2. CONTEÚDO
• 1. Mitose
• 2. Ciclo celular
• 3. Meiose
• 4. Formação de gametas
• A praticar!
3. MITOSE
• No interior do núcleo do zigoto há milhares de
genes; mitade deles vem da mãe (50%), e outra
mitade, do pai (50%). Para que essa quantidade se
mantenha constante, as células se dividem por meio
de um mecanismo denominado mitose.
• Graças à mitose, nosso corpo cresceu e se
desenvolveu. Esse fenômeno não ocorre somente em
humanos. Vegetais crescem por intermédio de
mitoses sucessivas; invertebrados, algas, bactérias,
fungos e até as leveduras usadas para fazer pão
realizam mitose. Em seres unicelulares, esse
processo é chamado de reprodução.
4. MITOSE
• A mitose é uma divisão conservativa, ou seja,
que mantém constante a quantidade de material
genético das células. Pode também, ser
denominada equacional, já que a célula-mãe
(2n) é idêntica às duas células filhas (2n).
• A compreensão da mitose é relevante para
entender o processo de formação do câncer.
Quando as células perdem o controle sobre suas
mitoses, as divisões descontroladas
produzem os diversos tipos de tumores (câncer).
6. MITOSE E CÂNCER
FONTE: https://pontobiologia.com.br/divisao-celular-cancer/
Divisões
descontroladas!
7. MITOSE
• As células têm um tempo de vida determinado.
Algumas como os neurônios e as células que formam
o tecido muscular esquelético (fibras musculares
estriadas esqueléticas) podem durar toda a vida do
indivíduo (permanentes).
• Outras, porém, são de curta duração (lábeis) como os
gametas e as hemácias (120 días de vida aprox.) ou
mais estáveis que duram muitos meses ou anos, como
as células dos epitélios glandulares, do tecido adiposo,
das cartilagens, do tecido conjuntivo, dos ossos e do
tecido muscular não estriado.
8. CICLO CELULAR
• Para facilitar a compreensão, o ciclo celular (tempo de
vida da célula) foi dividido em 3 grandes fases,
apresentadas no gráfico a seguir.
9. CICLO CELULAR
• Os cromossomos só
são visíveis no inicio
da divisão celular.
Antes disso, eles
estão
“desespiralados”, na
forma de
cromatina.
FONTE: https://slideplayer.com.br/slide/2454590/
10. INTERFASE
• A interfase é o período do ciclo celular entre
duas divisões mitóticas. Ela se divide em 3
etapas –G1, S e G2-, cada uma regulada por
sinais extracelulares e intracelulares.
• Determinadas células permanecem um longo
período em interfase e raramente se dividem.
Quando isso acontece, a fase G1 é chamada de
fase G0.
12. FASE M (MITOSE)
• Na fase M do ciclo celular, também conhecida
como divisão equacional, o crescimento
celular e a produção de proteínas são
paralisados. A energia da célula é totalmente
direcionada para a divisão celular: a célula
inicial dá origem a 2 células geneticamente
iguais a ela e com o mesmo número de
cromossomos.
• A mitose se divide em 4 fases: prófase, metáfase,
anáfase e telófase.
13. PRÓFASE
• Fase mais longa da mitose;
• Inicio não é claramente definido;
• A cromatina se condensa lentamente e os
cromossomos aparecem, com centrômeros
e cromátides;
• O nucléolo desaparece;
• Os pares de centríolos dirigem-se aos polos
opostos da célula;
• Os ásteres (estrutura em forma de uma
estrela) começam a ser formados ao redor dos
centríolos;
• À medida que os 2 pares de centríolos se
distanciam, forma-se o fuso mitótico
(estrutura constituida por microtúbulos);
• Centríolos, ásteres e fuso mitótico constituem
o aparelho mitótico;
• A membrana nuclear se decompõe
completamente;
• Os cromossomos tornam-se bem visíveis e
espalham-se pelo citoplasma, ligando-se às
fibras do fuso mitótico.
