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“ABROLHOS TEM RECIFES AMEAÇADOS PELA LAMA DE MARIANA. ”
Informativo Mensal - Volume 24
Entendemos ser importante darmos continuidade ao tema abordado em
nosso informativo do mês de dezembro/15, pois o acidente, ocorrido em
novembro de 2015 em Mariana-MG, liberou grande quantidade de
rejeitos minerais na bacia do rio Doce, que percorreram o rio e foram
lançados no mar, no Espírito Santo. E o que era temido aconteceu, a
mancha chegou ao Arquipélago de Abrolhos, a 250 km da foz do rio
Doce.
O arquipélago de Abrolhos é a área de maior biodiversidade marinha do
Atlântico Sul. A região reúne recifes de corais, algas, tartarugas e baleias
jubarte.
Em novembro/15, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, havia
dito que a lama com rejeitos não deveria chegar ao parque por conta das
correntes marítimas, mas infelizmente chegou!
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
A BIODIVERSIDADE NA LAMA...
O vilarejo de Regência, em Linhares (ES),
jamais imaginou profecias tão violentas para o
encontro do Rio Doce com o mar. Com o
rompimento de barragens da Samarco em
Mariana (MG), o temor de ambientalistas era
que rejeitos de minério, ao chegarem à região,
arrasem um dos mais importantes
ecossistemas do Brasil: os recifes de corais de
Abrolhos. Acostumados com ações de
proteção a golfinhos e tartarugas ameaçadas
que vivem e se reproduzem apenas ali.
Atualmente dedicam os esforços para reduzir
possíveis impactos dos rejeitos nas mais de
500 espécies na área, entrada para o banco de Abrolhos. Os recifes de corais — considerados “amazônias oceânicas”
estão bem mais próximos que o arquipélago, a 221 quilômetros do estuário.
— Não sabemos a magnitude do impacto, já que não temos certeza sobre o que chegará. Se o padrão de impacto
nas cabeceiras se mantiver, será um arraso na fauna e na flora — prevê João Carlos Thomé, coordenador nacional do
Tamar/ICMBio. — Essa é uma das regiões com maior
biodiversidade marinha do Brasil. É o começo do
banco de Abrolhos, onde há ressurgências, com águas
frias e ricas em nutrientes, com taxas de produtividade
altíssimas.
“Ressurgência é o nome dado ao fenômeno
oceanográfico que envolve o afloramento de massas
de água densas, extremamente frias e ricas em
nutrientes na superfície de costas onde acontece um
grupo de condições específicas”.
Próximo à foz do Rio Doce, convivem jubartes, dourados, meros, raias mantas. É ali o limite Norte no Brasil das
toninhas, golfinho mais ameaçado do país. A região — considerada pelo governo federal área prioritária de
conservação — também é ponto estratégico para sobrevivência de botos-cinza.
O local é ainda o único ponto no Atlântico Sul
ocidental com concentração de desovas de
tartaruga-de-couro, espécie mais ameaçada de
extinção no Brasil; e 2º maior ponto de
concentração de desova de tartaruga cabeçuda,
assistidas por uma importante unidade do Tamar
em Regência.
Os répteis foram os primeiros alvos da força-tarefa
de ambientalistas, removeram dúzias de ninhos,
os quais foram deslocados de lugar. Utilizando
retroescavadeiras, reabriram a passagem do rio
para o mar, bloqueada por uma faixa de areia
desde junho, quando o Doce, devido à seca, não
mais teve força para desaguar no mar. O temor é
que, com a passagem fechada, a lama fique retida no estuário, zona de reprodução de espécies e cuja capacidade de
absorção é muito menor que a do oceano. Há técnicos mobilizados para, caso seja preciso, transferir peixes do
estuário para tanques em duas lagoas próximas.
FUTURO COMPROMETIDO
A maior preocupação é com a possível contaminação da foz com metais pesados e a mortalidade de animais
aquáticos por onde a lama passa. A quantidade de partículas em suspensão está asfixiando os bichos — diz Antônio
Serra de Almeida, gestor da Reserva Biológica de Comboios, a apenas um quilômetro da foz.
Monitoramento na água feito pela prefeitura de Governador Valadares (MG) indicou turbidez 80 mil vezes acima do
tolerável. A quantidade de ferro encontrada em amostras foram 13,6 mil vezes acima desse limite, e a de alumínio,
6.500 vezes. Há previsões pessimistas também sobre a duração dos danos.
Um dano imediato, é a diminuição da fotossíntese da vegetação marinha devido ao fato de a água ficar turva. "É
como se eu cobrisse uma fumaça em cima da Mata Atlântica e dificultasse a produtividade da folha das árvores e a
produção de biomassa", assim sendo, o impacto que ainda não está comprovado é aquele que pode ser ocasionado
devido aos sedimentos encontrados na lama.
Qualquer coisa que sair dali (da
foz) pode atingir os recifes de
corais de Abrolhos. Se a lama
chegar a eles e impedi-los de
respirar, serão milhares de anos
de recuperação — diz o
professor da Universidade
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Agnaldo Martins.
