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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

              CENTRO DE HUMANIDADES – CH

                     CURSO LETRAS




RELATÓRIO DE ESTÁGIO: PRÁTICA PRÉ-PROFISSIONAL PESQUISA
                     DIAGNÓSTICA




                                     CÍCERO FELIX MARTINS

                                      JULIANE SOUSA SILVA




                      CRATO–CE

                         2011.1
CÍCERO FELIX MARTINS

                  JULIANE SOUSA SILVA




RELATÓRIO DE ESTÁGIO: PRÁTICA PRÉ-PROFISSIONAL PESQUISA
                     DIAGNÓSTICA




                     Relatório apresentado à professora Maria Matias da Silva
                     como pré-requisito para obtenção da nota final da
                     disciplina Prática Pré-Profissional: Pesquisa Diagnóstica.




                       CRATO-CE,

                           2011
Dedico este trabalho a Deus, responsável pela nossa
existência neste universo, aos nossos familiares que
de forma direta e indireta vem fortalecendo e
traçando conosco essa busca pelo conhecimento. As
escolas que nos receberam e deram total apoio, para
realização desta atividade.
Nenhuma formação docente verdadeira pode fazer-
se alheada, de um lado, do exercício da criticidade
que implica a promoção da curiosidade ingênua à
curiosidade epistemológica, e de outro, sem o
reconhecimento do valor das emoções, da
sensibilidade, da afetividade, da intuição ou
adivinhação. Conhecer não é, de fato, adivinhar, mas
tem algo que ver, de vez em quando, com adivinhar,
com intuir. O importante, Não resta dúvida, é não
pararmos satisfeitos ao nível das intuições, mas
submetê-las à análise metodicamente rigorosa de
nossa curiosidade epistemológica.


                                (Paulo Freire, 1996)
SUMÁRIO




     1    INTRODUÇÃO...................................................................................................6



     2    REFLEXÕESSOBRE A REALIDADE EDUCACIONAL...........................7


          2.1 Destacando Aspectos Importantes do Projeto Pedagógico da Escola.............7
          2.2 Observando práticas de sucesso na escola.......................................................9

     3    PRÁTICA DE ESTÁGIO: VIVÊNCIAS E IMPRESSÕES DA
          OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA..........................................................10

          3.1 Vivências e impressões sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino
              Fundamental (¨6º ao 9º Ano)
          3.2 Vivências e impressões sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino Médio

     4    APONTANDO SOLUÇÕES PARA A PRÁTICA DE ENSINO...................14


5CONCLUSÕES...................................................................................................16



         BIBLIOGRAFIA



         ANEXOS




     1 INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta os resultados alcançados na disciplina de Estágio:
Prática Pré-Profissional: pesquisa diagnóstica. Organizamos o relatório em três
momentos:

       No primeiro momento, iremos expor os resultados da pesquisa diagnóstica,
realizada nas escolas EEIF. Dom Vicente de Paulo Araújo Matos e no colégio Estadual
Wilson Gonçalves, localizadas na cidade de Crato-ce. A pesquisa se deu nos meses de
Maio e Junho do corrente ano a fim de colher informações e conhecer a realidade
educacional destas instituições de ensino.

       Em seguida colocaremos a experiência adquirida em sala de aula, nas aulas de
observação. Enfatizamos aqui, nossas impressões sobre as várias observações da prática
docente, sua necessidade e importância, explorando de um ângulo crítico, a metodologia
utilizada pelo professor de Língua Portuguesa e as dificuldades encontradas para
estabelecer a prática de leitura em sala de aula.

       No terceiro momento, apontaremos possíveis soluções para a prática de ensino e
para o sucesso no ensino/aprendizagem. E por último, apresentamos as considerações
finais que engloba uma visão uma visão mais geral e crítica acerca do trabalho
realizado.

       A prática docente é de suma importância, já que nos proporciona um maior
contato, e conseqüente conhecimento, da entidade escolar como um todo. Através da
realização dessa pesquisa, a realidade dos alunos, dos professores, dos gestores e da
instituição nos serão oferecidos sem nenhuma idealização. Dessa forma vivenciamos a
realidade escolar por meio da prática de observação em sala de aula.




2. REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE EDUCACIONAL
A prática de pesquisa diagnóstica nas áreas de gestão administrativa e
pedagógica, tendo como sujeito a escola, familiariza o futuro profissional da educação
com o ambiente escolar.

       O ato da pesquisa propicia ao aluno o conhecimento da instituição de ensino,
bem como das práticas pedagógicas que nela atuam, oferecendo ao discente a
oportunidade de vivenciar as diversas situações do trabalho educacional que lhe
possibilita uma amplitude de conhecimentos teóricos e práticos.

       Dessa forma, à medida que analisamos a escola e o ensino estamos nos
integrando e nos envolvendo aos problemas que se configuram no cotidiano
pedagógico, o que contribui para o tracejado de uma postura profissional.

       Assim, o olhar apurado e aprendido propicia-nos condições de auto-avaliação,
fazendo um novo sujeito, que questiona, indaga, descobre, inventa, compara,
transforma, aprende e ensina.




