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  1. 1. Desk Research Sobre Consumo de Álcool na Adolescência Levantamento dos principais estudos Junho de 2011
  2. 2. Principais Estudos Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil
  3. 3. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema para o alcoolista e para quem o cerca. O álcool, presente nas bebidas alcoólicas, é uma substância depressora do Sistema Nervoso Central, que provoca mudança no comportamento de quem o consome. Por ser uma substância lícita, está presente em quase todas as culturas e participa do cotidiano e de vários rituais da humanidade, desde meados de 6.000 a 8.000 a.C. O termo alcoolista foi proposto por alguns pesquisadores como uma alternativa menos carregada de valoração do que o termo alcoólatra: Alcoólatra O termo alcoólatra confere uma identidade e impõe um estigma, que anula todas as outras identidades do sujeito. Em outros termos, não é a bebida em si, mas aquela pessoa que bebe de modo abusivo, desregrado, que a leva à condição de ser socialmente identificada como "alcoólatra", quem "idolatra", "adora" e se tornou dependente do álcool. Alcoolista O termos alcoolista não reduz a pessoa a uma condição, como a de alcoólatra, mas o identifica como uma pessoa que tem como característica uma afinidade com alguma coisa. Por exemplo, uma pessoa que torce pelo Flamengo é flamenguista. É uma característica, mas não reduz o indivíduo a ela, como uma identidade única e dominante. Alinhamento de Conceitos Sobre o Álcool
  4. 4. Drogas Psicotrópicas Alinhamento de Conceitos São aquelas que atuam sobre o nosso cérebro, alterando de alguma maneira o nosso psiquismo. São classificadas em três grupos, de acordo com a atividade que exercem junto ao nosso cérebro: 1- Depressores da Atividade do SNC: - Álcool - Soníferos ou hipnóticos (drogas que promovem o sono); - Ansiolíticos (acalmam; inibem a ansiedade). As principais drogas pertencentes a essa classificação são os benzodiazepínicos. Ex. : diazepam, lorazepam, etc - Opiáceos ou narcóticos (aliviam a dor e dão sonolência). Ex.: morfina, heroína, codeína, meperidina, etc - Inalantes ou solventes (colas,tintas, removedores, etc) 2- Estimulantes da Atividade do SNC - Anorexígenos (diminuem a fome). principais drogas pertencentes a essa classificação são as anfetaminas. Ex.: dietilpropriona, femproporex, etc - Cocaína 3- Perturbadores da Atividade do SNC - De origem vegetal: Mescalina (do cacto mexicano) THC (da maconha); Psilocibina (de certos cogumelos) Lírio (trombeteira, zabumba ou saia branca) Fonte: CEBRID - De origem sintética: LSD-25; “Ectasy" Anticolinérgicos (Artane® , Bentyl®) Drogas que são usadas de maneira abusiva
  5. 5. Métricas para mensuração do uso de drogas Alinhamento de Conceitos Uso na vida: quando a pessoa fez uso de qualquer droga pelo menos uma vez na vida; Uso no ano: quando a pessoa utilizou droga pelo menos uma vez nos doze meses que antecederam a pesquisa; Uso no mês: quando a pessoa utilizou droga pelo menos uma vez nos trinta dias que antecederam a pesquisa; Uso frequente: quando a pessoa utilizou droga seis ou mais vezes nos trinta dias que antecederam a pesquisa; Uso pesado: quando a pessoa utilizou droga vinte ou mais vezes nos trinta dias que antecederam a pesquisa. Fonte: Relatório Brasileiro sobre Drogas
  6. 6. Sobre o Relatório Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil O Relatório Brasileiro sobre Drogas 2010 constitui-se na primeira fonte unificada de informações sobre drogas no país, facilitando o acesso aos dados mais relevantes sobre a situação nacional do consumo de drogas e suas consequências. A meta final do relatório é subsidiar o planejamento e a execução de políticas públicas setoriais. Além da apresentação dos diversos indicadores foi priorizada a análise da sua variação ao longo do tempo, de modo a detectar possíveis tendências. Para a consecução desse último objetivo foi necessário, então, restringir o período aos anos de 2001 a 2007. Fonte: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - 2010
  7. 7. Prevalência de Uso de Drogas Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil No Brasil, o uso na vida para qualquer droga (exceto tabaco e álcool) foi de 22,8%. Esta porcentagem é, por exemplo, próxima à do Chile (23,4%) e quase metade da dos EUA (45,8%). A prevalência de uso na vida de qualquer droga, exceto tabaco e álcool, foi maior na Região Nordeste, onde 27,6% dos entrevistados já fizeram uso de alguma droga. A região que apresentou menor uso na vida foi a Norte com 14,4%. População estudada em 2001 foi 8.589 e 2005 foi de 7.939 pessoas de 12 a 65 anos . A pesquisa foi realizada em 108 cidades. Pelo planejamento amostral só foi possível conclusões por região.
