SlideShare a Scribd company logo
1 of 34
ILUMINISMO
&
ANTIGO REGIME
1
O QUE FOI O ILUMINISMO?
 Movimento intelectual europeu, marcadamente francês, que defendia o
uso da razão (luz) contra o Antigo Regime (trevas) e que pregava
maior liberdade política e econômica.
 “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual
ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso
de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. (...)” este
trecho de Immanuel Kant dimensiona bem o que defendiam o
Iluminismo, cujo sinônimo é Esclarecimento.
2
E O QUE ERA O ANTIGO REGIME?
 Sistema estabelecido na França no século XV, mas
que se estendeu em maior, ou menor grau, por toda a
Europa, e baseado na monarquia hereditária e
absoluta, na existência de privilégios (vistos como
direitos legítimos pelos grupos que os possuíam) e
uma sociedade estamental marcado por direito de
nascimento.
 Na França, esse modelo compreendia três ordens, ou
estados: clero (1º), nobreza (2º) e o povo (3º).
3
UMA SOCIEDADE DESIGUAL
CLERO
NOBREZA
POVO
1. Burguesia
2. Trabalhadores urbanos.
3. Camponeses (80% da população)
Estamento é um estrato
social definido por
determinadas
características
socioeconômicas,
culturais ou
professionais.
Na França, a nobreza
representava 2% da
população e detinha
mais de 20% da Terra.
4
CONTRA O QUÊ LUTAVAM OS
ILUMINISTAS?
 Havia três pontos de crítica que eram comuns à maioria dos iluministas: a
monarquia absoluta, as práticas mercantilistas e a sociedade estamental.
 Havia iluministas com forte discurso anticlerical, contra a religião como um
todo, ou à Igreja Católica, em particular. Ex.: Voltaire e Diderot.
 Os republicanos eram minoria e seu expoente é Rousseau. A preferência
entre os iluministas era pela monarquia parlamentar aos moldes ingleses.
 Havia os que pregavam que a terra era a base da economia (fisiocratas) e
os que analisavam e defendiam o capitalismo nascente (Adam Smith).
5
EM QUE ACREDITAVAM OS ILUMINISTAS?
 Valorização da razão, como instrumento para se alcançar qualquer tipo
de conhecimento.
 Defesa do questionamento, da investigação e da experiência como
formas de conhecimento (Empirismo) do mundo, sem a existência de
ideias inatas.
 Crença nas leis naturais, normas da natureza, portanto imutáveis, que
regem o funcionamento mundo: comportamento humano,
sociedades, economia e natureza.
 Crença nos direitos naturais, isto é, o direito à vida, à liberdade, à
propriedade (com pequenas variações entre os autores).
6
DÍVIDA COM LOCKE
 O filósofo e médico inglês, sistematizou o Empirismo, ao
defender que o homem não traz ideias inatas, é uma “tábula
rasa”, uma folha em branco, ao nascer. O conhecimento vem
da experiência no mundo, se opondo diretamente à
Descartes (“Penso, logo, existo.”).
 Locke, considerado o pai do liberalismo político, defendia a
existência dos direitos naturais (vida, liberdade e
propriedade, que é fruto do trabalho) e que o Estado seria o
garantidor desses direitos em um contrato social. Todo o
governo que desrespeitasse os direitos naturais poderia e
deveria ser derrubado (direito à rebelião). Ele defendia,
também, a tolerância religiosa, pois o exercício da fé deveria
ser questão de ordem privada.
John Locke (1632-1704) era
um porta-voz do pensamento
da burguesia.
7
ENCICLOPEDISMO
 Uma das grandes obras associadas ao Iluminismo é a Enciclopédia.
Pensada como uma síntese de todo o conhecimento de seu tempo,
tinha 35 volumes e 2885 ilustrações. Organizada por Diderot (1713-
84), que já tinha sido preso por suas ideias contrárias à religião, e
D’Alembert (1717-83) foi lançada em 1751 e chegou a ser proibida
na França por ser considerada subversiva, mas foi um grande
sucesso de vendas.
 A obra contou com a participação de vários iluministas, como
Voltaire, Montesquieu, Holbach e Rousseau.
8
ENCICLOPEDISMO
Ilustrações: Índice da Enciclopédia, Jean D’Alembert e Denis Diderot, Primeira edição da Enciclopédia.
9
QUEM SÃO OS PRINCIPAIS NOMES DO
ILUMINISMO?
 O Iluminismo foi um movimento amplo, mas alguns autores se destacam pela
importância em sua época e a permanência de suas ideias até nossos dias.
Nesta parte da nossa aula, enfocaremos alguns deles:
 Montesquieu;
 Rousseau;
 Voltaire;
 Kant;
 Os Fisiocratas;
 Adam Smith;
10
Ilustração do
albanês Medi
Belortaja.
MONTESQUIEU
 Seguindo nos passos de John Locke e Aristóteles, formulou a
chamada teoria dos três poderes em seu livro o Espírito das Leis
(1748), propondo uma divisão racional do poder e opondo-se ao
que era a regra em regimes absolutistas nos quais o soberano
concentrava todos poderes em suas mãos.
 Legislativo, Executivo e Judiciário seriam poderes autônomos e
independentes, mas deveriam coexistir em harmonia. Se por acaso
um deles excedesse suas funções, os demais teriam o dever de
intervir para restaurar a ordem, pois “[...] só o poder freia o
poder”, naquilo que é chamado de “Sistema de freios e
contrapesos”.
 O modelo proposto por Montesquieu, que não era um republicano,
norteia boa parte das democracias modernas.
Charles-Louis de
Secondat, Barão de
Montesquieu
(1689-1755)
11
ROUSSEAU
 Rousseau era suíço, nascido em Genebra, berço do calvinismo.
O autor talvez seja o mais lembrado e o mais radical entre os
iluministas, escreveu sobre vários temas, como filosofia
política, educação e mesmo religião.
 Rousseau defendeu na obra o “Contrato Social”(1762) que a
vontade geral, isto é, do povo, seria soberana, o poder do
governo seria delegado por essa instância maior (contrato
social). Se o governo excedesse seus limites, o povo poderia
limitar, modificar, ou mesmo retomar o poder em uma espécie
de democracia direta.
 Outra ideia de Rousseau é que um estado democrático deveria
garantir igualdade jurídica entre todos os seus cidadãos.
Algo bem subversivo para a época.
Jean-Jacques Rousseau
(1717-1778)
12
ROUSSEAU
 Rousseau defende que nas suas origens, o homem era muito mais propenso a fazer o
bem do que o mal, no entanto, e esta ideia é defendida no livro “Discurso sobre a
origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” (1754), a
propriedade privada colocou fim ao estado de natureza e instituiu a desigualdade
entre os homens.
 Um dos trechos mais conhecidos da sua obra trata exatamente disso: “O verdadeiro
fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno,
lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples
para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não
pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o
fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor;
estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não
pertence a ninguém’.”
13
ROUSSEAU
 Uma das obras mais importantes de Rousseau, Emílio
(Émile/1762) fala da educação ideal. Os meninos deveriam ser
tratados como seres em desenvolvimento, com amor, sem
castigos corporais, para que preservassem a bondade natural.
 O autor não desprezava o papel da religião, mas não a via
como atrelada às instituições, mas à valores e sentimentos, e
não faria parte da primeira fase da educação das crianças.
 Para as mulheres, a educação deveria ser voltada para a
maternidade e o casamento e estaria à serviço dos homens e
da família. Rousseau não via as mulheres como destinadas ao
exercício da cidadania política.
14
VOLTAIRE