2.1 Destacando aspectos importantes do Projeto Pedagógico da Escola




       O colégio Estadual Wilson Gonçalves, situada à Praça Dr. Joaquim Fernandes
Teles s/n – Pimenta – Crato/Ce, CNPJ: 00.376.219/0003-51, tem como membros do
núcleo gestor, o diretor: José Ailton Medeiros Ciebra; Coordenadora Pedagógica: Maria
Augusta Rocha; Coordenadora de Gestão: Maria de Fátima Romão; Coordenadora
Administrativo-financeira: Maria Rosimary Dionísio e Secretária Escolar: Maria
Josivalda Rodrigues.

       Nesse contexto a escola supracitada quanto às atividades pedagógicas apresenta
como objetivo geral o artigo 2º. A educação, dever da família e do estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. L.D.B. 9.394/1996. Quanto à sua metodologia a escola
procura se organizar, utilizando melhor os diferentes ambientes de aprendizagem,
diversificando o uso de recursos didáticos, garantindo o cumprimento da carga horária
prevista na matriz curricular e para os aspectos didáticos trabalhar a aprendizagem com
foco em resultados; utilizar abordagem interdisciplinar e contextualizada; valorizar
experiências e diferenças individuais do aluno. A escola também tem seu planejamento
anual, planejamento semanal e planejamento semanal por áreas de conhecimento
específico.

       Já no âmbito administrativo-comunitário a escola procura trabalhar a
convivência harmoniosa fundamentada nos valores universais; fortalecer a parceria
escola/família, promovendo encontros, palestras, oficinas de lazer e atividades culturais;
dinamizar a atuação dos organismos colegiados; promover encontros que envolvam
todos os segmentos da escola na solução de problemas e tomada de decisão; manter
atualizado na secretaria escolar os resultados do rendimento da aprendizagem dos
alunos, para assim fortalece essa relação escola/comunidade.

       A missão da escola está voltada a preparação do aluno para os desafios do
mundo contemporâneo, o desenvolvimento intelectual, moral, ético e cultural de pré-
adolescentes, adolescentes e adultos, contribuindo para a inserção na vida profissional,
sempre em parceria com a comunidade em que está inserida, de forma criativa,
inovadora e prazerosa, ciente da importância da sua contribuição na construção de
cidadãos mais atuantes, pacíficos e felizes.

       O currículo enquanto instrumento da cidadania democrática, deve contemplar
conteúdos e estratégias de aprendizagens que capacitem o ser humano para a realização
de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade
produtiva e a experiência subjetiva.

       O processo de planejamento escolar é realizado, anualmente/semanalmente.
Nele são discutidas metas, propostas de trabalhos, planos de ação e estratégias a fim de
organizar a rotina da escola, dinamizar a atuação do colegiado escolar, desenvolver
novas metodologias de trabalho em equipe, melhorando a socialização dos discentes.

       A escola vivencia hoje, dentro de uma concepção filosófica, tendências
inovadoras, buscando assim, uma evolução para atuar de maneira eficiente e
responsável a fim de serem atendidas as necessidades e aspirações pessoais e coletivas.
2.2Observando práticas de sucesso na escola




        Com relação à pesquisa da gestão escolar, pudemos perceber que a escola
desenvolve com eficiência suas atividades educacionais e a relação com a comunidade.
A proposta pedagógica apresentada pela mesma é de grande valia para a prática docente
e o bom desempenho do alunado. Vale ressaltar que os projetos realizados no decorrer
do ano trazem bons resultados e contribuem para o êxito da escola. Entre os principais
projetos desenvolvidos nos anos passados e nesse ano, destacamos os seguintes.




        Projeto do Lixo;
        Pomar;
        Horta;
        Tenda literária;



    O envolvimento de professores e alunos se dá de acordo com a necessidade do
projeto. Em alguns o nível de envolvimento é bem satisfatório. Os objetivos desses
projetos são viabilizar a aprendizagem dos alunos. No projeto do lixo, todo o lixo
coletado é vendido e o dinheiro arrecadado é integrado na horta, onde o alimento
cultivado vai paraa merenda escolar e os alunos são reconhecidos como monitores do
meio ambiente. O objetivo da tenda literária é fazer com que o aluno se envolva de
forma direta com a literatura e nesse espaço são comemoradas datas importantes de
autores e obras literárias. Contudo, a escola busca também, desenvolver novas
metodologias de trabalho, desenvolver e manter estratégias de ensino inovadoras e
criativas.




3. PRÁTICA DE ESTÁGIO: VIVÊNCIAS E IMPRESSÕES DA OBSERVAÇÃO
EM SALA DE AULA.
3.1 Vivências e Impressões Sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino
Fundamental (6º ao 9º Ano).




       Durante alguns dias dos meses maio e junho de 2011, fizemos várias visitas a
escola EEIF. Dom Vicente de Paulo Araújo Matos no intuito de observar a prática de
aulas no ambiente escolar e assim cumprir às 20 horas de observação.

       Nos momentos de observação pudemos conhecer a relação professor/aluno e
aluno/aluno. Nas aulas de língua portuguesa do sexto ano, que foram o foco de nossa
análise, destacamos uma relação de companheirismo e uma interação entre professor e
aluno, que demonstra uma responsabilidade tanto social quanto educacional.

       No que diz respeito à metodologia usada pelo professor pudemos perceber que
as aulas eram expositivas dialógicas e estavam voltadas para o ensino de gramática e
estudo de textos. Assim, o professor explicava um determinado assunto, contextualizava
o mesmo e depois propunha exercícios do livro didático e outros elaborados pelo
professor.

