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Bruno
Eimar
Márcia
Virna

Autor: Após Frans Hals
“Pois, se me engano, existo. Quem não existe não pode
enganar-se; por isso, se me engano, existo. Logo, quando
é certo que existo, se me engano? Embora me engane, sou
eu que me engano e, portanto, no que conheço que
existo, não me engano. Segue-se também que, no que
conheço que me conheço, não me engano. Como conheço
que existo, assim conheço que conheço”.
(AGOSTINHO.A Cidade de Deus. XI, XXVI)


Alfred N. Whitehead:
“A história da filosofia moderna é a história do
desenvolvimento do cartesianismo em seu duplo aspecto,
de idealismo e de mecanicismo.”



Bertrand Russell afirmou que é justo considerar
Descartes como o fundador da filosofia modera.
• Alta capacidade filosófica

•Profundamente
influenciado
pela nova física e astronomia.

•Seu estilo é fácil e não
pedante, dirigido, mais que a
alunos, a todos os homens
inteligentes do mundo.


Estrutura do mundo:



Essencialmente
matemático e;



portanto,
que
o
pensamento
matemático
estava em condições de
penetrar na harmonia do
universo.


Toda a filosofia é como
uma
árvore,
cujas
raízes são a metafísica,
o tronco é a física e os
ramos que procedem do
tronco são todas as
outras ciências.
Joseph Agassi:

“É uma boa metafísica porque, por um lado, conseguiu
interpretar os resultados mais significativos da ciência da época
e, por outro lado, dizendo de que o mundo é feito e como ele é
feito, constituiu o paradigma ou, se assim o preferir, o programa
de pesquisa que influenciou a ciência posterior.”
CONSEQÜÊNCIAS:
A - o mundo tem uma extensão
infinita;
B – ele é constituído por toda parte
pela mesma matéria;
C – a matéria é infinitamente divisível;
D – o vácuo, ou seja, o espaço que não
contém nenhuma matéria, é um
conceito contraditório, sendo
consequentemente impossível.
A ciência deve se ocupar apenas daqueles objetos dos
quais o nosso espírito parece ser capaz de adquirir uma
cognição certa e indubitável.
•Buscar a verdade.
•Ordem e disposição das coisas;
•para as quais é preciso direcionar as forcas do
espírito para se descobrir alguma verdade.


Nascimento: 31/03/1596. Em La Haye, Tourenne.



Família nobre.



Joaquim (pai): conselheiro no parlamento da
Bretanha.



Estudo: Escola La Flèche, no Anjou.



1596: publicação do “Mysterium Cosmographicum,
de Kepler.
“Eu costumo chamar os
escritos de Descartes de
vestíbulo da verdadeira
filosofia.”




1629: “Tratado sobre o Mundo e
sobre o homem”.
Heliocentrismo;

1627-1628: Regras para a
direcão do espírito (original em
latim, Regulae ad directionem
ingenii)



1633: Galileu foi condenado,
Descartes abandonou seus planos
de publicá-lo.

36 regras foram planejadas no
total (21 foram escritas)



1633-l637:
“Discurso sobre o
método” e três ensaios científicos:











Dioptrique



Méteóres



Géométrie



1641 – “Meditaciones de prima
philosophia in qua Dei existentia et
animae
imortalitas
demonstrantur."
Tratado de metafísica (Meditacões)
escritas em latim, e Respostas de
Descartes.

10 e 11/11/1969: Revelacão
intelectual – fundamentos de
uma ciência adminirável.

Não foi publicado durante a vida
do autor.



1684: Tradução holandesa em, e
a primeira



1701: 1ª edição em latim.



Método: regras certas e fáceis para não tomar o
falso por verdadeiro e levar o conhecimento
verdadeiro de tudo o que se é capaz de conhecer.



1ª Regra da evidência: aceitar apenas aquilo que se
apresente tão clara e distintamente à nossa
inteligência a ponto de excluir qualquer
possibilidade de dúvida.



Evidência que se alcança pela intuição (ato que se auto fundamenta,
sem qualquer mediação, pensamento puro)



2ª Regra da análise: divisão do problema em partes
menores o quanto for possível e necessário para
melhor resolvê-lo. Método analítico, único que pode
levar a evidência. A intuição precisa da
simplicidade.
3ª Regra da Síntese: recompor a ordem ou criar uma
cadeia de raciocínios que se desenvolvam do simples
ao composto.
Uma

coisa é o fato bruto, outra é o saber como ele é

feito.
4ª Enumeração e revisão:
- Enumeração - análise é completa.
- Revisão verifica se a síntese é correta.


