O documento discute a importância da formação profissional para os trabalhadores brasileiros e os desafios atuais. Aponta a necessidade de ampliar a oferta de cursos profissionalizantes de qualidade e acessíveis, além de regulamentar melhor as instituições que oferecem esses cursos com recursos públicos. Também defende que a educação profissional deve ser usada para promover a inclusão social no campo e não o êxodo rural.
Contributo da Educação para Inserção dos Jovens Moçambicanos no Mercado de Em...Rogério Marques Júnior
Acredita-se, no presente artigo, que a Educação é a força propulsora rumo ao desenvolvimento de países e responsável pela redução das desigualdades sociais e económicas. Se não for reconhecido o seu valor, nada pode ser pensado, melhorado e resolvido. Um povo sem educação diga-se ser um povo “escravo”.
É neste contexto que o presente artigo faz uma reflexão em torno do contributo da educação para a inserção dos jovens moçambicanos no mercado de trabalho visto que, neste país, o mercado de emprego tem crescido de forma rápida trazendo consigo várias oportunidades porém a demanda profissional traz consigo também vários desafios. Regra geral, o que tenta-se responder ao longo do artigo é: O que está a educação a fazer para permitir a empregabilidade dos jovens hoje?
Contributo da Educação para Inserção dos Jovens Moçambicanos no Mercado de Em...Rogério Marques Júnior
Acredita-se, no presente artigo, que a Educação é a força propulsora rumo ao desenvolvimento de países e responsável pela redução das desigualdades sociais e económicas. Se não for reconhecido o seu valor, nada pode ser pensado, melhorado e resolvido. Um povo sem educação diga-se ser um povo “escravo”.
É neste contexto que o presente artigo faz uma reflexão em torno do contributo da educação para a inserção dos jovens moçambicanos no mercado de trabalho visto que, neste país, o mercado de emprego tem crescido de forma rápida trazendo consigo várias oportunidades porém a demanda profissional traz consigo também vários desafios. Regra geral, o que tenta-se responder ao longo do artigo é: O que está a educação a fazer para permitir a empregabilidade dos jovens hoje?
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaJosé Mesquita
Urge proceder à “alfabetização cultural” da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres, como acontece nas designadas Universidades para a Terceira Idade.
Convém incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
A contribuição do serviço social na formação e qualificação dos jovens salvad...Pricrisostomo
Esse artigo discorre a contribuição do Serviço Social na inserção no mercado de trabalho de jovens em situação de vulnerabilidade por meio de projetos sociais.
Sobre o conceito de arte e a formação escolar na educação de jovens e adultos...Gustavo Araújo
O artigo tem por objetivo entender a formação escolar do estudante da Educação de Jovens e Adultos e compreender como são construídos alguns conceitos sobre a arte nessa modalidade educacional. Discutimos brevemente aspectos históricos do surgimento da EJA no Brasil e em Mato Grosso, na intenção de contextualizar historicamente o problema deste estudo, além de refletir as relações entre arte e sociedade, a qual é entendida como conhecimento humano, objeto estético e artístico, fruto do processo histórico e social da humanidade. É evidente nas falas dos alunos da EJA que a maioria deixou a escola devido à necessidade de trabalhar, ocasionando a evasão escolar, que é um grave problema para a educação brasileira. Além disso, os conteúdos de Arte na Educação de Jovens e Adultos devem contribuir para a preparação e maior inserção desses alunos no mercado de trabalho e, também, como participantes críticos e ativos na sociedade, ao compreenderem que o conhecimento é construído socialmente durante a aprendizagem em arte e no contato constante com as manifestações artísticas, tendo no professor e na escola importantes mediadores para esse processo.
ABSTRACT
The scientific paper aims to understand the training school of the student in Youngsters and Adults Education and understanding are built as his views on art in this modality. We discuss historical aspects of the emergence of youngsters and adults education in Brazil and Mato Grosso state, with the intention of contextualizing historically this research, in addition to reflections on relations between art and society, which is understood as human knowledge, aesthetic object and artistic, due to the social and historical process of humanity. It is evident in the speech of students in youngsters and adults education that most left school due to the necessity of working, leading to truancy, which is a serious problem for Brazilian education. In addition, the contents of arts in youngsters and adults education should contribute to the preparation and greater integration of these students into the labor market and also as critical and active participants in society, to understand that knowledge is socially constructed during learning in art and in constant contact with the artistic demonstrations, with the teacher and school important mediators in this process.