 Voltaire era a grande estrela entre os iluministas, deixou uma
ampla obra que reúne trabalhos de História, peças de teatro, cartas,
poesia, entre outros escritos. É normalmente lembrado pela sua
defesa da separação entre religião e Estado, da liberdade de
expressão e liberdade religiosa.
 Apesar de seu anticlericalismo, dos ataques à Igreja Católica, não
era ateu, mas cria naquilo que era conhecido à época como
“deus relojoeiro”, uma divindade suprema que criara o universo e
estabelecera suas leis.
 Preso duas vezes, exilou-se na Inglaterra, onde escreveu sua obra
Cartas Inglesas (1734) elogiando a monarquia parlamentar do
país e as ideias de John Locke. Teceu duras críticas às ideias
políticas e educacionais de Rousseau.
15
François-Marie
Arouet, escrevia sob
o nome de Voltaire.
(1694-1778)
KANT
16
Immanuel Kant
(1724-1804)
 Expoente do Iluminismo prussiano, Kant é um dos mais
importantes filósofos da língua alemã. Presenciou tanto a
Revolução Francesa, quanto as Guerras Napoleônicas.
 Da produção do autor, que é ampla, destacamos o texto
"Resposta à pergunta: o que é Esclarecimento?”
(“Beantwortung der Frage: Was ist Aufklärung?”) de 1784.
Esclarecimento (aufklärung) deve ser compreendido como
sinônimo de iluminismo para o autor.
 O uso da razão tiraria os homens da minoridade moral,
assim, Esclarecimento, no sentido empregado por Kant,
representa a reivindicação de autonomia como expressão da
maioridade. A verdadeira revolução seria a liberdade
concedida pelo uso da razão.
KANT
17
 “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é
culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem
a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade
se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de
decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem
coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do
esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão
grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de
uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante
toda a vida.”
 KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
OS FISIOCRATAS
18
 A fisiocracia, junção das palavras gregas physis (natureza) e kratos (poder/ruiqueza),
foi a primeira escola da economia como ciência. Surgiu como crítica ao
mercantilismo, defendendo que a verdadeira riqueza provém da terra e a agricultura
é a principal atividade econômica.
 Seu principal expoente, François Quesnay (1694-1774) comparava a estrutura
econômica ao corpo humano regido pelas leis naturais, sendo a agricultura o
coração da economia. A lei mais importante para esses economistas seria a da
oferta e da procura. Os fisiocratas estão dentro do grupo dos economistas liberais
clássicos.
 Os fisiocratas cunharam a frase "laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde
va de lui-même" ("deixai fazer, deixai ir, deixai passar, o mundo vai por si mesmo").
A ideia era de que a itervenção do Estado na economia seria contra as leis
naturais.
ADAM SMITH
 Suas ideias tiveram grande influência na burguesia do século
XVIII, pois atacavam as práticas mercantilistas, além de
contestarem a racionalidade dos direitos feudais que ainda
resistiam em muitas regiões rurais da Europa.
 Em sua obra A Riqueza das Nações (1776), Smith postulou que
o que cria a riqueza é o trabalho e, não o comércio, como
defendiam os mercantilistas, ou a agricultura, como
afirmavam os fisiocratas. Smith defendeu, também, a divisão
social do trabalho, como fator que maximizaria a produção e
que a necessidade de racionalizar o trabalho impulsionava as
invenções no ambiente da fábrica.
 Cunhou a expressão “mão invisível”: o mercado pode se
autorregular, sem a necessidade de intervenção do Estado.
19
Adam Smith
(1723-1790)
ADAM SMITH
20
 Um Estado verdadeiramente forte, seria um Estado rico, para
tanto, seria necessário a existência da livre concorrência e do
livre mercado, além do livre comércio entre as nações. A
teoria de Smith era contra o favorecimento dos monopólios
por parte do Estado.
 Para Smith, a economia se move pelo interesse privado dos
indivíduos, ainda que não fosse intencional, o egoísmo das
pessoas, redundaria no bem comum.
 O autor defendia que o trabalho deveria ser realizado por
etapas (divisão social do trabalho), maximizando a produção.
Ele transpôs a ideia para as nações, que poderiam se
especializar em fabricar apenas certos produtos com o
objetivo de vendê-los no mercado.
DESPOTISMO ESCLARECIDO
 No século XVIII, a Inglaterra já tinha empreendido uma série de reformas e a França,
centro irradiador das ideias Iluministas, não estava disposta a fazê-lo. Mas a Europa
era muito maior e uma série de monarcas e ministros de nações atrasadas social,
política e economicamente abraçaram algumas ideias iluministas e promoveram
uma série de reformas.
 Algo importante é compreender que as mudanças tinham como intuito
modernizar esses países sem que seus monarcas, que eram absolutistas, daí o
uso da palavra “déspota” em muitos livros, abrissem mão de seu poder. Algumas
demandas da burguesia e mesmo do campesinato seriam contempladas,
garantindo que a estrutura de poder fosse preservada.
 Teremos déspotas esclarecidos, monarcas ou ministros, no Sacro Império Romano
Germânico (José II), na Prússia (Frederico II), na Rússia (Catarina II), na Dinamarca
(Johann Friedrich Struensee), em Portugal (Marquês de Pombal) etc.
21
DESPOTISMO ESCLARECIDO
22
Frederico II (1712-1786),
Voltaire chegou a residir
em sua corte.
 Uma medida comum tomada pelos déspotas esclarecidos em
estados católicos foi o banimento da Ordem Jesuítica,
associada por seus monarcas ao obscurantismo religioso. Em
Portugal, o Estado tentou laicizar a educação, criaram-se as
aulas régias, mas, como a maioria dos professores eram
religiosos, havia uma carência de mestres.
 De uma forma, ou outra, todos os déspotas esclarecidos
mostraram preocupação com a modernização da educação,
com as ciências, as letras e as artes. José II da Áustria tornou a
educação básica compulsória para meninos e meninas.
 Na Prússia, na Suécia e na Dinamarca aboliu-se a tortura dos
prisioneiros. Em Portugal e no Sacro Império, tentou-se aplicar
a tolerância religiosa aos protestantes e judeus.
DESPOTISMO ESCLARECIDO
23
Catarina II
(1729-1796)
 Esses governantes permitiram maior participação dos burgueses
na política, desagradando segmentos da nobreza, mas, no geral,
não mexeram na estrutura agrária, ou na servidão. Pombal
proibiu a escravidão negra em Portugal e reforçou, no caso do
Brasil, que os índios deveriam ser livres.
 Catarina II, que trocou cartas com Voltaire, Diderot e outros
iluministas, chegou a confiscar terras da Igreja Ortodoxa. A
monarca também promoveu o início da industrialização do país,
estabelecendo a primeira metalúrgica, fundou escolas e hospitais
e remodelou a capital, São Petersburgo.
 Algumas reformas feitas pelos déspotas esclarecidos foram
desfeitas pelos seus sucessores e a Revolução Francesa (1789)
produziu uma onda reacionária na Europa.
REVISANDO
24
 O Iluminismo foi um movimento que criticava o absolutismo monárquico, o
mercantilismo e a sociedade estamental.
 Seus vários autores influenciaram o pensamento político, econômico e a relação dos
indivíduos e do Estado com a religião no Ocidente. Em sua época, influenciaram
