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Escola Bíblica Dominical

        2º Trimestre de 2012




LIÇÃO 3 Éfeso a Igreja do amor esquecido
TEMA: As Sete Cartas do Apocalipse.
 A mensagem final de Cristo a Igreja.
INTRODUÇÃO
As cartas ás sete Igrejas da Ásia nos mostra os três
perigos que ameaçam as Igrejas de todas as épocas, o
esfriamento do amor a Deus, a perseguição, os falsos
profetas e heresias que conduzem a Igreja ao
mundanismo.
Esses perigos nos mostram a imperfeição da Igreja, e
que apesar de imperfeita Jesus a ama e não desiste
dela, e também, se faz necessário que se conheça a
história para entender os perigos que nos ameaçam,
olhar o presente fazer uma análise de nossa situação e
confiar que Jesus levará essa Igreja em triunfo.
Hoje vamos estudar a primeira das sete cartas às Igrejas
da Ásia, a Igreja da cidade de Éfeso (desejado). Jesus
manda João escrever ao anjo, isto é ao mensageiro, ao
Pastor da Igreja para que ele transmita a mensagem.
Éfeso era a cidade mais importante da província romana
da Ásia. Era situada a leste do mar Egeu. Historiadores
geralmente calculam a população da cidade no primeiro
século em aproximadamente 300.000 habitantes. Éfeso
destacava-se como um importante centro político,
educacional e comercial naquela época.
Éfeso era conhecida, também, como o centro de
adoração da deusa da fertilidade, Ártemis ou
Diana o qual possuia um templo que era
considerado uma das maravilhas do mundo
antigo, um estádio para 25.000 pessoas, ali
também tinha a grande Biblioteca de Celsus
construída por Julio Cesar no ano 135 D.C. em
homenagem a seu pai possuia cerca de 12000
pergaminhos era a terceira mais importante
depois de Alexandria e Pérgamo, foi destruida por
invasores bárbaros no ano 262 D.C.
I. ÉFESO, UMA IGREJA SINGULAR
No final de sua segunda viagem, Paulo com Áqüila e
Priscila viajaram a Éfeso, onde ao conhecerem
Apolo orientaram-no sobre o caminho do Senhor
(Atos 18:18-26). Então na terceira viagem, Paulo
volta a Éfeso, onde pregou a palavra de Deus por
três anos (Atos 19:1-41; 20:31). Na volta da mesma
viagem, passou em Mileto e encontrou-se com os
presbíteros de Éfeso (Atos 20:17-38).
Também deixou Timóteo em Éfeso para edificar os
irmãos (1 Timóteo 1:3).
Éfeso recebeu duas cartas a de Paulo aproximadamente no
ano 64 DC, e esta enviada por Cristo através de João por
volta do ano 96 d.C. Aproximandamente 30 anos depois da
carta de Paulo (Ap 2.1-7).
Iniciou-se com o derramamento do Espírito Santo sobre
doze homens (At 19.6-7).
Tornou-se base missionária para os habitantes da Ásia (At
19.10-12).
Na carta de Paulo fica evidente o nível de espiritualidade
desta Igreja Ef 1.3; 2.6; 3.14-19.
Recebeu a instrução acerca dos dons ministeriais Ef
4.11-14.
Apesar de ser um Igreja madura, ensinada foi
alertada quanto aos perigos que a rodeavam (At
20.29-31; Ef 6.10-17).
No final da carta Paulo escreve sobre o desejo e a
necessidade de contínua paz e amor com fé (Ef
6.23).
Segundo William Barclay em seu livro As obras da
carne e o fruto do Espírito, Vida Nova, 2000, p. 66 e
67 o amor sem fé é sentimentalismo, e a fé sem
amor é aridez. [...] Esta combinação de fé e amor
deve produzir ação, porque o amor nunca deve ser
mera aparência (Rm 12.9). É perfeitamente
possível pregar o amor e viver uma vida sem ele,
cantar os louvores do amor nas palavras, e negar
a existência dele nas ações. [...] A fé deve estar
ligada ao amor, e o amor à fé, e esta combinação
deve ter como resultado a mão generosa e o
coração que perdoa.