A Juventude e a Educação - da política da cigarra ao sacrifício da formigaJosé Mesquita
Urge proceder à “alfabetização cultural” da nação portuguesa, não só através duma educação auto-sustentada, como principalmente dum programa nacional de instrução das massas laborais, urbanas e rurais. O processo educativo deve contemplar não só os jovens estudantes, como também as classes etárias intermédias ou produtivas. Aos desempregados deverá ser dada prioridade num programa de formação intelectual e de reaprendizagem da vida produtiva. Aos idosos deverá ser franqueada a entrada nas universidades para obterem cursos reais e efectivos, e não apenas a simples ocupação dos tempos livres, como acontece nas designadas Universidades para a Terceira Idade.
Convém incutir não só nos jovens como nas classes adultas uma educação autodidáctica, estribada na observação e na análise empírica, a qual poderá vir a ser consolidada por um acompanhamento de leituras educativas a preços controlados e acessíveis. O Estado precisa de optar urgentemente por uma política do Livro, que facilite a edição a baixo custo e proporcione o consumo e a popularização da leitura. Daqui resultará uma política de defesa e valorização da língua portuguesa, uma divulgação e fomento da leitura pelo prazer da descoberta autodidáctica dos grandes valores da literatura nacional.
A contribuição do serviço social na formação e qualificação dos jovens salvad...Pricrisostomo
Esse artigo discorre a contribuição do Serviço Social na inserção no mercado de trabalho de jovens em situação de vulnerabilidade por meio de projetos sociais.
Sobre o conceito de arte e a formação escolar na educação de jovens e adultos...Gustavo Araújo
O artigo tem por objetivo entender a formação escolar do estudante da Educação de Jovens e Adultos e compreender como são construídos alguns conceitos sobre a arte nessa modalidade educacional. Discutimos brevemente aspectos históricos do surgimento da EJA no Brasil e em Mato Grosso, na intenção de contextualizar historicamente o problema deste estudo, além de refletir as relações entre arte e sociedade, a qual é entendida como conhecimento humano, objeto estético e artístico, fruto do processo histórico e social da humanidade. É evidente nas falas dos alunos da EJA que a maioria deixou a escola devido à necessidade de trabalhar, ocasionando a evasão escolar, que é um grave problema para a educação brasileira. Além disso, os conteúdos de Arte na Educação de Jovens e Adultos devem contribuir para a preparação e maior inserção desses alunos no mercado de trabalho e, também, como participantes críticos e ativos na sociedade, ao compreenderem que o conhecimento é construído socialmente durante a aprendizagem em arte e no contato constante com as manifestações artísticas, tendo no professor e na escola importantes mediadores para esse processo.
ABSTRACT
The scientific paper aims to understand the training school of the student in Youngsters and Adults Education and understanding are built as his views on art in this modality. We discuss historical aspects of the emergence of youngsters and adults education in Brazil and Mato Grosso state, with the intention of contextualizing historically this research, in addition to reflections on relations between art and society, which is understood as human knowledge, aesthetic object and artistic, due to the social and historical process of humanity. It is evident in the speech of students in youngsters and adults education that most left school due to the necessity of working, leading to truancy, which is a serious problem for Brazilian education. In addition, the contents of arts in youngsters and adults education should contribute to the preparation and greater integration of these students into the labor market and also as critical and active participants in society, to understand that knowledge is socially constructed during learning in art and in constant contact with the artistic demonstrations, with the teacher and school important mediators in this process.
Artigo sobre a auto percepção dos jovens sobre sua cidadania, sua apropriação de direios e oportunidades, bem como seu potencial para promover um futuro melhor para si e toda a sociedade.