diretamente a Revolução Americana e todas as revoluções que a seguiram.
 São heranças Iluministas a divisão do governo entre três poderes, a separação entre
religião e estado, a ideia de que existem direitos naturais e inalienáveis, a noção de
que a igualdade jurídica é fundamental para o exercício da cidadania. O liberalismo
econômico também é um produto do Iluminismo.
 Apesar de ter a França como centro irradiador, as reformas propostas pelos iluministas
foram levadas à sério em países que estavam na periferia da Europa., porém a
Revolução Francesa interrompeu o processo de reformas na maioria desses países.
SÉCULO DAS LUZES E DE AVIVAMENTO
ESPIRITUAL
25
 A maioria dos livros didáticos não comenta, mas o século XVIII, seja no meio católico, ou entre os
protestantes (luteranos, anglicanos e outros), foi marcado por movimentos de avivamento
espiritual, santificação e questionamento das estruturas tradicionais.
 No caso do catolicismo, os dois movimentos mais notáveis são o Quietismo, que defendia uma via
mística e de contemplação, e o Febronianismo, que questionava o papel do papa e defendia maior
poder aos bispos. No caso do Josefismo, de José II, imperador do Sacro Império, a ideia era de
que a igreja deveria estar submetida ao Estado.
 No século XVIII, iniciou-se o trabalho missionário protestante organizado, tendo como pioneiros
os Irmãos Morávios.
 Entre os luteranos, os Pietistas ressaltavam a necessidade do novo nascimento (conversão) e de
uma vida de santificação (pia, daí pietista).
 Na Inglaterra, John Wesley, pastor anglicano, iniciou um movimento de santificação contra o
formalismo da igreja oficial, visitou a América onde teve contato com os morávios e terminou
rompendo com a igreja mãe dando origem à Igreja Metodista.
AS MULHERES
E O ILUMINISMO
26
ELAS NÃO ESTAVAM AUSENTES
27
 A maioria dos salões parisienses que promoviam reuniões
iluministas eram mantidos por mulheres. Essas damas,
algumas muito poderosas, usavam sua posição e riqueza para
livrar os iluministas da prisão ou da censura. Madame de
Pompadour (imagem ao lado), mais famosa das amantes de
Luís XV, usou de sua influência para proteger Voltaire e
Diderot e ajudou a garantir a publicação da Enciclopédia.
 Se voltarmos para o século XVII teremos duas inglesas,
Margaret Cavendish (1623-73) e Anne Conway (1631-79)
destacando-se no campo da filosofia. Cavendish, que é
considerada a primeira escritora de ficção científica e foi a
primeira mulher a participar de uma reunião da Royal
Society of London.
ELA TRAZUZIU AS OBRAS DE NEWTON
PARA O FRANCÊS
28
 Filósofa, matemática, física, começou a produzir na década
de 1730. Casada aos 18 anos, retomou seus estudos aos 26, e
morreu em virtude de complicações em um parto, tendo
trabalhado até quase seu último dia de vida.
 Sua obra mais reconhecida é a tradução comentada da
obra de Isaac Newton, Principia (1687), considerada padrão
para o francês até hoje. Publicada em 1756, ela traz
considerações relevantes sobre a mecânica newtoniana.
 Sua obra pessoal mais importante chama-se Institutions de
Physique (1740). Suas ideias aparecem na Enciclopedia.
Châtelet foi amante e colaboradora de Voltaire.
Gabrielle Émilie Le Tonnelier
de Breteuil, Marquise du
Châtelet (1706-1749)
ELA OUSOU DISCORDAR DE ROUSSEAU
29
 Foi salonista e apoiadora de vários iluministas, como
Rousseau, foi amiga de Diderot, D’Alembert e do Barão
d’Holbach. Terminou por se desentender com Rousseau, a
quem patrocinava. Ele se tornou seu inimigo.
 Escreveu romances, suas cartas trocadas com vários iluministas
foram publicadas, sua obra mais lembrada é Conversations
d'Émilie, em formato de cartas para a neta, Émilie. O tema é a
educação da menina, e serve de contraponto para o Émile de
Rousseau, que defendia que as mulheres deveriam ser educadas
para a submissão.
 Simone de Beauvoir considerava Madame d’Épinay uma figura
importante para a discussão dos direitos das mulheres na
França.
Louise Florence Pétronille
Tardieu d'Esclavelles d'Épinay
(1726-1783), mais conhecida
como Madame d’Épinay.
ELA LUTOU PELO DIREITO À CIDADANIA
FEMININA
30
 Escritora de peças, ativista política, destacou-se por sua
defesa da abolição da escravatura e dos direitos das
mulheres.
 Participou intensamente da Revolução Francesa (1789), mas
decepcionou-se com os rumos do movimento. Algo que a
indignou foi o fato de negarem à cidadania às mulheres. Em
protesto, escreveu a “Declaração dos Direitos da mulher e da
Cidadã” (1791).
 Não foi executada por seus escritos feministas, mas por
questionar o governo jacobino. Sua morte, no entanto, foi
usada como uma advertência para as mulheres
politicamente ativas, que não aceitavam que os homens não
iriam permitir-lhes o pleno exercício da cidadania.
Olympe de Gouges
(1748-1793)
A FALTA DE EDUCAÇÃO TORNA AS
MULHERES INDERIORES
31
 Escritora inglesa e defensora dos direitos das mulheres,
Wollstonecraft, escreveu o livro manifesto “Reivindicação dos
direitos da mulher” (1792). Considerado um dos
documentos fundadores do feminismo, o livro denuncia a
exclusão das mulheres do acesso a direitos básicos no século
XVIII, especialmente o acesso à educação formal.
 Em seu livro, Wollstonecraft discutiu a obra de vários filósofos,
dentre eles Rousseau, que defendia a inferioridade das
mulheres.
 Estava na França durante o terror jacobino e se decepcionou
com os rumos da Revolução e o tratamento dado às mulheres.
Mary Shelley, autora de Frankenstein, é sua filha.
Mary Wollstonecraft
(1759-1797)
ELA NÃO É UMA ESPOSA ANÔNIMA
32
 Você certamente já viu esse quadro. Talvez, ele venha com a
legenda indicando que a mulher é esposa de Antoine
Lavoisier (1743-1794), o pai da Química Moderna. O fato é
ela também era uma cientista.
 Marie-Anne Pierrette Paulze (1758-1836) é considerada um
dos fundadores da química moderna junto com o marido
com foi casada aos 13 anos, quando ele já tinha 28. Não foi
um casamento por amor, mas para evitar que um homem
poderoso e com 50 anos, forçasse um matrimônio com ela.
 Casada, ela estudou Química, trabalhava no laboratório
junto com o marido e era responsável pelas traduções do
latim e do inglês para o francês. Quando da Revolução,
tentou salvar o marido da morte, mas não conseguiu.
E ISSO É SOMENTE UMA AMOSTRA
33
 Coloquei essa parte final sobre as mulheres, não porque irá ser cobrado em
qualquer prova, mas porque nossos livros didáticos tendem a omitir a
participação das mulheres no Iluminismo, nas ciências e na produção de
conhecimento ao longo da História.
 Mesmo as salonistas, essas mulheres ricas interessadas no progresso das
ciências e das artes, não são citadas. Até estão nos quadros, mas seus nomes
não aparecem.
 Fui econômica, mas poderia ter acrescentado outras mulheres cientistas,
filósofas, enfim, elas estavam lá, inclusive possibilitando com seus dinheiro,
proteção, que os iluministas tivessem condições de trabalhar.
 Para quem tiver interesse, é só continuar a pesquisa.
QUALQUER DÚVIDA...
 Se quiser perguntar alguma coisa, tirar dúvidas, use o AVA.
 Se você não é meu aluno, ou aluna, e chegou a esse material, pode usá-lo
sem problema, desde que creditando a fonte.
 Autora: Valéria Fernandes da Silva
 E-mail de contato: shoujofan@gmail.com
 Site: http://www.historiativa.com
 Data: 29 de março de 2020.
34

