O documento discute as exportações de micro e pequenas empresas brasileiras entre 1998 e 2013. Ele apresenta dados mostrando que, embora o número de MPEs exportadoras tenha crescido nesse período, sua participação no valor total das exportações brasileiras permanece baixa, em torno de 1%. O documento também discute os desafios enfrentados pelas MPEs para exportar e a importância do apoio do governo para aumentar a participação dessas empresas nas exportações.
A micro e pequena empresa exportadora no Brasil – desafios e oportunidades - Rafael Moreira - VII Encontro CECIEx
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Exportações de Micro e Pequenas Empresas
Brasileiras: Desafios e Oportunidades
Rafael Moreira – Sebrae Nacional
São Paulo, 09 de novembro de 2015.
VII Encontro Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras
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Estrutura da apresentação
1. Fontes
2. Introdução
3. Internacionalização de Micro e Pequenas
Empresas
4. O Contexto Internacional
5. Exportações das MPEs Brasileiras 1998-2013
6. Apoio à Exportação de MPEs
7. Considerações Finais
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Fontes
• “Exportações de Micro e Pequenas Empresas
Brasileiras: Desafios e Oportunidades” – Bedê,
Moreira & Schmidt 2013 (Radar IPEA nº 25).
• As Micro e Pequenas Empresas na Exportação
Brasileira de 1998 a 2013 (Sebrae/FUNCEX 2014).
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Introdução
• Inserção internacional é essencial para uma
trajetória de desenvolvimento sustentado.
• Mesmo com o crescimento das exportações na
última década, participação do Brasil no comércio
internacional segue baixa.
• Exportação é concentrada em poucos produtos,
poucos estados e em poucas empresas.
• MPEs tem boa participação (59%) no número de
exportadores, mas baixíssima no valor exportado
(0,8%)
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Introdução
Fonte: UNCTADStat
Brasil segue fechado
Posição no
ranking de
PIB
Posição no
ranking de
Exportação
País
Participação no PIB
mundial (em PPP)
Participação no
comércio internacional
(exportação)
1 1 China 16,6% 12,3%
2 2 EUA 16,1% 8,5%
3 19 Índia 6,8% 1,7%
4 4 Japão 4,3% 3,6%
5 11 Rússia 3,5% 2,6%
6 3 Alemanha 3,4% 7,9%
7 25 Brasil 3,0% 1,2%
8 28 Indonésia 2,5% 0,9%
9 6 França 2,4% 3,1%
10 10 Reino Unido 2,3% 2,7%
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Introdução
Fonte: UNCTADStat
O problema é que isso tem consequências...
Brasil
y = 0,0316x + 7,0312
R² = 0,1701
0
2
4
6
8
10
12
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
ln(PIBperCapitaem2014emUSDde2005)
Participação das exportações no PIB (%)
PIB per capita (em ln) e Participação das exportações no PIB
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Internacionalização de MPEs
• Moreira (2015) demonstra que, quanto maior o valor
exportado de um setor, maior será sua
produtividade.
• Arbache (2005) apresenta indícios de que há uma
relação de causalidade entre exportação e
produtividade.
– Ou seja, empresas que exportam tornam-se mais
produtivas ao longo do tempo.
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Internacionalização de MPEs
• Além dos ganhos macroeconômicos, exportação traz ganhos
microeconômicos consideráveis.
• Exportar faz com que a empresa adquira novos conhecimentos e
competências ao se expor a diferentes contextos (Czinkota, 2002).
• Há diversos estudos que apontam para uma relação positiva entre
desempenho exportador e tamanho.
• O ideal, porém, é aliar acesso a capital ao processo de
internacionalização.
• O foco no aumento da atividade exportadora por MPEs é importante pois
estas têm maior capacidade de expansão, mas o processo é mais difícil e
ainda pouco estudado.