RELAÇÕES ENTRE O ESTADO E A ESCOLA NO BRASIL, PARTICIPAÇÃO E POLÍTICAS EDUCAC...Paulo Lima
Estudo sobre as relações entre Estado e escola no Brasil, o âmbito da
participação nas políticas educacionais e a gestão democrática em três eixos: efetividade,
possibilidade e necessidade. Por meio do materialismo histórico dialético destacamos que
a educação veiculada em todo o mundo como direito de todo homem e como passaporte
para a sua riqueza a partir da década de 1990, ascendeu como especial atenção em meio
ao modo-de-produção capitalista, como alternativa unilinear de solidarização econômica,
social e política, de modo particular nas políticas educacionais do Brasil, inicialmente no
governo de Fernando Henrique Cardoso e tendo continuidade no governo petista de Luís
Inácio Lula da Silva por meio de suas projeções de participação popular anunciadas e
listadas Plano Plurianual (PPA) 2004-2007, consistindo numa gestão democrática
consentida. Este movimento de esvaziamento do político, com conseqüente
fortalecimento de resultados pragmáticos, a exemplo do mercado, mudou a o foco da
centralidade do poder decisório, do coletivo para o autocrático e também o reducionismo
dos movimentos populares e sociais, instituindo na escola canais legítimos de
participação (conselhos, associações de pais e mestres, constituinte escolar, dentre outros)
ritmados pelo ideário da reprodução capitalista.
O manifesto “A educação tem que ser compromisso prioritário” – aprovado no último dia 20, em Brasília, pela Plenária Nacional de Educação e subscrito por 16 entidades nacionais comprometidas com a defesa do fortalecimento da educação pública, gratuita, democrática de qualidade e socialmente referenciada – está disponível integralmente em folder lançado pelo conjunto das entidades.
O objetivo é que, além da entrega do documento com as principais demandas da educação nacional aos presidenciáveis, o folder também possa ser utilizado nos estados, junto aos candidatos ao Legislativo e aos governos, para reafirmar o compromisso com a educação.
Fonte: Contee
O presente artigo tem a pretensão de fazer um debate sobre os impactos que os processos de exclusão social e econômica, bem como o desrespeito ao direito à diferença sobre o ambiente escolar, atingindo diretamente a formação intelectual, o aprendizado e a socialização de estudantes que vivem em uma condição de desigualdade social. Nessa perspectiva, tornou-se oportuno trazer duas famosas teorias educacionais que enxergam a escola, tanto como um aparelho ideológico do Estado, como também, um espaço propício à violência simbólica. Visto essas concepções, o estudo se debruça sobre algumas situações de fracasso escolar envolvendo estudantes negros, homossexuais e mulheres, mostrando o quanto o ambiente escolar não é capaz de se constituir como um espaço de aprendizagem, auto-estima e emancipação, em virtude dos princípios vigentes no sistema de ensino. E diante dessas concepções, espera-se trazer a baila uma visão mais crítica sobre os valores educacionais vigentes e como eles atuam para corroborar ainda mais para a solidificação de uma sociedade individualista e alicerçada por uma isonomia abstrata e uma cidadania que ao uniformizar às diferenças, acentua ainda mais as desigualdades.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
Slides Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 9, Central Gospel, As Bodas Do Cordeiro, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 9, CPAD, Resistindo à Tentação no Caminho, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
Atividade - Letra da música Xote da Alegria - FalamansaMary Alvarenga
A música “Xote da Alegria”, da banda Falamansa, sugere uma reflexão sobre a importância de ser fiel a si mesmo, em vez de se moldar às demandas de outros. A canção aborda a questão da felicidade como uma escolha pessoal, incentivando as pessoas a perseguir seus sonhos com seriedade e determinação.
regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins
Hans Kelsen - Teoria Pura do Direito - Obra completa.pdf
Vanguarda classista 2014
1. A FORMAÇÃO PROFISSIONAL E OS DESAFIOS DA CLASSE
TRABALHADORA
Pernambuco - ano II
É Preciso continuar a
lutar! | p.02
“Se você é capaz de tremer
de indignação a cada vez
que se comete uma injusti-
ça no mundo, então somos
companheiros”
Che Guevara
Precarização do trabalho,
tercerização e estágio | p.02
Mercado de trabalho
versus juventude | p.03
Por Wallace Melo Barbosa
As iniciativas de ampliação da educação profissional,
técnica e tecnológica, a exemplo do PRONATEC, bus-
cam responder à necessidade de ampliar a qualificação
dos trabalhadores(as), de cursos e de instituições fede-
rais e estaduais de educação tecnológica. Um desafio
decisivo para o Brasil, que viu nos anos 90 um brutal
ataque à educação, tendo em vista o sucateamento das
escolas, das universidades, dos cursos técnicos e dos
profissionalizantes, além do contínuo processo de des-
valorização dos trabalhadores e trabalhadoras do setor
educacional.
