2. Intoxicação Exogena
• “Todas as coisas sao venenosas, é a dose que
transforma algo em veneno”.
( Paracelso, no seculo XVI )
3.
4. Veneno
• É toda substancia que incorporada ao organismo
vivo, produz em determinadas concentrações, alterações
da fisico-quimica celular, transitórias ou
definitivas, incompatíveis com a saúde ou a vida.
• Intoxicação exógena é a penetração de substância
tóxica/nociva no organismo através da pele, aspiração ou
ingestão.
5. ALGUNS GRUPOS DE AGENTES QUE
CAUSAM INTOXICAÇÕES
• Medicamentos
• Domissanitários
• Inseticidas de uso Doméstico
• Pesticidas de Uso Agrícola
• Raticidas
• Animais Peçonhentos
• Plantas venenosas
6. Medicamentos:
• Tipo mais frequente de intoxicacao em todo o
mundo, inclusive no Brasil. Ocorre
• frequentemente em criancas e em tentativas
de suicidio.
7. Domissanitários:
• Produtos de composicao e toxicidade
variada, responsavel por muitos
envenenamentos.
• Alguns sao produzidos ilegalmente por
“fabricas de fundo de quintal”, e
comercializados de “porta em porta”.
• Geralmente tem maior
concentracao, causando envenenamentos
com maior frequencia e de maior gravidade
• que os fabricados legalmente.
8. Inseticidas de uso Doméstico
• : Sao pouco toxicos quando usados de forma
adequada. Podem causar alergias e
envenenamento, principalmente em pessoas sensiveis.
• A desinsetização em ambientes
domiciliar, comercial, hospitalar, etc., por pessoa ou
“empresa” não capacitada pode provocar
envenenamento nos aplicadores,
• moradores, animais domesticos, trabalhadores e
principalmente em pessoas internadas, ao se utilizarem
• produtos tóxicos nestes ambientes.
9. Pesticidas de Uso Agrícola:
• São as principais causas de registro de obitos
no Brasil, principalmente pelo uso inadequado
e nas tentativas de suicidio.
10. Raticidas:
• No Brasil, só estão autorizados os raticidas a
base de anticoagulantes cumarinicos. São
grânulos ou iscas, pouco tóxicos e mais
eficazes que os clandestinos, porque matam o
rato, eliminam as colônias.
• A utilização de produtos altamente
tóxicos, proibidos para o uso domestico tem
provocado envenenamentos graves e óbitos.
11. Animais Peçonhentos:
• Constitui o grupo de maior numero de casos
registrados em nosso Estado. Isto se deve
• a alguns fatores. A Bahia e um Estado com
extensa area rural, onde a ocorrência de
acidentes por animais é grande.
12.
13. Etiologia das intoxicações - alguns
exemplos:
• 1. Acidental: medicamentos e domissanitarios em crianças. Animais
peçonhentos em adultos;
• 2. Iatrogênica: alergias, superdose -AAS, xaropes;
• 3. Ocupacional: animais peçonhentos, agrotóxicos, produtos industriais;
• 4. Suicida: medicamentos, agrotóxicos, raticidas;
• 5. Violência: homicídios e maus tratos;
• 6. Endêmica – agua, ar e alimentos: metais, poeiras, resíduos;
• 7. Social: Toxicomanias: tabaco, álcool, maconha, cocaína, crack;
• 8. Genética: falhas genéticas, déficits enzimáticos;
• 9. Esportivas: doping;
14. Sinais e sintomas
• Dor e sensação de queimação nas vias de
penetração e sistemas correspondentes;
• Hálito com odor estranho;
• Sonolência, confusão mental, alucinações e
delírios, estado de coma;
• Lesões cutâneas;
• Náuseas e vômitos;
• Alterações da respiração e do pulso
15. ·Diagnóstico
• Para o diagnostico de envenenamento existem em geral tres hipoteses:
• 1. Exposição a um veneno conhecido;
• 2. Exposição a alguma substancia desconhecida que pode ser veneno;
• 3. Agravo de causa desconhecida, onde o envenenamento deve ser
considerado para o diagnostico diferencial;
• Nas tres situacoes, o diagnostico baseia-se em:
• a) Investigacao: historia da exposição e
manifestações, roupas, recipientes, possível exposição;
• b) Informações: manifestação inesperada de doença, passagem brusca
de estado de saude para intensos disturbios;
• c) Relacionar quadros obscuros: ambiente, situações, profissões;
• d) Aparecimento simultâneo em varias pessoas;
• e) Achados clínicos de envenenamento;
• f) Amostras: conteúdo gástrico, urina e sangue.