  8. 8. Prevalência de Uso de Drogas Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil O uso na vida de Álcool, foi de 74,6% porcentagem inferior a de outros países (Chile com 86,5% e EUA com 82,4%). Tabaco foi de 44,0% no total, porcentagem inferior à do Chile (72,0%) e EUA (67,3%). Maconha foi de 8,8%, resultado próximo aos da Grécia (8,9%) e Polônia (7,7%), porém abaixo dos apresentados nos EUA (40,2%) e Reino Unido (30,8%). Cocaína foi de 2,9%, sendo próxima à da Alemanha (3,2%), porém bem inferior à dos EUA, com 14,2%, e Chile, com 5,3%. Crack foi de 0,7%, cerca da metade do valor apresentado no estudo americano. A heroína, droga tão citada na mídia, teve uso na vida por sete entrevistados, sendo seis homens. Porcentagens muito abaixo da americana e da colombiana (1,3%) .
  9. 9. Prevalência de Uso e Dependência Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil A faixa etária que apresenta maior dependência é a de 18 a 24 anos anos, seguida da de 25 a 34 anos. Essas observações valem para ambos os sexos. A estimativa de dependentes de álcool foi de 12,3% para o Brasil; O gênero masculino apresenta maior uso na vida e maior dependência de álcool do que o gênero feminino, em todas as faixas etárias.
  10. 10. Uso de Álcool por Região e Faixa Etária Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil O menor uso de álcool ocorreu na Região Norte (53,9%) e o maior na Sudeste (80,4%). A estimativa de dependentes de álcool no Nordeste atingiu quase 14%. Em todas as regiões observaram-se mais dependentes de álcool para o gênero masculino. População estudada em 2001 foi 8.589 e 2005 foi de 7.939 pessoas de 12 a 65 anos . A pesquisa foi realizada em 108 cidades. Pelo planejamento amostral só foi possível conclusões por região.
  11. 11. Consumo de Álcool no Brasil Para avaliar como os brasileiros bebem, foram utilizadas duas variáveis importantes: “frequência e a quantidade de beber”, uma forma consagrada na literatura internacional. As frequências e quantidades de consumo foram combinadas em cinco categorias de intensidade do beber: Bebedor pesado frequente : bebe 1 vez ou mais por semana e consome 5 ou mais doses por ocasião; Beber em binge: é definido como o consumo, em uma só ocasião, de 5 doses ou mais para homens e 4 doses ou mais para mulheres; Bebedor frequente: bebe 1 vez por semana ou mais e pode ou não consumir 5 ou mais doses por ocasião pelo menos 1 vez na semana, mas mais de uma vez por ano; Bebedor menos frequente: bebe de 1 a 3 vezes por mês e pode ou não beber 5 doses ou mais, ao menos 1 vez por ano; Bebedor não frequente: bebe menos de uma vez por mês, mas ao menos 1 vez por ano e não bebe 5 doses ou mais em uma única ocasião; Abstêmio: bebe menos de uma vez por ano ou nunca bebeu na vida. Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
  12. 12. Consumo de Álcool no Brasil Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007 Fica claro nos estudos epidemiológicos realizados até o momento que o consumo de bebidas alcoólicas no Brasil, particularmente entre os jovens, é um importante problema de saúde pública. Levantamentos entre crianças e adolescentes em situação de rua Os cinco levantamentos realizados apontam que o consumo de drogas, incluindo o álcool, é bastante alto entre crianças e adolescentes de 9 a 18 anos. Para esses jovens, o álcool não apareceu como a droga favorita, mas seu consumo recente (últimos 30 dias) ainda se encontrava no patamar de 43% nas cidades pesquisadas e o consumo semanal ou diário chegava a 22% no último ano pesquisado. Levantamentos entre estudantes de Ensino Médio e Ensino Fundamental Foram realizados cinco levantamentos mais amplos com essa população. O Que a Literatura Nacional Aponta até o Momento
  13. 13. Consumo de Álcool no Brasil Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007 Principais Conclusões do I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007  Metade da população não bebe. Constatou-se que 48% da população adulta é abstinente (35% dos homens e 59% das mulheres).  9% bebe em um padrão perigoso;  15% bebe em padrão potencialmente perigoso;  29% bebe em um padrão relativamente seguro;  Homens bebem mais intensamente que as mulheres e os mais jovens superam os mais velhos  Este resumo afasta a visão simplista de que todo mundo bebe um pouco. Quanto e Como Bebe o Brasileiro Adulto
  14. 14. Intensidade do Beber, em Adultos, por Região Consumo de Álcool no Brasil Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007 A região Sul apresenta a menor taxa de abstinência entre todas as regiões brasileiras. Uma hipótese plausível é que fatores como a boa renda per capita, aliada a influências culturais principalmente de origem europeia, acabem por valorizar o consumo de bebidas alcoólicas. No entanto, inúmeros outros fatores devem contribuir para esta configuração, sendo leviana qualquer tentativa de explicação que leve em conta apenas os dados ora apresentados.