Nessa conjuntura, consideramos ser fundamental e es-
tratégico para o desenvolvimento social e econômico
do Brasil, uma política ativa de formação profissional
que proporcione aos brasileiros(as) condições técnicas
e intelectuais para que assim, ocupem os variados pos-
tos de trabalho. E diante disso, há de se concordar que
o atual momento, nos permite, enquanto defensores
de um projeto nacional de desenvolvimento, lutar pela
ampliação dessas iniciativas voltadas ao ensino edu-
cação profissional, expandindo-os, interiorizando-os e
democratizando sua oferta para estudantes e trabalha-
dores.
Nessa mesma conjuntura, cabe aqui nos debruçarmos
sobre uma reflexão a respeito de algumas problemá-
ticas pontuais e assim afirmar que a construção de
um panorama decente dentro do mundo do trabalho
requer, além da vontade, um esforço político e o en-
volvimento de vários segmentos da sociedade civil na
atenção e na ampla oferta dos cursos. Nesse ponto des-
taco a atuação do setor privado da educação, já que, de
um modo geral, foram essas instituições que passaram
a oferecer essa modalidade de ensino ao longo das úl-
timas décadas, em especial o Sistema “S”, considerado
como o principal receptor dos investimentos públicos
destinados à educação profissional, técnica e tecnológi-
ca. Dessa forma, acreditamos que as instituições ofer-
tantes de cursos técnicos, profissionalizantes e tecno-
lógicos subvencionados por recursos públicos, devam
ser reguladas por mecanismos que aumentem a capa-
cidade da sociedade – e em especial os trabalhadores –
fiscalizarem a aplicação dos valores investidos, a qua-
lidade dos cursos e as condições dos(as) profissionais
contratados(as), no que tange os direitos trabalhistas.
Além desse ponto, a conjuntura também nos permite
uma atenção a outro problema que se relaciona dire-
tamente com o tema em questão. Contraditoriamente
aos discursos e propagandas governamentais, fecham-
se as escolas rurais e o SENAR, sob exclusiva gerência
do agronegócio, não contempla a agricultura familiar,
nem enfrenta a necessidade de se investir na educação
no campo quando o dilema da sucessão rural ainda é
gritante. Nessa quadra, temos que entender que a in-
teriorização do ensino profissional deve ser tratada
como uma ferramenta estratégica de inclusão social e
enfrentamento ao êxodo rural, e não o contrário.
Diante dessa perspectiva, torna-se imperioso uma ava-
liação sobre as diretrizes fundamentais da educação
profissional para que haja muito além da oferta pro-
priamente dita, um estímulo a elevação da escolarida-
de, uma inclusão de conteúdos humanistas dentro ma-
trizes curriculares, uma carga horária compatível com
a qualidade e o aprendizado, assim como o estímulo
e a liberdade de organização sindical e estudantil. Ou
seja, é preciso muito mais que uma simpes ampliação
momentânea da formação profissional básica.
Pois na atual conjuntura, o que está em jogo é a dispu-
ta de duas correntes ideológicas antagônicas, uma am-
plamente defendida pela elite que insiste em definir a
educação como um serviço mercantilizado e/ou mero
processo de formação de mão-de-obra voltado aos in-
teresses do mercado, e outra, que afirma ser necessá-
rio para o povo brasileiro, uma política permanente e
democraticamente debatida, voltada para o fortaleci-
mento da educação profissional, técnica e tecnológica,
cujo os princípios sirvam principalmente para fomen-
tar uma educação pública de qualidade, a capacidade
reguladora do Estado sobre a educação privada, a for-
mação e a geração de empregos e a transparência na
utilização dos recursos públicos.