Procurada, a Samarco —
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  • 1. “ABROLHOS TEM RECIFES AMEAÇADOS PELA LAMA DE MARIANA. ” Informativo Mensal - Volume 24 Entendemos ser importante darmos continuidade ao tema abordado em nosso informativo do mês de dezembro/15, pois o acidente, ocorrido em novembro de 2015 em Mariana-MG, liberou grande quantidade de rejeitos minerais na bacia do rio Doce, que percorreram o rio e foram lançados no mar, no Espírito Santo. E o que era temido aconteceu, a mancha chegou ao Arquipélago de Abrolhos, a 250 km da foz do rio Doce. O arquipélago de Abrolhos é a área de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. A região reúne recifes de corais, algas, tartarugas e baleias jubarte. Em novembro/15, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, havia dito que a lama com rejeitos não deveria chegar ao parque por conta das correntes marítimas, mas infelizmente chegou! A VOZ DO TIETÊ Desde 2005 o Instituto Navega São Paulo tem o objetivo de atrair a atenção da população para o rio Tietê a partir do seu trecho mais degradado que é a região metropolitana de São Paulo. Conseguimos atingir nosso proposito por meio das navegações monitoradas na embarcação Almirante do Lago, entre as pontes dos Remédios e das Bandeiras. Agora nossa proposta com este informativo mensal é atrair sua atenção, levando até você informações sobre o nosso Tietê para que juntos identifiquemos o que fazer para revitalizar tão precioso patrimônio ambiental. DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
  • 2. A BIODIVERSIDADE NA LAMA... O vilarejo de Regência, em Linhares (ES), jamais imaginou profecias tão violentas para o encontro do Rio Doce com o mar. Com o rompimento de barragens da Samarco em Mariana (MG), o temor de ambientalistas era que rejeitos de minério, ao chegarem à região, arrasem um dos mais importantes ecossistemas do Brasil: os recifes de corais de Abrolhos. Acostumados com ações de proteção a golfinhos e tartarugas ameaçadas que vivem e se reproduzem apenas ali. Atualmente dedicam os esforços para reduzir possíveis impactos dos rejeitos nas mais de 500 espécies na área, entrada para o banco de Abrolhos. Os recifes de corais — considerados “amazônias oceânicas” estão bem mais próximos que o arquipélago, a 221 quilômetros do estuário. — Não sabemos a magnitude do impacto, já que não temos certeza sobre o que chegará. Se o padrão de impacto nas cabeceiras se mantiver, será um arraso na fauna e na flora — prevê João Carlos Thomé, coordenador nacional do Tamar/ICMBio. — Essa é uma das regiões com maior biodiversidade marinha do Brasil. É o começo do banco de Abrolhos, onde há ressurgências, com águas frias e ricas em nutrientes, com taxas de produtividade altíssimas. “Ressurgência é o nome dado ao fenômeno oceanográfico que envolve o afloramento de massas de água densas, extremamente frias e ricas em nutrientes na superfície de costas onde acontece um grupo de condições específicas”. Próximo à foz do Rio Doce, convivem jubartes, dourados, meros, raias mantas. É ali o limite Norte no Brasil das toninhas, golfinho mais ameaçado do país. A região — considerada pelo governo federal área prioritária de conservação — também é ponto estratégico para sobrevivência de botos-cinza.
  • 3. O local é ainda o único ponto no Atlântico Sul ocidental com concentração de desovas de tartaruga-de-couro, espécie mais ameaçada de extinção no Brasil; e 2º maior ponto de concentração de desova de tartaruga cabeçuda, assistidas por uma importante unidade do Tamar em Regência. Os répteis foram os primeiros alvos da força-tarefa de ambientalistas, removeram dúzias de ninhos, os quais foram deslocados de lugar. Utilizando retroescavadeiras, reabriram a passagem do rio para o mar, bloqueada por uma faixa de areia desde junho, quando o Doce, devido à seca, não mais teve força para desaguar no mar. O temor é que, com a passagem fechada, a lama fique retida no estuário, zona de reprodução de espécies e cuja capacidade de absorção é muito menor que a do oceano. Há técnicos mobilizados para, caso seja preciso, transferir peixes do estuário para tanques em duas lagoas próximas. FUTURO COMPROMETIDO A maior preocupação é com a possível contaminação da foz com metais pesados e a mortalidade de animais aquáticos por onde a lama passa. A quantidade de partículas em suspensão está asfixiando os bichos — diz Antônio Serra de Almeida, gestor da Reserva Biológica de Comboios, a apenas um quilômetro da foz. Monitoramento na água feito pela prefeitura de Governador Valadares (MG) indicou turbidez 80 mil vezes acima do tolerável. A quantidade de ferro encontrada em amostras foram 13,6 mil vezes acima desse limite, e a de alumínio, 6.500 vezes. Há previsões pessimistas também sobre a duração dos danos. Um dano imediato, é a diminuição da fotossíntese da vegetação marinha devido ao fato de a água ficar turva. "É como se eu cobrisse uma fumaça em cima da Mata Atlântica e dificultasse a produtividade da folha das árvores e a produção de biomassa", assim sendo, o impacto que ainda não está comprovado é aquele que pode ser ocasionado devido aos sedimentos encontrados na lama.
  • 4. Qualquer coisa que sair dali (da foz) pode atingir os recifes de corais de Abrolhos. Se a lama chegar a eles e impedi-los de respirar, serão milhares de anos de recuperação — diz o professor da Universidade Federal do Espírito Santo Agnaldo Martins. Procurada, a Samarco — multada em R$ 250 milhões pelo Ibama — diz que está executando sistema emergencial de monitoramento ambiental e que contratou uma empresa para diagnosticar a área atingida e elaborar um plano de recuperação, “recuperação”!!! Carta da Terra – Princípios Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla aplicação do conhecimento adquirido. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.