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Ku Klux Klan

Também conhecida como KKK é o nome de várias organizações racistas dos Estados Unidos que apoiam
a supremacia branca e o protestantismo (padrão conhecido também como WASP) em detrimento de
outras religiões. A KKK, em seu período mais forte, foi localizada principalmente na região sul dos E.U.A.,
em estados como Texas e Mississipi.

História

Publicação do jornal The Good Citizen em julho de 1926.A primeira Ku Klux Klan na verdade foi fundada
pelo general Nathan Bedford Forrest da cidade de Pulaski, Tennessee, em 1865 após o final da Guerra
civil americana. Seu objetivo era impedir a integração social dos negros recém-libertados, como por
exemplo, adquirir terras, ter direitos concedidos aos outros cidadãos, como votar. O nome, cujo registro
mais antigo é de 1867, parece derivar da palavra grega kuklos, que significa "círculo", "anel", e da
palavra inglesa clan (clã) escrita com k. Devido aos métodos violentos da KKK, há a hipótese de o nome
ter-se inspirado no som feito quando se coloca um rifle pronto para atirar.

O segundo grupo que utilizou o mesmo nome foi fundado em 1915 (alguns dizem que foi em função do
lançamento do filme O Nascimento de uma Nação, naquele mesmo ano) em Atlanta por William J.
Simmons. Este grupo foi criado como uma organização fraternal e lutou pelo domínio dos brancos
protestantes sobre os negros, católicos, judeus e asiáticos, assim como outros imigrantes. Este grupo
ficou famoso pelos linchamentos e outras atividades violentas contra seus "inimigos". Chegou a ter 4
milhões de membros (outros dizem serem 5 milhões) na década de 1920, incluindo muitos políticos. A
popularidade do grupo caiu durante a Grande Depressão e durante a Segunda Guerra Mundial.



A perda de respeitabilidade da Ku Klux Klan, unida a divisões internas, levou à degradação de seu
público, apesar de a organização continuar a realizar expedições punitivas, desempenhando por
exemplo o papel de supervisora de uma agremiação de patrões contra os sindicalistas, cuja cota estava
em alta depois da crise de 1929.

Na década de 1930, o nazismo exerceu uma certa atração sobre a Ku Klux Klan. Não passou disso,
porém. A aproximação com os alemães foi bruscamente encerrada na Segunda Guerra Mundial, depois
do ataque japonês à base estadunidense de Pearl Harbor, quando muitos membros se alistaram no
exército para lutar contra o "perigo amarelo". Só faltava o tiro de misericórdia ao império invisível. Em
1944, o serviço de contribuições diretas cobrou uma dívida da Klan, pendente desde 1920. Incapaz de
honrar o compromisso, a organização morreu pela segunda vez.

Apesar de diversas tentativas de ressurreição (num âmbito mais local que nacional), a Ku Klux Klan não
obteve mais o sucesso de antes da guerra. Finalmente, o Stetson Kennedy contribuiu para desmistificar
a organização, liberando todos os seus segredos no livro "Eu fiz parte da Ku Klux Klan". Alguns klanistas
ainda insistiram e suscitaram, temporariamente, uma retomada de interesse entre os WASP (sigla em
inglês para protestantes brancos anglo-saxões) frustrados, que não compunham mais a maioria da
população estadunidense.



Na década de 1950, a promulgação da lei contra a segregação nas escolas públicas despertou
novamente algumas paixões, e cruzes se acenderam. Seguiram-se batalhas, casas dinamitadas e novos
crimes (29 mortos de 1956 a 1963, entre eles 11 brancos, durante protestos raciais). Os klanistas
tentaram se reciclar no anticomunismo, combatendo os índios ou atenuando seu anticatolicismo
fanático.

Os métodos da Ku Klux Klan não se haviam modificado de maneira sensível; agora, como antes, se
balanceava (processo pelo qual se fazia deslizar uma vítima manietada por uma estreita barra de aço,
dolorosamente, para cima e para baixo, a toda velocidade para criar atrito), espancava, extorquia,
boicotava, exilava, linchava e assassinava.



Mas nada surtiu grande efeito e o declínio da Klan já tinha começado desde o fim da década de 1960,
época em que só contava com algumas dezenas de milhares de membros. Depois, podia-se tentar
distinguir os "Imperial Klans of America" dos "Knights of the Ku Klux Klan", ou ainda dos "Knights of the
White Camelia", alguns dos vários nomes das tentativas de ressurgimento. Mas os klanistas não eram
mais uma organização de massa. Apesar das proclamações tonitruantes e de provocações episódicas, as
"Klans" não reuniam mais do que alguns milhares de membros, comparáveis assim com outros
grupelhos neonazistas com os quais às vezes mantinham relações. A organização não parece estar perto
de renascer uma segunda vez.

