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Luto, perda e separação na infância

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Luto, perda e separação na infância

  1. 1. O Luto Infantil: Perda, Separação eO Luto Infantil: Perda, Separação e DivórcioDivórcio Professora Doutora Teresa AndradeProfessora Doutora Teresa Andrade
  2. 2. Ideias correntes acerca do Luto naIdeias correntes acerca do Luto na InfânciaInfância  As crianças ainda não compreendem o conceito deAs crianças ainda não compreendem o conceito de irreversibilidade da morteirreversibilidade da morte  Podem ficar traumatizadas se estiverem presentes nosPodem ficar traumatizadas se estiverem presentes nos rituais em torno da morterituais em torno da morte  As crianças esquecem facilmente a morte de alguémAs crianças esquecem facilmente a morte de alguém querido e continuam a comportar-se de igual formaquerido e continuam a comportar-se de igual forma  As crianças devem ser poupadas a qualquer sofrimentoAs crianças devem ser poupadas a qualquer sofrimento
  3. 3. ConsequênciasConsequências destas Ideiasdestas Ideias  O tema da morte não é discutido com as criançasO tema da morte não é discutido com as crianças  As crianças são afastadas das pessoas que estão aAs crianças são afastadas das pessoas que estão a morrer, por vezes usando mentiras e históriasmorrer, por vezes usando mentiras e histórias fantasiosasfantasiosas  As explicações dadas sobre a morte são vagas eAs explicações dadas sobre a morte são vagas e confusasconfusas  Não se relacionam os problemas que as criançasNão se relacionam os problemas que as crianças desenvolvem, depois de uma perda significativa com odesenvolvem, depois de uma perda significativa com o processo de luto que possam estar a viverprocesso de luto que possam estar a viver
  4. 4. SemelhançasSemelhanças entre crianças e adultosentre crianças e adultos nos processos de lutonos processos de luto  Mesmo bebés e criançasMesmo bebés e crianças muito jovens apresentammuito jovens apresentam sintomas depressivos nasintomas depressivos na sequência de uma perdasequência de uma perda significativasignificativa  Manifestam uma saudadeManifestam uma saudade declarada e descrevemdeclarada e descrevem sensações físicas de dorsensações físicas de dor associadas a essaassociadas a essa saudadesaudade..  Choram a perda de alguémChoram a perda de alguém que amam e fazem-no tantoque amam e fazem-no tanto mais quanto mais velhasmais quanto mais velhas sãosão
  5. 5.  Sonham ocasionalmente com asSonham ocasionalmente com as pessoas que já morrerampessoas que já morreram  Recordam-se persistentemente deRecordam-se persistentemente de quem lhes morreu e conservamquem lhes morreu e conservam objectos dessa pessoa comoobjectos dessa pessoa como forma de as ter mais pertoforma de as ter mais perto  Falam da morte dessa pessoaFalam da morte dessa pessoa com pessoas estranhas ecom pessoas estranhas e expressam as suas saudadesexpressam as suas saudades  Tendem a imitar osTendem a imitar os comportamentos da pessoacomportamentos da pessoa falecidafalecida  Culpabilizam-se pela morteCulpabilizam-se pela morte ocorridaocorrida
  6. 6. Diferenças entre crianças e adultos noDiferenças entre crianças e adultos no lutoluto  A criança é totalmenteA criança é totalmente dependente das decisões dosdependente das decisões dos adultos que a rodeiam, daadultos que a rodeiam, da informação e das respostasinformação e das respostas que estes lhe dão acerca daque estes lhe dão acerca da morte.morte.  Tem dificuldade em expressarTem dificuldade em expressar verbalmente as suasverbalmente as suas necessidadesnecessidades  Tem menor entendimento doTem menor entendimento do que é a morte por falta deque é a morte por falta de experiência da mesmaexperiência da mesma
  7. 7.  Tem períodos de concentraçãoTem períodos de concentração mais curtos e os seus sentidosmais curtos e os seus sentidos são mais facilmente estimuladossão mais facilmente estimulados por tudo o que a rodeia, pelo quepor tudo o que a rodeia, pelo que os períodos de manifestação deos períodos de manifestação de luto são mais transitóriosluto são mais transitórios  Tenta compreender o queTenta compreender o que acontece à sua volta através doacontece à sua volta através do brincar, pelo que, mesmo triste,brincar, pelo que, mesmo triste, brincabrinca  A criança é estimulada a viverA criança é estimulada a viver num mundo em que a fantasia e anum mundo em que a fantasia e a magia são parte da vidamagia são parte da vida