       Ao observar tal fato ficamos satisfeitos, pois,verificamos que o ensino de Língua
Portuguesa não se reduz apenas ao ensino de Gramática Normativa, mas sim, no ensino
de leitura e escrita, demonstrando assim aos educandos o universo múltiplo das letras. O
ensino de Língua Portuguesa ministrado dessa forma torna-se agradável e prazerosa.

       Ao conversarmos com alguns alunos a respeito da forma como as aulas de
Língua Portuguesa eram ministradas, nos responderam que o conteúdo tornou-se mais
fácil e simples, porque a professora coloca a turma dentro do contexto das aulas nos
exemplos falados e escritos dentro da sala de aula, e que, o ensino de regras gramaticais
a partir da leitura de textos ficou menos “chato” por ter esse caráter investigativo, não
sendo regras prontas a serem seguidas.

       Outras observações dizem respeito ao modo como a leitura é concebida na sala
de aula. A leitura é viva, ou seja, o educando torna-se parte do texto, pois ele é instigado
a vivenciar e reproduzir essa vivência com a turma. O aluno ao fazer a leitura torna-se
autor, narrador, personagem e todos os elementos textuais que se fazerem presentes, ou
seja, ela torna-se a obra (o texto). Sobre esse aspecto abordamos um questionário para
saber qual a metodologia adotada pelo professor que encanta os alunos.

       No questionamento sobre a formação de leitores e produtores de textos na
escola, perguntamos o que tem sido por encantar os educandos a serem leitores assíduos
à professora de Língua Portuguesa do ensino fundamental da referida escola, ela
comentou:




                        Procuro demonstrar aos educandos que através da leitura podemos
                        viajar ser aquilo que talvez não pudéssemos ser ou fazer, porque a
                        leitura transforma o homem na sua essência.



Em relação à metodologia usada para se trabalhar a leitura, ela relatou:




                        Em casa faço a leitura dos textos, das obras a serem trabalhadas dentro
                        da sala de aula. Na hora da aula, quando percebo que o conteúdo
                        adéqua a obra faço comentários sobre a mesma. A partir dos
                        comentários convido os educandos a ler a obra. Daí proponho que seja
                        feita uma roda de leitura e que seja apresentada a turma, em forma de
                        resumos, pequenas produções de textos.




Quando perguntamos à professor por que a leitura é ainda tão importante numa época
onde as imagens predominam, ela respondeu:




                        O aluno deve se apropriar das diversas formas de leitura. A leitura de
                        texto, a visual, a sonora entre outras. O importante é que ela
                        compreenda que esses tipos de leitura são interligados, e que a leitura
                        de um texto verbal é um subsídio para que ele compreenda a
                        representação imagética do mundo.




Por fim perguntamos qual a importância da leitura em nossa vida. Ela foi clara e concisa
em sua resposta:
A máxima possível. Num país de desigualdades sociais, dominá-la
                       tornou-se essencial, visto que, é através da mesma, que tomamos
                       conhecimento dos nossos direitos e das vantagens tecnológicas; o
                       simples fato de não dominá-la, o exclui do universo “social”. A
                       leitura, partindo do sentido da compreensão, consegue formar um ser
                       humano esclarecido, participante e ativo na sociedade.



       Considerando a leitura como algo fundamental em nossa vida é que afirmamos
que cabe à escola a tarefa de criar um clima favorável à leitura e o desafio de fazer com
que a mesma extrapole sua finalidade estritamente pedagógica.

       A escola deve desenvolver em seus alunos a capacidade de produzir um texto
coerente, defender a validade dos fatos, argumentar, analisar, enfim, ser um usuário
competente em sua língua. E para que isso aconteça é necessário quebrar a noção
estreita e redutora que se tem de gramática e língua, bem como, dimensionar
adequadamente o ensino de gramática, para que ele deixe de ser visto como repetição de
fórmulas e modelos para se atingir determinados propósitos comunicativos e também
para que esse mesmo ensino deixe de ser visto como algo inútil, essencialmente
descritivo.




3.2 Vivências e impressões sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino Médio



       Durante alguns dias dos meses maio e junho de 2011, fizemos várias visitas ao
Colégio Estadual Wilson Gonçalves no intuito de observar a prática de aulas no
ambiente escolar e assim cumprir às 20 horas de observação.
Nos momentos de observação pudemos conhecer a relação professor/aluno e
aluno/aluno. Nas aulas de língua portuguesa ministradas nos primeiros anos manhã e
tarde da referida escola, que foram o foco de nossa análise, destacamos uma relação de
companheirismo e uma interação entre professor e aluno, que demonstra uma
responsabilidade tanto social quanto educacional.

       No que diz respeito à metodologia usada pelo professor pudemos perceber que
as aulas eram expositivas dialógicas e estavam voltadas para o ensino de gramática e
estudo de textos. Assim, percebíamos que a professora tinha a preocupação com a
aprendizagem dos alunos e sempre os perguntavam se tinham alguma dúvida quanto ao
conteúdo explicado.

       É importante comentar a postura do professor diante dos alunos, pois
observamos que o docente sempre se portava de maneira correta quando estava
escrevendo no quadro e também no momento que explicava o conteúdo, mostrando
assim, total controle do espaço em sala de aula. Ressaltamos também a dicção da
professora, já que tinha uma voz bem forte e ajudava na assimilação do conteúdo.