  15. 15. tensidade do Beber, em Adultos, por Classes Consumo de Álcool no Brasil Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007 Nota-se que a maior prevalência do bebedor frequente foi de 22%, observada na classe A. A menor prevalência do bebedor frequente foi de 9%, observada na classe E. Esta classe socioeconômica é a que apresenta também a maior taxa de abstêmios, demonstrando talvez a influência da renda no consumo de bebidas alcoólicas.
  16. 16. Tipos de bebida mais consumidos Consumo de Álcool no Brasil Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007 Foi perguntado, aos adultos entrevistados, com que frequência eles consumiam cada uma das bebidas: vinho, cerveja, bebidas ice ou destilados e qual a quantidade que cada uma foi consumida nos últimos 12 meses. A categoria cerveja incluía cerveja e chope, na de bebidas ice foram incluídos destilados misturados com refrigerantes ou sucos industrializados; e na de destilados foram incluídos cachaça, uísque, vodca, conhaque e rum. A cerveja ou chope é a bebida mais consumida pelos brasileiros quando se comparam bebidas pelo número de doses consumidas anualmente. As porcentagens de doses consumidas de cerveja e de destilados não são iguais em todas as classes , ou seja, o consumo dessas bebidas depende da classe social do indivíduo.
  17. 17. Tipos de bebida mais consumidos Consumo de Álcool no Brasil Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007 O vinho é bebido mais frequentemente pelas mulheres e os destilados pelos homens. Não há diferença significativa entre os consumos de cerveja e de bebidas ice nos gêneros.
  18. 18. Consumo de Álcool no Brasil Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007 Pode-se observar que o consumo de vinho na Região Sul é maior que na Região Nordeste. O consumo de destilados é mais alto nas Regiões Norte e Nordeste. As porcentagens de doses consumidas de cerveja são semelhantes em todas as regiões, o mesmo ocorrendo com as bebidas ice. Tipos de bebida mais consumidos
  19. 19. Consumo de Álcool na Adolescência
  20. 20. “Adolescer” vem do latim e significa crescer, engrossar, tornar-se maior, atingir a maioridade; construindo-se em uma etapa de muitos eventos relevantes e de tomada de decisões que repercutirão por toda a existência. Cronologicamente, a adolescência corresponde à segunda década da existência humana, quando se elege o conceito pertinente ao campo da saúde. Talvez seja a fase mais turbulenta da vida, pela sua relevância. O crescimento e desenvolvimento humano ocorrem em maior intensidade nessas etapas da vida. É na fase adolescente que o hábito de beber se instala, sendo, portanto, o momento m que a prevenção também deve ocorrer, para evitar problemas no futuro. Fonte: Compreendendo o consumo de bebidas alcoólicas através do olhar do adolescente. Tese Alinhamento de Conceitos
  21. 21. Hábitos de Consumo Padrão de Consumo do Adolescente Principais Conclusões do I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007 Pesquisa mostrou que 66% dos adolescentes não bebem (64% dos meninos, 68% das meninas). A média das idades do início de consumo foi 13,9 anos para os adolescentes e 15,3 anos para os jovens adultos. Quanto ao início do consumo regular, a média das idades dos adolescentes foi 14,6 anos e dos adultos jovens, 17,3 anos. Isto sugere que os adolescentes estão iniciando o consumo de álcool cada vez mais cedo. Amostra da pesquisa: Foram entrevistados 3.007 pessoas, sendo 2.346 adultas com mais de 18 anos e 661 adolescentes entre 14 e 17 anos em 143 municípios brasileiros
  22. 22. Hábitos de Consumo muito frequente: todos os dias frequente: 1-4 vezes/semana ocasional: 1-3 vezes /mês raramente: menos de 1 vez/mês abstinente: menos de 1 vez/ano ou nunca bebeu A maioria dos adolescentes de ambos os gêneros (cerca de 66%) são abstinentes. Embora no Brasil seja proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, quase 35% dos adolescentes consomem bebidas alcoólicas pelo menos uma vez por ano. Não há diferença significativa entre as distribuições da frequência de consumo nos dois gêneros (p>0,05). Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007 Padrão de Consumo do Adolescente