Cruz sendo queimada, atividade introduzida por William J. Simmons, o fundador da segunda Klan em
1915.Klan e daquilo que pudessem os noviços do século vinte idear em horrores, mercantilismo secreto,
ameaças e compromissos de maior responsabilidade. Os infernos passaram a chamar-se cavernas e as
reuniões passaram a realizar-se em grandes locais muitas vezes sob o céu aberto. Não raro milhares de
autos vinham reforçar, guardas a cavalo e a pé cercavam o local e estavam presentes os utensílios com
que se entusiasma qualquer bom estadunidense: a bandeira das estrelas, a Bíblia aberta e o punhal
desembainha do a fazer pano de fundo, uma cruz em fogo, na noite, projetava uma luz estranhamente
tranquilizadora sobre as filas dos agora uniformiza-dos homens dos capuzes brancos.

De início a Klan só admitia como membros aquelas pessoas oriundas de pais brancos estadunidenses,
nascidas nos Estados Unidos; além disso, os pais não podiam comungar na religião católica nem
pertencer à raça judaica. Mais tarde deixou-se caducar a exigência de que os pais já deviam ser de
nacionalidade estadunidense pois este ponto prejudicara em muito a solícita procura de membros para
a Klan e a afluência de meios de contribuição de sócios. O candidato a aceitação era submetido do
coração aos rins a interrogatórios e em seguida instruído de que a Klan exigia de todos os seus membros
obediência cega. Seguia-se o juramento, batismo, ordenação e apostasia, com a leitura dos parágrafos
da fé da Klan em que muito se tratava da raça branca e da religião cristã.
Os crimes que a nova Ku-Klux-Klan até a sua recente proibição cometeu, sobretudo nos estados do Sul
dos Estados Unidos, são tão variados e numerosos, tão cuidadosamente velados e tão intimamente
amalgama dos com as singularidades da vida pública naqueles estados, que nunca seria possível
abrangê-los a todos. A simples crônica ou mesmo pequena revista, como nós aqui tentamos oferecer,
nunca seria capaz de exprimir como o que aconteceu foi caprichoso e horrível. O mundo teve
conhecimento aqui e ali de um registro especialmente alusivo nos jornais, mas depressa ele caiu no
esquecimento da consciência mundial, ainda que esta fatalidade passe à posteridade, pois que não
houve nenhum dos grandes escritores estadunidenses que alguma vez deixasse passar em branco
atuação tão vergonhosa.


Hoje, a Ku Klux Klan conta apenas com um efetivo de 3 mil homens em todos os antigos "estados
confederados", apesar do baixo número de associados, muitos não associados apoiam a organização.

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Ku Klux Klan, organização racista nos EUA

