Revolução Industrial.
Aula preparada para os cursos técnicos de Telecomunicações e Refrigeração e Climatização do Instituto Federal de Santa Catarina, Campus São José.
2. Condições de Trabalho no Séc. XIX
• Com a introdução das máquinas, a força muscular deixou de ser
prepoderante nas fábricas.
• Aproveitamento do trabalho de mulheres e crianças, com salários
que chegavam a ser a metade do que se pagava a um homem
adulto. Os dedos finos das crianças eram úteis na manutenção das
máquinas e seu porte físico adequado ao espaço apertado entre as
instalações.
• A disciplina era rigorosa e os acidentes de trabalho muito
frequentes, reflexos de má alimentação e fadiga. Algumas crianças
trabalhavam sobre pernas de pau, para alcançarem os teares. Se
adormecessem, podiam ter seus dedos estraçalhados nas
engrenagens.
• A literatura dessa época fala de personagens pálidos, quase sem
vida. A partir de meados do século XIX, houve melhoras nas
condições de trabalho, devido e reações e pressões dos próprios
trabalhadores organizados em associações e sindicatos.
(Fonte: http://www.historiamais.com/seculoXIX.htm)
3. Máquina a Vapor de tipo Watt, construida por D. Napier and Son (Londres) en 1859
6. • A exploração do trabalho infantil era
de tal forma alarmante em meados do
séc. XIX que, nas manufaturas
metalúrgicas em Birmingham,
Inglaterra, eram empregadas cerca de
30 mil crianças, em atividades
extremamente insalubres, nas
fundições de cobre, na fabricação de
botões, nas oficinas de esmaltar etc.
Em Londres, as impressoras de livros e
de jornais exigiam um trabalho tão
excessivo que eram denominadas de
matadouros. Em 1866, nas olarias da
Grã-Bretanha, a jornada de trabalho
durava das 5 horas da manhã até às 8
horas da noite, empregando crianças
de 6 e até de 4 anos, ocupadas pelo
mesmo número de horas dos adultos
ou mais.
28. Baixos salários e jornadas que se estendiam até 17 horas diárias eram
práticas comuns nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final
do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e
aposentadoria não existiam. Para sua proteção em momentos difíceis,
os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as
caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.
Operários belgas em
greve, em mina de
Haazard, em gravura
do século XIX
29. Com as primeiras organizações, surgiram também campanhas e mobilizações reivindicando
maiores salários e redução da jornada de trabalho. Greves, nem sempre pacíficas,
explodiam por todo o mundo industrializado. Chicago, um dos principais polos industriais
norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais. As organizações,
sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de
tendências políticas socialistas e anarquistas. Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa
greve operária. À época, Chicago não era apenas o centro do crime organizado era
também o centro do anarquismo na América do Norte, com importantes jornais operários.
Explosão de uma
bomba lançada por um
anarquista durante as
greves de Chicago em
1886.
New York, N.Y. : Harper
and Brothers, 1886.
31. Sindicalismo e trabalhismo no Brasil
• Classe operária brasileira: sua origem remonta aos últimos anos do
século XIX e está vinculada ao processo de transformação de nossa
economia, cujo centro agrário era o café: substituição do trabalho
escravo pelo trabalho assalariado; transferência do lucro do café
para a indústria. Suas primeiras formas de organização foram: 1.
Sociedades de socorro e ajuda mútua; e 2. União operária, que com
o advento da indústria passou a se organizar por ramo de atividade
dando origem aos sindicatos.
• 1858 - Primeira Greve - Tipógrafos do Rio de Janeiro, contra as
injustiças patronais e reivindicando aumentos salariais.
• A crise de produção gerada pela Primeira Guerra Mundial e a queda
vertiginosa dos salários dos operários, iniciou uma onda de greves -
1917 a 1920 sob influência dos movimentos anarquistas.
• 1917 - Greve geral. Em São Paulo, iniciada numa fábrica de tecidos e
que recebeu a solidariedade e adesão inicial de todo o setor têxtil.
32. Greve na fábrica Le Creuzot, França - 1870. Gravura: Cosson Smeeton.
33. • Lindolfo Collor, 1º Ministro do Trabalho. Lei sindical de 1931: cria os pilares do
sindicalismo oficial no Brasil. Controle financeiro do Ministério do Trabalho sobre
os sindicatos. Definia o sindicalismo como órgão de colaboração e cooperação com
o Estado.
• A partir da Era Vargas tem início a efetiva industrialização do Brasil, e o Estado ca
um aparato legal trabalhista: estabelece salários mínimos regionais, jornada de
oito horas, descanso semanal; férias anuais e remuneradas e indenização ao
trabalhador, em casos de demissão sem justa causa; regulamenta as profissões e
os sindicatos .
34. CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Consolidação do Capitalismo.
Separação entre trabalhador e meios de produção.
Surgimento de uma nova classe social: o proletariado.
Extrema divisão do trabalho.
Alienação do trabalhador.
Disciplina como princípio moral.
Imperialismo.
35. INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA
Campus São José
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Professor Viegas Fernandes da Costa
27/05/2014.