16. Algumas manifestações em
intoxicações
• Taquicardia: -------------------atropina, anfetamina, corante, antidepressivos tricíclicos;
• Bradicardia: ------------------digitálicos, beta-bloqueadores, espirradeira, barbitúricos;
• Hipertermia: -----------------anfetaminas, atropina e AAS;
• Hipotermia:- ------------------barbitúricos, sedativos e insulina;
• Hiperventilacao:------------ salicilatos e teofilina;
• Depressao respiratoria: --morfina, barbitúricos, antidepressivos e sedativos, álcool;
• Hipertensao:------------------ anfetaminas e fenciclidina;
• Hipotensao: -------------------barbitúricos antidepressivos, sais de ferro e teofilina;
• Rubor da pele ---------------- atropina, plantas toxicas;
• Midriase - ----------------------atropina e anfetaminas;
• Miose:------------------------- orgnofosforados e carbamatos, pilocarpina, .fenotiazinicos;
• Hemorragia oral:------------ anticoagulantes, sais de ferro, acidentes ofidicos;
• Delirios e alucinacoes:-----anfetaminas, atropina, salicilatos, plantas, alcool, cocaina, maconha
• Disturbios Visuais ----------- metanol, ofidismo;
• Convulsao: ---------------------organoclorados, anti-
histamínicos, estricnina, cianetos, anfetaminas, nicotina.
18. Etapas básicas na atenção ao
intoxicado agudo:
• 1) Avaliação do estado geral do paciente - sinais vitais
2) Anamnese cuidadosa - Verificar se o paciente apresenta distúrbios que
representem risco de morte iminente e procurar corrigi-los:
Respiratórios: obstrucao das vias aereas, apneia, frequência respiratória,
• estertores; Cardiocirculatórios: TA, frequência e ritmo; Neurológicos:
escala de REED;Bioquimicos/ metabolicos; Sanguíneas.
• 3) Estabelecimento do diagnostico;
• 4) Procedimentos terapêuticos - Diminuir a exposição do organismo ao
toxico (Descontaminacao),aumentar a excreção do toxico ja absorvido
(diurese forcada, exsanguineo-transfusao, dialise peritoneal e
hemodialise) utilizar antídotos e antagonistas (tabela), alem do
tratamento de suporte, sintomático e das complicações. PRINCIPAIS
19. Primeiros socorros
Pele
• Retirar a roupa impregnada;
• Lavar a região atingida com água em
abundância;
• Substâncias sólidas devem ser retiradas antes
de lavar com água;
• Agasalhar a vítima;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
20. Aspiração de gás tóxico
• Proporcionar a ventilação;
• Abrir as vias áreas respiratórias;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
21. Ingestão
• Identificar o tipo de veneno ingerido;
• Provocar vômito somente quando a vítima
apresentar-se consciente, oferecendo água;
• Não provocar vômitos nos casos de
inconsciência, ingestão de soda
cáustica, ácidos ou produtos derivados de
petróleo;
• Encaminhar para atendimento hospitalar.
22. Cuidados gerais imediatos:
• 1. Procurar identificar o veneno - Toxinas conhecidas em prováveis
quantidade e concentração –
• Epidemiologia;
• 2. Verificar a via de penetração
(cutânea, inalatória, ocular, oral, parenteral, etc.);
• 3. Verificar o tempo de exposição e o decorrido;
• 4. Guardar qualquer tipo de material para posterior analise:
comprimidos, embalagem de produtos, garrafas,
• seringas, plantas, vômitos, etc.;
• 5. Interrogar sobre sintomas prévios apresentados
• 6. Interrogar sobre medidas tomadas: vômitos, diluição com agua
ou leite, etc.;
• 7. Interrogar sobre condições clinicas previas;
23. Cuidados gerais imediatos:
• 8. Verificar lesões de boca (queimaduras/manchas que indicam ingestão
de comprimidos ou químicos);
• 9. Verificar sinais de injeções em músculos e veias (Toxicomanias);
• 10. Retirar o paciente transportando-o do local;
• 11. Retirar as roupas contaminadas e lavar abundantemente na
contaminação dérmica protegendo-se com
• luvas impermeáveis;
• 12. Nunca provocar vômitos em crianças menores de 2 anos, gravidas no
3o trimestre, paciente inconsciente
• ou que tenha ingerido substancias corrosivas ou derivados de petróleo;
• 13. Provocar vômitos ou realizar lavagem gástrica ate 4 horas. Em alguns
casos, ate 24 horas: salicilatos,tricíclicos e barbitúricos;
• 14. Observar instruções para venenos específicos;
• 15. Atenção especial as drogas de efeito retardado: Tempo máximo dos
primeiros sintomas: Paracetamol-36dias, Ricino-4d, Salicilatos-12 d, Talio-4
d, Metalaldeido-48 h, Paraquat-48 h, Metanol - 48 h, Arsina-24 h,
• Cogumelos - 12 h, Vapores de Metais - 8 h, EtilenoGlicol - 06 h.
