O documento discute:
1) A proposta de aumento salarial de apenas 6,97% feita pela empresa Rio de Janeiro Refrescos não representa ganho real e está aquém da reivindicação por equiparação salarial com os trabalhadores do Rio de Janeiro.
2) O Sindicato rejeitou a proposta da empresa e abriu nova rodada de negociação buscando a equiparação salarial defendida pelos trabalhadores.
3) Problemas no cartão de ponto da empresa têm prejudicado os trabalhadores ao registrar pagamentos menores.
1. Informativo dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do ES - Setembro de 2013 - Distribuição: Rio de Janeiro Refrescos
Este ano termina o pra-
zo definido pela empresa
para que os salários da
fábrica do Espírito Santo
sejam equiparados
aos do Rio de Janei-
ro. No entanto, a em-
presa não ofereceu
nenhum aumento que
represente um ganho
real. Ela propôs apenas
o aumento de 6,97%, que
corresponde à inflação do
Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC).
Para se ter uma ideia, o me-
nor salário praticado em Cariacica
deveria ter um reajuste de aproxima-
damente 12% para que se igualasse
aos salários do Rio de Janeiro, quase
o dobro do aumento oferecido na
negociação.
Por isso, acreditamos que
essa proposta está distante da rei-
vindicação de equiparação sala-
rial defendida pelos trabalhadores.
Continuaremos nossos esforços para
alcançarmos avanços e melhores
benefícios, como o aumento do ti-
cket, item chave para o fechamento
do último acordo.
Na quinta-feira (5), o Sindiali-
mentação enviou para e empresa
a negativa da proposta: “Não acei-
tamos somente o INPC, queremos a
equiparação com o Rio de Janeiro”
e abrimos a agenda para uma nova
rodada de negociação.
RJ Refrescos dá uma de esquecida
e não cumpre com a palavra de
equiparação salarial
Empresa tenta maquiar acordo coletivo com
proposta de diluição de abono de férias e
ganho real de 0%. Queremos equiparação
real, sem disfarces!
O trabalhador merece que a mão
de obra capixaba tenha o mesmo
peso da mão de obra carioca.
Equiparação salarial já!
Editorial
Linda Morais
Coordenadora Geral do Sindialimentação
No dia 30 de agosto,
os trabalhadores realiza-
ram o 2º Dia Nacional de
Mobilização e Paralisação.
Em todo o Brasil, as cate-
gorias levantam as suas
pautas e mostram a sua
força nas ruas. Entre as rei-
vindicações, a jornada de trabalho de 40
horas semanais, valorização das aposenta-
doria e 10% do PIB para a educação. Além
disso, há um tema que tem se tornado mo-
tivo de preocupação dos trabalhadores e
luta do Sindicato: o projeto de lei que pre-
tende liberar as terceirizações em todos os
setores das fábricas brasileiras.
Somos contra a PL 4330 do empresá-
rio e deputado Sandro Mabel. Essa PL que
está sendo negociada no Congresso Fede-
ral ameaça o seu emprego, trabalhador
da Garoto, e ameaça os nossos direitos já
conquistados.
Estudos do Departamento Intersindi-
cal de Estatística e Estudos Socioeconô-
micos (Dieese) feitos em todo o país com-
provam que o trabalhador terceirizado
recebe salário 27% menor que o contrata-
do diretamente, tem jornada semanal de
três horas a mais e permanece bem menos
tempo no mesmo emprego. Você, no seu
posto de trabalho, sabe no dia a dia que
os terceirizados têm menos benefícios do
que você. Imagina essa situação na fábri-
ca toda?
Por isso existem trabalhadores e en-
tidades de classe em todo o Brasil protes-
tando contra esse retrocesso na legislação
trabalhista. Você pode fazer a sua parte.
Esteja bem informado, participe conosco
da luta, não se conforme com a precari-
zação da mão de obra. Juntos, de mãos
unidas, vamos defender o que é nosso.
Mãos unidas
Divisão de abono de férias não
pode mascarar ganho real
A empresa propôs a incor-
poração do abono de 46,67% das
férias ao salário base, sendo diluído
em 12 meses. Embora o Sindicato
reconheça que a diluição traz ga-
nho real a longo prazo, há resistên-
cia dos trabalhadores à proposta,
porque eles não querem reduzir o
valor bruto recebido nas férias. O
Sindialimentação poderia consultar
a categoria sobre esse tema. Po-
rém, essa discussão tem que ser se-
parada das cláusulas econômicas,
com votação à parte. Temos que
discutir a diluição do abono sem li-
gar ao aumento salarial.