"...tens paciência; e trabalhaste pelo meu
nome". É evidente que os que tem esperança,
esperam. E, "os que esperam no Senhor renovarão
as suas forças..." (Is 40.29, 31). No Salmo 89.19, há
uma promessa de Deus para aquele que trabalha:
"Socorri um que é esforçado: exaltei a um eleito do
povo". A inatividade na vida espiritual é condenada
por Deus. No livro de Provérbios fala-se do
"preguiçoso" cerca de 17 vezes, por isso é evidente
que o Espírito Santo considera muito este perigo
da mocidade, e de pessoas mais idosas.
O preguiçoso é reprovado por covardia (Pv 21.25;
26.13), por negligenciar as oportunidade (Pv 12.27),
os deveres (Pv 20.4), por desperdiçamento (Pv
18.9), por indolência (Pv 6.6, 9), por imaginar-se
sábio (Pv 26.16). E ainda ele não leva sua mão à
boca para não cansar o braço (Pv 26.15). A igreja
de Éfeso era conhecida pelas obras: perseverava
no trabalho; não cansava no serviço de Cristo. Note
como se repete a palavra "paciência"; eram
perseverantes no lidar (v. 2 ), e perseverantes no
sofrer (v. 3).
Apenas sessenta anos depois de Jesus ter subido
ao céu, as Igrejas já se encontravam num estado
de crise espiritual grave, e Éfeso não é excessão
(Ap 2.1-7).
A grande ênfase desta carta recai sobre o
abandono do primeiro amor (gr. agápe).
Observa-se três possibilidades implícitas aqui:
O abandono do primeiro amor a Deus. Devemos
amar a Deus sobre todas as coisas (Mt 22.37; Mc
12.30; Lc 10.27; Rm 8.28; 1 Co 2.9; 2 Tm 4.8; 1 Jo 4.19).
Há um pensamento de Barclay bastante
pertinente:
O cristianismo não pensa em termos do homem
finalmente se submeter ao poder de Deus; pensa
em termos de ele finalmente se entregar ao amor
de Deus. Não se trata de a vontade do homem ser
esmagada, trata-se de o seu coração ser
quebrantado. (Ibid., p. 73).
O amor a Deus é provado pela livre submissão e
obediência à sua Palavra e vontade, e pela
maneira como amamos o nosso próximo (1 Jo 4.20).
Pastor Altair Germano de Abreu e Lima Pernanbuco
ressalta um alerta para nós da Assembleia de
Deus:
As recomendações de Paulo aos presbíteros da
igreja em Éfeso são um alerta para a nossa
liderança hoje (At 20.28,29).
Será que na condição de crentes estamos tão
voltados para o nosso enriquecimento e acúmulo
de bens materiais (Mt 6.19-21), influenciados pela
Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira,
que acabamos por incorrer no erro do rico
insensato (Lc 12.13-21) e na adoração avarenta às
riquezas (Mt 6.24).
Vale lembrar que na perspectiva cristã o próximo é
todo aquele que precisa e a quem podemos ajudar,
inclusive reais ou potenciais inimigos (Lc 10.25-37),
justos ou injustos (Mt 5.43-48).
O abandono do primeiro amor na realização das
obras. O ativismo dos efésios é outra praga
vivenciada em nossos dias.
Estamos tão envolvidos com a realização de
coisas para Deus (e para nós mesmos), que
perdemos de vista as reais e legítimas motivações
para isso.
Ministérios, igrejas, líderes e membros em geral
são avaliados pela quantidade de coisas que
fazem na e para a igreja, e não pelos sentimentos
nobres que deveriam nortear as suas realizações.
Fazemos as coisas pelas coisas. Queremos
demonstrar nossas habilidades produtivas, nossa
eficiência e eficácia, nossas competências, nossa
suposta espiritualidade ou generosidade, nossa
disponibilidade ao martírio, mas nos esquecemos
de que se não tivermos amor, nada vale ou
aproveita: 1 Cor 13. 1 a 3.
Jesus desejou promover uma tomada de consciência por
parte do líder e de toda a igreja, que resultasse na
lembrança de onde a mesma tinha caído (o que implica
também "onde"), e consequentemente em seu
arrependimento: Ap. 2.5.