  8. 8. Diferenças entre VivênciasDiferenças entre Vivências Luto versus DivórcioLuto versus Divórcio  Na maioria dos aspectos oNa maioria dos aspectos o sentimento de perda podesentimento de perda pode ser idêntico, mas váriosser idêntico, mas vários aspectos diferemaspectos diferem  Na questão dos divórcios eNa questão dos divórcios e das separações acresce odas separações acresce o ambiente que antecede aambiente que antecede a separação formal geralmenteseparação formal geralmente conflituoso e que gera umaconflituoso e que gera uma angustia adicional na criançaangustia adicional na criança
  9. 9. Factores que dificultam o LutoFactores que dificultam o Luto no divórciono divórcio  Expectativas deExpectativas de reconciliação dos paisreconciliação dos pais  Os conflitos de lealdadeOs conflitos de lealdade face a um ou outro dosface a um ou outro dos paispais  O lidar com outrasO lidar com outras pessoas que entram napessoas que entram na vida dos pais e comvida dos pais e com outras criançasoutras crianças  O sentimento de culpaO sentimento de culpa
  10. 10. Outras DificuldadesOutras Dificuldades  Perda de proximidadePerda de proximidade com um dos paiscom um dos pais  Dificuldades financeirasDificuldades financeiras  Contaminação do FuturoContaminação do Futuro  Baixa auto-estimaBaixa auto-estima  Menos apoio socialMenos apoio social  Menos estabilidadeMenos estabilidade afectivaafectiva  Maior dificuldade nasMaior dificuldade nas ligações com novosligações com novos parceiros do paisparceiros do pais
  11. 11. Consequências de PerdasConsequências de Perdas Próximas, na InfânciaPróximas, na Infância  São várias asSão várias as dificuldades reais que asdificuldades reais que as perdas mais significativasperdas mais significativas podem colocar a umapodem colocar a uma criança:criança:  Menor apoio efectivoMenor apoio efectivo  Menor afectoMenor afecto  Menor confiança no futuroMenor confiança no futuro  Dificuldades de integraçãoDificuldades de integração  Medo de voltar a perderMedo de voltar a perder alguém ou de morrer naalguém ou de morrer na mesma idade ou da mesmamesma idade ou da mesma forma do que a pessoaforma do que a pessoa queridaquerida
  12. 12. Condições favoráveis ao luto dasCondições favoráveis ao luto das criançascrianças  A criança ter mantido um bomA criança ter mantido um bom relacionamento com a pessoarelacionamento com a pessoa que faleceuque faleceu  Ter recebido informaçõesTer recebido informações imediatas e verdadeirasimediatas e verdadeiras acerca do que aconteceuacerca do que aconteceu  Poder fazer perguntas ePoder fazer perguntas e receber respostas tão sincerasreceber respostas tão sinceras quanto possívelquanto possível  Ter a presença reconfortanteTer a presença reconfortante do genitor sobrevivente ou dedo genitor sobrevivente ou de outros adultos que possamoutros adultos que possam dela cuidar.dela cuidar.  Poder ser incluída, se oPoder ser incluída, se o desejar no processo de pesardesejar no processo de pesar familiarfamiliar
  13. 13. Explicar a morte às criançasExplicar a morte às crianças  Por vezes as explicaçõesPor vezes as explicações que se dão às criançasque se dão às crianças podem não ajudar o seupodem não ajudar o seu processo de luto:processo de luto: -“-“ foi para o céu porque erafoi para o céu porque era bondoso ou porque Deusbondoso ou porque Deus gostava muito delegostava muito dele”” - “- “ está a dormir paraestá a dormir para sempresempre”” -“-“foi fazer uma grandefoi fazer uma grande viagemviagem”” - “- “está num sítio melhorestá num sítio melhor””
  14. 14. Explicações e metáforas que podemExplicações e metáforas que podem ajudar a criançaajudar a criança  A morte faz parte da vida e acontece a todos os seres vivosA morte faz parte da vida e acontece a todos os seres vivos  Quando morre o corpo da pessoa deixa de funcionar, já nãoQuando morre o corpo da pessoa deixa de funcionar, já não respira, o coração já não bate e já não sente mais nadarespira, o coração já não bate e já não sente mais nada  As pessoas podem morrer por vários motivos, mas a maioria dasAs pessoas podem morrer por vários motivos, mas a maioria das pessoas vive durante muitos anospessoas vive durante muitos anos  Mesmo quando uma pessoa morre as memórias ficam sempreMesmo quando uma pessoa morre as memórias ficam sempre connosco e vivem no nosso coração e nas coisas que fazemosconnosco e vivem no nosso coração e nas coisas que fazemos quando nos lembramos delaquando nos lembramos dela  Metáforas como as da noz, do balão, do bolbo ou das folhas daMetáforas como as da noz, do balão, do bolbo ou das folhas da árvore podem simplificar a compreensão do que aconteceárvore podem simplificar a compreensão do que acontece fisicamente.fisicamente.