2. INFORMATIVO DOS TRABALHADORES NAS
INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO DO ES
Estrada Jerônimo Monteiro, 1732 - Vila Velha - ES
Telefone: 3339-5027
E-mail: comunica.sindi@terra.com.br
COORDENADORA GERAL DO SINDICATO
Linda Morais
COORDENADOR DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO
Elifas Medeiros
EDIÇÃO
Sylvia Ruth
ESTAGIÁRIA
Marina Denadai
Falhas no cartão de ponto
prejudicam trabalhador
A diretoria do Sindialimentação tem acompa-
nhado de perto os problemas no contracheque dos
trabalhadores. Várias são as reivindicações: falta de
registro de horas extras, lançamento de faltas injustifi-
cadas indevidas (por problemas no relógio de ponto),
lançamentos do refeitório indevidos, não pagamento
do salário família e outros. A Rio de Janeiro Refrescos
já admitiu que está com problemas administrativos no
setor de controle técnico do relógio de ponto.
Se o trabalhador autorizar, o Sindicato pode
negociar com a empresa em seu nome. Basta nos
comunicar. Fique de olho! O problema no cartão de
ponto está sempre registrando um pagamento me-
nor, o que prejudica você, trabalhador.
Acordo coletivo desobriga
registro do ponto na hora das
refeições
O Sindialimentação recebeu várias denuncias
sobre reuniões aplicadas na produção com o objeti-
vo de, futuramente, “obrigar” o trabalhador a bater
o cartão de ponto no horário das refeições. Mas, exis-
te um acordo legalmente firmado entre Sindicato e
empresa que diz o contrário: “os trabalhadores que
fizerem suas refeições nas dependências da empresa
ficarão dispensados da marcação de ponto nos refe-
ridos horários, ressalvando-se à empresa outra forma
de controle” (Cláusula 38).
Essa é uma questão legal. Basta apenas fis-
calizar se a RJ Refrescos está ou não cumprindo. En-
tão, trabalhador, faça a sua parte denunciando, o
seu Sindicato esta pronto para iniciar um processo de
descumprimento de acordo. A empresa tem a obri-
gação de fazer valer o direito da categoria.
3339-5027 | 9835-9696
seindi@terra.com.br
facebook.com/SindialimentacaoAtitude
O seu Sindicato está à
disposição para ouvir você!
Jornada de trabalho de 40
horas, não às terceirizações e
ao fator previdenciário e sim à
valorização das aposentado-
rias e ao transporte público de
qualidade. Essas foram algumas das reivindicações do 2º Dia Na-
cional de Mobilização e Paralisação realizado no dia 30 de agosto.
A diretoria do Sindialimentação representou a categoria, par-
ticipando do manifesto na Terceira Ponte e em frente ao prédio
da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), na Reta da
Penha, em Vitória.
A mobilização ocorreu em nível nacional, e expressou a força
da classe trabalhadora. Foi um grande não ao projeto de lei 4330,
que pretende permitir a terceirização em atividades fim, o que
coloca em risco a manutenção de empregos e direitos trabalhistas.
Sindicato participa
do Dia Nacional de
Mobilização
Durante todo o ano, muitas
reclamações e denúncias sobre
o plano de saúde chegaram ao Sindicato:
poucas especialidades, suspensão d e aten-
dimentos de médicos já credenciados, re-
embolsos negados depois que o trabalhador
já tinha usado o serviço, pagamento avulso
de anestesistas para cirurgias, atendimento
precário no município sede da fábrica.
Logo após a implantação do atual
plano de saúde, a empresa garantiu que
buscaria alternativas para melhorar o aten-
dimento. Inclusive, ela colocou um contato
do plano dentro da empresa. Mas, cadê
esse contato? Os trabalhadores estão a mer-
cê da sorte quando procuram assistência
médica. Cadê as melhorias?
Ano difícil para
quem precisou do
plano de saúde
Em agosto, fizemos o debate e a discussão da jornada
6x2. Em Assembleia, os trabalhadores fizeram valer sua
decisão por meio do voto e aprovaram a jornada.
Escala 6x2 é aprovada
em Assembleia