       Diante da observação da prática docente, destacamos pontos positivos e
negativos quanto aos discentes. A sala de aula é um ambiente que faz parte da vida do
aluno, pois algumas horas do dia são dedicadas somente ao ato de estudar. Diante disso,
percebemos que alguns alunos não têm total interesse quanto a esse ato. Alguns alunos
ao menos se dão o trabalho de abrir o caderno para fixarem o conteúdo e outros não
levam o caderno para a sala de aula. O celular também é fator prejudicial na
aprendizagem dos alunos, uma vez que, utilizam essa ferramenta digital para escutarem
música e jogar. Observamos que alguns alunos são bem interessados e procuram sempre
tirar dúvidas em relação ao conteúdo com a professora com os outros alunos o que
demonstra total interesse, além de mostrarem que tem sonhos, os quais servem de
incentivo para estudarem ainda mais.

       Diante disso, a escola deve desenvolver em seus alunos a capacidade de
produzir, defender a validade dos fatos, argumentar, analisar, enfim, ser um usuário
competente em sua língua. E para que isso aconteça é necessário quebrar a noção
estreita e redutora que se tem de gramática e língua, bem como, dimensionar
adequadamente o ensino de gramática, para que ele deixe de ser visto como repetição de
fórmulas e modelos para se atingir determinados propósitos comunicativos e também
para que esse mesmo ensino deixe de ser visto como algo inútil, essencialmente
descritivo.




4 APONTANDO SOLUÇÕES PARA A PRÁTICA DE ENSINO



     Partindo do pressuposto de que a educação é algo essencial a qualquer ser
humano é que percebemos a sua importância no contexto atual, visto que é através da
mesma que tomamos conhecimento de nossos direitos, das vantagens tecnológicas,
atuando como cidadão.

       A cidadania aponta, principalmente, para a existência e a possibilidade de uma
vida humana participativa, na qual os indivíduos sejam capazes de expressar seus
diversos pontos de vista, sua liberdade e usufruir de valores e bens de um determinado
contexto, partilhando de deveres e poderes que pressupõe a existência de uma vida
realmente democrática.

         A nosso ver, o espaço escolar devia ser o maior responsável em promover o
espírito da cidadania, pois é nela que nos deparamos com pessoas de todos os tipos,
onde a grande maioria não compartilha de tais atributos, tendo, apenas, uma visão
restrita do termo democracia.

        É preciso entender, então, que a arte de refletir sobre os valores em que se
fundamenta a sociedade, leva-nos ao conhecimento de nossos direitos e deveres, e
consequentemente, à participação efetiva no exercício do poder, o que nos conduz a agir
e atuar no mundo enquanto cidadãos. E a escola é que tem de tomar para se a tarefa de
desenvolver tais critérios e valores.

       Assim, é necessário que a escola encontre espaço para se trabalhar com a ética, a
fim de desenvolver nos alunos a capacidade de compreender as regras e princípios que
contribuem, quer seja de forma direta ou indireta, para a construção da moralidade do
cidadão.

       Ao analisarmos a prática de estágio percebemos especificamente os vários
pontos que devem ser incluídos no âmbito educacional para que se promova um ensino
de maisqualidade. Educar não é apenas ensinar didática, mas principalmente mostrar, a
ética da vida, a praticidade do mundo atual, o caráter político de participação dos
indivíduos na sociedade, e consequentemente, uma visão crítica diante dos fatos do
cotidiano.

         Vivemos num país de desigualdades sociais e a falta de conhecimento de tais
artifícios exclui o ser humano do universo social, sendo importante que a presença da
escola contribua para que os alunos tomem parte na construção do saber crítico,
problematizando constantemente o viver pessoal e coletivo, fazendo o exxercício da
cidadania.

        Deduzimos, portanto, que o referente espaço escolar, alvo da pesquisa, necessita
de mais atenção, para que os corpos, docente e discente, possam estar sincronizados
com os acontecimentos e as descobertas, desenvolvendo o conhecimento dos mesmos
nos âmbitos disciplinares e interdisciplinares. Enfim, discentes, docentes e grupos
administrativos que compõem a escola precisam viver a realidade, as transformações da
sociedade moderna e tecnológica, a fim de serem inclusos no mundo digital, dentro do
limites de consumo.
CONCLUSÕES



       A educação constitui um fator primordial no desenvolvimento das pessoas e a
escola é um dos espaços ideais para transmiti-la, formando cidadãos conhecedores de
seus direitos e deveres, e consequentemente, sujeitos ativos e participativos no exercício
da cidadania.

        Os diversos problemas que norteiam a sociedade e que atingem a educação quer
seja, de forma direta ou indireta, apontam para a necessidade de se construir, capazes de
analisar criticamente diversas situções, pois o panorama do mundo atual requer, cada
vez mais, praticidade e. inteligibilidade conforme novas exigências.

        Ao concluirmos este trabalho foi possível ressaltar a grande importância da
educação para a sociedade e isso nos leva a adotar uma nova postura frente a nossa vida
acadêmica. Educar é uma tarefa difícil que requer disposição e responsabilidade para
ensinar e orientar pessoas para a vida. Vale salientar que essa base precisa de
reciclagem, pois a maioria dos profissionais não se importa ou não procura inovar
levando a consequente defasagem da educação.

       A experiência adquirida com a realização da prática de observação foi muito
proveitosa. Assim, podemos dizer que, fomos recompensados pelo muito que
aprendemos com cada uma das pessoas que nos relacionamos nesse mesmo tempo.
Atribuímos o nosso êxito a vários fatores como a receptividade encontrada na escola e
principalmente da professora e dos alunos onde observamos à prática docente.