Dúvida metódica: submete-se tudo à maior
dúvida possível.



2 + 2 = 4. Verdadeiro
circunstância e condição.



Suposição: gênio maligno não poderia me
enganar sobre isso?

em

qualquer


Certeza Fundamental: (cogito ergo sum)



Depois de ter submetido tudo à dúvida, de pensar
que tudo é falso, é preciso saber que em pensa é
alguma coisa.



Eis uma verdade que nem a pior hipótese pode
colocar em xeque:
“Penso, logo existo.”



Mesmo depois de duvidar de tudo, não se pode
supor que não exista aquele que duvida.



Não existe corte entre pensamento e ser.


O mundo é uma máquina (mecanicismo):



O mundo externo é reconhecido pelas faculdades
sensórias e pela imaginação. Como foi Deus que
nos criou assim, então essas faculdade atestam a
existência do mundo corpóreo e negá-lo seria
dizer que Deus não é verdadeiro.
Deve-se praticar a regra da clareza e distinção para
definir no mundo sensível o que é verdadeiro ou não.


Extensão (propriedade essencial do mundo
material). Comprimento, largura e profundidade.


Decartes: o mundo é composto apenas de matéria
(extensão) e movimento (acontecimentos são
causados pelo choque de partículas movendo-se).



As leis fundamentais que regem esse processo:



Princípio
de
conservação:
quantidade
movimento permanece constante.



Princípio de inércia: só pode haver mudança de
direção através da impulsão de outros corpos. Uma
vez iniciado o movimento o corpo tende a ir na
mesma direção (mov. retilíneo)



Os animais e o corpo humano são como relógios,
máquinas.



Ciência prática: o mundo material é mecanicista
então é possível interferir nele, dominá-lo.

de


Substantivo e adjetivo em referências ao seu
nome: cartesianismo e cartesiano.



1637: "Discurso sobre o Método”: obtenção da
verdade.



Um problema sempre será mais bem compreendido
se o dividirmos em uma série de pequenos
problemas que serão analisados isoladamente do
todo.


Idéia central do método
cartesiano está impregnada
nos
procedimentos
de
resolução
do
seguinte
problema geométrico sem uso
da fórmula de distância de
ponto a reta:



determinar a altura relativa
ao vértice C;



do triângulo de vértices
A(xa,ya), B(xb,yb) e C(xc,yc).


Primeira etapa: determinar a equação da reta que
passa pelos pontos A e B.



Segunda etapa: encontrar o coeficiente angular de
uma reta perpendicular à reta que passa por A e B.



Terceira etapa: determinar a equação da reta que
passa por C e tem o coeficiente angular igual ao
encontrado na segundo etapa.



Quarta etapa: encontrar o ponto P de intersecção
das retas da primeira e terceira etapas.



Quinta etapa: calcular a distância entre os pontos P
e C (a altura do triângulo).


Não prova a imortalidade da alma;



Assegura possibilidade de estabelecer a independência subs
tancial da alma em relação ao corpo. 



Res Cogitans: funções como pensamento que tem origem n
o interior do espírito e que se manifesta através da vontade



A união corpo/alma;



 Bisubstancialismo humano. 



Comunicam-se:
cérebro, o que se chama glândula pineal. O pensamento ser
á o resultado da fusão dessa dualidade numa só ideia.


Desejo de Descartes de descobrir o
mundo.



Relatividade de costumes e culturas.



Propõe que a moral seja apenas
“provisória”.



Cada cultura em particular não
necessariamente atenda a uma
categoria universal, mas sim a de seu
devido contexto e possibilidades. 


Dúvida metódica e universal.



3 regras de uma moral provisória:



conformismo social, seguindo a religião de seu
país;



constância da vontade;



moderação nos desejos.

destinada a lhe
garantir uma vida tranquila enquanto duvidava. Estas regras
reencontraria depois, como dedução metódica das verdades que
ia reconstruindo.
“A ÚNICA COISA
QUE DEVE SER
CONSIDERADA
VERDADEIRA É O
PENSAMENTO.”
Como provar a sua
existência se apenas
podia ter a certeza
da
existência
do
cogito?