E dessa forma, não resta dúvidas que, enquanto classe
trabalhadora, precisamos tomar as decisões mais avan-
çadas, abrir mão do conformismo e unificar nossas
forças e experiências, visando sempre a construção de
uma plataforma educacional que tenha a capacidade
de contribuir efetivamente para um amplo processo de
desenvolvimento humano e social. Ainda temos um
longo caminho, mas as condições estão postas e o de-
safio, não é de nenhuma maneira, superior ao tamanho
das nossas motivações e coragem de transformar esse
mundo.
Visite:www.vanguardaclassista.blogspot.com
Trabalho escravo no Brasil:
As novas senzalas do séc. XIX
| p.04
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2. A Vanguarda Classista | Ano II
Pág. 02
É PRECISO CONTINUAR A LUTAR!
Por Jocimar Gonçalves
Divisor de águas na história deste país,
o ano de 2013 marcou o início de jorna-
das que não se viam desde os protes-
tos do “Fora Collor”. Insatisfeitos com
as atuais práticas adotadas pelos par-
lamentares, os jovens saíram às ruas
para reivindicar melhorias nos setores
básicos da sociedade. Mais um ano se
aproxima e a juventude brasileira con-
tinua sua busca incessante por espaços
na política, no mercado de trabalho,
por acesso à cultura, educação, lazer,
esporte e tantos outros. 2013 foi mar-
cado por grandes demonstrações de
força e rebeldia dos jovens brasileiros
que mostraram que a fama de acomo-
dados é totalmente contrária ao perfil
de guerreiros que eles realmente de-
monstraram possuir. Che Guevara em
um de seus inúmeros discursos, disse
uma vez que “Ser jovem é ser revolu-
cionário”. Essa pode ser considerada
uma das melhores características para
definí-los.
Sabemos o quanto é difícil viver em
um sistema capitalista que não dá à
devida atenção às crianças e jovens
de seu país, que não prioriza a educa-
ção como instrumento transformador,
fazendo com que a mesma seja um
grande atrativo para essa juventude
que dos últimos anos para cá vêem os
seus sonhos cada vez mais distantes
por não encontrarem sequer uma esco-
la com condições que proporcione um
aprendizado diferenciado. Vivemos
um século de revoluções tecnológicas
que estão mudando o modo de viver
da população mundial. Entretanto,
os jovens das periferias não têm total
acesso a essa dita revolução.
Nas últimas décadas, o Brasil tem re-
gistrado uma grande redução da po-
pulação jovem como mostra o gráfico
da pesquisa do censo de 2010 feito pelo
IBGE. Os grupos etários referente aos
menores considerados adolescentes-
jovens (entre 15 à 19 anos) apresentam
uma visível diminuição no seu con-
tingente comparado ao senso feito na
última década. O crescimento absoluto
da população do Brasil nestes últimos
dez anos se deu principalmente em
função do crescimento da população
Jovem adulta (faixa-etária dos 25 aos
29 anos), com destaque também para
o aumento da participação da popu-
lação idosa. A violência e o tráfico de
drogas são, sem dúvidas, uns dos prin-
cipais motivadores dessa diminuição.
É imprescindível que a juventude con-
tinue sua luta por melhores condições
de vida no Brasil; que os governantes
entendam que investir na juventude é
investir no futuro do país, pois serão es-
ses os professores, médicos, advogados
que terão a missão de fazer com que
esse país cresça de uma forma igual, so-
berana e mais justa.
Composição da população residente total, por sexo e grupos de idade.
ESTATUTO DA JUVENTUDE: PARTICIPE DA CAMPANHA #TODOJOVEMTEMDIREITO
Fonte: Secretaria Nacional de Juventude
Com a hashtag #TodoJovemTemDirei-
to, a Secretaria Nacional de Juventude
(SNJ) da Secretaria-Geral da Presidên-
cia da República inicia, nesta segunda-
feira (10/3), uma campanha nas redes
sociais para divulgar o Estatuto da Ju-
ventude, que entrou em vigor no dia 2
de fevereiro. O documento contempla
pelo menos 51 milhões de brasileiros
e brasileiras, com idade entre 15 e 29
anos, e define os direitos que o Esta-
do deve assegurar a essa parcela da
população. O objetivo é divulgar am-
plamente o texto, para que os jovens
conheçam esses direitos e reconheçam
o Estatuto como um instrumento legal
para suas reivindicações.