O termo grego para "arrependimento" se deriva de
metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou
mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e
atitudes. É uma mudança plena de uma condição que
desagrada a Deus, para uma outra condição que o alegra.
Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples
remorso (2 Co 7.10).
Tirarei do seu lugar o teu castiçal". Este
juízo proferido pelo Senhor Jesus sobre a
"remoção" do castiçal de Éfeso, se cumpriu na
igreja e na cidade. Alguém já disse com sabedoria:
"Há tempo para perdão e tempo para juízo". Cf. Ec
3.1. Por muito tempo o "castiçal" de Éfeso se
manteve em pé; Deus estava-lhe dando uma
oportunidade para arrependimento. Segundo o
testemunho da História, ela isso não fez, e o juízo
de Deus atingiu não somente o "castiçal" (igreja,
mas também a cidade, e no quinto século sua
glória declinou.
"Hoje não resta nem opulência, nem mesmo
templos pagãos suntuosos, nem o porto, que o
próprio Mar destruiu e aterrou". Éfeso era a igreja
autêntica; ensinava a verdadeira doutrina de
Cristo, e punha a prova os homens que se
desviaram da fé uma vez para sempre entregue
aos santos. Mas devia arrepender-se de uma falta
grave: "Deixou o primeiro amor". No contexto
vivido; a melhor maneira de o cristão restaurar o
"primeiro amor", é sem dúvida alguma: praticar
"as primeiras obras". Ambas exigências, feitas a
igreja de Éfeso.
O remédio para a igreja em Éfeso, é também nos
concedido hoje. O que faremos? Qual será a nossa
resposta àquele que graciosamente insiste em
nos atrair de volta ao primeiro amor, e
consequentemente a ele mesmo. Qual o nosso
destino enquanto igreja estabelecida na história,
denominação evangélica e igreja nacional,
regional, estadual ou local?
Somos melhores do que a igreja em Éfeso, ou do
que qualquer outra igreja da Ásia? Somos
melhores do que alguma igreja que já se
estabeleceu em algum momento da história, e que
não mais existe? São melhores do que qualquer
igreja que apesar de ainda existir, existe em sua
própria apostasia?
O retorno ao primeiro amor exigido por Cristo a
Igreja de Éfeso nos mostra que para avançar
muitas vezes é preciso recuar, voltar, lembrar-se
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Lição 3 A igreja do amor esquecido

  • 1. Escola Bíblica Dominical 2º Trimestre de 2012 LIÇÃO 3 Éfeso a Igreja do amor esquecido TEMA: As Sete Cartas do Apocalipse. A mensagem final de Cristo a Igreja.
  • 2. INTRODUÇÃO As cartas ás sete Igrejas da Ásia nos mostra os três perigos que ameaçam as Igrejas de todas as épocas, o esfriamento do amor a Deus, a perseguição, os falsos profetas e heresias que conduzem a Igreja ao mundanismo. Esses perigos nos mostram a imperfeição da Igreja, e que apesar de imperfeita Jesus a ama e não desiste dela, e também, se faz necessário que se conheça a história para entender os perigos que nos ameaçam, olhar o presente fazer uma análise de nossa situação e confiar que Jesus levará essa Igreja em triunfo.
  • 3. Hoje vamos estudar a primeira das sete cartas às Igrejas da Ásia, a Igreja da cidade de Éfeso (desejado). Jesus manda João escrever ao anjo, isto é ao mensageiro, ao Pastor da Igreja para que ele transmita a mensagem. Éfeso era a cidade mais importante da província romana da Ásia. Era situada a leste do mar Egeu. Historiadores geralmente calculam a população da cidade no primeiro século em aproximadamente 300.000 habitantes. Éfeso destacava-se como um importante centro político, educacional e comercial naquela época.
  • 4. Éfeso era conhecida, também, como o centro de adoração da deusa da fertilidade, Ártemis ou Diana o qual possuia um templo que era considerado uma das maravilhas do mundo antigo, um estádio para 25.000 pessoas, ali também tinha a grande Biblioteca de Celsus construída por Julio Cesar no ano 135 D.C. em homenagem a seu pai possuia cerca de 12000 pergaminhos era a terceira mais importante depois de Alexandria e Pérgamo, foi destruida por invasores bárbaros no ano 262 D.C.