  • 1. Ku Klux Klan Também conhecida como KKK é o nome de várias organizações racistas dos Estados Unidos que apoiam a supremacia branca e o protestantismo (padrão conhecido também como WASP) em detrimento de outras religiões. A KKK, em seu período mais forte, foi localizada principalmente na região sul dos E.U.A., em estados como Texas e Mississipi. História Publicação do jornal The Good Citizen em julho de 1926.A primeira Ku Klux Klan na verdade foi fundada pelo general Nathan Bedford Forrest da cidade de Pulaski, Tennessee, em 1865 após o final da Guerra civil americana. Seu objetivo era impedir a integração social dos negros recém-libertados, como por exemplo, adquirir terras, ter direitos concedidos aos outros cidadãos, como votar. O nome, cujo registro mais antigo é de 1867, parece derivar da palavra grega kuklos, que significa "círculo", "anel", e da palavra inglesa clan (clã) escrita com k. Devido aos métodos violentos da KKK, há a hipótese de o nome ter-se inspirado no som feito quando se coloca um rifle pronto para atirar. O segundo grupo que utilizou o mesmo nome foi fundado em 1915 (alguns dizem que foi em função do lançamento do filme O Nascimento de uma Nação, naquele mesmo ano) em Atlanta por William J. Simmons. Este grupo foi criado como uma organização fraternal e lutou pelo domínio dos brancos protestantes sobre os negros, católicos, judeus e asiáticos, assim como outros imigrantes. Este grupo ficou famoso pelos linchamentos e outras atividades violentas contra seus "inimigos". Chegou a ter 4 milhões de membros (outros dizem serem 5 milhões) na década de 1920, incluindo muitos políticos. A popularidade do grupo caiu durante a Grande Depressão e durante a Segunda Guerra Mundial. A perda de respeitabilidade da Ku Klux Klan, unida a divisões internas, levou à degradação de seu público, apesar de a organização continuar a realizar expedições punitivas, desempenhando por exemplo o papel de supervisora de uma agremiação de patrões contra os sindicalistas, cuja cota estava em alta depois da crise de 1929. Na década de 1930, o nazismo exerceu uma certa atração sobre a Ku Klux Klan. Não passou disso, porém. A aproximação com os alemães foi bruscamente encerrada na Segunda Guerra Mundial, depois do ataque japonês à base estadunidense de Pearl Harbor, quando muitos membros se alistaram no exército para lutar contra o "perigo amarelo". Só faltava o tiro de misericórdia ao império invisível. Em 1944, o serviço de contribuições diretas cobrou uma dívida da Klan, pendente desde 1920. Incapaz de honrar o compromisso, a organização morreu pela segunda vez. Apesar de diversas tentativas de ressurreição (num âmbito mais local que nacional), a Ku Klux Klan não obteve mais o sucesso de antes da guerra. Finalmente, o Stetson Kennedy contribuiu para desmistificar a organização, liberando todos os seus segredos no livro "Eu fiz parte da Ku Klux Klan". Alguns klanistas ainda insistiram e suscitaram, temporariamente, uma retomada de interesse entre os WASP (sigla em
  • 2. inglês para protestantes brancos anglo-saxões) frustrados, que não compunham mais a maioria da população estadunidense. Na década de 1950, a promulgação da lei contra a segregação nas escolas públicas despertou novamente algumas paixões, e cruzes se acenderam. Seguiram-se batalhas, casas dinamitadas e novos crimes (29 mortos de 1956 a 1963, entre eles 11 brancos, durante protestos raciais). Os klanistas tentaram se reciclar no anticomunismo, combatendo os índios ou atenuando seu anticatolicismo fanático. Os métodos da Ku Klux Klan não se haviam modificado de maneira sensível; agora, como antes, se balanceava (processo pelo qual se fazia deslizar uma vítima manietada por uma estreita barra de aço, dolorosamente, para cima e para baixo, a toda velocidade para criar atrito), espancava, extorquia, boicotava, exilava, linchava e assassinava. Mas nada surtiu grande efeito e o declínio da Klan já tinha começado desde o fim da década de 1960, época em que só contava com algumas dezenas de milhares de membros. Depois, podia-se tentar distinguir os "Imperial Klans of America" dos "Knights of the Ku Klux Klan", ou ainda dos "Knights of the White Camelia", alguns dos vários nomes das tentativas de ressurgimento. Mas os klanistas não eram mais uma organização de massa. Apesar das proclamações tonitruantes e de provocações episódicas, as "Klans" não reuniam mais do que alguns milhares de membros, comparáveis assim com outros grupelhos neonazistas com os quais às vezes mantinham relações. A organização não parece estar perto de renascer uma segunda vez. Cruz sendo queimada, atividade introduzida por William J. Simmons, o fundador da segunda Klan em 1915.Klan e daquilo que pudessem os noviços do século vinte idear em horrores, mercantilismo secreto, ameaças e compromissos de maior responsabilidade. Os infernos passaram a chamar-se cavernas e as reuniões passaram a realizar-se em grandes locais muitas vezes sob o céu aberto. Não raro milhares de autos vinham reforçar, guardas a cavalo e a pé cercavam o local e estavam presentes os utensílios com que se entusiasma qualquer bom estadunidense: a bandeira das estrelas, a Bíblia aberta e o punhal desembainha do a fazer pano de fundo, uma cruz em fogo, na noite, projetava uma luz estranhamente tranquilizadora sobre as filas dos agora uniformiza-dos homens dos capuzes brancos. De início a Klan só admitia como membros aquelas pessoas oriundas de pais brancos estadunidenses, nascidas nos Estados Unidos; além disso, os pais não podiam comungar na religião católica nem pertencer à raça judaica. Mais tarde deixou-se caducar a exigência de que os pais já deviam ser de nacionalidade estadunidense pois este ponto prejudicara em muito a solícita procura de membros para a Klan e a afluência de meios de contribuição de sócios. O candidato a aceitação era submetido do coração aos rins a interrogatórios e em seguida instruído de que a Klan exigia de todos os seus membros obediência cega. Seguia-se o juramento, batismo, ordenação e apostasia, com a leitura dos parágrafos da fé da Klan em que muito se tratava da raça branca e da religião cristã.
  • 3. Os crimes que a nova Ku-Klux-Klan até a sua recente proibição cometeu, sobretudo nos estados do Sul dos Estados Unidos, são tão variados e numerosos, tão cuidadosamente velados e tão intimamente amalgama dos com as singularidades da vida pública naqueles estados, que nunca seria possível abrangê-los a todos. A simples crônica ou mesmo pequena revista, como nós aqui tentamos oferecer, nunca seria capaz de exprimir como o que aconteceu foi caprichoso e horrível. O mundo teve conhecimento aqui e ali de um registro especialmente alusivo nos jornais, mas depressa ele caiu no esquecimento da consciência mundial, ainda que esta fatalidade passe à posteridade, pois que não houve nenhum dos grandes escritores estadunidenses que alguma vez deixasse passar em branco atuação tão vergonhosa. Hoje, a Ku Klux Klan conta apenas com um efetivo de 3 mil homens em todos os antigos "estados confederados", apesar do baixo número de associados, muitos não associados apoiam a organização.