Ao todo, o documento estabelece 11
direitos, que foram definidos a partir
das necessidades e anseios da juven-
tude brasileira: Direito à Cidadania, à
Participação Social e Política e à Repre-
sentação Juvenil; Direito à Educação;
Direito à Profissionalização, ao Traba-
lho e à Renda; Direito à Diversidade e
à Igualdade; Direito à Saúde; Direito à
Cultura; Direito à Comunicação e à Li-
berdade de Expressão; Direito ao Des-
porto e ao Lazer; Direito ao Território
e à Mobilidade; Direito à Sustentabi-
lidade e ao Meio Ambiente; Direito à
Segurança e ao Acesso à Justiça.
O Estatuto foi amplamente discutido
com os movimentos e entidades da so-
ciedade civil e tramitou por quase dez
anos no Congresso Nacional. Além
dos direitos, o texto define dois bene-
fícios diretos para esse público: os des-
contos e gratuidades em transporte in-
terestadual para jovens de baixa renda
e a meia-entrada em eventos culturais
e esportivos para estudantes e jovens
de baixa renda. Ambos se encontram
em fase de regulamentação no gover-
no federal.
O documento estabelece, ainda, a cria-
ção do Sistema Nacional de Juventude
(Sinajuve), que vai definir o planeja-
mento, a implementação, o acompa-
nhamento e a avaliação das ações,
planos e programas que constituem
as políticas públicas de juventude, em
âmbito federal, estadual e municipal.
Participe da campanha, ajude a divul-
gar o Estatuto da Juventude, acessan-
do e compartilhando as informações,
que estarão disponíveis nos canais da
SNJ.
Visite nosso grupo no Facebook e
participe dos debates: Coletivo de
Jovens Trabalhadores CTB/PE
3. A Vanguarda Classista | Ano II
Pág. 03
MOVIMENTOS DE JUVENTUDE SE REÚNEM E PLANEJAM JORNADA NACIONAL DE LUTAS 2014
JUVENTUDE CETEBISTA ANALISA AVANÇOS
Retirado do site da CTB
A juventude da CTB participou, em
2013, de diversas atividades nacionais
e internacionais que fortaleceram a re-
lação dos jovens com o sindicalismo e
ampliará as lutas no próximo ano.
Em fevereiro, integrou a primeira Ple-
nária Nacional Unificada da Jornada
de Lutas da Juventude, momento em
que ocorreu o debate que deu origem
ao manifesto da atividade. No mesmo
mês, a seção estadual da Central no
Piauí fundou um coletivo.
Já no mês de março, atuou no Congres-
so da Contag e na marcha das centrais
sindicais em Brasília. Nos meses de
abril e maio foram realizados encon-
tros estaduais preparatórios para o 3º
Congresso Nacional da Central e tam-
bém para o 2º Encontro Nacional da
Juventude realizado em junho - mes-
mo mês do Congresso da UEE.
Em julho, a juventude comemorou a
aprovação do Projeto de Lei 232/2007,
que destina 75% dos royalties do pe-
tróleo para a educação no mês seguin-
te foi sancionado o Estatuto da Juven-
tude, em Brasília.
Novembro foi marcado pelo 2º Encon-
tro Regional de Jovens da Federação
Sindical Mundial (FSM) do Cone Sul,
no Uruguai e fechamos o ano com a
representantes de diversos movimentos se encontraram na sede da UNE para definição das pautas
Retirado do site da União Nacional dos Es-
tudantes (UNE).
A sede das entidades estudantis, em
São Paulo, recebeu na tarde desta ter-
ça-feira (28/01) integrantes de diver-
sos movimentos de juventude para a
primeira reunião de organização da
próxima Jornada de Lutas, série de
manifestações que vão tomar as ruas,
instituições de ensino e espaços pú-
blicos entre os meses de março e abril
deste ano.
A Jornada Nacional de Lutas da Juven-
tude Brasileira vem sendo organizada
anualmente pelas entidades estudantis
e movimentos sociais com objetivo de
intensificar a pauta por melhorias na
educação, na cidade e no campo, no
transporte público, nas condições de
trabalho, pelo fim do extermínio da
juventude, principalmente os negros e
negras, e mais direitos para os jovens.
