2. A pediculose é a infestação da pele, cabelos e pêlos do
corpo por piolhos, insectos de reduzidas dimensões que parasitam
o ser humano.
3. A pediculose é provocada pela infestação ou estabelecimento na
pele, cabelos ou pêlos do corpo de insectos de reduzidas dimensões,
que se alimentam especialmente de sangue humano, de modo a
sobreviverem e reproduzirem-se.
Existem três tipos de insectos: o Pediculus humanus capitis e
o Pedi culus humanus corporis, normalmente conhecidos como
piolhos, e o Phtirius pubis, igualmente conhecido como piolho da púbis.
Todos eles caracterizam-se pelas suas reduzidas dimensões, que
oscilam entre 1 a 4 mm de comprimento, e pela sua necessidade de
parasitarem na pele humana para sobreviverem: picam a pele e
alimentam-se do sangue humano que chupam, depositando os seus
ovos nas raízes dos cabelos ou nos pêlos do corpo.
4. O Pediculus humanus capitis é responsável pela pediculose do
couro cabeludo, o tipo de pediculose mais frequente, afectando em
particular as crianças.
O Pediculus humanus corporis é o agente causador da
pediculose corporal, em que os insectos infestam preferencialmente a pele
do tronco, nádegas e ombros.
O Phthirius pubis infesta preferencialmente os cabelos da púbis
e costuma transmitir-se através de relações sexuais. De facto, a
pediculose púbica é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais
frequentes.
5. Em caso de comichão no couro cabeludo ou na púbis deve-se
tentar localizar a presença de piolhos, piolhos da púbis e
lêndeas. Caso não sejam detectados e a comichão persistir,
convém consultar um médico.
Escolas e restantes instituições que acolhem concentrações
infantis devem realizar inspecções regulares às crianças, para
detectar piolhos.
Em caso de pediculose, deve-se realizar uma inspecção
imediata aos familiares e amigos do afectado.
Em caso de piolhos da púbis, o parceiro sexual do indivíduo
afectado deve submeter-se o mais rápido possível ao
diagnóstico e tratamento adequados.
Pode-se prevenir a pediculose do couro cabeludo através da
utilização regular de champôs e loções especiais.
6. O tratamento consiste na eliminação dos insectos e das suas
lêndeas através da utilização de vários tipos de substâncias, localmente
aplicados durante três ou quatro dias consecutivos. Por vezes, costuma-se
recorrer à administração de soluções especiais, por exemplo à base de
vinagre e água, para conseguir que os cabelos estejam menos unidos
entre si. Para além disso, em alguns casos, deve-se utilizar pinças para
extrair os insectos ou lêndeas mais firmemente agarrados. Com vista a
assegurar a eliminação das lêndeas que possam ter sobrevivido, deve-se
repetir o procedimento ao fim de cerca de 10 dias.
Por outro lado, é imprescindível que este tratamento inclua a
desinfestação das roupas, toalhas e restantes utensílios pessoais
potencialmente infestados, colocando-os em água a ferver, lavando-os com
lixívia ou passando-os por vapor.