − 3). 3 – Sendo u = (−1, 1, m), v = (7, 5, 1) e w = (a, b, c), pede-se: (a) O valor de m para que a equa¸˜o v = u × w possa ter solu¸˜o; ca ca i j k u × w = −1 −1 m = −ci + amj − bk + ak + cj − bmi = (−mb − c, ma + c, a − b) a b c 1
  • 2. v = u × w ⇒ (7, 5, 1) = (−mb − c, ma + c, a − b)  −mb − c = 7  ma + c = 5  a−b=1  0 m −1 det G = m 0 1 = 0, onde G ´ a matriz dos coeficientes do sistema. e 1 −1 c Para que o sistema possua solu¸˜o (n˜o unica), devemos ter det A = det B = det C = 0. ca a ´ 7 −m 1 det A = 5 0 1 = 12 − m = 0 ⇒ m = 12 1 −1 0 O mesmo resultado ser´ obtido em det B e det C. a (b) para o valor de m encontrado em (a), resolva a equa¸˜o v = u × w, sabendo que |w| = 14 e ca u • w < 0. Temos o sistema  −12b − c = 7  12a + c = 5  a−b=1⇒b=a−1  Impondo que a = γ, temos b = γ − 1 e c = 5 − 12γ. Logo, w = (γ, γ − 1, 5 − 12γ). √ |w| = 14 = γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 ⇒ γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 = 14 √ 61+ 1969 γ1 = γ 2 + γ 2 − 2γ + 1 + 25 − 120γ + 144γ 2 = 14 ⇒ 146γ 2 − 122γ + 12 = 0 ⇒ 146 √ 61− 1969 γ2 = 146 √ √ √ 61+ 1969 −85+ 1969 −2−12 1969 Para γ1 temos v1 = 146 , 146 , 146 . √ √ √ 61− 1969 −85− 1969 −2+12 1969 Para γ2 temos v2 = 146 , 146 , 146 . Mas, devemos ter u • w < 0, i. e., (−1, −1, 12) • (a, b, c) < 0 ⇒ −a − b + 12c < 0 ⇒ a + b > 12c. √ √ Em v1 temos a + b = −24+2 1969 e 12c = −24−144 1969 . Logo, a + b > 12c. 146 146 √ √ Em v2 temos a + b = −24−2 1969 e 12c = −24+144 1969 . Logo, n˜o ´ verdade que a + b > 12c. 146 146 a e Ent˜o, o vetor que safisfaz ` equa¸˜o v = u × w e as demais condi¸˜es ´ v1 . a a ca co e − −→ −→ 4 – S˜o dados: |x| = 3, |y| = 4, x⊥y, AB = 3x − 4y e AC = x + 5y. Calcule a ´rea do triˆngulo a a a ABC e a distˆncia de B at´ a reta AC. a e Pelas propriedades de produto vetorial temos − −→ − → AB × AC = (3x − 4y) × (x + 5y) = (3x × x) + (3x × 5y) − (4y × x) − (4y × 5y) = 15(x × y) − 4(y × x) = 15(x × y) + 4(x × y) = 19(x × y) (3x × x) = (4y × 5y) = 0 Calculando o m´dulo do vetor, o − −→ − → |AB × AC| = 19|x × y| = 19|x||y| sin α = 19|x||y| x⊥y ⇒ sin α = sin 90◦ = 1 − −→ − → |AB × AC| = 19 · 4 · 4 = 228 2