Em 2013, as marchas foram realizadas
em 22 capitais e várias cidades do inte-
rior do Brasil.
‘’A juventude mobilizada nas ruas é
instrumento fundamental para impul-
sionar novas páginas da democracia
brasileira’’, destacou a presidenta da
UNE, Virgínia Barros.
Para o representante do Movimento
dos Trabalhadores Sem Terra (MST),
Raul Amorim, esta primeira reunião
surgiu para continuar a iniciativa ini-
ciada no ano passado. ‘’Estamos aqui
para construir um novo calendário de
lutas e reforçar o papel da juventude
nas transformações do Brasil’’, falou.
PRIMEIROS APONTAMENTOS
Entre os encaminhamentos da reunião,
ficaram decididas como pautas princi-
pais da próxima Jornada de Lutas da
Juventude Brasileira o plebiscito popu-
lar pela reforma política, a democrati-
zação da mídia, o fim do extermínio da
juventude negra, a desmilitarização da
polícia e os 10% do PIB para a educa-
ção com foco no combate à mercantili-
zação do setor, problema em evidência
nas últimas semanas em razão do des-
credenciamento das instituições Gama
Filho e UniverCidade.
‘’Hoje, os empresários do setor educa-
cional são os que mais lucram no Bra-
sil. Não podemos deixar que a lógica
de capital aberto dessas instituições
que faz com que o único compromisso
de seus dirigentes seja o retorno de lu-
cro para seus investidores passem por
cima de uma educação de qualidade
conectada com os interesses do país’’,
enfatizou a presidenta da UNE.
Uma próxima reunião será realizada
no dia 6 de fevereiro, na sede das en-
tidades estudantis. O objetivo é que
os movimentos presentes se preparem
para a assembleia do dia 16 de feverei-
ro, em Brasília, que definirá os encami-
nhamentos das manifestações.
participação da CTB no XVIII Festival
Mundial da Juventude e Estudantes,
no Equador.
Em 2014, cabe a nós classistas, investir-
mos no coletivo desta área e aperfeiço-
armos nossa participação para sermos
protagonistas das mudanças nas rela-
ções da Juventude Trabalhadora.
4. A Vanguarda Classista | Ano II
Pág. 04
Expediente
Colaboradores: Arthur Victor; Ga-
briel Alex; Jocimar Gonçalves; Nilson
Vellazquez; Wallace Melo.
Diagramação: Arthur Victor
Contatos:wallacemelo@sinpro-pe.
org.br
End: Rua Almeida Cunha, 65. Santo
Amaro | Recife - PE. Cep: 50050-480.
PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO, TERCEIRIZAÇÃO E ESTÁGIO
Por Nilson Vellazquez
As revoluções burguesas do século
XVIII, como dito em vários momentos,
edificaram as condições para que se fi-
zessem lutas emancipadoras pelo mun-
do. Com certeza, as perspectivas de mu-
danças radicais no modelo de sociedade
- o Socialismo - sempre esteve ligado às
condições dadas por aqueles momentos
históricos e, sobretudo, pelas condições
que eram dadas à classe trabalhadora de
exercer/vender o seu trabalho.
Não é segredo pra ninguém, por exem-
plo, as condições em que se encontravam
os trabalhadores na Inglaterra pré-Revo-
lução Industrial; bem como não é segre-
do as condições de trabalho na Europa
como um todo, incluindo-se aí, a Rússia
czarista.
A bipolarização que ocorria no mundo
durante a Guerra Fria surtiu um efeito
salutar nesses episódios tão rememo-
rados por aqueles que lutam por uma
emancipação social. Afinal de contas,
foi, em última instância, a disputa pela
hegemonia mundia de então, que pres-
sionou e edificou uma lógica em que
direitos fossem conquistados pela classe
trabalhadora. Sendo assim, se não fosse
a experiência dos comunistas na URSS,
direitos como férias; décimo terceiro sa-
lário; aviso prévio, entre outros, não se-
riam garantidos.
