Este documento discute os aspectos teóricos da análise documental (AD), definindo-a como um processo que visa representar o conteúdo de documentos de forma concisa para facilitar sua recuperação. Apresenta as origens e definições conceituais da AD, suas funções, estruturas, problemas e relação com outras análises de conteúdo.
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Aspectos Teoricos de Analise Documentaria
1. Universidade Federal de São Carlos
CECH – Centro de Educação e Ciências Humanas
Disciplina: Análise Documentária
Docente: Raquel I. Prado Leite de Souza
3. Aspectos teóricos de AD
• Disciplina relativamente recente tem cerca de
50 anos, e seus teóricos vem de outras disciplinas
como linguística, matemática, química, etc.
• Sua maior preocupação gira em torno da
organização para que o usuário tenha acesso aos
documentos que necessita.
• Implica relações com vários outros assuntos e
flexibilidade em sua construção.
4. • Nenhuma agência ou instituição estabelece para
todos os documentos, processos e estágios de AD. Assim,
a AD tenta criar sua própria terminologia, fazendo uso de
termos aceitos em outras disciplinas como qualificação
do significado de expressões usadas na linguagem
cotidiana.
• Este propósito tem finalidade de eliminar a
ambiguidade léxica e dominar com propriedade todos e
cada um dos componentes e operações que integram a
AD.
• Neste sentido, têm-se que trabalhar para elevar uma
tabela em que cada um dos elementos destas operações é
individualizado, identificado e classificado.
5. Origens de AD
• Se olharmos atentamente para o processo de
circulação da informação entre o produtor e o usuário
compreenderemos o papel de intermediário atribuído ao
difícil conjunto de operações englobadas sob o termo
AD, que se divide em dois: análise dos documentos e
análise das necessidades documentárias.
• Assim, seu objetivo é duplo: o documento por um
lado, e a pergunta necessária para localizar o documento
por outro.
6. Contribuições Conceituais
“extração do significado de documentos escritos”
- Gardin
“uma operação ou conjunto de operações que passam a
representar o conteúdo de um documento de uma forma diferente
da original, para facilitar a consulta ou recuperação”
- Goyaud
“aquilo que serve para identificar um documento e seu conteúdo, a
fim de facilitar a busca da informação publicada”
- Brugghen
“ o estudo do documento para extrair as características do seu
conteúdo” - Couture
“como uma operação ou conjunto de operações focado em
representar o conteúdo de um documento de uma forma diferente
da original, a fim de facilitar sua consulta e sua consulta ou
referência, numa fase posterior” - Chaumier
7. Estrutura conceitual da AD
•O processo de AD, praticado em documentos primários,
busca obter documentos secundários que são representativos
dos originais
•A matéria prima da AD são as unidades texto-contextual
•O objeto de AD são também as demandas de documentos dos
usuários.
•Principais variações na AD: o conhecimento do analista; e o
momento em que o determinado documento foi produzido.
•Interdisciplinar: cognitiva, textual e lógica.
•O processo cognitivo constitui-se de três momentos
fundamentais: compreensão, interpretação e síntese.
•Exige métodos rigorosos para validar a qualidade do produto.
12. Estrutura dicotómica de AD
AD caracterizada por numerosas relações duplas –
principalmente da ciência e linguagem
Dicotomias como algo consubstancial com a AD
Documentos bibliográficos x não bibliográficos
AD também como uma questão do usuário que
resulta em uma nova dicotomia entre documento e
pergunta
13. Homem x máquina
Presença do analista é absolutamente essencial – ela
necessita de ambos agentes operativos
Linguagem natural – onde se apresentam os textos
documentais
Linguagem documental – linguagem artificial criada pelo
analista para melhorar a eficácia do processo de análise e
do produto resultante
Enriquece o horizonte especulativo
14. As outras Análises de Conteúdo
A análise documental necessita ser delimitada e
diferenciada de outros tipos de análise de conteúdo que
não têm a qualificação de documental.
Em alguns casos, pode se aproximar de outras realizações
com fins idênticos.
De acordo com objetivos comuns, vamos tentar
diferenciar AD em alguns desses outros testes, é o caso de
análise de conteúdo, lingüística, semiótica e literária.
15. A análise de conteúdo é uma metodologia para
as ciências sociais para estudos de conteúdo
em Comunicação e textos que parte de uma
perspectiva quantitativa, analisando numericamente a
frequência de ocorrência de determinados termos,
construções e referências em um dado texto. Assim,
a AD trabalha com documentos, enquanto a análise de
conteúdo atua em mensagens (comunicação). Quanto
aos objetivos, visa a representação simplificada da AD de
informação para armazenamento e recuperação, e análise
de conteúdo será direcionado para o tratamento de
mensagens para inferir novas realidades informativas.
16. A análise do texto centra-se na declaração como
parte do discurso, com tudo o que
implica limitações, contradições e inconsistências. Nesta
análise convergem múltiplas influências técnicas e
metodológicas que vão desde a lógica, a psicanálise de
Lacan,lingüística estrutural, a análise da distribuição e do
discurso de Harris, transformacional de Chomsky, para o
trabalho de análise estrutural da história de Levi-
Strauss e Greimas
Sua natureza é qualitativa, tentando conhecer as
condições de produção da fala, e nela existem três
níveis de abordagem: análise sintática
e paralingüísticos (levando a estruturas
formais gramaticais), análise lógica (layout e estrutura do
discurso) e análise incomunselementos
17. A análise de contingência tem como objetivo determinar
a estrutura do texto, para extrair as relações entre os
elementos de uma mensagem previamente definidos.
Com base nas reflexões de Osgood, dizer que esta análise
não aumenta a freqüência de ocorrência de um
significante em um texto, mas sim abrange os mesmos
significados para
diferentes proximidade, significativas e / ou
redundância destes, estabelecer relações entre elementos de
uma mesma unidade contextual!