More Related Content

What's hot (20)

Revolução e Contra-Revolução na América Latina
Revolução e Contra-Revolução na América LatinaRevolução e Contra-Revolução na América Latina
Revolução e Contra-Revolução na América Latina
 
A Revolução Inglesa
A Revolução InglesaA Revolução Inglesa
A Revolução Inglesa
 
Revolução Francesa
Revolução FrancesaRevolução Francesa
Revolução Francesa
 
Iluminismo
Iluminismo Iluminismo
Iluminismo
 
Colonizacao inglesa
Colonizacao inglesaColonizacao inglesa
Colonizacao inglesa
 
As Grandes Navegações
As Grandes NavegaçõesAs Grandes Navegações
As Grandes Navegações
 
Iluminismo e Revolução Francesa
Iluminismo e Revolução FrancesaIluminismo e Revolução Francesa
Iluminismo e Revolução Francesa
 
Brasil Colônia: Ciclo do Ouro.
Brasil Colônia: Ciclo do Ouro.Brasil Colônia: Ciclo do Ouro.
Brasil Colônia: Ciclo do Ouro.
 
Igreja na idade media
Igreja na idade mediaIgreja na idade media
Igreja na idade media
 
Revoltas Coloniais
Revoltas ColoniaisRevoltas Coloniais
Revoltas Coloniais
 
Revolução Americana
Revolução AmericanaRevolução Americana
Revolução Americana
 
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
3º ano Revolução Francesa e outros movimentos franceses.
 
Iluminismo
Iluminismo Iluminismo
Iluminismo
 
Império bizantino
Império bizantinoImpério bizantino
Império bizantino
 
Revolução francesa 8º
Revolução francesa 8ºRevolução francesa 8º
Revolução francesa 8º
 
O iluminismo(Resumo)
O iluminismo(Resumo)O iluminismo(Resumo)
O iluminismo(Resumo)
 
A formação da europa feudal
A formação da europa feudalA formação da europa feudal
A formação da europa feudal
 
Eua no século XIX e Guerra da Secessão: 2020.
Eua no século XIX e Guerra da Secessão: 2020.Eua no século XIX e Guerra da Secessão: 2020.
Eua no século XIX e Guerra da Secessão: 2020.
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
A queda do império romano
A queda do império romanoA queda do império romano
A queda do império romano
 

Similar to Iluminismo e Antigo Regime

Iluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecidoIluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecidoMozão Fraga
 
8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptx
8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptx8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptx
8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptxRenatoSena16
 
O Iluminismo com suas características básicas.
O Iluminismo com suas características básicas.O Iluminismo com suas características básicas.
O Iluminismo com suas características básicas.denyswilton2
 
20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsg
20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsg20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsg
20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsgJosFilho411011
 
Iluminismo 2010
Iluminismo 2010Iluminismo 2010
Iluminismo 2010BriefCase
 
Roteiro de Aula - Iluminismo
Roteiro de Aula - IluminismoRoteiro de Aula - Iluminismo
Roteiro de Aula - Iluminismojosafaslima
 
Ideias revolucionárias dos séculos XVII e XVIII
Ideias revolucionárias dos séculos XVII e XVIIIIdeias revolucionárias dos séculos XVII e XVIII
Ideias revolucionárias dos séculos XVII e XVIIIeduardodemiranda
 
Iluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecido  Iluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecido Fatima Freitas
 

Similar to Iluminismo e Antigo Regime (20)

ILUMINISMO
ILUMINISMOILUMINISMO
ILUMINISMO
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
iluminismo
 iluminismo iluminismo
iluminismo
 
Iluminismo.melissa
Iluminismo.melissaIluminismo.melissa
Iluminismo.melissa
 
Iluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecidoIluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecido
 
8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptx
8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptx8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptx
8º ANO ILUMINISMO FILOSOFIS ILUMINISTAS.pptx
 
Iluminismo.ppt
Iluminismo.pptIluminismo.ppt
Iluminismo.ppt
 
O Iluminismo com suas características básicas.
O Iluminismo com suas características básicas.O Iluminismo com suas características básicas.
O Iluminismo com suas características básicas.
 