Com a queda da URSS e pós declara-
ção do famigerado “fim da história”,
a hegemonia imperialista reconstruiu
condições e lógicas sociais e trabalhis-
tas mundo afora. Exemplo maior disso
são duas faces de uma mesma moeda: a
tentativa de hegemonização do trabalho
terceirizado e a exacerbada contratação
via estágio.
Na realidade brasileira, Projetos de Lei
como o PL 4.330 tentam generalizar a
terceirização a setores que, até agora, es-
tão fora dessa lógica. Como afirmado em
artigo de Adilson Araújo à Princípios,a-
tualmente só admite-se a contratação em
regime de terceirização para trabalho
temporário; contratação de serviços de
vigilância; serviços de conservação e lim-
peza e serviços especializados ligados à
atividade-meio do tomador.
Para os trabalhadores mais jovens, o es-
tágio, que parece ser uma saída valoro-
sa para ingressar-se no mercado de tra-
balho, uma lógica ainda mais perversa
é tomada, pois serviços que devem ser
cumpridos por trabalhadores cujos di-
reitos sejam cumpridos plenamente, são
feitos por estudantes na condição de es-
tagiários. A perversão da lógica torna-se
ainda maior quando, mesmo após publi-
cada a lei nº 11.788 (Lei do Estágio), de
autoria da Deputada Federal Manuela
D’Ávila (PCdoB), o Capital usurpa os di-
reitos dados a essa camada populacional,
juntando duas lógicas: a terceirização
do serviço do estagiário. Dessa forma, o
contratante do estagiário, sendo empre-
sas contratadas pelo poder público, por
exemplo, fazem o contrato da maneira
como querem, afinal existe o exército re-
serva.
Fica latente, então, a necessidade de
aliança cada vez maior entre a juventude
que trabalha e a juventude que estuda,
entendendo que a luta sindical e estudan-
til compõem uma luta ainda maior, que é
pela emancipação da classe trabalhado-
ra, para a qual o Capital tenta preparar
precariamente parcela considerável da
juventude brasileira. Unir o movimento
sindical ao movimento estudantil a fim
de barrar o PL 4330 e aumentar a fiscali-
zação em torno da Lei do Estágio são de-
safios prementes para se alcançar novos
passos para o desenvolvimento pleno de
nossa sociedade.
TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL: AS NOVAS SENZALAS DO
SÉCULO XIX
Por Arthur Victor
Apesar dos cento e vinte cinco anos da
assinatura da Lei Aurea, a herança co-
lonial ainda é muito presente em nossa
sociedade. Desde uma economia agro-
exportadora as cozinhas dos grandes
condomínios de luxo.
De fato mais de trezentos anos de ex-
ploração foram suficientes para fincar
as raízes da casa grande em nossa so-
ciedade. Alicerçada sobre o trabalho
do africano, os senhores de engenho
dos tempos modernos cultivam práti-
cas coloniais em seus condomínios de
luxo. Por exemplo, as empregadas do-
mesticas, serviçais ou cozinheiras dos
grandes condomínios são de maioria
negra, e ainda recebem um péssimo
salário pelos serviços que na maioria
dos casos, são forçadas a trabalharem
em vários lugares para completar a
renda familiar. Outras profissões como
manobristas, entre outros são ocupa-
dos por aqueles que séculos atrás re-
alizavam os mesmos trabalhos para
seus senhores. Em troca do trabalho,
em vez de comida, um baixo salário.
No campo a situação não é diferente.
Nas regiões mais afastadas do Brasil,
onde não existe uma fiscalização pre-
sente, grandes proprietários rurais
aliciam famílias para trabalharem em
suas terras, prometendo várias vanta-
gens. Porem, ao chegar aos locais de
trabalho os indivíduos são submetidos
a trabalhos forçados.
Diante de tais situações, questionamos
se realmente o Brasil se livrou do fan-
tasma da escravidão. Práticas tão co-
muns em nosso dia-a-dia nos remete
aos tempos das senzalas. Não é de se
estranhar que um grupo denominado
de “justiceiros” encarnam o papel de
capitães do mato, ao amararem um ne-
gro a um poste no Rio de Janeiro, e a
grande mídia burguesa na figura rea-
cionária de uma determinada apresen-
tadora de um telejornal, aplaude de pé
a atitude do grupo.