       Portanto, precisamos educar para uma prática social. Temos, em grande parte,
poder em nossas mãos, pois acreditamos de tal forma que a partir da observação,
estamos preparados para quando formos ministrar aulas, uma vez que, além de
passarmos conteúdos, passaremos crenças e valores, formando condutas e opiniões. É
por essa razão que devemos ter cuidado para não colocarmos nossos vícios de existência
e nossas limitações em cima do outro.




BIBLIOGRAFIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.

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  • 1. UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA CENTRO DE HUMANIDADES – CH CURSO LETRAS RELATÓRIO DE ESTÁGIO: PRÁTICA PRÉ-PROFISSIONAL PESQUISA DIAGNÓSTICA CÍCERO FELIX MARTINS JULIANE SOUSA SILVA CRATO–CE 2011.1
  • 2. CÍCERO FELIX MARTINS JULIANE SOUSA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO: PRÁTICA PRÉ-PROFISSIONAL PESQUISA DIAGNÓSTICA Relatório apresentado à professora Maria Matias da Silva como pré-requisito para obtenção da nota final da disciplina Prática Pré-Profissional: Pesquisa Diagnóstica. CRATO-CE, 2011
  • 3. Dedico este trabalho a Deus, responsável pela nossa existência neste universo, aos nossos familiares que de forma direta e indireta vem fortalecendo e traçando conosco essa busca pelo conhecimento. As escolas que nos receberam e deram total apoio, para realização desta atividade.
  • 4. Nenhuma formação docente verdadeira pode fazer- se alheada, de um lado, do exercício da criticidade que implica a promoção da curiosidade ingênua à curiosidade epistemológica, e de outro, sem o reconhecimento do valor das emoções, da sensibilidade, da afetividade, da intuição ou adivinhação. Conhecer não é, de fato, adivinhar, mas tem algo que ver, de vez em quando, com adivinhar, com intuir. O importante, Não resta dúvida, é não pararmos satisfeitos ao nível das intuições, mas submetê-las à análise metodicamente rigorosa de nossa curiosidade epistemológica. (Paulo Freire, 1996)
  • 5. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................6 2 REFLEXÕESSOBRE A REALIDADE EDUCACIONAL...........................7 2.1 Destacando Aspectos Importantes do Projeto Pedagógico da Escola.............7 2.2 Observando práticas de sucesso na escola.......................................................9 3 PRÁTICA DE ESTÁGIO: VIVÊNCIAS E IMPRESSÕES DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA..........................................................10 3.1 Vivências e impressões sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino Fundamental (¨6º ao 9º Ano) 3.2 Vivências e impressões sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino Médio 4 APONTANDO SOLUÇÕES PARA A PRÁTICA DE ENSINO...................14 5CONCLUSÕES...................................................................................................16 BIBLIOGRAFIA ANEXOS 1 INTRODUÇÃO
  • 6. Este relatório apresenta os resultados alcançados na disciplina de Estágio: Prática Pré-Profissional: pesquisa diagnóstica. Organizamos o relatório em três momentos: No primeiro momento, iremos expor os resultados da pesquisa diagnóstica, realizada nas escolas EEIF. Dom Vicente de Paulo Araújo Matos e no colégio Estadual Wilson Gonçalves, localizadas na cidade de Crato-ce. A pesquisa se deu nos meses de Maio e Junho do corrente ano a fim de colher informações e conhecer a realidade educacional destas instituições de ensino. Em seguida colocaremos a experiência adquirida em sala de aula, nas aulas de observação. Enfatizamos aqui, nossas impressões sobre as várias observações da prática docente, sua necessidade e importância, explorando de um ângulo crítico, a metodologia utilizada pelo professor de Língua Portuguesa e as dificuldades encontradas para estabelecer a prática de leitura em sala de aula. No terceiro momento, apontaremos possíveis soluções para a prática de ensino e para o sucesso no ensino/aprendizagem. E por último, apresentamos as considerações finais que engloba uma visão uma visão mais geral e crítica acerca do trabalho realizado. A prática docente é de suma importância, já que nos proporciona um maior contato, e conseqüente conhecimento, da entidade escolar como um todo. Através da realização dessa pesquisa, a realidade dos alunos, dos professores, dos gestores e da instituição nos serão oferecidos sem nenhuma idealização. Dessa forma vivenciamos a realidade escolar por meio da prática de observação em sala de aula. 2. REFLEXÕES SOBRE A REALIDADE EDUCACIONAL
  • 7. A prática de pesquisa diagnóstica nas áreas de gestão administrativa e pedagógica, tendo como sujeito a escola, familiariza o futuro profissional da educação com o ambiente escolar. O ato da pesquisa propicia ao aluno o conhecimento da instituição de ensino, bem como das práticas pedagógicas que nela atuam, oferecendo ao discente a oportunidade de vivenciar as diversas situações do trabalho educacional que lhe possibilita uma amplitude de conhecimentos teóricos e práticos. Dessa forma, à medida que analisamos a escola e o ensino estamos nos integrando e nos envolvendo aos problemas que se configuram no cotidiano pedagógico, o que contribui para o tracejado de uma postura profissional. Assim, o olhar apurado e aprendido propicia-nos condições de auto-avaliação, fazendo um novo sujeito, que questiona, indaga, descobre, inventa, compara, transforma, aprende e ensina. 2.1 Destacando aspectos importantes do Projeto Pedagógico da Escola O colégio Estadual Wilson Gonçalves, situada à Praça Dr. Joaquim Fernandes Teles s/n – Pimenta – Crato/Ce, CNPJ: 00.376.219/0003-51, tem como membros do núcleo gestor, o diretor: José Ailton Medeiros Ciebra; Coordenadora Pedagógica: Maria Augusta Rocha; Coordenadora de Gestão: Maria de Fátima Romão; Coordenadora Administrativo-financeira: Maria Rosimary Dionísio e Secretária Escolar: Maria Josivalda Rodrigues. Nesse contexto a escola supracitada quanto às atividades pedagógicas apresenta como objetivo geral o artigo 2º. A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. L.D.B. 9.394/1996. Quanto à sua metodologia a escola procura se organizar, utilizando melhor os diferentes ambientes de aprendizagem, diversificando o uso de recursos didáticos, garantindo o cumprimento da carga horária