20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsg
20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsg20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsg
20102021133204O Iluminismo.pptgtgtgtgtgsdfgsg
 
Iluminismo2
Iluminismo2Iluminismo2
Iluminismo2
 
Iluminismo 2010
Iluminismo 2010Iluminismo 2010
Iluminismo 2010
 
Roteiro de Aula - Iluminismo
Roteiro de Aula - IluminismoRoteiro de Aula - Iluminismo
Roteiro de Aula - Iluminismo
 
Iluminismo desenho
Iluminismo desenhoIluminismo desenho
Iluminismo desenho
 
Capitulo 10
Capitulo 10Capitulo 10
Capitulo 10
 
Ideias revolucionárias dos séculos XVII e XVIII
Ideias revolucionárias dos séculos XVII e XVIIIIdeias revolucionárias dos séculos XVII e XVIII
Ideias revolucionárias dos séculos XVII e XVIII
 
11 ha m4 u4 2
11 ha m4 u4 211 ha m4 u4 2
11 ha m4 u4 2
 
Iluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecido  Iluminismo e despotismo esclarecido
Iluminismo e despotismo esclarecido
 
Resumo iluminismo
Resumo iluminismoResumo iluminismo
Resumo iluminismo
 
Iluminismo
IluminismoIluminismo
Iluminismo
 
Iluminismo 2012
Iluminismo 2012Iluminismo 2012
Iluminismo 2012
 

More from Valéria Shoujofan

Segundo Reinando: Escravidão e Imigração
Segundo Reinando: Escravidão e ImigraçãoSegundo Reinando: Escravidão e Imigração
Segundo Reinando: Escravidão e ImigraçãoValéria Shoujofan
 
Entre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptx
Entre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptxEntre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptx
Entre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptxValéria Shoujofan
 
Primeira e Segunda Revolução Industrial
Primeira e Segunda Revolução IndustrialPrimeira e Segunda Revolução Industrial
Primeira e Segunda Revolução IndustrialValéria Shoujofan
 
Absolutismo Monárquico e a Crítica dos Contratualistas
Absolutismo Monárquico e a Crítica dos ContratualistasAbsolutismo Monárquico e a Crítica dos Contratualistas
Absolutismo Monárquico e a Crítica dos ContratualistasValéria Shoujofan
 
Inglaterra: Revolução Científica e Revolução Agrícola
Inglaterra: Revolução Científica e Revolução AgrícolaInglaterra: Revolução Científica e Revolução Agrícola
Inglaterra: Revolução Científica e Revolução AgrícolaValéria Shoujofan
 
Revoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVIIRevoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVIIValéria Shoujofan
 
CONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICA
CONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICACONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICA
CONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICAValéria Shoujofan
 
Conquista e Colonização das Américas (1º ano)
Conquista e Colonização das Américas (1º ano)Conquista e Colonização das Américas (1º ano)
Conquista e Colonização das Américas (1º ano)Valéria Shoujofan
 
Independência do Brasil e Primeiro Reinado
Independência do Brasil e Primeiro ReinadoIndependência do Brasil e Primeiro Reinado
Independência do Brasil e Primeiro ReinadoValéria Shoujofan
 
Renascimento Urbano e Comercial e Cruzadas
Renascimento Urbano e Comercial e CruzadasRenascimento Urbano e Comercial e Cruzadas
Renascimento Urbano e Comercial e CruzadasValéria Shoujofan
 
Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2
Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2
Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2Valéria Shoujofan
 
Formação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e AbsolutismoFormação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e AbsolutismoValéria Shoujofan
 
Reformas religiosas do Século XVI
Reformas religiosas do Século XVIReformas religiosas do Século XVI
Reformas religiosas do Século XVIValéria Shoujofan
 
E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...
E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...
E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...Valéria Shoujofan
 

More from Valéria Shoujofan (20)

Segundo Reinando: Escravidão e Imigração
Segundo Reinando: Escravidão e ImigraçãoSegundo Reinando: Escravidão e Imigração
Segundo Reinando: Escravidão e Imigração
 
Entre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptx
Entre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptxEntre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptx
Entre Negociações, Reiterações e Transgressões.pptx
 
Revolução Americana
Revolução AmericanaRevolução Americana
Revolução Americana
 
Primeira e Segunda Revolução Industrial
Primeira e Segunda Revolução IndustrialPrimeira e Segunda Revolução Industrial
Primeira e Segunda Revolução Industrial
 
Absolutismo Monárquico e a Crítica dos Contratualistas
Absolutismo Monárquico e a Crítica dos ContratualistasAbsolutismo Monárquico e a Crítica dos Contratualistas
Absolutismo Monárquico e a Crítica dos Contratualistas
 
Inglaterra: Revolução Científica e Revolução Agrícola
Inglaterra: Revolução Científica e Revolução AgrícolaInglaterra: Revolução Científica e Revolução Agrícola
Inglaterra: Revolução Científica e Revolução Agrícola
 
Reformas Religiosas (novo)
Reformas Religiosas (novo)Reformas Religiosas (novo)
Reformas Religiosas (novo)
 
Revoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVIIRevoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVII
 
CONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICA
CONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICACONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICA
CONSTRUÇÃO DO MUNDO MODERNO (XIV-XVII): ÁFRICA ATLÂNTICA
 
Conquista e Colonização das Américas (1º ano)
Conquista e Colonização das Américas (1º ano)Conquista e Colonização das Américas (1º ano)
Conquista e Colonização das Américas (1º ano)
 
Revoltas Emancipacionistas
Revoltas EmancipacionistasRevoltas Emancipacionistas
Revoltas Emancipacionistas
 
Período Joanino (1808-1821)
Período Joanino (1808-1821)Período Joanino (1808-1821)
Período Joanino (1808-1821)
 
Independência do Brasil e Primeiro Reinado
Independência do Brasil e Primeiro ReinadoIndependência do Brasil e Primeiro Reinado
Independência do Brasil e Primeiro Reinado
 
Renascimento Urbano e Comercial e Cruzadas
Renascimento Urbano e Comercial e CruzadasRenascimento Urbano e Comercial e Cruzadas
Renascimento Urbano e Comercial e Cruzadas
 
Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2
Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2
Sistema feudal - Igreja Católica - Parte 2
 
Sociedade feudal - Parte 1
Sociedade feudal - Parte 1Sociedade feudal - Parte 1
Sociedade feudal - Parte 1
 
Formação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e AbsolutismoFormação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
Formação das Monarquias Nacionais e Absolutismo
 
Reformas religiosas do Século XVI
Reformas religiosas do Século XVIReformas religiosas do Século XVI
Reformas religiosas do Século XVI
 
Renascimento Cultural
Renascimento CulturalRenascimento Cultural
Renascimento Cultural
 
E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...
E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...
E Machado de Assis virou Mangá: Reflexões sobre a releitura em quadrinhos do ...
 

Recently uploaded

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......suporte24hcamin
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 

Recently uploaded (20)