  15. 15. Falar sobre sentimentosFalar sobre sentimentos  Quando uma pessoa de quem gostamos morre é natural ficarmos tristes e pensarQuando uma pessoa de quem gostamos morre é natural ficarmos tristes e pensar nela muitas vezes. Isso acontece a todas as pessoas que perdem alguém.nela muitas vezes. Isso acontece a todas as pessoas que perdem alguém.  Depois de perder alguém pode ser difícil fazer as mesmas coisas, como brincar ou irDepois de perder alguém pode ser difícil fazer as mesmas coisas, como brincar ou ir à escola. Isso acontece porque durante algum tempo nos sentimos diferentesà escola. Isso acontece porque durante algum tempo nos sentimos diferentes  Podemos sentir-nos confusos e tristes e até doer-nos o coração. Só com o passar doPodemos sentir-nos confusos e tristes e até doer-nos o coração. Só com o passar do tempo conseguiremos melhorartempo conseguiremos melhorar  Quando alguém de quem gostamos morre muitas coisas mudam, mas outrasQuando alguém de quem gostamos morre muitas coisas mudam, mas outras continuarão a ser parecidas e outras pessoas irão gostar e cuidar de nós, mesmocontinuarão a ser parecidas e outras pessoas irão gostar e cuidar de nós, mesmo que não seja da mesma formaque não seja da mesma forma  Por vezes as pessoas à nossa volta não conseguem falar connosco sobre o quePor vezes as pessoas à nossa volta não conseguem falar connosco sobre o que aconteceu porque simplesmente não sabem o que podem dizer para nos fazer sentiraconteceu porque simplesmente não sabem o que podem dizer para nos fazer sentir melhormelhor  Muitas pessoas que estão mesmo ao pé de nós também já perderam alguém deMuitas pessoas que estão mesmo ao pé de nós também já perderam alguém de quem gostavam e podemos falar com elas sobre o que estamos a sentirquem gostavam e podemos falar com elas sobre o que estamos a sentir
  16. 16. Como ajudar a criança enlutadaComo ajudar a criança enlutada  Reconhecer algumasReconhecer algumas manifestações de lutomanifestações de luto importantes na infância:importantes na infância:  Alterações na atenção, memória,Alterações na atenção, memória, concentração, grau de actividadeconcentração, grau de actividade  Alterações do sono e do apetiteAlterações do sono e do apetite  Isolamento socialIsolamento social  AgressividadeAgressividade  Autonomia PrecoceAutonomia Precoce  Excesso de preocupação com asExcesso de preocupação com as pessoas e com a sua saúdepessoas e com a sua saúde  CulpabilizaçãoCulpabilização  Mais acidentesMais acidentes  Enurese e encoprese secundáriasEnurese e encoprese secundárias  Medo de morrer e de que morramMedo de morrer e de que morram outras pessoas que lhe sãooutras pessoas que lhe são queridasqueridas  Negação constante da perdaNegação constante da perda ocorridaocorrida
  17. 17.  Compreender as formas comoCompreender as formas como a criança pode falar do seu luto:a criança pode falar do seu luto:  Na forma como brinca com as outrasNa forma como brinca com as outras crianças ou brinca sozinhacrianças ou brinca sozinha  Quando desenhaQuando desenha  Quando representa os personagensQuando representa os personagens de uma históriade uma história  Quando conta histórias inventadas porQuando conta histórias inventadas por sisi  Quando conta os seus sonhosQuando conta os seus sonhos
  18. 18.  Para conseguirPara conseguir comunicar com ascomunicar com as crianças há que nãocrianças há que não esquecer a criança queesquecer a criança que fomos efomos e  Reaprender formas maisReaprender formas mais simples de comunicar assimples de comunicar as coisas mais complicadascoisas mais complicadas
  19. 19. A Terapia com CriançasA Terapia com Crianças
  20. 20. AsAs Histórias que as crianças contamHistórias que as crianças contam
  21. 21. Histórias escritas para ajudarHistórias escritas para ajudar
  22. 22. Outras ActividadesOutras Actividades