  • 8. prevista na matriz curricular e para os aspectos didáticos trabalhar a aprendizagem com foco em resultados; utilizar abordagem interdisciplinar e contextualizada; valorizar experiências e diferenças individuais do aluno. A escola também tem seu planejamento anual, planejamento semanal e planejamento semanal por áreas de conhecimento específico. Já no âmbito administrativo-comunitário a escola procura trabalhar a convivência harmoniosa fundamentada nos valores universais; fortalecer a parceria escola/família, promovendo encontros, palestras, oficinas de lazer e atividades culturais; dinamizar a atuação dos organismos colegiados; promover encontros que envolvam todos os segmentos da escola na solução de problemas e tomada de decisão; manter atualizado na secretaria escolar os resultados do rendimento da aprendizagem dos alunos, para assim fortalece essa relação escola/comunidade. A missão da escola está voltada a preparação do aluno para os desafios do mundo contemporâneo, o desenvolvimento intelectual, moral, ético e cultural de pré- adolescentes, adolescentes e adultos, contribuindo para a inserção na vida profissional, sempre em parceria com a comunidade em que está inserida, de forma criativa, inovadora e prazerosa, ciente da importância da sua contribuição na construção de cidadãos mais atuantes, pacíficos e felizes. O currículo enquanto instrumento da cidadania democrática, deve contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagens que capacitem o ser humano para a realização de atividades nos três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva. O processo de planejamento escolar é realizado, anualmente/semanalmente. Nele são discutidas metas, propostas de trabalhos, planos de ação e estratégias a fim de organizar a rotina da escola, dinamizar a atuação do colegiado escolar, desenvolver novas metodologias de trabalho em equipe, melhorando a socialização dos discentes. A escola vivencia hoje, dentro de uma concepção filosófica, tendências inovadoras, buscando assim, uma evolução para atuar de maneira eficiente e responsável a fim de serem atendidas as necessidades e aspirações pessoais e coletivas.
  • 9. 2.2Observando práticas de sucesso na escola Com relação à pesquisa da gestão escolar, pudemos perceber que a escola desenvolve com eficiência suas atividades educacionais e a relação com a comunidade. A proposta pedagógica apresentada pela mesma é de grande valia para a prática docente e o bom desempenho do alunado. Vale ressaltar que os projetos realizados no decorrer do ano trazem bons resultados e contribuem para o êxito da escola. Entre os principais projetos desenvolvidos nos anos passados e nesse ano, destacamos os seguintes. Projeto do Lixo; Pomar; Horta; Tenda literária; O envolvimento de professores e alunos se dá de acordo com a necessidade do projeto. Em alguns o nível de envolvimento é bem satisfatório. Os objetivos desses projetos são viabilizar a aprendizagem dos alunos. No projeto do lixo, todo o lixo coletado é vendido e o dinheiro arrecadado é integrado na horta, onde o alimento cultivado vai paraa merenda escolar e os alunos são reconhecidos como monitores do meio ambiente. O objetivo da tenda literária é fazer com que o aluno se envolva de forma direta com a literatura e nesse espaço são comemoradas datas importantes de autores e obras literárias. Contudo, a escola busca também, desenvolver novas metodologias de trabalho, desenvolver e manter estratégias de ensino inovadoras e criativas. 3. PRÁTICA DE ESTÁGIO: VIVÊNCIAS E IMPRESSÕES DA OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA.
  • 10. 3.1 Vivências e Impressões Sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino Fundamental (6º ao 9º Ano). Durante alguns dias dos meses maio e junho de 2011, fizemos várias visitas a escola EEIF. Dom Vicente de Paulo Araújo Matos no intuito de observar a prática de aulas no ambiente escolar e assim cumprir às 20 horas de observação. Nos momentos de observação pudemos conhecer a relação professor/aluno e aluno/aluno. Nas aulas de língua portuguesa do sexto ano, que foram o foco de nossa análise, destacamos uma relação de companheirismo e uma interação entre professor e aluno, que demonstra uma responsabilidade tanto social quanto educacional. No que diz respeito à metodologia usada pelo professor pudemos perceber que as aulas eram expositivas dialógicas e estavam voltadas para o ensino de gramática e estudo de textos. Assim, o professor explicava um determinado assunto, contextualizava o mesmo e depois propunha exercícios do livro didático e outros elaborados pelo professor. Ao observar tal fato ficamos satisfeitos, pois,verificamos que o ensino de Língua Portuguesa não se reduz apenas ao ensino de Gramática Normativa, mas sim, no ensino de leitura e escrita, demonstrando assim aos educandos o universo múltiplo das letras. O ensino de Língua Portuguesa ministrado dessa forma torna-se agradável e prazerosa. Ao conversarmos com alguns alunos a respeito da forma como as aulas de Língua Portuguesa eram ministradas, nos responderam que o conteúdo tornou-se mais fácil e simples, porque a professora coloca a turma dentro do contexto das aulas nos exemplos falados e escritos dentro da sala de aula, e que, o ensino de regras gramaticais a partir da leitura de textos ficou menos “chato” por ter esse caráter investigativo, não sendo regras prontas a serem seguidas. Outras observações dizem respeito ao modo como a leitura é concebida na sala de aula. A leitura é viva, ou seja, o educando torna-se parte do texto, pois ele é instigado a vivenciar e reproduzir essa vivência com a turma. O aluno ao fazer a leitura torna-se autor, narrador, personagem e todos os elementos textuais que se fazerem presentes, ou