  • 5. I. ÉFESO, UMA IGREJA SINGULAR No final de sua segunda viagem, Paulo com Áqüila e Priscila viajaram a Éfeso, onde ao conhecerem Apolo orientaram-no sobre o caminho do Senhor (Atos 18:18-26). Então na terceira viagem, Paulo volta a Éfeso, onde pregou a palavra de Deus por três anos (Atos 19:1-41; 20:31). Na volta da mesma viagem, passou em Mileto e encontrou-se com os presbíteros de Éfeso (Atos 20:17-38). Também deixou Timóteo em Éfeso para edificar os irmãos (1 Timóteo 1:3).
  • 6. Éfeso recebeu duas cartas a de Paulo aproximadamente no ano 64 DC, e esta enviada por Cristo através de João por volta do ano 96 d.C. Aproximandamente 30 anos depois da carta de Paulo (Ap 2.1-7). Iniciou-se com o derramamento do Espírito Santo sobre doze homens (At 19.6-7). Tornou-se base missionária para os habitantes da Ásia (At 19.10-12). Na carta de Paulo fica evidente o nível de espiritualidade desta Igreja Ef 1.3; 2.6; 3.14-19. Recebeu a instrução acerca dos dons ministeriais Ef 4.11-14.
  • 7. Apesar de ser um Igreja madura, ensinada foi alertada quanto aos perigos que a rodeavam (At 20.29-31; Ef 6.10-17). No final da carta Paulo escreve sobre o desejo e a necessidade de contínua paz e amor com fé (Ef 6.23).
  • 8. Segundo William Barclay em seu livro As obras da carne e o fruto do Espírito, Vida Nova, 2000, p. 66 e 67 o amor sem fé é sentimentalismo, e a fé sem amor é aridez. [...] Esta combinação de fé e amor deve produzir ação, porque o amor nunca deve ser mera aparência (Rm 12.9). É perfeitamente possível pregar o amor e viver uma vida sem ele, cantar os louvores do amor nas palavras, e negar a existência dele nas ações. [...] A fé deve estar ligada ao amor, e o amor à fé, e esta combinação deve ter como resultado a mão generosa e o coração que perdoa.
  • 9. "...tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome". É evidente que os que tem esperança, esperam. E, "os que esperam no Senhor renovarão as suas forças..." (Is 40.29, 31). No Salmo 89.19, há uma promessa de Deus para aquele que trabalha: "Socorri um que é esforçado: exaltei a um eleito do povo". A inatividade na vida espiritual é condenada por Deus. No livro de Provérbios fala-se do "preguiçoso" cerca de 17 vezes, por isso é evidente que o Espírito Santo considera muito este perigo da mocidade, e de pessoas mais idosas.
  • 10. O preguiçoso é reprovado por covardia (Pv 21.25; 26.13), por negligenciar as oportunidade (Pv 12.27), os deveres (Pv 20.4), por desperdiçamento (Pv 18.9), por indolência (Pv 6.6, 9), por imaginar-se sábio (Pv 26.16). E ainda ele não leva sua mão à boca para não cansar o braço (Pv 26.15). A igreja de Éfeso era conhecida pelas obras: perseverava no trabalho; não cansava no serviço de Cristo. Note como se repete a palavra "paciência"; eram perseverantes no lidar (v. 2 ), e perseverantes no sofrer (v. 3).
  • 11. Apenas sessenta anos depois de Jesus ter subido ao céu, as Igrejas já se encontravam num estado de crise espiritual grave, e Éfeso não é excessão (Ap 2.1-7). A grande ênfase desta carta recai sobre o abandono do primeiro amor (gr. agápe). Observa-se três possibilidades implícitas aqui: O abandono do primeiro amor a Deus. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas (Mt 22.37; Mc 12.30; Lc 10.27; Rm 8.28; 1 Co 2.9; 2 Tm 4.8; 1 Jo 4.19). Há um pensamento de Barclay bastante pertinente:
  • 12. O cristianismo não pensa em termos do homem finalmente se submeter ao poder de Deus; pensa em termos de ele finalmente se entregar ao amor de Deus. Não se trata de a vontade do homem ser esmagada, trata-se de o seu coração ser quebrantado. (Ibid., p. 73).