26. Tratamento
• LAVAGEM GÁSTRICA: Ate 4 horas da ingestao.
• Maior tempo em alguns casos.
• Contra-Indicações (relativas): Criancas com
menos de 2 anos, Vitima inconsciente, Vitima
em convulsao,
• Ingestao de substancias causticas, Ingestao de
derivados de petróleo.
27. CARVÃO ATIVADO
• Mecanismo de ação: Adsorcao da maioria das substancias.
Restrições: Nao sao adsorvidos - Acidos,
• alcalis, alcoois, metais, derivados de petroleo, sulfato ferroso, acido
borico, litio, cianeto e malathion.
• Contra-indicações (algumas relativas): Em recem-
nascidos, gestantes ou pacientes muito debilitados, na
• ingestao de corrosivos, pacientes com cirurgia abdominal recente e
diminuicao da motilidade intestinal e nos
• casos de necessidade de administracao de antidotos por via oral (Ex.
N-acetilcisteina)
• Efeitos adversos e complicações:
Vomitos, aspiracao, constipacao, abrasao ocular, obstrucao
intestinal e
• Infeccao Respiratoria.
• Doses: Criancas: 1g/Kg/dose – Adulto: 30g/dose. Diluição: Adultos
– SF a 0,9% ou agua - 250ml.
• Criancas: SF a 0,9% - 5 a 8 ml/Kg. Via: Sonda Nasogastrica ou Oral.
28.
29. Tratamento ingestão de veneno
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO - Emese e Lavagem
Gástrica
• LAXANTES SALINOS - Nos casos em que se fara uso
de carvao ativado por mais de 12 horas, associa-se
uma dose de Sulfato de Sodio ou de Magnesio
diluido em 100 a 200ml de SF ou agua, VO ou via
SNG, apos aprimeira dose diaria do Carvao.
• Doses: Criancas 7g e Adultos 15g. Recomenda-se
atenção para a ocorrência de disturbios hidro-
eletroliticos.
30. Intoxicação medicamentosa
• medicamentos
• ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO (AAS)
• Analgesico, antitermico e antinflamatorio. Bem absorvido VO. Meia-
vida variavel conforme a dose ingerida, de ate 30horas. Criancas > de
3 anos sao mais sensiveis. Os sintomas podem ser tardios.
• Quadro clínico: Vomitos, hiperpneia, “Tinnitus” e letargia. Alcalose
respiratoria e acidose metabolica. Na intoxicacao
• severa: coma, convulsoes, hipoglicemia, hipertermia e edema agudo
de pulmao.
• Tratamento: Lavagem gastrica. Em grandes ingestas, ate
tardiamente. Carvao ativado em multiplas doses, ate 72
• horas, se necessario. Laxante salino 1 vez ao dia. Monitorar funcao
respiratoria, renal e equilibrio hidro-eletrolitico. Ahemodialise, a
hemoperfusao e a alcalinizacao da urina sao eficazes.
31. AMINOFILINA
• Libera Teofilina livre no organismo. Broncodilatador.
Meia-vida variavel, conforme metabolismo e
interacões, elevada em neonatos, idosos e
superdosagens (ate 50h). Toxicidade aguda e cronica.
• Quadro clínico: Efeito s no SNC, cardiovascular e
digestivo. Taquicardia, arritmias e convulsões.
• Tratamento: Assistencia respiratoria, controle de
convulsoes e monitorizacao cardiaca. Contra-indicado
provocar vômitos. Superdosagem aguda: lavagem
gastrica e carvao ativado em multiplas doses.
Tratamento sintomatico e de suporte.
