O documento discute a teoria de sistemas no contexto de uma disciplina sobre teoria das organizações. Apresenta a história da teoria de sistemas, conceitos como sistema aberto e características das organizações como sistemas abertos, incluindo interdependência das partes, homeostase e morfogênese. Também discute visões de autores sobre sistemas abertos e a concepção de sistemas sócio-técnicos de Trist e Emery.
1. Universidade do Estado do Mato Grosso
Campus Universitário “Dep. Estadual Renê Barbour”
Faculdade de Ciências Exatas
A TEORIA DE SISTEMAS
Docente: Denis Seconello
Discentes: Caroline Andressa Mendes Silva
Priscilla Venâncio da Silva
Tiago Maboni Derlan
Disciplina: Teoria das Organizações
2. História da Teoria dos
Sistemas
A necessidade da abordagem dos sistemas só
se tornou visível recentemente, quando se percebeu
que não era viável tratar as ciências por partes
isoladas. Com essa nova abordagem, novas criações
se tornaram viáveis em todos os ramos da ciência.
Ludwing ficou intrigado com peças que faltavam na
biologia. A abordagem atual não tratava do organismo
como um sistema, que interagia para criar condições
de vida, mas sim tratava com um enfoque
mecanicista (Bertalanffy; Negri, [21--?]).
3. Conceito de Sistema
A palavra sistema denota um conjunto de
elementos interdependentes e interagentes ou um
grupo de unidades combinada que formam um
todo organizado. Sistema é um conjunto ou
combinações de coisas ou partes formando um
todo unitário.
(Chiavenato, 2011)
9. Organizações Como Sistemas
Abertos
“Sistemas abertos não
sobrevivem sem trocas de
energia com seu ambiente.”
“A continuidade, a sobrevivência, o
crescimento e o desenvolvimento de
uma organização está na sua
capacidade de interagir com o ambiente
em que está inserida.”
Ludwig von Bertalanffy,
1969
“Devemos estudar os sistemas globalmente (em seu todo) e
não cada elemento separadamente. Sistema é um conjunto de
elementos inter-relacionados com um objetivo comum; logo
todas as áreas do conhecimento”
10. Caracterização do
sistema aberto segundo
Katz & Kahn (1987)
Daniel Katz
Robert Kahn
1.
Importação - seria a entrada ou recebimento de
material e energia para renovação das instituições;
2.
Transformação - a organização processa e
transforma seus insumos em produtos acabados
serviços e mão-de-obra treinada;
3.
Exportação - seria a saída de certos produtos para
o ambiente;
(Cruz, 1998).
11. Caracterização do sistema
aberto segundo Katz & Kahn
(1987) reativo de obtenção
4. Negentropia - seria o processo
de reservas de energia, com a finalidade de manter
indefinidamente, a sua estrutura organizacional.
5. Diferenciação - substituir os padrões difusos e
globais, funções mais especializadas e altamente
diferenciadas;
6. Equinifinalidade - por vários caminhos diferentes
alcançar o mesmo estado final;
7. Limites ou Fronteiras - define a área da ação do
(Cruz, sistema.
1998).
12. ORGANIZAÇÃO COMO
ORGANISMO VIVOS
Qualquer organismo que nasce tem a tendência de
morrer, assim como uma organização quando aberta
se não tomar devidos cuidados pode fechar
(Campos, 2011).
15. Mais complexos que organismos
vivos
Organismos
(Rennah, 2009).
Organizações
Organizações
16. Ponto de vista de vários autores
Quadro 1: Visão de sistema aberto segundo autores.
Fonte: Campos, 2011.
17. Organização como Sistema Aberto
“A organização é um sistema criado pelo homem
e mantém uma dinâmica interação com o seu
meio ambiente, sejam clientes, fornecedores,
concorrentes, etc. Integrado por diversas partes
ou unidades relacionadas entre si, que trabalham
em harmonia umas com as outras, com a
finalidade de alcançar uma série de objetivos,
tanto da organização como de seus participantes”
(Chiavenato, 2003).
19. Concepção de Trist e
Emery
Conhecidos como investigadores operacionais
(1953).
Eric Trist
”Uma organização é um sistema composto
de elementos ou componentes
interdependentes, que podem ter cada um
seus próprios objetivos”.
(Trist & Emery, 1953).
“Sistemas sócio técnicos, tem o
objetivo de melhorar a relação
existente entre a tecnologia e as
pessoas envolvidas em um
Fred Emery
processo”.
(Morgan, 2010).
20. Sistema sócio técnico Trist e
Emery
1.
Cada membro deve estar envolvido em
várias
tarefas
em
cooperação
com
diferentes membros do grupo;
2.
A remuneração
é
membros do grupo;
(Trist & Emery, 1953 apud Morgan, 2010).
uniforme
entre
os
21. Sistema sócio técnico Trist e
Emery
3.
Favorece a cooperação e as relações
humanas;
4.
Trabalho
integrando
e
otimiza
necessidades sociais e tecnológicas.