A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 

Iluminismo e Antigo Regime

  • 2. O QUE FOI O ILUMINISMO?  Movimento intelectual europeu, marcadamente francês, que defendia o uso da razão (luz) contra o Antigo Regime (trevas) e que pregava maior liberdade política e econômica.  “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. (...)” este trecho de Immanuel Kant dimensiona bem o que defendiam o Iluminismo, cujo sinônimo é Esclarecimento. 2
  • 3. E O QUE ERA O ANTIGO REGIME?  Sistema estabelecido na França no século XV, mas que se estendeu em maior, ou menor grau, por toda a Europa, e baseado na monarquia hereditária e absoluta, na existência de privilégios (vistos como direitos legítimos pelos grupos que os possuíam) e uma sociedade estamental marcado por direito de nascimento.  Na França, esse modelo compreendia três ordens, ou estados: clero (1º), nobreza (2º) e o povo (3º). 3
  • 4. UMA SOCIEDADE DESIGUAL CLERO NOBREZA POVO 1. Burguesia 2. Trabalhadores urbanos. 3. Camponeses (80% da população) Estamento é um estrato social definido por determinadas características socioeconômicas, culturais ou professionais. Na França, a nobreza representava 2% da população e detinha mais de 20% da Terra. 4
  • 5. CONTRA O QUÊ LUTAVAM OS ILUMINISTAS?  Havia três pontos de crítica que eram comuns à maioria dos iluministas: a monarquia absoluta, as práticas mercantilistas e a sociedade estamental.  Havia iluministas com forte discurso anticlerical, contra a religião como um todo, ou à Igreja Católica, em particular. Ex.: Voltaire e Diderot.  Os republicanos eram minoria e seu expoente é Rousseau. A preferência entre os iluministas era pela monarquia parlamentar aos moldes ingleses.  Havia os que pregavam que a terra era a base da economia (fisiocratas) e os que analisavam e defendiam o capitalismo nascente (Adam Smith). 5
  • 6. EM QUE ACREDITAVAM OS ILUMINISTAS?  Valorização da razão, como instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento.  Defesa do questionamento, da investigação e da experiência como formas de conhecimento (Empirismo) do mundo, sem a existência de ideias inatas.  Crença nas leis naturais, normas da natureza, portanto imutáveis, que regem o funcionamento mundo: comportamento humano, sociedades, economia e natureza.  Crença nos direitos naturais, isto é, o direito à vida, à liberdade, à propriedade (com pequenas variações entre os autores). 6
  • 7. DÍVIDA COM LOCKE  O filósofo e médico inglês, sistematizou o Empirismo, ao defender que o homem não traz ideias inatas, é uma “tábula rasa”, uma folha em branco, ao nascer. O conhecimento vem da experiência no mundo, se opondo diretamente à Descartes (“Penso, logo, existo.”).  Locke, considerado o pai do liberalismo político, defendia a existência dos direitos naturais (vida, liberdade e propriedade, que é fruto do trabalho) e que o Estado seria o garantidor desses direitos em um contrato social. Todo o governo que desrespeitasse os direitos naturais poderia e deveria ser derrubado (direito à rebelião). Ele defendia, também, a tolerância religiosa, pois o exercício da fé deveria ser questão de ordem privada. John Locke (1632-1704) era um porta-voz do pensamento da burguesia. 7
  • 8. ENCICLOPEDISMO  Uma das grandes obras associadas ao Iluminismo é a Enciclopédia. Pensada como uma síntese de todo o conhecimento de seu tempo, tinha 35 volumes e 2885 ilustrações. Organizada por Diderot (1713- 84), que já tinha sido preso por suas ideias contrárias à religião, e D’Alembert (1717-83) foi lançada em 1751 e chegou a ser proibida na França por ser considerada subversiva, mas foi um grande sucesso de vendas.  A obra contou com a participação de vários iluministas, como Voltaire, Montesquieu, Holbach e Rousseau. 8
  • 9. ENCICLOPEDISMO Ilustrações: Índice da Enciclopédia, Jean D’Alembert e Denis Diderot, Primeira edição da Enciclopédia. 9
  • 10. QUEM SÃO OS PRINCIPAIS NOMES DO ILUMINISMO?  O Iluminismo foi um movimento amplo, mas alguns autores se destacam pela importância em sua época e a permanência de suas ideias até nossos dias. Nesta parte da nossa aula, enfocaremos alguns deles:  Montesquieu;  Rousseau;  Voltaire;  Kant;  Os Fisiocratas;  Adam Smith; 10 Ilustração do albanês Medi Belortaja.
  • 11. MONTESQUIEU  Seguindo nos passos de John Locke e Aristóteles, formulou a chamada teoria dos três poderes em seu livro o Espírito das Leis (1748), propondo uma divisão racional do poder e opondo-se ao que era a regra em regimes absolutistas nos quais o soberano concentrava todos poderes em suas mãos.  Legislativo, Executivo e Judiciário seriam poderes autônomos e independentes, mas deveriam coexistir em harmonia. Se por acaso um deles excedesse suas funções, os demais teriam o dever de intervir para restaurar a ordem, pois “[...] só o poder freia o poder”, naquilo que é chamado de “Sistema de freios e contrapesos”.  O modelo proposto por Montesquieu, que não era um republicano, norteia boa parte das democracias modernas. Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu (1689-1755) 11
  • 12. ROUSSEAU  Rousseau era suíço, nascido em Genebra, berço do calvinismo. O autor talvez seja o mais lembrado e o mais radical entre os iluministas, escreveu sobre vários temas, como filosofia política, educação e mesmo religião.  Rousseau defendeu na obra o “Contrato Social”(1762) que a vontade geral, isto é, do povo, seria soberana, o poder do governo seria delegado por essa instância maior (contrato social). Se o governo excedesse seus limites, o povo poderia limitar, modificar, ou mesmo retomar o poder em uma espécie de democracia direta.  Outra ideia de Rousseau é que um estado democrático deveria garantir igualdade jurídica entre todos os seus cidadãos. Algo bem subversivo para a época. Jean-Jacques Rousseau (1717-1778) 12
  • 13. ROUSSEAU  Rousseau defende que nas suas origens, o homem era muito mais propenso a fazer o bem do que o mal, no entanto, e esta ideia é defendida no livro “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” (1754), a propriedade privada colocou fim ao estado de natureza e instituiu a desigualdade entre os homens.  Um dos trechos mais conhecidos da sua obra trata exatamente disso: “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém’.” 13
  • 14. ROUSSEAU  Uma das obras mais importantes de Rousseau, Emílio (Émile/1762) fala da educação ideal. Os meninos deveriam ser tratados como seres em desenvolvimento, com amor, sem castigos corporais, para que preservassem a bondade natural.  O autor não desprezava o papel da religião, mas não a via como atrelada às instituições, mas à valores e sentimentos, e não faria parte da primeira fase da educação das crianças.  Para as mulheres, a educação deveria ser voltada para a maternidade e o casamento e estaria à serviço dos homens e da família. Rousseau não via as mulheres como destinadas ao exercício da cidadania política. 14