  • 3. Ent˜o, a − −→ − → |AB × AC| 228 A∆ = = = 114 2 2 A distˆncia de B a reta AC ´ a altura relativa ao lado AC do triˆngulo. Ent˜o, sendo AC a base e h a e a a a altura −→ |AC|h 114 · 2 228 A∆ = ⇒h= − → ⇒h= − → 2 |AC| |AC| −→ √ Como x⊥y ent˜o |AC| = |x|2 + |5y|2 = 32 + (5 · 4)2 = 409. a √ 228 228 409 h= √ = 409 409 1 √ (1, −1, 1); (0, a, b); K 5 – Determine a, b e K para que C = 3 seja uma base ortonormal positiva. 1 1 √ , −√ , √1 Fa¸amos a := c 3 3 3 e b := (0, a, b). Os vetores a e b devem formar 90◦ , ent˜o a • b = 0. a 1 1 a • b = 0 ⇒ − √ a + √ b = 0 ⇒ −a + b = 0 ⇒ a = b 3 3 Os vetores da base ortonormal devem possuir m´dulo unit´rio. Ent˜o o a a |b| = 1 ⇒ a2 + b2 = 1 ⇒ a2 + b2 = 1 Mas, a = b 1 1 a2 + a2 = 1 ⇒ 2a2 = 1 ⇒ a2 = ⇒a=b= √ 2 2 O resultado negativo foi ignorado arbitrariamente. 1 1 Temos ent˜o b = 0, √2 , √2 . a O versor K deve ser simultaneamente ortogonal a a e b. Ent˜o, K = λa × b. a i j k √ √ √ 1 1 1 6 6 6 a×b=λ √ 3 − √3 √ 3 =λ − ,− , 1 1 3 3 3 0 √ 2 √ 2 √ √ √ 6 2 6 2 6 2 6 1 |K| = 1 ⇒ (− λ) + (− λ) + ( λ) = 1 ⇒ 3 · λ2 = 1 ⇒ 2λ2 = 1 ⇒ λ = ± √ 3 3 3 9 2 √ √ √ 1 3 3 3 Se λ = √ 2 temos K1 = − 3 ,− 3 , 3 . √ √ √ 1 3 3 3 Se λ = − √2 temos K2 = 3 , 3 ,− 3 . A base ´ positiva se [a, b, K] > 0. e 1 1 1 √ 3 − √3 √ 3 √ 1 1 2 2 [a, b, K1 ] = 0 √ 2 √ = >0 √ √ √2 3 3 3 3 − 3 − 3 3 √ Como, K1 = −K2 , por propriedade de determinantes concluimos que [a, b, K2 ] = − 2 3 2 < 0. 3
  • 4. √ √ 1 √ (1, −1, 1), 1 1 3 3 3 Portanto, C = 3 0, √2 , √2 , − 3 ,− 3 , 3 ´ uma base ortonormal e positiva. e 6 – B = (u, v, w) ´ uma base ortonormal positiva. e (a) Determine u sabendo que ele ´ paralelo ao vetor (2, −1, 2). e Temos que u (2, −1, 2), ent˜o u = λ(2, −1, 2) = (2λ, −λ, 2λ). a 1 1 |u| = 1 ⇒ (2λ)2 + (−λ)2 + (2λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + λ2 + 4λ2 = 1 ⇒ 9λ2 = 1 ⇒ λ2 = ⇒λ= 9 3 1 O valor negativo da equa¸˜o acima foi arbitrariamente ignorado. Ent˜o, u = 3 (2, −1, 2). ca a (b) Determine v sabendo que ´ da forma (x, y, 0). e u ⊥ v ⇒ u • v = 0. 1 u • v = 0 ⇒ (2x − y) = 0 ⇒ 2x − y = 0 ⇒ y = 2x 3 1 |v| = 1 ⇒ x2 + y 2 = 1 ⇒ x2 + (2x)2 = 1 ⇒ x2 + 4x2 = 1 ⇒ 5x2 = 1 ⇒ x = √ 5 2 1 Logo, y = √ 5 ev= √ (1, 2, 0). 5 (c) Determine w. O vetor w deve ser simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o w = α1 (u × v). a i j k 1 1 1 1 w= √ α1 2 −1 2 = α(−4, 2, 5) = (−4α, 2α, 5α) α= √ α1 . 3 5 3 5 1 2 0 1 1 |w| = 1 ⇒ (−4α)2 + (2α)2 + (5α)2 = 1 ⇒ 16α2 +4α2 +25α2 = 1 ⇒ 45α2 = 1 ⇒ α = ± √ = ± √ 45 3 5 1 1 Se α = √ ent˜o w1 = √ (−4, 2, 5). 3 5 a 3 5 1 1 Se α = − 3√5 ent˜o w2 = 3√5 (4, −2, −5). a 2 −1 2 1 1 1 1 1 1 [u, v, w1 ] = ·√ · √ 1 2 0 = ·√ · √ (−45) < 0. 