  23. 23. Hábitos de Consumo Observa-se que 13% dos adolescentes têm padrão intenso de consumo de álcool, e outros 10% consomem álcool de 1 a 3 vezes por mês, podendo chegar a consumir quantidades arriscadas. Não há diferença significativa entre as distribuições da intensidade do beber nos dois gêneros (p>0,05). Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007 As categorias da intensidade foram as mesmas consideradas para os adultos. Intensidade do beber do Adolescente
  24. 24. Hábitos de Consumo Foi perguntado aos adolescentes com que frequência consumiram cerveja, vinho, destilados ou bebidas ice nos últimos 12 meses. Observa-se que aproximadamente metade das doses consumidas é de cerveja ou chope. Não há diferença significativa entre os gêneros quanto às porcentagens de doses dos tipos de bebida (p>0,05). Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007 As Bebidas Mais Consumidas
  25. 25. Hábitos de Consumo Hábitos de Consumo (SENAD/UNIFESP, Pesquisa Nacional, 2006) O Beber em Binge Considerando os adolescentes que beberam com maior risco nos últimos 12 meses, observa-se que 45% dos adolescentes o fizeram com regularidade. O beber com maior risco em um curto espaço de tempo, ou o beber em binge, é definido como o consumo, em uma só ocasião, de 5 doses ou mais para homens e 4 doses ou mais para mulheres. Esta prática deixa o adolescente exposto a uma série de problemas sociais e de saúde. O problema mais comum é o de acidente de trânsito, que pode ter consequências graves. Outros problemas ocasionados são: o envolvimento em brigas, vandalismo e prática de sexo sem camisinha.
  26. 26. Hábitos de Consumo Hábitos de Consumo O Beber em Binge Teenage Binge Drinking Commercial
  27. 27. Família Motivações para o Consumo Segundo dados do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) , 39% dos jovens analisados tinham pais que bebiam e 19% tinham mães que repetiam o comportamento. Especialistas afirmam que os filhos aprendem com o exemplo dos pais e tendem a repetir o mesmo comportamento, seja ele bom ou ruim acrescenta. Essas crianças tinham o consentimento da família para beber, porque o pai ou a mãe bebiam. Eles começaram a ingerir bebidas sem culpa e não se deram conta de que estavam se viciando. “Um paciente chegou a dizer que havia nascido dentro do álcool", diz a diretora do Cratod. Os estudos já feitos afirmam que 70% dos menores que têm pais alcoolistas acabam desenvolvendo o mesmo distúrbio. (ABEAD, 2011)
  28. 28. Campanha de Prevenção Australiana O hábito de consumo de bebidas alcoólicas vem sendo transmitido de geração a geração
  29. 29. O consumo de álcool na adolescência parece ser um problema invisível Campanha de Prevenção nos Países Baixos
  30. 30. Motivações para o Consumo Trabalho Segundo pesquisa da Unifesp realizada em todas as capitais brasileiras, estudantes que trabalham têm 84% a mais de chance de fazer uso pesado de álcool, comparados aos que não têm trabalho formal. O psiquiatra responsável pela pesquisa diz que Isto pode se explicar pelo fato de estes jovens estarem trabalhando com adultos. Ter o próprio dinheiro também pode reforçar uma ilusão de independência, de poder fazer tudo. CEBRID/UNIFESP, V Levantamento Nacional Sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas Entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras, 2004
  31. 31. Motivações para o Consumo Socialização O consumo de álcool para os adolescentes, também pode estar sendo incorporado como um ritual de passagem para o mundo adulto. Está relacionado ao desejo de adolescentes serem aceitos no grupo, a curiosidade, ficar animado e diminuir a timidez. O Alcoól é tido como um agente socializador Os adolescentes bebem em companhia dos amigos, pais e outros familiares. O que demonstra que muitos dos hábitos desenvolvidos pelos adolescentes provêm do que eles aprendem nos seus espaços de convivência social, além do que o caráter da proibição ou ilicitude parece ser um atrativo a mais para a adoção.