14. METÁFASE
• Os cinetócoros, localizados
na região do centrômero,
fixam-se aos microtúbulos do
fuso, prendendo os
cromosssomos na região
equatorial;
• A placa equatorial é
formada;
• Todos os cromossomos
precisam estar alinhados e
ligados ao fuso mitótico.
Quando isso não ocorre as
células-filhas não são
idênticas à célula-mãe.
•
15. ANÁFASE
• Os centrômeros se
duplicam;
• Os cromossomos são
divididos em 2
cromossomos-filhos;
• Os cromossomos-filhos são
movidos lentamente em
direção aos polos, tornando-
se cromossomos;
• Na fim da anáfase, o
número de cromossomos
(de filamento único) é
igual ao existente na célula
mãe.
16. TELÓFASE
• Os cromossomos-filhos chegam aos
polos e começam a se
descondensar;
• Os centrômeros desaparecem;
• Uma nova membrana nuclear é
reconstituída ao redor dos
cromossomos-filhos;
• O nucléolo reaparece;
• Forma-se o sulco de clivagem
(composto de fibras de actina
e miosina), responsável pela
secção total da célula. O sulco
funciona como um cinto,
contraindo a membrana plasmática
até provocar a separação das
células-filhas, por estrangulamento.
17. CITOCINESE
• É a fase final dos processos de divisão celular, caracterizada pela
efetiva separação das 2 células após a formação completa dos
dois novos núcleos.
• Após a divisão celular em células altamente diferenciadas, não
ocorre outra mitose. Dizemos, então, que a célula entrou em
quiescência. Isso acontece, por exemplo, com os neurônios, que
não se reconstituem em casos de lesão.
• As plantas que produzem flores e sementes não têm centríolos e
ásteres, com exceção dos musgos e samambaias. Por esse
motivo, sua mitose é chamada de anastral. O complexo golgiense
produz vesículas que se organizam na região equatorial da célula, do
centro para a periferia (fragmoplasto), até dividir completamente
o citoplasma. Como a divisão ocorre de dentro para fora, dizemos
que a citocinese é centrífuga.
• Algumas regiões do citoplasma não ficam totalmente separadas.
Nesses casos, formam-se os plasmodesmos, “pontes” que
mantêm as células-filhas interligadas, permitindo o fluxo de
substâncias.
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21. DIFERENCIAÇÃO CELULAR
• As células nervosas, musculares, pancreáticas, pulmonares, etc., se
originam das células-tronco, caracterizadas pela capacidade de
autorreplicação e pelo elevado potencial de diferenciação.
• No inicio da formação do embrião, são liberadas algumas
substâncias que atuam em conjunto com a célula, ativando alguns
genes e desativando outros. Durante esse processo, as células
migram para regiões específicas, formando tecidos e órgãos.
• Quanto maior é a especificação, mais diferenciada é a célula. Esse
é o caso dos neurônios e de alguns músculos. No entanto, isso
não acontece em todas as células. Vários tecidos mantêm conjuntos
de células não diferenciadas que contribuem para a renovação,
regeneração e reposição tecidual. Um exemplo é a medula óssea,
que dá origem as células do tecido sanguíneo.
23. MEIOSE
• A meiose é uma forma de divisão celular que origina
células reprodutoras tais como esporos e gametas
(espermatozoides e óvulos). Nesse processo, a célula-
mãe se divide em 4 células-filhas, cada uma com 50% do
material genético da célula original.
• O processo meiótico é constituído de 2 divisões: a
primeira, denominada meiose I, é reducional-forma 2
células-filhas haploides; a segunda, conhecida como
meiose II, é equacional, produz 4 células-filhas
haploides.
• A meiose também é dividida em fases: prófase I,
metáfase I, anáfase I, telófase I, prófase II, metáfase II,
anáfase II e telófase II.
25. MEIOSE I
• Antes de sofrer meiose, a célula passa por uma
interfase normal. No fim da etapa G2, a célula se
prepara para o início da meiose.
• A meiose I compreende os 4 primeiros estágios
do ciclo meiótico: prófase I, metáfase I, anáfase I
e telófase I.
