1. Amazônia
Bandidos não têm direito a crédito público
Finalmente o governo federal tem tomado medidas eficazes, porém ainda
tímidas, em defesa da Amazônia. É óbvio que a pressão enfrentada é
monstruosa, tendo em vista que os inimigos da Amazônia atuam em diversas
frentes. São bio-piratas e suas ONG’s, madeireiros, pecuaristas, agros-
negociantes, traficantes de animais silvestres, garimpeiros e pseudo-religiosos.
Contudo, a decisão, segundo o governo, irrevogável, de barrar o financiamento
através dos bancos públicos de quem possui irregularidades, é um grande
avanço.
Mas para devastar o cerrado pode! Por pressão dos bandidos ambientais, o
dinheiro público continuará a ser utilizado para o desmatamento e a
degradação ambiental dos municípios amazônicos que possuem reservas
florestais de cerrado. Uma medida lamentável, tendo em vista que o Brasil
precisa decretar é DESMATAMENTO ZERO. Já desflorestamos demais. Já
agredimos o meio ambiente demais. As áreas degradadas são mais do que
suficientes para o cultivo agrícola e o reflorestamento racional com espécies
nativas.
Bandidos contra os índios - Passados 508 anos de invasão, a mentalidade
dos poderosos é a mesma. O governador de Roraima parece mais um
donatário de uma capitania hereditária, quando diz que a reserva Raposa Serra
do Sol é grande demais ou que os índios não precisam de tanta terra e que o
seu compromisso é com os invasores arrozeiros. Não é à toa que diversas
organizações internacionais continuam a denunciar crimes, abusos e
desrespeitos às populações indígenas.
Para merecermos a Amazônia é necessária competência e muita coragem
para enfrentar os bandidos ambientais nacionais e estrangeiros.
Mata Atlântica a beira da extinção - Comemorou-se no último dia 27 de maio
o Dia da Mata Atlântica. É necessário até um dia para lembrar que a Mata
Atlântica estendia-se do hoje Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul,
penetrando para o interior na região onde está o estado de São Paulo e que
ocupava uma área de 1.3 milhões de Km². Além disso, o nome de nosso país
deve-se a uma espécie desta floresta, árvore a beira da extinção e que poucos
brasileiros conhecem que é o pau brasil.
Da belíssima cobertura original restam apenas 5% encravados em locais de
difícil acesso ou em áreas protegidas. Entre o Sul e o Extremo Sul da Bahia na
década de 70 com a construção da BR 101 e a vinda dos bandidos madeireiros
do Espírito Santo, foi perpetrado um verdadeiro crime contra os remanescentes
locais da Mata Atlântica, hoje boa parte do que outrora era um bioma com
espécies desconhecidas não passa de pastos e plantações de eucaliptos, além
de áreas degradadas onde não existe praticamente nada.
O exemplo do que é hoje a Mata Atlântica é o de que poderá ser em um futuro
próximo a floresta amazônica com consequências desastrosas para o meio
ambiente e o destino do planeta.
2. Preservar e reflorestar a Mata Atlântica - É necessário e possível preservar
os remanescentes de Mata Atlântica criando áreas de preservação permanente
e corredores ecológicos. Além disso, podemos replantar onde hoje são áreas
abandonadas e sem utilização agrícola, a nossa floresta.
Nunca é tarde para corrigirmos nossos erros e imperfeições. O importante é
começar.
*Jorge Barbosa, presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e
Região