  • 13. O amor a Deus é provado pela livre submissão e obediência à sua Palavra e vontade, e pela maneira como amamos o nosso próximo (1 Jo 4.20). Pastor Altair Germano de Abreu e Lima Pernanbuco ressalta um alerta para nós da Assembleia de Deus: As recomendações de Paulo aos presbíteros da igreja em Éfeso são um alerta para a nossa liderança hoje (At 20.28,29).
  • 14. Será que na condição de crentes estamos tão voltados para o nosso enriquecimento e acúmulo de bens materiais (Mt 6.19-21), influenciados pela Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira, que acabamos por incorrer no erro do rico insensato (Lc 12.13-21) e na adoração avarenta às riquezas (Mt 6.24). Vale lembrar que na perspectiva cristã o próximo é todo aquele que precisa e a quem podemos ajudar, inclusive reais ou potenciais inimigos (Lc 10.25-37), justos ou injustos (Mt 5.43-48).
  • 15. O abandono do primeiro amor na realização das obras. O ativismo dos efésios é outra praga vivenciada em nossos dias. Estamos tão envolvidos com a realização de coisas para Deus (e para nós mesmos), que perdemos de vista as reais e legítimas motivações para isso.
  • 16. Ministérios, igrejas, líderes e membros em geral são avaliados pela quantidade de coisas que fazem na e para a igreja, e não pelos sentimentos nobres que deveriam nortear as suas realizações. Fazemos as coisas pelas coisas. Queremos demonstrar nossas habilidades produtivas, nossa eficiência e eficácia, nossas competências, nossa suposta espiritualidade ou generosidade, nossa disponibilidade ao martírio, mas nos esquecemos de que se não tivermos amor, nada vale ou aproveita: 1 Cor 13. 1 a 3.
  • 17. Jesus desejou promover uma tomada de consciência por parte do líder e de toda a igreja, que resultasse na lembrança de onde a mesma tinha caído (o que implica também "onde"), e consequentemente em seu arrependimento: Ap. 2.5. O termo grego para "arrependimento" se deriva de metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para uma outra condição que o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).
  • 18. Tirarei do seu lugar o teu castiçal". Este juízo proferido pelo Senhor Jesus sobre a "remoção" do castiçal de Éfeso, se cumpriu na igreja e na cidade. Alguém já disse com sabedoria: "Há tempo para perdão e tempo para juízo". Cf. Ec 3.1. Por muito tempo o "castiçal" de Éfeso se manteve em pé; Deus estava-lhe dando uma oportunidade para arrependimento. Segundo o testemunho da História, ela isso não fez, e o juízo de Deus atingiu não somente o "castiçal" (igreja, mas também a cidade, e no quinto século sua glória declinou.
  • 19. "Hoje não resta nem opulência, nem mesmo templos pagãos suntuosos, nem o porto, que o próprio Mar destruiu e aterrou". Éfeso era a igreja autêntica; ensinava a verdadeira doutrina de Cristo, e punha a prova os homens que se desviaram da fé uma vez para sempre entregue aos santos. Mas devia arrepender-se de uma falta grave: "Deixou o primeiro amor". No contexto vivido; a melhor maneira de o cristão restaurar o "primeiro amor", é sem dúvida alguma: praticar "as primeiras obras". Ambas exigências, feitas a igreja de Éfeso.
  • 20. O remédio para a igreja em Éfeso, é também nos concedido hoje. O que faremos? Qual será a nossa resposta àquele que graciosamente insiste em nos atrair de volta ao primeiro amor, e consequentemente a ele mesmo. Qual o nosso destino enquanto igreja estabelecida na história, denominação evangélica e igreja nacional, regional, estadual ou local?
  • 21. Somos melhores do que a igreja em Éfeso, ou do que qualquer outra igreja da Ásia? Somos melhores do que alguma igreja que já se estabeleceu em algum momento da história, e que não mais existe? São melhores do que qualquer igreja que apesar de ainda existir, existe em sua própria apostasia? O retorno ao primeiro amor exigido por Cristo a Igreja de Éfeso nos mostra que para avançar muitas vezes é preciso recuar, voltar, lembrar-se em que ponto nós erramos e então prosseguir.