Poesiamodernismo fase dois. 1930 prosa e poesiapptx
Seminário sobre Lefebvre: La presencia y la ausencia
1. Maria Inês Möllmann 1
Seminário sobre Lefebvre
La presencia y la ausencia
Disciplina Representações Sociais,
Sociabilidade e Comunicação
PPGCOM/UFRGS
Prof. Valdir José Morigi
2015/2
Aluna: Maria Inês Möllmann
4. Lefebvre (1901-1991)
Filosofia - Universidade de Paris (1920)
Membro do Partido Comunista Francês
Participou da Resistência Francesa
Primeiro na França a traduzir
Hegel, Marx, Engels, Nietzsche e Lênin
Um dos pais da Sociologia Crítica
5. Proposta do livro
Maior clareza pedagógica acerca
da representação, incluindo definições
provisórias que serviram antes
para desenvolver o conceito.
6. Marco conceitual do livro
A verdade, [se é que ela existe],
não se encontra no princípio,
mas no final do trajeto.
O pensamento avança, descobre seu andar e
se descobre ao avançar.
O importante é começar.
7. Finalidade do livro
Qual a urgência
da formulação do conceito
de representação?
Uma teoria.
Que aceita a representação como fato social,
psíquico, político.
9. Contexto do surgimento do livro
Crise mundial de pensamento conceitual,
que é incompreendido, inclusive entre
os intelectuais.
O que querem?
Evidências imediatas, fatos comprováveis
ou discursos.
10. Contexto do surgimento do livro
Conservam o sentido do conceito
e o percebem em uma concatenação lógica,
não em sua dinamicidade, abertura e limites.
Crise que faz parte da crise do Logos (a
racionalidade que controla o universo)
europeu, cartesiano de origem.
O que Lefebvre não propõe resolver.
11. Contexto do surgimento do livro
Se a crise for profunda,
vai resolver-se com a “dialetização”
do racional, que cederá lugar ao vivido
(cotidiano), ao invés de absorvê-la.
E vai determinar articulação
entre o lógico e o dialético,
que trará uma razão renovada.
12. No livro, o autor
1. Elucida a história do Conceito
de representação
no pensamento filosófico.
2. Busca desfazer a confusão entre
representação e ideologia em Marx.
3. Define o que são representações.
13. Representação no pensamento filosófico
Como os filósofos decodificaram e superaram
as representações anteriores a eles.
Cada filosofia e cada filósofo não como uma
porta de entrada para a verdade, mas como
uma forma de acesso ao mundo
das representações.
Como “verdades” devem ser sempre
contextualizadas no espaço e no tempo.
15. Genealogia da representação
Kant (1724-1804)
Representação como conhecimento
Lefebvre leva adiante a ideia ao incorporá-la
ao processo de conhecer.
Immanuel Kant foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande
filósofo da era moderna. Wikipédia
16. Genealogia da representação
Hegel (1770-1831)
Representação é uma etapa, um momento
do conhecimento.
Mostra a dialética da tríade representado,
representante, representação.
Para Lefebvre, abre caminho para discussão
da natureza e do poder das representações.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão, um dos criadores do idealismo
alemão.Wikipédia
17. Genealogia da representação
Marx (1818-1883)
A reviravolta materialista e a possibilidade de
desvendamento de ideologias-representações.
Para Lefebvre, em Marx, há uma confusão
entre representação e ideologia;
a representação, que se define pela sua
relação com o vivido, engloba a ideologia.
Karl Heinrich Marx foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina
comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e
jornalista. Wikipédia
18. Confusão entre representação e ideologia em Marx
Representação não é necessariamente
ideologia.
É impossível a vida sem representação:
- são formas de comunicar e reelaborar o
mundo, aproximações da realidade
- que não podem substituir o mundo vivido
Quando o vivido é substituído pelo concebido,
a representação se torna ideologia.
20. Genealogia da representação
Nietzsche (1844-1900)
Sentimentos e o valor como elementos
constitutivos da representação
que se vai buscar.
Para Lefebvre, representação sem valor é
“apenas um duplo pálido e ressecado da
presença sensível”.
Ex.: A propriedade e a paternidade se
representam de uma maneira que as valoriza
e tende a perpetuá-las em nossa sociedade.
Friedrich Wilhelm Nietzsche foi um filólogo, filósofo, crítico cultural, poeta e compositor
alemão do século XIX. Wikipédia
21. 3. O que são representações?
A representação tem uma
genealogia e uma gênesis.
Uma história, um jeito de ser,
a partir da vida dos povos,
grupos ou classes que as produzem.
Embora resultem da relação de forças
da sociedade, dirigem-se para todos.
São a imagem de um grupo, povo ou classe,
tanto para os outros quanto para si.
22. Ideia-chave do livro
Sem vivência/experiência, a presença,
reina a ausência e o concebido.
A representação é
“substituto da presença na ausência”.
No entanto, “toda” representação
implica necessariamente um valor,
“seja que o sujeito valoriza ou não
aquilo que representa para si,
o objeto ausente”.
23. Representações são linguagem
“Somamos a presença e a ausência.
Há um intervalo, um desgarramento,
sobre o qual circulam várias versões.
As palavras, os signos, representam
a presença e a ausência.
A linguagem é uma presença-ausência,
presença evocada, ausência ocupada.”
24. A força das representações
Necessárias e inevitáveis no mundo atual.
Nem falsas, nem verdadeiras
Ao mesmo tempo, falsas e verdadeiras:
- verdadeiras, como resposta a problemas
“reais”
- falsas na medida em que dissimulam
objetivos “reais”.
25. A força das representações
Interpretação da vida
principalmente com representações
Reduzem: apagam conflitos, deslocam
sentimentos.
Simulam a vida e dissimulam relações
concretas.
26. Problema principal das representações
De onde vem seu poder, indiscutivelmente
verificado pela publicidade e propaganda?
O cotidiano está programado
pela convergência de representações,
por necessidades suscitadas, por modelos
culturais que se incorporam a ele.
Experiências são atacadas de todas as formas.
Se defendem pela espontaneidade bruta,
pela violência contra a agressão permanente
e cotidiana.
27. As representações
Uma análise dialética deste movimento revela
um terceiro termo: o percebido.
A mediação entre o concebido e o vivido.
Através do qual se captam algumas presenças,
se sentem as ausências, pululam
as representações.
28. As representações
“Viver é (se) representar mas também
transgredir as representações. Falar é
designar o objeto ausente, passar da distância
à ausência preenchida pela representação.
Pensar é representar mas também superar as
representações”.
Lefebvre (1901-1991)