(Trist & Emery, 1953 apud Morgan, 2010).
as
22. Considerações
Ao conhecer cada membro da equipe, sua
responsabilidade e a consequência das suas ações
o empregado se tornará em um membro totalmente
comprometido
com a empresa. Segundo
Morgan, atualmente o sistema derivado de Emery
& Trist, é considerado como a tecnologia mais
inovadora dentro do campo organizacional.
(Trist & Emery, 1953 apud Morgan, 2010).
23. Características das
Organizações como Sistemas
Abertos
Comportamento Probabilístico e Não
Determinístico
O ambiente não tem fronteiras e inclui variáveis
desconhecidas e incontroladas, o que torna o seu
comportamento imprevisível.
(Chiavenato, 2003).
24. Características das Organizações
como Sistemas Abertos
Interdependência das Partes
A organização
é um sistema
social
com
partes
interdependentes
e
interrelacionadas.
(Chiavenato, 2003).
25. Características das Organizações
como Sistemas Abertos
Homeostase
A organização alcança um estado
firme – ou
equilíbrio.
(Chiavenato, 2003).
seja,
um
estado
de
26. Características das Organizações
como Sistemas Abertos
Fronteiras ou Limites
As
organizações tem fronteiras que as
diferenciam do ambiente. É através das fronteiras
que existe a interface.
(Chiavenato, 2003).
27. Características das Organizações
como Sistemas Abertos
Morfogênese
A organização pode modificar sua constituição e
estrutura, a partir da comparação dos resultados
obtidos e os desejados, quando são detectados
erros que devem ser corrigidos para modificar a
situação.
(Chiavenato, 2003).
28. Características das Organizações
como Sistemas Abertos
Resiliência
As organizações devem saber enfrentar e superar
problemas, sem que alterar seu potencial de autoorganização.
(Chiavenato, 2003).
29. Considerações Finais
Seu caráter interativo e abstrato e a
possibilidade de compreensão dos efeitos
sinergísticos da organização são realmente
surpreendentes. A visão do homem funcional
dentro das organizações é a decorrência principal
sobre a concepção da natureza humana.
Apesar do enorme impulso, a Teoria de
Sistemas ainda carece de melhor sistematização e
detalhamento, pois sua aplicação prática é ainda
incipiente.
30. Referências Bibliográficas
BERTALANFFY, Ludwing Von; NEGRI, Lucas Hermann. Teoria Geral dos Sistemas.
Santa Catarina, [21--?]. Disponível em: <http://www.infoescola.com/filosofia/sinteseteoria-geral-dos-sistemas/>. Acesso em: 02 set. 2013.
BERTALANFFY, Ludwig Von, tradução de Francisco M. Guimarães, Teoria Geral dos
Sistemas. Fundamentos, desenvolvimento e aplicações. Petrópolis: Vozes, 2008.
CAMPOS, F. O. As Organizações e os sistemas Abertos e Fechados e a
Emergência: uma Análise Conceitual. UCB, Brasília. Publicado em set. 2011.
Disponível em: <http://www. intercom .org.br /papers/nacionais/2011/resumos/R6-03301.pdf >. Acesso em 05 de set. 2013, 02:45.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7ª Edição, Rio
de Janeiro, 2003.
Cruz, S. M. S. Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional nas Empresas de
Construção Civil. Publicado em: Nov. 1998. Florianópolis. Disponível em:
<http://www.eps.ufsc.br/disserta99/sybele/ >. Acesso em: 04 de set. 2013, 04:35.
MIRANDA, W. Organizações como um Sistema Aberto. Publicado em: 21 de set.
2008. Disponível em: <http://wwwstrabalho.blogspot.com.br/2008/09/organizaes-comoum-sistema-aberto.html>. Acesso em 04 de set. 2013, 21:30.
31. Referências Bibliográficas
MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. 2ª Edição, São Paulo, 2010.
NEGRI, L. H. Teoria Geral dos Sistemas. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/filosofia /sintese-teoria-geral-dos-sistemas/>. Acesso em:
04 de set. 2013, 23:45.
PONTE, Gabriela; CALADO, Kamile; MELO, Lourrik de; MOURA, Marília;
LUZ, Millena da; CAVALCANTE, Rebeca. Teoria dos sistemas. Ceará, 2011.
Disponível em: <http://admuecediurno2011.blogspot.com.br/2011/07/teoria-geral-dossistemas.html>. Acesso em: 02 set. 2013.
Portal Educação. TEORIA DOS SISTEMAS E TEORIA CONTINGENCIAL. São
Paulo, 2013. Disponível em:
<http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/32389/teoria-dos-sistemas-eteoria-contingencial#ixzz2dleundz6>. Acesso em: 02 set. 2013.
RENNAH, N. Sistemas Abertos. Publicado em 2009. Disponível em:
<http://introducao-adm-2009-1.wikispaces.com/file/view/index2.pdf>. Acesso em 04
de set. 2013, 22:34.
Teoria de sistemas. Disponível em: <http://www.univab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-7.htm>. Acesso em: 02 set. 2013.
32. Um Pensamento..
Não é a espécie mais forte que
sobreviverá, nem tão pouco a mais
inteligente, senão a que tenha condição de
melhor se adaptar (CHARLES DARWIN).