3 5 3 5 4 −2 −5 3 5 3 5 1 1 1 Como w1 = −w2 , [u, v, w2 ] = 3 · √5 · 3√5 (45) > 0. Portanto, B = (u, v, w2 ) ´ uma base ortonormal positiva. e 7 – Dados os vetores u = (2, 2, 4) e v = (1, 1, 0) determine uma base ortonormal positiva tal que seu primeiro vetor seja paralelo a u e seu segundo vetor seja uma combina¸˜o linear de u e v. Determine, ca na base achada, as coordenadas de x = (1, 0, 0). Queremos determinar os vetores da base B = (a, b, c). Sabemos que a u ent˜o a = λu. Logo, a = λ(2, 2, 4) ⇒ a = (2λ, 2λ, 4λ). a 1 1 |a| = 1 ⇒ (2λ)2 + (2λ)2 + (4λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + 4λ2 + 16λ2 = 1 ⇒ λ = √ = √ 24 2 6 1 Entao, a = √ (2, 2, 4). 2 6 O vetor b ´ dado por b = αu + βv. Ou seja, b = α(2, 2, 4) + β(1, 1, 0) = (2α + β, 2α + β, 4α). e |b| = 1 ⇒ (2α + β)2 + (2α + β)2 + (4α)2 = 1 ⇒ 24α2 + 2β 2 + 8αβ = 1 4
  • 5. a⊥b ⇒ (2, 2, 4) • (2α + β, 2α + β, 4α) = 0 ⇒ 24α + 4β = 0 ⇒ β = −6α Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira, temos ca 1 1 24α2 + 2(−6α)2 + 8α(−6α) = 1 ⇒ 48α2 = 1 ⇒ α = √ ⇒ α = √ 48 4 3 1 3 Logo, β = −6α ⇒ β = −6 · √ 4 3 ⇒ β = − 2√3 . E, 1 3 1 3 1 1 b= 2 · √ − √ ,2 · √ − √ ,4 · √ ⇒ b = √ (−1, −1, 1). 4 3 2 3 4 3 2 3 4 3 3 O vetor c = (x, y, z) deve ser ortogonal ` a e c e possuir m´dulo igual a 1. a o a⊥c ⇒ (2, 2, 4) • (x, y, z) = 0 ⇒ 2x + 2y + 4z = 0 ⇒ x + y + 2z = 0 b⊥c ⇒ (−1, −1, 1) • (x, y, z) = 0 ⇒ −x − y + z = 0 ⇒ z = x + y |c| = 1 ⇒ x2 + y 2 + z 2 = 1 ⇒ x2 + y 2 + z 2 = 1 Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira e na terceira, temos o sistema: ca x + y + 2(x + y) = 0 x = −y ⇒ x2 + y 2 + (x + y)2 = 1 2x2 + 2y 2 + 2xy = 1 Substituindo, agora, a primeira equa¸˜o na segunda, obtemos ca 1 2 2 2 2 2 2 y1 = √ 2 2(−y) + 2y + 2(−y)y = 1 ⇒ 2y + 2y − 2y = 1 ⇒ 2y = 1 1 y2 = − √2 1 1 Para y1 temos x1 = − √2 e para y2 , x2 = √ . 2 Substituindo em z = x + y obtemos z1 = z2 = 0. 1 1 √ , −√ , 0 1 √ (1, −1, 0) 1 1 1 Logo, c1 = 2 2 = 2 e c2 = − √2 , √2 , 0 = √ (−1, 1, 0). 2 2 2 4 1 1 1 1 1 1 [a, b, c1 ] = √ · √ · √ −1 −1 1 = √ · √ · √ · (−12) < 0 2 6 3 2 1 −1 0 2 6 3 2 Se [a, b, c1 ] < 0 e c1 = −c2 , ent˜o [a, b, c2 ] > 0 e B = (a, b, c2 ) ´ uma base ortonormal e positiva. a e Mudan¸a de base do vetor xO = (1, 0, 0), onde O representa a base (i, j, k). c Obtemos, pelos c´lculos acima a  1 1 a = √ i + √ j + √ k2   6 6 6 1 1 1 b = − √3 i − √3 j + √3 k  1 1 c = − √ i + √ j  2 2 Devemos ter xO = xB ⇒ (1, 0, 0)O = (A, B, C)B , i.e., i = Aa + B b + Cc, onde A, B, C ∈ R. Ent˜o, a 1 1 2 1 1 1 1 1 1i = A √ i + √ j + √ k + B −√ i − √ j + √ k + C −√ i + √ j =⇒ 6 6 6 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 2 1 1i = i A √ − B √ − C √ + j A√ − B √ + C √ + k A√ + B √ 6 3 2 6 3 2 6 3  1 1 1 A √ − B √ − C √ = 1   6 3 2 1 1 1 A √6 − B √3 + C √2 = 0   2 1 A √ + B √ = 0 6 3 5
  • 6. √ √ 6 3 2 Resolvendo o sistema acima, obt´m-se A = e 6 , B=− 3 eC=− 2 . √ √ √ 6 3 2 Portanto, xB = 6 ,− 3 ,− 2 . 8 – Verdadeiro ou falso? Se verdadeiro, demonstre, se falso, dˆ contra-exemplo. e (a) se a + b + c = 0, ent˜o a × b = b × c = c × a. a Para quaisquer a, b e c teremos a = −(b + c). a × b = −(b + c) × b = (−b × b) +(−c × b) = −(c × b) = b × c =0 Agora, se pegarmos b = −a − c b × c = (−a − c) × c = (−a × c) + (−c × c) = −(a × c) = c × a =0 Portanto, a propriedade ´ verdadeira. e (b) se a × b = b × a, ent˜o a e b s˜o paralelos. a a a × b = b × a ⇒ (a × b) − (b × a) = 0 ⇒ (a × b) + (a × b) = 0 ⇒ 2(a × b) = 0 ⇒ (a × b) = 0 Um vetor ´ nulo se e somente se seu m´dulo ´ zero. Ent˜o e o e a |a × b| = 0 ⇒ |a||b| sin θ = 0 ⇒ θ = 0 ou θ = π ou |a| = 0 ou |b| = 0 Em todas as possibilidades de solu¸˜o da equa¸˜o acima temos a ca ca b, pois o vetor nulo ´ paralelo ` e a todos os vetores. (c) a × b = a × c implica b = c.  a = 0 ou  a × b = a × c ⇒ a × b − a × c = 0 ⇒ a × (b − c) = 0 ⇒ b − c = 0 ⇒ b = c ou  a (b − c)  b = c ´ apenas um dos casos poss´ e ıveis, portanto a propriedade ´ falsa. e Nota: a rec´ ıproca ´, certamente, uma proposi¸˜o verdadeira. e ca 9 – O vetor w ´ ortogonal aos vetores u e v, |u| = 1, |v| = 2, |w| = 3 e o ˆngulo formado por u e v e a mede 30◦ . (a) Calcule [u, v, w], sabendo que ´ um n´mero positivo. e u [u, v, w] = (u × v) • w = |u × v| |w| cos θ = |u||v| sin ϕ|w| cos θ =|u||v| sin ϕ onde θ ´ o ˆngulo entre (u × v) e w e ϕ ´ o ˆngulo entre u e v. θ = 0, pois w ´ simultaneamente e a e a e ortogonal a u e v e u × v ´ um vetor simultaneamente ortogonal a u e v, logo w e u × v s˜o paralelos. e a ϕ = 30◦ , como informado pelo enunciado. Substituindo os valores: 1 [u, v, w] = 1 · 2 · sin 30◦ · 3 cos 0 = 1 · 2 · ·3·1=3 2 6