  23. 23.  ““O apego íntimo a outrosO apego íntimo a outros seres humanos é o núcleoseres humanos é o núcleo em torno do qual gira a vidaem torno do qual gira a vida de uma pessoa, não sóde uma pessoa, não só enquanto bebé, criançaenquanto bebé, criança pequena ou criança depequena ou criança de escola, mas também duranteescola, mas também durante a sua adolescência ea sua adolescência e maturidade, até à velhice. Ématuridade, até à velhice. É desse apego íntimo quedesse apego íntimo que retiramos a força e o prazerretiramos a força e o prazer da vida, e proporcionamosda vida, e proporcionamos também força e prazer atambém força e prazer a outros”outros”  Bowlby (1973)Bowlby (1973)
  24. 24. A Criança perante a antecipaçãoA Criança perante a antecipação da própria morteda própria morte
  25. 25. A compreensão da morte na criançaA compreensão da morte na criança doentedoente  A compreensão varia, não é estática, e vaiA compreensão varia, não é estática, e vai sendo construida apartir de vários aspectos:sendo construida apartir de vários aspectos:  A “sabedoria do corpo”A “sabedoria do corpo”  O conhecimento da doençaO conhecimento da doença  A urgência e intensidade dos tratamentosA urgência e intensidade dos tratamentos  As emoções observadas na família e nos profissionaisAs emoções observadas na família e nos profissionais de saúdede saúde  O contacto com outras crianças doentesO contacto com outras crianças doentes www.ippc.com
  26. 26. Variáveis que afectam a compreensão e oVariáveis que afectam a compreensão e o lidar com a mortelidar com a morte  A idade da criança e o seu nível de desenvolvimento cognitivoA idade da criança e o seu nível de desenvolvimento cognitivo  A personalidade de cada criança e as suas experiências de vidaA personalidade de cada criança e as suas experiências de vida  A história de perdas da criança (ex: doenças, morte, experiênciasA história de perdas da criança (ex: doenças, morte, experiências traumáticas, divórcio parental, etc.)traumáticas, divórcio parental, etc.)  A forma como os pais transmitem o que pensam acerca da morteA forma como os pais transmitem o que pensam acerca da morte ao nível cognitivo e espiritual.ao nível cognitivo e espiritual.  A forma como os pais e restantes membros da família transmitemA forma como os pais e restantes membros da família transmitem as suas emoções e os seus modos de fazer face a uma morte.as suas emoções e os seus modos de fazer face a uma morte.  Estilo e padrões de comunicação dentro da famíliaEstilo e padrões de comunicação dentro da família  Existência de suporte social eficaz para a criança e para a suaExistência de suporte social eficaz para a criança e para a sua família.família.
  27. 27. O desenvolvimento por estádiosO desenvolvimento por estádios  Piaget propõe umPiaget propõe um desenvolvimento por estádiosdesenvolvimento por estádios pelos quais a criança tempelos quais a criança tem obrigatoriamente de passar atéobrigatoriamente de passar até chegar ao tipo de pensamentochegar ao tipo de pensamento adulto.adulto.  Este desenvolvimento permite àEste desenvolvimento permite à criança compreender o mundocriança compreender o mundo que a rodeia de forma cada vezque a rodeia de forma cada vez mais complexamais complexa  Permite igualmente a emergênciaPermite igualmente a emergência de diferentes graus dede diferentes graus de compreensão da mortecompreensão da morte  A compreensão destes diferentesA compreensão destes diferentes níveis pode facilitar aníveis pode facilitar a comunicação com a criançacomunicação com a criança
  28. 28. Estádio Sensorio-MotorEstádio Sensorio-Motor (dos 0 aos 2 anos)(dos 0 aos 2 anos) Os problemas são resolvidosOs problemas são resolvidos recorrendo aos sentidos e à parterecorrendo aos sentidos e à parte motora.motora. A noção de morte é equivalente àA noção de morte é equivalente à da separação e provoca nada separação e provoca na criança o medo de ficar só e decriança o medo de ficar só e de não ser cuidadanão ser cuidada O apoio essencial a dar à criançaO apoio essencial a dar à criança passa pelo conforto físico, pelopassa pelo conforto físico, pelo alívio dos sintomas e pelaalívio dos sintomas e pela presença reconfortante dos seuspresença reconfortante dos seus familiares o máximo de tempofamiliares o máximo de tempo possível.possível.