  • 15. VOLTAIRE  Voltaire era a grande estrela entre os iluministas, deixou uma ampla obra que reúne trabalhos de História, peças de teatro, cartas, poesia, entre outros escritos. É normalmente lembrado pela sua defesa da separação entre religião e Estado, da liberdade de expressão e liberdade religiosa.  Apesar de seu anticlericalismo, dos ataques à Igreja Católica, não era ateu, mas cria naquilo que era conhecido à época como “deus relojoeiro”, uma divindade suprema que criara o universo e estabelecera suas leis.  Preso duas vezes, exilou-se na Inglaterra, onde escreveu sua obra Cartas Inglesas (1734) elogiando a monarquia parlamentar do país e as ideias de John Locke. Teceu duras críticas às ideias políticas e educacionais de Rousseau. 15 François-Marie Arouet, escrevia sob o nome de Voltaire. (1694-1778)
  • 16. KANT 16 Immanuel Kant (1724-1804)  Expoente do Iluminismo prussiano, Kant é um dos mais importantes filósofos da língua alemã. Presenciou tanto a Revolução Francesa, quanto as Guerras Napoleônicas.  Da produção do autor, que é ampla, destacamos o texto "Resposta à pergunta: o que é Esclarecimento?” (“Beantwortung der Frage: Was ist Aufklärung?”) de 1784. Esclarecimento (aufklärung) deve ser compreendido como sinônimo de iluminismo para o autor.  O uso da razão tiraria os homens da minoridade moral, assim, Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa a reivindicação de autonomia como expressão da maioridade. A verdadeira revolução seria a liberdade concedida pelo uso da razão.
  • 17. KANT 17  “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.”  KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).
  • 18. OS FISIOCRATAS 18  A fisiocracia, junção das palavras gregas physis (natureza) e kratos (poder/ruiqueza), foi a primeira escola da economia como ciência. Surgiu como crítica ao mercantilismo, defendendo que a verdadeira riqueza provém da terra e a agricultura é a principal atividade econômica.  Seu principal expoente, François Quesnay (1694-1774) comparava a estrutura econômica ao corpo humano regido pelas leis naturais, sendo a agricultura o coração da economia. A lei mais importante para esses economistas seria a da oferta e da procura. Os fisiocratas estão dentro do grupo dos economistas liberais clássicos.  Os fisiocratas cunharam a frase "laissez faire, laissez aller, laissez passer, le monde va de lui-même" ("deixai fazer, deixai ir, deixai passar, o mundo vai por si mesmo"). A ideia era de que a itervenção do Estado na economia seria contra as leis naturais.
  • 19. ADAM SMITH  Suas ideias tiveram grande influência na burguesia do século XVIII, pois atacavam as práticas mercantilistas, além de contestarem a racionalidade dos direitos feudais que ainda resistiam em muitas regiões rurais da Europa.  Em sua obra A Riqueza das Nações (1776), Smith postulou que o que cria a riqueza é o trabalho e, não o comércio, como defendiam os mercantilistas, ou a agricultura, como afirmavam os fisiocratas. Smith defendeu, também, a divisão social do trabalho, como fator que maximizaria a produção e que a necessidade de racionalizar o trabalho impulsionava as invenções no ambiente da fábrica.  Cunhou a expressão “mão invisível”: o mercado pode se autorregular, sem a necessidade de intervenção do Estado. 19 Adam Smith (1723-1790)
  • 20. ADAM SMITH 20  Um Estado verdadeiramente forte, seria um Estado rico, para tanto, seria necessário a existência da livre concorrência e do livre mercado, além do livre comércio entre as nações. A teoria de Smith era contra o favorecimento dos monopólios por parte do Estado.  Para Smith, a economia se move pelo interesse privado dos indivíduos, ainda que não fosse intencional, o egoísmo das pessoas, redundaria no bem comum.  O autor defendia que o trabalho deveria ser realizado por etapas (divisão social do trabalho), maximizando a produção. Ele transpôs a ideia para as nações, que poderiam se especializar em fabricar apenas certos produtos com o objetivo de vendê-los no mercado.
  • 21. DESPOTISMO ESCLARECIDO  No século XVIII, a Inglaterra já tinha empreendido uma série de reformas e a França, centro irradiador das ideias Iluministas, não estava disposta a fazê-lo. Mas a Europa era muito maior e uma série de monarcas e ministros de nações atrasadas social, política e economicamente abraçaram algumas ideias iluministas e promoveram uma série de reformas.  Algo importante é compreender que as mudanças tinham como intuito modernizar esses países sem que seus monarcas, que eram absolutistas, daí o uso da palavra “déspota” em muitos livros, abrissem mão de seu poder. Algumas demandas da burguesia e mesmo do campesinato seriam contempladas, garantindo que a estrutura de poder fosse preservada.  Teremos déspotas esclarecidos, monarcas ou ministros, no Sacro Império Romano Germânico (José II), na Prússia (Frederico II), na Rússia (Catarina II), na Dinamarca (Johann Friedrich Struensee), em Portugal (Marquês de Pombal) etc. 21
  • 22. DESPOTISMO ESCLARECIDO 22 Frederico II (1712-1786), Voltaire chegou a residir em sua corte.  Uma medida comum tomada pelos déspotas esclarecidos em estados católicos foi o banimento da Ordem Jesuítica, associada por seus monarcas ao obscurantismo religioso. Em Portugal, o Estado tentou laicizar a educação, criaram-se as aulas régias, mas, como a maioria dos professores eram religiosos, havia uma carência de mestres.  De uma forma, ou outra, todos os déspotas esclarecidos mostraram preocupação com a modernização da educação, com as ciências, as letras e as artes. José II da Áustria tornou a educação básica compulsória para meninos e meninas.  Na Prússia, na Suécia e na Dinamarca aboliu-se a tortura dos prisioneiros. Em Portugal e no Sacro Império, tentou-se aplicar a tolerância religiosa aos protestantes e judeus.
  • 23. DESPOTISMO ESCLARECIDO 23 Catarina II (1729-1796)  Esses governantes permitiram maior participação dos burgueses na política, desagradando segmentos da nobreza, mas, no geral, não mexeram na estrutura agrária, ou na servidão. Pombal proibiu a escravidão negra em Portugal e reforçou, no caso do Brasil, que os índios deveriam ser livres.  Catarina II, que trocou cartas com Voltaire, Diderot e outros iluministas, chegou a confiscar terras da Igreja Ortodoxa. A monarca também promoveu o início da industrialização do país, estabelecendo a primeira metalúrgica, fundou escolas e hospitais e remodelou a capital, São Petersburgo.  Algumas reformas feitas pelos déspotas esclarecidos foram desfeitas pelos seus sucessores e a Revolução Francesa (1789) produziu uma onda reacionária na Europa.
  • 24. REVISANDO 24  O Iluminismo foi um movimento que criticava o absolutismo monárquico, o mercantilismo e a sociedade estamental.  Seus vários autores influenciaram o pensamento político, econômico e a relação dos indivíduos e do Estado com a religião no Ocidente. Em sua época, influenciaram diretamente a Revolução Americana e todas as revoluções que a seguiram.  São heranças Iluministas a divisão do governo entre três poderes, a separação entre religião e estado, a ideia de que existem direitos naturais e inalienáveis, a noção de que a igualdade jurídica é fundamental para o exercício da cidadania. O liberalismo econômico também é um produto do Iluminismo.  Apesar de ter a França como centro irradiador, as reformas propostas pelos iluministas foram levadas à sério em países que estavam na periferia da Europa., porém a Revolução Francesa interrompeu o processo de reformas na maioria desses países.