  • 7. (b) Se a = 2u, b = v + w e c = u − v + w, calcule [a, b, c]. Queremos calcular [2u, v + w, u − v + w]. Utilizando as propriedades de produto vetorial teremos, [2u, v + w, u − v + w] = [2u, v, u − v + w] + [2u, w, u − v + w] = = [2u, v, u] + [2u, v, −v] +[2u, v, w] + [2u, w, u] +[2u, w, −v] + [2u, w, w] =0 =0 =0 =0 = [2u, v, w] + [2u, w, −v] = [2u, v, w] − [2u, w, v] = [2u, v, w] + [2u, v, w] = 2[2u, v, w] = 4[u, v, w] = 4 · 3 = 12 − −→ −→ −→ − 10 – Sejam AB = (1, −1, 1), AC = (−1, 3, 2) e AD = (2, 1, 0). Pede-se: (a) A ´rea do triˆngulo ABC e sua altura relativa ao v´rtice A; a a e i j k √ √ − −→ − → − −→ − → AB × AC = 1 −1 1 = (−5, −3, 2) ⇒ |AB × AC| = 38 = 2 7 −1 3 2 − −→ − → √ |AB × AC| 2 7 √ A∆ABC = = = 7 2 2 −→ − − → − −→ −→ − √ −→ − Tem-se que BC = AC − AB = (−2, 4, 1), ent˜o |BC| = 21. Sendo BC a base do triˆngulo a a −→ − √ |BC|h 2A∆ABC 2· 7 2 A∆ABC = ⇒ h = −→ = √ − =√ . 2 |BC| 21 3 (b) o volume do paralelep´ ıpedo ABCD e a distˆncia a do ponto D ao plano determinado por, A, B e C. 1 −1 1 − − −→ − → − → VABCD = [AB, AC, AD] = −1 3 2 = | − 13| = 13 2 1 0 A distˆncia do ponto D ao plano determinado por, A, B e C ´ a altura do paralelogramo com rela¸˜o a e ca ` base ABC. Seu volume (prisma) ´ dado por V = Abase · h. No caso teremos a e − −→ − → VABCD 13 VABCD = |AB × AC| · h ⇒ h = −−→ − = √ → |AB × AC| 2 7 − −→ −→ −→ − 11 – Sejam AB = (3, 6, 3), AC = (1, 3, −2) e AD = (2, 2, α − 2). Encontre os valores do parˆmetro a α para os quais o volume V do tetraedro ABCD fica igual a 3. − − − − → − → → AB, AC, AB Vtetraedro = = 3 =⇒ 6 3 6 3 1 1 30 ± 18 α1 = 16 Vtetraedro = 1 3 −2 = |3α − 30| = 3 ⇒ 3α − 30 = ±18 ⇒ α = ⇒ 6 6 3 α2 = 4 2 2 α−2 12 – Demonstre [u + v, v + w, u + w] = 2 [u, v, w]. Por propriedade de produtos mistos temos [u + v, v + w, u + w] = [u, v + w, u + w] + [v, v + w, u + w] = 7
  • 8. = [u, v, u + w] + [u, w, u + w] + [v, v, u + w] + [v, w, u + w] = = [u, v, u] +[u, v, w] + [u, w, u] + [u, w, w] + [v, v, u] + [v, v, w] +[v, w, u] + [v, w, w] =0 =0 =0 =0 =0 =0 = [u, v, w] + [v, w, u] Mas, pela propriedade c´ ıclica dos produtos mistos, [v, w, u] = [u, v, w], ent˜o a = [u, v, w] + [u, v, w] = 2[u, v, w] Nota: Um produto misto de trˆs vetores ´ nulo quando dois deles s˜o iguais. Isso justifica-se pelo fato e e a de, por propriedade de determinantes, quando duas linhas da matriz s˜o iguais, seu determinante ´ a e igual a zero. 13 – Prove: a, a + b, a + b + c = a, b, c . Por propriedade de produtos mistos temos [a, a + b, a + b + c] = [a, a, a + b + c] +[a, b, a + b + c] = [a, b, a] + [a, b, b] +[a, b, c] = [a, b, c] =0 =0 =0 8