  29. 29. Estádio Pré-OperatórioEstádio Pré-Operatório ( dos 2 aos 7 anos)( dos 2 aos 7 anos)  A principal aquisição é a funçãoA principal aquisição é a função simbólica.simbólica.  Existe auto-centração da qualExiste auto-centração da qual decorre o pensamento mágicodecorre o pensamento mágico  A morte é vista como algoA morte é vista como algo reversível semelhante ao quereversível semelhante ao que observa no sono ou nas estaçõesobserva no sono ou nas estações do ano.do ano.  A doença provoca na criançaA doença provoca na criança sentimentos de culpa e de revoltasentimentos de culpa e de revolta que a fazem por vezes rejeitar osque a fazem por vezes rejeitar os tratamentos e deprimir-setratamentos e deprimir-se  Deve ser minimizada ao máximo aDeve ser minimizada ao máximo a ausência parental e familiar emausência parental e familiar em torno da criança e incluídos ostorno da criança e incluídos os seus brinquedos e objectosseus brinquedos e objectos reconfortantesreconfortantes
  30. 30. Estádio Operatório ConcretoEstádio Operatório Concreto ( dos 7 aos 11 anos)( dos 7 aos 11 anos)  Nesta fase a criança já apresentaNesta fase a criança já apresenta conceitos mais vastosconceitos mais vastos  Percebe que a morte acontece aPercebe que a morte acontece a todos, que é irreversível, mas sentetodos, que é irreversível, mas sente que podem existir circunstâncias que aque podem existir circunstâncias que a podem evitar ou favorecer.podem evitar ou favorecer.  As respostas devem ser o maisAs respostas devem ser o mais honestas possível, os efeitos doshonestas possível, os efeitos dos tratamentos explicadostratamentos explicados  Deve favorecer-se a autonomia daDeve favorecer-se a autonomia da criança e consultá-la nas decisões acriança e consultá-la nas decisões a tomartomar  Para além da presença da famíliaPara além da presença da família devem ser incluídos os seus amigos edevem ser incluídos os seus amigos e colegas de escolacolegas de escola  Saber ouvir os anseios e dúvidas daSaber ouvir os anseios e dúvidas da criança é algo imprescindívelcriança é algo imprescindível
  31. 31. Estádio Operatório FormalEstádio Operatório Formal (dos 11 aos 16 anos)(dos 11 aos 16 anos) A morte é compreendida comoA morte é compreendida como irreversível e independente dairreversível e independente da nossa vontadenossa vontade  O adolescente necessita deO adolescente necessita de explicações honestas e deexplicações honestas e de participar activamente nosparticipar activamente nos cuidados ministradoscuidados ministrados  Necessita de preservar uma boaNecessita de preservar uma boa imagem de si próprioimagem de si próprio  Necessita de conversar sobre asNecessita de conversar sobre as várias explicações relativas à vidavárias explicações relativas à vida e à morte, ao antes e ao depois,e à morte, ao antes e ao depois, colocando várias possibilidadescolocando várias possibilidades  A presença de amigos,A presença de amigos, namorado/a é tão fundamentalnamorado/a é tão fundamental quanto a da famíliaquanto a da família
  32. 32. Estádios de antecipação da MorteEstádios de antecipação da Morte  Independentemente, do seuIndependentemente, do seu estádio de desenvolvimentoestádio de desenvolvimento cognitivo, as crianças, através dascognitivo, as crianças, através das suas experiências ao longo dosuas experiências ao longo do processo de doença podemprocesso de doença podem passar por estádios diversospassar por estádios diversos  Estas experiências passam pelaEstas experiências passam pela comunicação do diagnóstico aoscomunicação do diagnóstico aos pais, pelo contacto com maispais, pelo contacto com mais crianças em diferentes fases decrianças em diferentes fases de adoecer, pelas recaídas eadoecer, pelas recaídas e retornos ao hospital, peloretornos ao hospital, pelo comportamento dos profissionaiscomportamento dos profissionais de saúde e pelo conhecimento dede saúde e pelo conhecimento de que outras crianças morreramque outras crianças morreram com doenças semelhantescom doenças semelhantes Tenho uma doença grave, Vou morrer Outros meninos como eu morreram mas não vou ficar melhor Estou sempre doente, mas vou ficar melhor Estou sempre doent mas vou ficar bom