  32. 32. Motivações para o Consumo Internet e Redes Sociais Jovens que consomem bebidas alcoólicas passam mais tempo no computador, segundo levantamento que avaliou dados de 264 adolescentes entre 13 e 17 anos nos Estados Unidos. Entre as causas mais prováveis da relação, estão as publicidades das bebidas na internet e a interação com colegas em redes sociais Os resultados mostraram que os jovens que beberam no período avaliado acabaram usando o computador mais horas durante a semana. (ABEAD, 2011)
  33. 33. Motivações para o Consumo Internet e Redes Sociais
  34. 34. Motivações para o Consumo Publicidade A exposição à publicidade e a atratividade da publicidade de bebidas alcoólicas estão relacionadas com maior expectativa de consumo futuro e com consumo maior e mais precoce, principalmente entre adolescentes e adultos jovens. Estudos mostram que a associação entre gostar da propaganda X consumo de álcool é evidente. Os jovens prestam muita atenção aos anúncios e dizem acreditar que as propagandas retratam “apenas a verdade”. Esta crença influencia o consumo precoce do álcool. Fonte: Apreciação de propagandas de cerveja por adolescentes: relações com a exposição prévia às mesmas e o consumo de álcool. 2009
  35. 35. Motivações para o Consumo Publicidade Os pesquisadores analisaram 420 horas da programação dos quatro canais de TV de maior audiência no Brasil. Nas 420 horas de programação analisadas, foram encontradas 7.359 peças publicitárias. Dessas, 438 (7,6%) eram de bebida alcoólica - o sexto produto mais anunciado. As bebidas não alcoólicas ficaram em 10.º lugar, com 3,4%. Os programas de esportes concentraram 69,2% dos anúncios de álcool. É preocupante ver os jogadores da seleção fazendo propaganda de cerveja durante a Copa do Mundo. Um estudo da Unifesp conclui que a publicidade de bebidas alcoólicas está concentrada nos programas de esporte. O autor principal do estudo, Nelson Fragoso, explica que foram gravados apenas programas que tinham ao menos 10% de audiência de adolescentes, de acordo com dados do Ibope. Cerca de 80% da propaganda de bebida encontrada era de cerveja. "A publicidade usa elementos da cultura nacional, como o futebol, para atingir o jovem", diz Fragoso. Fonte: O impacto da publicidade de bebidas alcóolicas sobre o consumo entre jovens: revisão da literatura internacional. 2008
  36. 36. Motivações para o Consumo Publicidade - Impostos maiores para as bebidas alcoólicas; - Programas educacionais e familiares; - Restrição da propaganda de bebidas alcoólicas; - Idade mínima para beber de 21 anos (já implantada) - Tolerância zero para o consumo de menores de idade (medida já implantada) Um estudo americano, utilizando um banco de dados com mais de quatro milhões de americanos, os pesquisadores avaliaram quais medidas de controle seriam mais eficientes para prevenção. Os autores do estudo americano concluíram que a restrição completa da propaganda de álcool e o aumento do imposto de produtos alcoólicos seriam as medidas mais eficientes. No Brasil, os autores deste artigo, concluiíam que a publicidade de álcool, principalmente a cerveja tem como alvo preferencial os adultos jovens e adolescentes. Fonte: O impacto da publicidade de bebidas alcóolicas sobre o consumo entre jovens: revisão da literatura internacional. 2008
  37. 37. Consumo de Álcool no Brasil Impactos Sociais
  38. 38. Consumo de Álcool no Brasil Cerca de 1 em cada 7 famílias tem alguém com problemas significativos em relação ao álcool. O álcool contribui especialmente para o aumento da violência no Brasil. Na violência entre casais o álcool está presente em mais de 45% dos casos. O impacto nas crianças também é grande, pois 1 em cada 5 crianças já presenciou violência por alguém intoxicado pelo álcool em casa. Impactos Sociais (SENAD/UNIFESP, Pesquisa Nacional, 2006)