1ª PROVA a priori pela simples consideração da ideia de
ser perfeito

2ª Prova a posteriori pela causalidade das ideias
3ª Prova a posteriori baseada na contingência do espírito
COMPARAÇÃO COM
TRIÂNGULO ,
MOTANHAS E VALES.
Descartes
X
Metafísica e
teologia
tradicional






REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da
Filosofia: do Humanismo a Kant. 2. ed. São
Paulo: Paulus, 1990. 2 v.
DESCARTES, René. Princípios da Filosofia, I
Parte, p. 61-62 -64.
_______.Oeuvres, VII, pp. 166-169

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  • 2. “Pois, se me engano, existo. Quem não existe não pode enganar-se; por isso, se me engano, existo. Logo, quando é certo que existo, se me engano? Embora me engane, sou eu que me engano e, portanto, no que conheço que existo, não me engano. Segue-se também que, no que conheço que me conheço, não me engano. Como conheço que existo, assim conheço que conheço”. (AGOSTINHO.A Cidade de Deus. XI, XXVI)
  • 3.  Alfred N. Whitehead: “A história da filosofia moderna é a história do desenvolvimento do cartesianismo em seu duplo aspecto, de idealismo e de mecanicismo.”  Bertrand Russell afirmou que é justo considerar Descartes como o fundador da filosofia modera.
  • 4. • Alta capacidade filosófica •Profundamente influenciado pela nova física e astronomia. •Seu estilo é fácil e não pedante, dirigido, mais que a alunos, a todos os homens inteligentes do mundo.
  • 5.  Estrutura do mundo:  Essencialmente matemático e;  portanto, que o pensamento matemático estava em condições de penetrar na harmonia do universo.
  • 6.
  • 7.  Toda a filosofia é como uma árvore, cujas raízes são a metafísica, o tronco é a física e os ramos que procedem do tronco são todas as outras ciências.
  • 8. Joseph Agassi: “É uma boa metafísica porque, por um lado, conseguiu interpretar os resultados mais significativos da ciência da época e, por outro lado, dizendo de que o mundo é feito e como ele é feito, constituiu o paradigma ou, se assim o preferir, o programa de pesquisa que influenciou a ciência posterior.”
  • 9.
  • 10. CONSEQÜÊNCIAS: A - o mundo tem uma extensão infinita; B – ele é constituído por toda parte pela mesma matéria; C – a matéria é infinitamente divisível; D – o vácuo, ou seja, o espaço que não contém nenhuma matéria, é um conceito contraditório, sendo consequentemente impossível.
  • 11. A ciência deve se ocupar apenas daqueles objetos dos quais o nosso espírito parece ser capaz de adquirir uma cognição certa e indubitável.
  • 12. •Buscar a verdade. •Ordem e disposição das coisas; •para as quais é preciso direcionar as forcas do espírito para se descobrir alguma verdade.
  • 13.  Nascimento: 31/03/1596. Em La Haye, Tourenne.  Família nobre.  Joaquim (pai): conselheiro no parlamento da Bretanha.  Estudo: Escola La Flèche, no Anjou.  1596: publicação do “Mysterium Cosmographicum, de Kepler.
  • 14. “Eu costumo chamar os escritos de Descartes de vestíbulo da verdadeira filosofia.”
  • 15.   1629: “Tratado sobre o Mundo e sobre o homem”. Heliocentrismo; 1627-1628: Regras para a direcão do espírito (original em latim, Regulae ad directionem ingenii)  1633: Galileu foi condenado, Descartes abandonou seus planos de publicá-lo. 36 regras foram planejadas no total (21 foram escritas)  1633-l637: “Discurso sobre o método” e três ensaios científicos:      Dioptrique  Méteóres  Géométrie  1641 – “Meditaciones de prima philosophia in qua Dei existentia et animae imortalitas demonstrantur." Tratado de metafísica (Meditacões) escritas em latim, e Respostas de Descartes. 10 e 11/11/1969: Revelacão intelectual – fundamentos de uma ciência adminirável. Não foi publicado durante a vida do autor.  1684: Tradução holandesa em, e a primeira  1701: 1ª edição em latim. 
  • 16.  Método: regras certas e fáceis para não tomar o falso por verdadeiro e levar o conhecimento verdadeiro de tudo o que se é capaz de conhecer.  1ª Regra da evidência: aceitar apenas aquilo que se apresente tão clara e distintamente à nossa inteligência a ponto de excluir qualquer possibilidade de dúvida.  Evidência que se alcança pela intuição (ato que se auto fundamenta, sem qualquer mediação, pensamento puro)  2ª Regra da análise: divisão do problema em partes menores o quanto for possível e necessário para melhor resolvê-lo. Método analítico, único que pode levar a evidência. A intuição precisa da simplicidade.