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O Contexto Internacional
• Estudos comparativos quanto à participação das MPEs na
exportação são raros pois há vários critérios para
classificação de porte:
– Pessoal ocupado
– Faturamento
– Valor exportado
• Usando recorte de 0 a 49 funcionários, a participação no
valor exportado varia consideravelmente entre países, por
exemplo:
– Noruega, 7%
– EUA, 16%
– Canadá, 24%
– Itália e França, 27%
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O Contexto Internacional
• Em estudo conjunto, Sebrae e Funcex utilizam critério misto:
• Segundo esse critério, a participação das MPEs no valor
exportado é de 0,8%
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
8.719
12.453
14.158
12.429
10.931
63%
68% 67%
64%
59%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
(1.000)
4.000
9.000
14.000
19.000
24.000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Número de MPE exportadoras (eixo da esquerda) e participação no total de empresas
exportadoras (direita)
Número de MPEs exportadoras Participação das MPEs no total de empresas exportadoras
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
1.090,4 1.242,6
1.588,1
1.916,9 2.027,0
2,13%
2,06%
1,65%
1,26%
0,84%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
R$ 0
R$ 1.000
R$ 2.000
R$ 3.000
R$ 4.000
R$ 5.000
R$ 6.000
R$ 7.000
R$ 8.000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Valor exportado pelas MPE exportadoras em US$ mi. (eixo da esquerda) e
participação no total de empresas exportadoras (direita)
Valor total exportado pelas MPEs (em US$ mi.) Participação das MPEs no valor total exportado
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Bedê, Moreira & Schmidt, 2013
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Bedê, Moreira & Schmidt, 2013
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Bedê, Moreira & Schmidt.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
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Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Exportações de MPEs brasileiras
entre 1998 e 2013
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Apoio à exportação de MPEs
• Apoio à exportação vem sendo utilizado nos países
industrializados desde o início do séc. XX (Seringhaus &
Botschen, 1991);
• Nas últimas décadas, o número de agências de apoio à
exportação triplicou (Lederman, Olarreaga & Payton, 2010);
• Schmidt e Silva (2012) demonstra que políticas
governamentais, em especial as de apoio à exportação, têm
impacto no desempenho das empresas exportadoras.
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Apoio à exportação de MPEs no Brasil
• Apoio à exportação no Brasil iniciou-se principalmente na
década de 1960 (drawback, isenção de impostos,
financiamento, etc).
• Perdeu força nos anos 1980 e retornou mais fortemente nos
anos 1990 com:
– aperfeiçoamento da coordenação política das agências que atuam
com comércio exterior;
– desoneração tributária das exportações;
– ampliação de crédito e financiamento para exportação.
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Apoio à exportação de MPEs no Brasil
• Nos últimos anos, as ações de apoio à exportação envolvem:
– Desburocratização (e.g. Exporta Fácil, para exportações de até U$ 50
mil);
– Linhas de financiamento (e.g. Exim e Proex);
– Promoção comercial por meio da Apex Brasil (criada em 2003), que
atua com Programas Setoriais Integrados, feiras, rodadas de negócio,
missões, parcerias com trading companies e divulgação dos produtos
brasileiros no exterior.
– Organização de grupos de empresas produtoras em programas
voltados para a competitividade e exportação, cursos, treinamentos e
consultorias pelo Sebrae.
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Considerações Finais
• Brasil segue fechado para o mundo.
• Maior inserção internacional é essencial para um
desenvolvimento sustentado.
• Número de empresas exportadoras tem diminuído nos
últimos anos.
• Participação das MPEs no número de exportadoras e no
valor exportado tem diminuído.
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Considerações Finais
• Por que a participação das MPE no valor exportado cai desde
1999?
– Crescimento da importância das commodities na pauta exportadora;
– maior atratividade do mercado interno, com a ampliação da nova
classe média;
– foco em produtos manufaturados e semimanufaturados, que
enfrentam forte concorrência asiática;
– foco no Mercosul e na América Latina, que têm imposto barreiras com
alguma frequência;
– exportação por meio de trading companies (que não aparece na
estatística);
– baixa competitividade internacional das empresas brasileiras –
em especial as de menor porte – por motivos micro, meso e
macroeconômicos.
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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Considerações Finais
• E agora?
– câmbio e piora do mercado interno podem agir como catalizadores da busca
pelo comércio exterior;
– como MPEs não têm escala e, em geral, têm pouco know-how, é necessário
facilitar ainda mais o acesso à exportação: desburocratização e trading
companies são caminhos;
– será necessário coordenar de forma mais eficiente as diversas ações de apoio
à exportação, para o alcance de sinergias;
– é preciso trabalhar para tornar as MPEs mais competitivas no mercado
interno, para que possam, no médio prazo, concorrer com empresas
estrangeiras aqui e no mercado externo;
– o grosso do valor adicionado das exportações serão os serviços atrelados aos
produtos, por isso, temos que trabalhar para tornar os serviços brasileiros
mais eficientes e competitivos internacionalmente.
Fonte: Sebrae/Funcex, 2014.
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OBRIGADO!
Rafael Moreira
Analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional
rafael.moreira@sebrae.com.br
(61) 3348-7569