  39. 39. Consumo de Álcool no Brasil Impactos na Saúde No Brasil, e na maioria dos países da América Latina, o consumo de bebidas alcoólicas é responsável por cerca de 8% de todas as doenças existentes, segundo a OMS. (ABEAD, 2010)  sofrimento causado pela violência associada ao abuso de álcool;  perda de anos de vida devido à morte precoce;  sequelas deixadas por doenças ou acidentes. O abuso de álcool é responsável por significativas perdas de qualidade de vida: As doenças mais frequentes causadas pelo uso de álcool são as cardiovasculares, sexuais, os vários tipos de câncer, o diabetes e os problemas pulmonares crônicos. (OMS, Relatório Global, 2011)
  40. 40. Consumo de Álcool no Brasil Acidentes de Trânsito Atualmente, cerca de 50.000 mortes ocorrem no trânsito todos os anos no Brasil e pelo menos metade dessas mortes são devidos ao consumo de álcool Mesmo com a introdução da chamada “lei seca” (Lei 11.705) que alterou a concentração permitida para dirigir para 0,2 grama de álcool por litro, convivemos com 25% dos motoristas alcoolizados dirigindo nos finais de semana Curiosidade O primeiro acidente relatado no Brasil envolvendo ingestão de bebidas alcoólicas ocorreu no ano de 1897 quando um motorista de taxi bateu seu veículo em um edifício e assumiu estar sob a influência de bebida alcoólica. (ABEAD, 2010)
  41. 41. Consumo de Álcool no Brasil Impactos Econômicos Um estudo realizado pelo IPEA/ANTP em 2003 calculou os custos decorrentes de acidentes de trânsito. Os resultados apontaram m um custo anual de R$ 5,3 bilhões – o equivalente a aproximadamente 0,4% do PIB do país. Desse total, 42,8% é referente à perda de produção associada à morte precoce das pessoas ou à interrupção temporária de suas atividades; 13,3% é referente a custos médicos e 28,8% a custos de reparação dos veículos acidentados. (SENAD, Uso de Bebidas Alcoólicas e Outras Drogas nas Rodovias Brasileiras e Outros Estudos, 2010)
  42. 42. Impactos Saúde Beber é muito mais danoso para o cérebro jovem do que para o dos adultos. Os efeitos a longo prazo são bastante indesejáveis. Eles variam de déficits de aprendizagem, falhas permanentes de memória, dificuldade de autocontrole a ausência de motivação. Além disso, o abuso de álcool na juventude faz com que o jovem fique cinco vezes mais propenso a se tornar alcoolista na idade adulta. REVISTA VEJA, O Álcool e o Cérebro dos Jovens, edição 1985, 6 de dezembro de 2006
  43. 43. Impactos Outros Riscos Além dos danos neurológicos a longo prazo, o adolescente fica exposto a riscos mais imediatos, como:  envolvimento em brigas,  acidentes de trânsito,  prática de sexo sem proteção e/ou sem consentimento,  maior risco de suicídio ou homicídio... Por ano, cerca de 320 mil pessoas de 15 a 29 anos de idade morrem devido ao consumo de álcool no mundo (OMS, Relatório Global, 2011)
  44. 44. Legislação O Artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, disciplina que vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar de qualquer forma a criança ou ao adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida, é crime, com pena de 2 a 4 anos, além de multa. De forma que nem a alegação de que a criança e o adolescente encontra-se acompanhado pelos responsáveis ou por pessoa adulta, é desconsiderada pela Justiça. Embora seja proibida a venda de bebidas a menores de 18 anos, meninos e meninas bebem quanto querem e nos mais variados locais: postos de gasolina, bares próximos a escolas, boates, clubes e festas. Venda e Fiscalização
  45. 45. Exposição de bebidas alcoólicas em supermercados ao lado de refrigerantes e biscoitos
  46. 46. Legislação Propaganda A propaganda de bebidas alcoólicas é regulamentada pelo CONAR (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) que separa o álcool em três categorias: destilados, cervejas, vinhos e bebidas ice. Só bebidas com alto teor alcoólico, como uísque, têm restrição de publicidade: só podem anunciar na TV das 21 às 6 horas. Cervejas podem anunciar em qualquer horário. O público (adolescente) que deveria ser protegido está exposto, de modo significativo, à grande quantidade de propagandas de álcool, com mensagens notadamente atraentes para os adolescentes menores de idade.