  • 11. seja, ela torna-se a obra (o texto). Sobre esse aspecto abordamos um questionário para saber qual a metodologia adotada pelo professor que encanta os alunos. No questionamento sobre a formação de leitores e produtores de textos na escola, perguntamos o que tem sido por encantar os educandos a serem leitores assíduos à professora de Língua Portuguesa do ensino fundamental da referida escola, ela comentou: Procuro demonstrar aos educandos que através da leitura podemos viajar ser aquilo que talvez não pudéssemos ser ou fazer, porque a leitura transforma o homem na sua essência. Em relação à metodologia usada para se trabalhar a leitura, ela relatou: Em casa faço a leitura dos textos, das obras a serem trabalhadas dentro da sala de aula. Na hora da aula, quando percebo que o conteúdo adéqua a obra faço comentários sobre a mesma. A partir dos comentários convido os educandos a ler a obra. Daí proponho que seja feita uma roda de leitura e que seja apresentada a turma, em forma de resumos, pequenas produções de textos. Quando perguntamos à professor por que a leitura é ainda tão importante numa época onde as imagens predominam, ela respondeu: O aluno deve se apropriar das diversas formas de leitura. A leitura de texto, a visual, a sonora entre outras. O importante é que ela compreenda que esses tipos de leitura são interligados, e que a leitura de um texto verbal é um subsídio para que ele compreenda a representação imagética do mundo. Por fim perguntamos qual a importância da leitura em nossa vida. Ela foi clara e concisa em sua resposta:
  • 12. A máxima possível. Num país de desigualdades sociais, dominá-la tornou-se essencial, visto que, é através da mesma, que tomamos conhecimento dos nossos direitos e das vantagens tecnológicas; o simples fato de não dominá-la, o exclui do universo “social”. A leitura, partindo do sentido da compreensão, consegue formar um ser humano esclarecido, participante e ativo na sociedade. Considerando a leitura como algo fundamental em nossa vida é que afirmamos que cabe à escola a tarefa de criar um clima favorável à leitura e o desafio de fazer com que a mesma extrapole sua finalidade estritamente pedagógica. A escola deve desenvolver em seus alunos a capacidade de produzir um texto coerente, defender a validade dos fatos, argumentar, analisar, enfim, ser um usuário competente em sua língua. E para que isso aconteça é necessário quebrar a noção estreita e redutora que se tem de gramática e língua, bem como, dimensionar adequadamente o ensino de gramática, para que ele deixe de ser visto como repetição de fórmulas e modelos para se atingir determinados propósitos comunicativos e também para que esse mesmo ensino deixe de ser visto como algo inútil, essencialmente descritivo. 3.2 Vivências e impressões sobre a Observação em Sala de Aula: Ensino Médio Durante alguns dias dos meses maio e junho de 2011, fizemos várias visitas ao Colégio Estadual Wilson Gonçalves no intuito de observar a prática de aulas no ambiente escolar e assim cumprir às 20 horas de observação.
  • 13. Nos momentos de observação pudemos conhecer a relação professor/aluno e aluno/aluno. Nas aulas de língua portuguesa ministradas nos primeiros anos manhã e tarde da referida escola, que foram o foco de nossa análise, destacamos uma relação de companheirismo e uma interação entre professor e aluno, que demonstra uma responsabilidade tanto social quanto educacional. No que diz respeito à metodologia usada pelo professor pudemos perceber que as aulas eram expositivas dialógicas e estavam voltadas para o ensino de gramática e estudo de textos. Assim, percebíamos que a professora tinha a preocupação com a aprendizagem dos alunos e sempre os perguntavam se tinham alguma dúvida quanto ao conteúdo explicado. É importante comentar a postura do professor diante dos alunos, pois observamos que o docente sempre se portava de maneira correta quando estava escrevendo no quadro e também no momento que explicava o conteúdo, mostrando assim, total controle do espaço em sala de aula. Ressaltamos também a dicção da professora, já que tinha uma voz bem forte e ajudava na assimilação do conteúdo. Diante da observação da prática docente, destacamos pontos positivos e negativos quanto aos discentes. A sala de aula é um ambiente que faz parte da vida do aluno, pois algumas horas do dia são dedicadas somente ao ato de estudar. Diante disso, percebemos que alguns alunos não têm total interesse quanto a esse ato. Alguns alunos ao menos se dão o trabalho de abrir o caderno para fixarem o conteúdo e outros não levam o caderno para a sala de aula. O celular também é fator prejudicial na aprendizagem dos alunos, uma vez que, utilizam essa ferramenta digital para escutarem música e jogar. Observamos que alguns alunos são bem interessados e procuram sempre tirar dúvidas em relação ao conteúdo com a professora com os outros alunos o que demonstra total interesse, além de mostrarem que tem sonhos, os quais servem de incentivo para estudarem ainda mais. Diante disso, a escola deve desenvolver em seus alunos a capacidade de produzir, defender a validade dos fatos, argumentar, analisar, enfim, ser um usuário competente em sua língua. E para que isso aconteça é necessário quebrar a noção estreita e redutora que se tem de gramática e língua, bem como, dimensionar adequadamente o ensino de gramática, para que ele deixe de ser visto como repetição de