  • 17. 3ª Regra da Síntese: recompor a ordem ou criar uma cadeia de raciocínios que se desenvolvam do simples ao composto. Uma coisa é o fato bruto, outra é o saber como ele é feito. 4ª Enumeração e revisão: - Enumeração - análise é completa. - Revisão verifica se a síntese é correta.
  • 18.  Dúvida metódica: submete-se tudo à maior dúvida possível.  2 + 2 = 4. Verdadeiro circunstância e condição.  Suposição: gênio maligno não poderia me enganar sobre isso? em qualquer
  • 19.  Certeza Fundamental: (cogito ergo sum)  Depois de ter submetido tudo à dúvida, de pensar que tudo é falso, é preciso saber que em pensa é alguma coisa.  Eis uma verdade que nem a pior hipótese pode colocar em xeque: “Penso, logo existo.”  Mesmo depois de duvidar de tudo, não se pode supor que não exista aquele que duvida.  Não existe corte entre pensamento e ser.
  • 20.  O mundo é uma máquina (mecanicismo):  O mundo externo é reconhecido pelas faculdades sensórias e pela imaginação. Como foi Deus que nos criou assim, então essas faculdade atestam a existência do mundo corpóreo e negá-lo seria dizer que Deus não é verdadeiro.
  • 21. Deve-se praticar a regra da clareza e distinção para definir no mundo sensível o que é verdadeiro ou não.  Extensão (propriedade essencial do mundo material). Comprimento, largura e profundidade.  Decartes: o mundo é composto apenas de matéria (extensão) e movimento (acontecimentos são causados pelo choque de partículas movendo-se). 
  • 22.  As leis fundamentais que regem esse processo:  Princípio de conservação: quantidade movimento permanece constante.  Princípio de inércia: só pode haver mudança de direção através da impulsão de outros corpos. Uma vez iniciado o movimento o corpo tende a ir na mesma direção (mov. retilíneo)  Os animais e o corpo humano são como relógios, máquinas.  Ciência prática: o mundo material é mecanicista então é possível interferir nele, dominá-lo. de
  • 23.  Substantivo e adjetivo em referências ao seu nome: cartesianismo e cartesiano.  1637: "Discurso sobre o Método”: obtenção da verdade.  Um problema sempre será mais bem compreendido se o dividirmos em uma série de pequenos problemas que serão analisados isoladamente do todo.
  • 24.  Idéia central do método cartesiano está impregnada nos procedimentos de resolução do seguinte problema geométrico sem uso da fórmula de distância de ponto a reta:  determinar a altura relativa ao vértice C;  do triângulo de vértices A(xa,ya), B(xb,yb) e C(xc,yc).
  • 25.  Primeira etapa: determinar a equação da reta que passa pelos pontos A e B.  Segunda etapa: encontrar o coeficiente angular de uma reta perpendicular à reta que passa por A e B.  Terceira etapa: determinar a equação da reta que passa por C e tem o coeficiente angular igual ao encontrado na segundo etapa.  Quarta etapa: encontrar o ponto P de intersecção das retas da primeira e terceira etapas.  Quinta etapa: calcular a distância entre os pontos P e C (a altura do triângulo).
  • 26.
  • 28.  Desejo de Descartes de descobrir o mundo.  Relatividade de costumes e culturas.  Propõe que a moral seja apenas “provisória”.  Cada cultura em particular não necessariamente atenda a uma categoria universal, mas sim a de seu devido contexto e possibilidades. 
  • 29.  Dúvida metódica e universal.  3 regras de uma moral provisória:  conformismo social, seguindo a religião de seu país;  constância da vontade;  moderação nos desejos. destinada a lhe garantir uma vida tranquila enquanto duvidava. Estas regras reencontraria depois, como dedução metódica das verdades que ia reconstruindo.
  • 30. “A ÚNICA COISA QUE DEVE SER CONSIDERADA VERDADEIRA É O PENSAMENTO.”
  • 31. Como provar a sua existência se apenas podia ter a certeza da existência do cogito?
  • 32.  1ª PROVA a priori pela simples consideração da ideia de ser perfeito 2ª Prova a posteriori pela causalidade das ideias 3ª Prova a posteriori baseada na contingência do espírito
  • 35.    REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: do Humanismo a Kant. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1990. 2 v. DESCARTES, René. Princípios da Filosofia, I Parte, p. 61-62 -64. _______.Oeuvres, VII, pp. 166-169

Editor's Notes

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