• PRÓFASE I
• Primeira etapa da meiose, preparatória para a
redução dos cromossomos e caracterizada pela
desorganização celular. Divide-se em 5 fases:
26. MEIOSE I
• Leptóteno (G. leptos,
“fino”, “delgado”): os
cromossomos tornam-se
visíveis, como finos
filamentos que começam
a se condensar. Cada
cromossomo é formado por
2 cromátides irmãs.
• A carioteca e o nucléolo
começam a desaparecer.
27. MEIOSE I
• Zigóteno (zigon,
“emparelhamento”): os
cromossomos
homólogos se
emparelham. Enquanto
isso, no citoplasma,
ocorre a duplicação do
centríolo e a formação
do fuso. O processo de
pareamento é bem
preciso.
28. MEIOSE I
• Paquíteno (pachys, “espesso”,
“grosso”): os cromossomos
tornam-se bem mais espiralados.
Completa-se o pareamento.
Nessa fase, acontece a
permutação (crossing-over),
ou seja, a troca de genes entre
cromátides homólogas, porém,
não irmãs, processo que
possibilita a recombinação dos
genes dos pais, aumentando a
variabilidade genética. Cada
par de homólogos aparece como
bivalente (tétrades, 4
cromátides).
29. MEIOSE I
• Diplóteno (diplos,
“duplo”): os
cromossomos começam a
se separar; os
cromossomos
homólogos ou
bivalentes permanecem
unidos nos pontos em
que se formaram as
permutações. Tais
pontos recebem o nome
de quiasmas (cruzes).
30. MEIOSE I
• Diacinese (dia,
“através”; cinese,
“movimento”): os
cromossomos se
condensam totalmente,
já com os segmentos
trocados e a
movimentação dos
quiasmas para as
extremidades
cromossômicas.
31. MEIOSE I
• METÁFASE I
• A carioteca desaparece
totalmente.
• Os cromossomos
homólogos emparelhados
fixam-se ao fuso por meio
dos cinetócoros, formando
a placa equatorial.
• O centrômero de cada
cromossomo homólogo é
direcionado a polos
opostos.
32. MEIOSE I
• ANÁFASE I
• Os cromossomos
homólogos se separam
com seus centrômeros e vão
em direções opostas;
• As fibras do fuso se
encurtam, “puxando” cada
cromossomo para o
respectivo polo;
• O número de
cromossomos diminui.
Essa redução é qualitativa,
pois são os cromossomos
homólogos que se separam.
33. MEIOSE I
• TELÓFASE I
• Os 2 conjuntos de
cromossomos haploides
chegam aos respectivos
polos;
• A carioteca se reorganiza;
• Às vezes, os cromossomos se
desespiralizam; contudo, há
casos em que a profase II
ocorre diretamente;
• Há situações em que a célula
“descansa” antes de reiniciar a
segunda divisão;
• Ocorre a citocinese (divisão
do citoplasma).
35. MEIOSE II
• A meiose II é constituída de 4
etapas: prófase II, metáfase II,
anáfase II e telófase II. Não
existe a etapa S entre a meiose I
e a meiose II; portanto, não há
duplicação do DNA.
• PRÓFASE II
• A carioteca e o nucléolo
desaparecem;
• Os cromossomos espalham-se pelo
citoplasma;
• Forma-se o fuso de fibras
proteicas;
• Fase idêntica à prófase mitótica.
36. MEIOSE II
• METÁFASE II
• Os cromossomos fixam-se ao fuso;
• A placa equatorial é formada.
37. MEIOSE II
• ANÁFASE II
• Os cromossomos se
dividem em cromátides-
irmãs;
• As cromátides-irmãs
tornam-se cromossomos-
filhos;
• Cada cromossomo-
filho é puxado para um
polo oposto, devido ao
encurtamento das fibras
do fuso.
38. MEIOSE II
• TELÓFASE II
• Os cromossomos
descondensam-se ;
• A carioteca e o nucléolo
reaparecem;
• Resultado: 4 células n
(haploides) diferentes
entre si.