  • 14. fórmulas e modelos para se atingir determinados propósitos comunicativos e também para que esse mesmo ensino deixe de ser visto como algo inútil, essencialmente descritivo. 4 APONTANDO SOLUÇÕES PARA A PRÁTICA DE ENSINO Partindo do pressuposto de que a educação é algo essencial a qualquer ser humano é que percebemos a sua importância no contexto atual, visto que é através da
  • 15. mesma que tomamos conhecimento de nossos direitos, das vantagens tecnológicas, atuando como cidadão. A cidadania aponta, principalmente, para a existência e a possibilidade de uma vida humana participativa, na qual os indivíduos sejam capazes de expressar seus diversos pontos de vista, sua liberdade e usufruir de valores e bens de um determinado contexto, partilhando de deveres e poderes que pressupõe a existência de uma vida realmente democrática. A nosso ver, o espaço escolar devia ser o maior responsável em promover o espírito da cidadania, pois é nela que nos deparamos com pessoas de todos os tipos, onde a grande maioria não compartilha de tais atributos, tendo, apenas, uma visão restrita do termo democracia. É preciso entender, então, que a arte de refletir sobre os valores em que se fundamenta a sociedade, leva-nos ao conhecimento de nossos direitos e deveres, e consequentemente, à participação efetiva no exercício do poder, o que nos conduz a agir e atuar no mundo enquanto cidadãos. E a escola é que tem de tomar para se a tarefa de desenvolver tais critérios e valores. Assim, é necessário que a escola encontre espaço para se trabalhar com a ética, a fim de desenvolver nos alunos a capacidade de compreender as regras e princípios que contribuem, quer seja de forma direta ou indireta, para a construção da moralidade do cidadão. Ao analisarmos a prática de estágio percebemos especificamente os vários pontos que devem ser incluídos no âmbito educacional para que se promova um ensino de maisqualidade. Educar não é apenas ensinar didática, mas principalmente mostrar, a ética da vida, a praticidade do mundo atual, o caráter político de participação dos indivíduos na sociedade, e consequentemente, uma visão crítica diante dos fatos do cotidiano. Vivemos num país de desigualdades sociais e a falta de conhecimento de tais artifícios exclui o ser humano do universo social, sendo importante que a presença da escola contribua para que os alunos tomem parte na construção do saber crítico, problematizando constantemente o viver pessoal e coletivo, fazendo o exxercício da cidadania. Deduzimos, portanto, que o referente espaço escolar, alvo da pesquisa, necessita de mais atenção, para que os corpos, docente e discente, possam estar sincronizados com os acontecimentos e as descobertas, desenvolvendo o conhecimento dos mesmos nos âmbitos disciplinares e interdisciplinares. Enfim, discentes, docentes e grupos administrativos que compõem a escola precisam viver a realidade, as transformações da sociedade moderna e tecnológica, a fim de serem inclusos no mundo digital, dentro do limites de consumo.
  • 16. CONCLUSÕES A educação constitui um fator primordial no desenvolvimento das pessoas e a escola é um dos espaços ideais para transmiti-la, formando cidadãos conhecedores de
  • 17. seus direitos e deveres, e consequentemente, sujeitos ativos e participativos no exercício da cidadania. Os diversos problemas que norteiam a sociedade e que atingem a educação quer seja, de forma direta ou indireta, apontam para a necessidade de se construir, capazes de analisar criticamente diversas situções, pois o panorama do mundo atual requer, cada vez mais, praticidade e. inteligibilidade conforme novas exigências. Ao concluirmos este trabalho foi possível ressaltar a grande importância da educação para a sociedade e isso nos leva a adotar uma nova postura frente a nossa vida acadêmica. Educar é uma tarefa difícil que requer disposição e responsabilidade para ensinar e orientar pessoas para a vida. Vale salientar que essa base precisa de reciclagem, pois a maioria dos profissionais não se importa ou não procura inovar levando a consequente defasagem da educação. A experiência adquirida com a realização da prática de observação foi muito proveitosa. Assim, podemos dizer que, fomos recompensados pelo muito que aprendemos com cada uma das pessoas que nos relacionamos nesse mesmo tempo. Atribuímos o nosso êxito a vários fatores como a receptividade encontrada na escola e principalmente da professora e dos alunos onde observamos à prática docente. Portanto, precisamos educar para uma prática social. Temos, em grande parte, poder em nossas mãos, pois acreditamos de tal forma que a partir da observação, estamos preparados para quando formos ministrar aulas, uma vez que, além de passarmos conteúdos, passaremos crenças e valores, formando condutas e opiniões. É por essa razão que devemos ter cuidado para não colocarmos nossos vícios de existência e nossas limitações em cima do outro. BIBLIOGRAFIA
  • 18. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.