  33. 33. A compreensão da doença e da morteA compreensão da doença e da morte em crianças muito jovensem crianças muito jovens Um menino de três anos fazia sempre o mesmo jogo com um patinho de peluche e uma ambulância de brincar de cada vez que era hospitalizado. O patinho tinha ficado doente e precisava de ir ao hospitaL de ambulância.O menino empurrava a ambulância e imitava o ruído da sirene. Sourkes, The Deepening Shade,1982 and Armfuls of Time, 1995 www.ippc.comwww.ippc.com
  34. 34. As alterações ao longo do tempoAs alterações ao longo do tempo Psicólogo: Como está o patinho? Menino: Doente. Psicólogo: Para onde vai ele? Menino: Para o hospital. Psicólogo: O que é que vão fazer lá? Menino: Vão pô-lo melhor. Psicólogo: E ele vai ficar melhor? Menino: Sim. melhor.  O mesmo menino (último internamento): Psicólogo: Como está o patinho? Menino: Doente. Psicólogo: E ele vai ficar melhor? Menino: Patinho não ficar melhor. Patinho morre Sourkes, 1982 and 1995 www.ippc.comwww.ippc.com
  35. 35. A compreensão da doença e daA compreensão da doença e da morte em crianças mais velhasmorte em crianças mais velhas Um dia, quando estivermos todos silenciosos, o sol vai parar de brilhar e o mundo vai parar. Só se vai ouvir música. Amy, 10 anos. Sourkes, 1995 www.ippc.comwww.ippc.com
  36. 36. Acerca dos Relógios Eu gosto de usar relógios, Muitos relógios Por duas razões. Primeira, Se eles estiverem todos com horas diferentes marcadas Nunca ninguém está demasiado atrasado ou adiantado ou na hora certa. Simplesmente “estão” Segunda, Com todos estes relógios postos, É como se eu tivesse “Todo o tempo do Mundo” E nunca teria de pensar no fim do tempo Ou em morrer. Mattie Stepanek, 6 anos Journey Through Heartsongs  www.ippc.com
  37. 37. ARMFULS OF TIME: THE PSYCHOLOGICAL EXPERIENCE OF THE CHILD WITH A LIFE-THREATENING ILLNESS, by Barbara M. Sourkes, © 1995. All rights are controlled by the University of Pittsburgh Press, Pittsburgh, PA 15261. Used by permission of the University of Pittsburgh Press.
  38. 38. ARMFULS OF TIME: THE PSYCHOLOGICAL EXPERIENCE OF THE CHILD WITH A LIFE-THREATENING ILLNESS, by Barbara M. Sourkes, © 1995. All rights are controlled by the University of Pittsburgh Press, Pittsburgh, PA 15261. Used by permission of the University of Pittsburgh Press.
  39. 39. ARMFULS OF TIME: THE PSYCHOLOGICAL EXPERIENCE OF THE CHILD WITH A LIFE-THREATENING ILLNESS, by Barbara M. Sourkes, © 1995. All rights are controlled by the University of Pittsburgh Press, Pittsburgh, PA 15261. Used by permission of the University of Pittsburgh Press.
  40. 40. Histórias para quem cuidaHistórias para quem cuida
  41. 41. EsperançaEsperança ““A esperança é o ingrediente fundamental para as crianças e adolescentesA esperança é o ingrediente fundamental para as crianças e adolescentes com doenças graves. Esta esperança não precisa de ser uma cura, ou umacom doenças graves. Esta esperança não precisa de ser uma cura, ou uma remissão por magia, mas a esperança de encontrar alegria e gosto de viverremissão por magia, mas a esperança de encontrar alegria e gosto de viver nos desafios e conquistas diárias. Cada dia é um milagre que não podemosnos desafios e conquistas diárias. Cada dia é um milagre que não podemos deixar de olhar só porque a morte parece estar mais próxima.”deixar de olhar só porque a morte parece estar mais próxima.” Stevens, 2005Stevens, 2005

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