41. FORMAÇÃO DE GAMETAS
• A meiose acontece somente nos testículos e nos ovários.
• O processo de formação dos espermatozoides é denominado
espematogênese. Desde a puberdade até o fim da vida
dos homens, células do testículo sofrem meiose e originam 4
espermatozoides.
• A produção de óvulos, conhecida como ovogênese, é iniciada
na fase embrionária. Ou seja, a menina já nasce com células
em processo de transformação para óvulos. A partir da
puberdade, tais células, estimuladas por hormônios,
encerram essa mudança e são liberadas, como óvulos, a cada
ciclo menstrual, até a menopausia.
• Na ovogênese, a célula que passa pela meiose se divide em 4
células desiguais: 1 óvulo, com grande quantidade de
citoplasma e nutrientes, e 3 corpúsculos polares, células
com pouco citoplasma que se degeneram rapidamente.
43. A PRATICAR!
• 1. (UFBA) A ilustração abaixo reproduz, esquematicamente, um momento num processo de
meiose. Espera-se que, a seguir, ocorra:
• a) Duplicação dos centríolos.
b) Desaparecimento da carioteca.
• c) Pareamento dos cromossomos homólogos.
• d) Permuta entre cromátides.
• e) Separação dos cromossomos homólogos.
44. A PRATICAR!
• 2. (UFRS) Com relação ao processo conhecido
como crossing-over, podemos afirmar que o
mesmo:
• a) Diminui a variabilidade genética.
• b) Separa cromátides homologas.
• c) Corrige a recombinação gênica.
• d) Aumenta a variabilidade genética.
• e) Troca cromossomos entre genes homólogos.
45. A PRATICAR!
• 3. (UEL) “A meiose é o processo de divisão celular
através do qual, via de regra, uma célula …1… origina
células …2… com um número …III… de
cromossomos.”
• Para completar corretamente a frase acima, os
espaços I, II e III devem ser substituídos, respectivamente,
por:
• a) diploide – haploides – n
• b) diploide – haploides – 2n
• c) diploide – diploides – 2n
• d) haploide – diploides – 2n
• e) haploide – diploides – n
46. A PRATICAR!
• 4. (UEL-Adaptada) Analise as figuras a seguir.
• Fonte: JUNQUEIRA, L. C.& CARNEIRO, J. “Biologia Celular e Molecular”. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
p. 184
• As figuras I, II, III e IV dizem respeito, respectivamente, às seguintes fases da mitose:
• a) Anáfase, metáfase, início da prófase, fim da prófase.
• b) Início da prófase, fim da prófase, metáfase, anáfase.
• c) Início da prófase, fim da prófase, anáfase, metáfase.
• d) Metáfase, início da prófase, fim da prófase, anáfase.
47. A PRATICAR!
• 5. (PUCCamp-SP) Uma pessoa com câncer foi submetida a
um tratamento quimioterápico, após o qual não houve
formação de novas células tumorais. Considerando-se
somente essa informação, é possível inferir que, nas células
tumorais, os agentes quimioterápicos atuam sobre:
a) a membrana plasmática tornando-as impermeáveis a
qualquer substância.
b) as mitocôndrias impedindo que realizem respiração
aeróbica.
c) os peroxissomos bloqueando a produção de catalase.
d) algum ponto do ciclo celular fazendo cessar as mitoses.
e) o ciclo celular acelerando as mitoses.
49. REFERÊNCIA
• FÁVARO, C. ; MACHADO, M. F. ; ROMAGNOLI, W. Sistema
Inter@tivo de Ensino - Biologia 1° ano. 1ª ed. Tatuí-SP: Casa
Publicadora Brasileira, 2018.
• LEAL, C. R. ; MACHADO, M.F. ; EBLING, N.E. Ciências interativa,
8. 2ª ed. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2012. p. 35.
• PAULINO, W.R. Biologia. Série novo ensino médio. Volume único.
Ed. Ática, 2002.