  • 25. SÉCULO DAS LUZES E DE AVIVAMENTO ESPIRITUAL 25  A maioria dos livros didáticos não comenta, mas o século XVIII, seja no meio católico, ou entre os protestantes (luteranos, anglicanos e outros), foi marcado por movimentos de avivamento espiritual, santificação e questionamento das estruturas tradicionais.  No caso do catolicismo, os dois movimentos mais notáveis são o Quietismo, que defendia uma via mística e de contemplação, e o Febronianismo, que questionava o papel do papa e defendia maior poder aos bispos. No caso do Josefismo, de José II, imperador do Sacro Império, a ideia era de que a igreja deveria estar submetida ao Estado.  No século XVIII, iniciou-se o trabalho missionário protestante organizado, tendo como pioneiros os Irmãos Morávios.  Entre os luteranos, os Pietistas ressaltavam a necessidade do novo nascimento (conversão) e de uma vida de santificação (pia, daí pietista).  Na Inglaterra, John Wesley, pastor anglicano, iniciou um movimento de santificação contra o formalismo da igreja oficial, visitou a América onde teve contato com os morávios e terminou rompendo com a igreja mãe dando origem à Igreja Metodista.
  • 26. AS MULHERES E O ILUMINISMO 26
  • 27. ELAS NÃO ESTAVAM AUSENTES 27  A maioria dos salões parisienses que promoviam reuniões iluministas eram mantidos por mulheres. Essas damas, algumas muito poderosas, usavam sua posição e riqueza para livrar os iluministas da prisão ou da censura. Madame de Pompadour (imagem ao lado), mais famosa das amantes de Luís XV, usou de sua influência para proteger Voltaire e Diderot e ajudou a garantir a publicação da Enciclopédia.  Se voltarmos para o século XVII teremos duas inglesas, Margaret Cavendish (1623-73) e Anne Conway (1631-79) destacando-se no campo da filosofia. Cavendish, que é considerada a primeira escritora de ficção científica e foi a primeira mulher a participar de uma reunião da Royal Society of London.
  • 28. ELA TRAZUZIU AS OBRAS DE NEWTON PARA O FRANCÊS 28  Filósofa, matemática, física, começou a produzir na década de 1730. Casada aos 18 anos, retomou seus estudos aos 26, e morreu em virtude de complicações em um parto, tendo trabalhado até quase seu último dia de vida.  Sua obra mais reconhecida é a tradução comentada da obra de Isaac Newton, Principia (1687), considerada padrão para o francês até hoje. Publicada em 1756, ela traz considerações relevantes sobre a mecânica newtoniana.  Sua obra pessoal mais importante chama-se Institutions de Physique (1740). Suas ideias aparecem na Enciclopedia. Châtelet foi amante e colaboradora de Voltaire. Gabrielle Émilie Le Tonnelier de Breteuil, Marquise du Châtelet (1706-1749)
  • 29. ELA OUSOU DISCORDAR DE ROUSSEAU 29  Foi salonista e apoiadora de vários iluministas, como Rousseau, foi amiga de Diderot, D’Alembert e do Barão d’Holbach. Terminou por se desentender com Rousseau, a quem patrocinava. Ele se tornou seu inimigo.  Escreveu romances, suas cartas trocadas com vários iluministas foram publicadas, sua obra mais lembrada é Conversations d'Émilie, em formato de cartas para a neta, Émilie. O tema é a educação da menina, e serve de contraponto para o Émile de Rousseau, que defendia que as mulheres deveriam ser educadas para a submissão.  Simone de Beauvoir considerava Madame d’Épinay uma figura importante para a discussão dos direitos das mulheres na França. Louise Florence Pétronille Tardieu d'Esclavelles d'Épinay (1726-1783), mais conhecida como Madame d’Épinay.
  • 30. ELA LUTOU PELO DIREITO À CIDADANIA FEMININA 30  Escritora de peças, ativista política, destacou-se por sua defesa da abolição da escravatura e dos direitos das mulheres.  Participou intensamente da Revolução Francesa (1789), mas decepcionou-se com os rumos do movimento. Algo que a indignou foi o fato de negarem à cidadania às mulheres. Em protesto, escreveu a “Declaração dos Direitos da mulher e da Cidadã” (1791).  Não foi executada por seus escritos feministas, mas por questionar o governo jacobino. Sua morte, no entanto, foi usada como uma advertência para as mulheres politicamente ativas, que não aceitavam que os homens não iriam permitir-lhes o pleno exercício da cidadania. Olympe de Gouges (1748-1793)
  • 31. A FALTA DE EDUCAÇÃO TORNA AS MULHERES INDERIORES 31  Escritora inglesa e defensora dos direitos das mulheres, Wollstonecraft, escreveu o livro manifesto “Reivindicação dos direitos da mulher” (1792). Considerado um dos documentos fundadores do feminismo, o livro denuncia a exclusão das mulheres do acesso a direitos básicos no século XVIII, especialmente o acesso à educação formal.  Em seu livro, Wollstonecraft discutiu a obra de vários filósofos, dentre eles Rousseau, que defendia a inferioridade das mulheres.  Estava na França durante o terror jacobino e se decepcionou com os rumos da Revolução e o tratamento dado às mulheres. Mary Shelley, autora de Frankenstein, é sua filha. Mary Wollstonecraft (1759-1797)
  • 32. ELA NÃO É UMA ESPOSA ANÔNIMA 32  Você certamente já viu esse quadro. Talvez, ele venha com a legenda indicando que a mulher é esposa de Antoine Lavoisier (1743-1794), o pai da Química Moderna. O fato é ela também era uma cientista.  Marie-Anne Pierrette Paulze (1758-1836) é considerada um dos fundadores da química moderna junto com o marido com foi casada aos 13 anos, quando ele já tinha 28. Não foi um casamento por amor, mas para evitar que um homem poderoso e com 50 anos, forçasse um matrimônio com ela.  Casada, ela estudou Química, trabalhava no laboratório junto com o marido e era responsável pelas traduções do latim e do inglês para o francês. Quando da Revolução, tentou salvar o marido da morte, mas não conseguiu.
  • 33. E ISSO É SOMENTE UMA AMOSTRA 33  Coloquei essa parte final sobre as mulheres, não porque irá ser cobrado em qualquer prova, mas porque nossos livros didáticos tendem a omitir a participação das mulheres no Iluminismo, nas ciências e na produção de conhecimento ao longo da História.  Mesmo as salonistas, essas mulheres ricas interessadas no progresso das ciências e das artes, não são citadas. Até estão nos quadros, mas seus nomes não aparecem.  Fui econômica, mas poderia ter acrescentado outras mulheres cientistas, filósofas, enfim, elas estavam lá, inclusive possibilitando com seus dinheiro, proteção, que os iluministas tivessem condições de trabalhar.  Para quem tiver interesse, é só continuar a pesquisa.
  • 34. QUALQUER DÚVIDA...  Se quiser perguntar alguma coisa, tirar dúvidas, use o AVA.  Se você não é meu aluno, ou aluna, e chegou a esse material, pode usá-lo sem problema, desde que creditando a fonte.  Autora: Valéria Fernandes da Silva  E-mail de contato: shoujofan@gmail.com  Site: http://www.historiativa.com  Data: 29 de março de 2020. 34