  47. 47. Prevenção • Praticamente não existe contrapropaganda para uso de álcool, as campanhas são direcionadas ao consumo moderado e não para prevenção do consumo; • As campanhas de prevenção nacionais utilizam os mesmos elementos utilizados em anúncios publicitários de cerveja (carnaval, praias, festas com gente bonita e alegre bebendo), ou seja, reforçam a imagem do produto e a mensagem de prevenção não é assimilada; • As campanhas de prevenção no Brasil são focadas quase que exclusivamente na relação do beber e dirigir; • Não se aborda os males causados pela ingestão do álcool à saúde. Considerações sobre as campanhas existentes
  48. 48. Campanha de Prevenção Campanha de Cerveja Prevenção
  49. 49. Prevenção Campanhas Campanha realizada pelo Conselho Tutelar da cidade de Agricolândia (PI) em 2010
  50. 50. Prevenção Campanhas Outdoor na Alemanha.
  51. 51. Prevenção Iniciativas A Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) coordena em Porto Alegre um trabalho pioneiro no país Em parceria com escolas da cidade, passou a orientar os pais de alunos a deixar de servir bebidas alcoólicas a menores em festas de família. A corrente antiálcool formada pela iniciativa já conseguiu evitar a presença de bebidas em festas de 15 anos promovidas por pais que aderiram ao programa REVISTA VEJA, O Álcool e o Cérebro dos Jovens, edição 1985, 6 de dezembro de 2006
  52. 52. Prevenção O que os especialistas recomendam para os pais REVISTA VEJA, O Álcool e o Cérebro dos Jovens, edição 1985, 6 de dezembro de 2006
  53. 53. Prevenção Apoio da população às Políticas Públicas Fonte: I Levantamento Nacional sobre Consumo de álcool na População Brasileira
  54. 54. Prevenção Fonte: I Levantamento Nacional sobre Consumo de álcool na População Brasileira oio da população às Políticas Públicas
  55. 55. Prevenção Fonte: I Levantamento Nacional sobre Consumo de álcool na População Brasileira
  56. 56. Platão advertia quanto ao uso bebida alcoólica antes dos dezoito anos: Não se pode colocar fogo no fogo! Sabedoria Japonesa Primeiro o homem toma um drink Para refletir... Depois o drink toma outro drink
  57. 57. ABEAD – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS . http: www.abead.com.br CEBRID; UNIFESP. V Levantamento Nacional Sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas Entre Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras, 2004 OBID – OBSERVATÓRIO BRASILEIRO SOBRE DROGAS. http://www.obid.senad.gov.br OMS. Global Status Report on Alcohol and Health, 2011. PINSKY, Ilana. Publicidade de bebidas alcoólicas e os jovens. São Paulo: FAPESP, 2009. REVISTA VEJA. O álcool e o cérebro dos jovens, edição 1985, 6 de dezembro de 2006. SENAD – SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS; CEBRID. II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, 2005. SENAD; UNIFESP. I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, 2006. SENAD. Relatório brasileiro sobre drogas, 2009. SENAD. Uso de bebidas alcoólicas e outras drogas nas rodovias brasileiras e outros estudos, 2010. SOUZA, Sinara de Lima. Compreendendo o consumo de bebidas alcoólicas através do olhar d@s adolescentes. Ribeirão Preto: USP, 2009 Fontes Consultadas
  58. 58. Elaborado pela Equipe do CIDI SOBRE O CIDI, CONSULTA AO ACERVO, PRODUTOS E SERVIÇOS: www.intranet.ibope.com.br/cidi Joanita Lopes Gerente 55 11 3066 1850 joanita.lopes@ibope.com Amanda Almeida Analista de Informação 55 11 3066 1696 amanda.almeida@ibope.com Michele Vasconcelos Assistente de Informação 55 11 3066 1854 michele.vasconcelos@ibope.com Tatiana Franco Estagiária 55 11 3066 1649 tatiana.franco@ibope.com

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