32. DIAZEPAM
• Benzodiazepinico de acão longa, depressor do SNC, amplamente
utilizado. Meia-vida: 20 a 50 horas; e prolongada em
• neonatos, idosos e pacientes com doenca hepatica ou renal. Uso
continuo pode causar tolerancia e dependencia.
• Quadro clínico: sedacão em graus variados, ataxia, e relaxamento
muscular. Coma e depressão respiratoria. Pode
• causar reacões paradoxais de hiperexcitabilidade.
• Tratamento: Assistência respiratoria, monitorar dados vitais.
Paciente consciente: lavagem gastrica, carvão ativado em multiplas
doses (24h) e laxante. Paciente inconsciente, em superdosagens
fazer entubação endotraqueal previa. Hipotensao: fluidos EV ou
vasopressores, se necessario. Antidoto: Flumazenil
• Antidoto-(LANEXAT) – reverte sedacao, com melhora parcial dos
efeitos respiratorios. Suporte.
33. PARACETAMOL
• Analgesico e antipiretico. Dose toxica: 6 a 7,5 g em adultos e 140
mg/kg em criancas.
• Quadro clínico:
Inicialmente, nauseas, vomitos, anorexia, diarreia, sudorese e dor
abdominal (1as 24 horas). Apos 2 a4 dias, podem aparecer
alteracoes hepaticas graves, com sindrome hepato-renal, seguida
de morte.
• Tratamento: Esvaziamento gastrico, carvao ativado, catartico.
Antidoto: N-acetilcisteina (FluimucilR). Deve ser usado
• se a ingesta tiver atingido a dose toxica e/ou a dosagem serica de
paracetamol estiver elevada (nomograma). Mais
• efetivo se iniciado ate 12 horas apos ingesta. Uso oral ou EV. Doses:
ataque 140 mg/kg, 1 dose, e manutencão 70
• mg/kg, a cada 4 horas, 17 doses. Hemoperfusao pode ser util.
Monitorizar hemograma, glicemia, eletolitos, provas de
• funcao hepatica e renal e Tempo de Protrombina.
34. SALBUTAMOL
• Simpaticomimetico com acão broncodilatadora. Em
superdosagem, desaparece a seletividade em receptores
B2,ocorrendo efeitos sistemicos e acao cardiaca.
• Quadro clínico: Hipotensao, taquicardia, angina, arritmias
ventriculares, tremores, agitacão, tonturas, nauseas, vomitos, midri
ase, pele quente e sudorese. As criancas sao mais susceptiveis, com
importantes alteracões cardiovasculares e metabolicas.
• Tratamento: Assistência respiratoria. Ingestao: lavagem gastrica ate
6 horas, carvao ativado e laxante. Monitorizar ECG e dados
vitais, no minimo ate 6 horas da exposicao e/ou regressao dos
sintomas. Hipotensao: hidratacao parenteral.
35. SULFATO FERROSO
• Risco toxicologico pelo teor de ferro elementar. Efeitos a partir de 20 mg/kg. Pode
ser letal acima de 60 mg/kg.
• Quadro clínico: Inicialmente acão local corrosiva em mucosas.
Posteriormente, efeitos sistemicos com acao toxica
• celular. Na superdosagem, apresenta 3 fases. 1a FASE (30min-6h): vomitos, diarreia
e sangramento. 2a FASE (6-24h):
• melhora clinica. 3a FASE (12-48h): quadro sistemico
severo, choque, acidose, convulsões, coma, insuficiencia hepatica
• e renal. 4a FASE (2-8 semanas): estenoses cicatriciais, dano hepatico.
• Tratamento: Inicialmente: esvaziamento gastrico indicado com dose ingerida
maior que 20 mg/kg de ferro elementar.
• EMESE somente ate 1 hora apos ingesta. Se mais tempo, lavagem gastrica (por
risco de erosao de mucosas). CONTRAINDICADO
• O USO DO CARVAO ATIVADO e de DEFEROXAMINA (Desferal): casos
selecionados, com niveis sericos de Ferro elevados , acima de 350 mg/ml.
36. Picadas e ferroadas de animais
peçonhentos
• Animais peçonhentos são aqueles que
introduzem no organismo humano
substâncias tóxicas. Por exemplo, cobras
venenosas, aranhas e escorpiões.
• Se possível deve-se capturar ou identificar o
animal que picou a vítima, mas sem perda de
tempo com esse procedimento. Na
dúvida, tratar como se o animal fosse
peçonhento.
37. Sinais e sintomas
• Marcas da picada;
• Dor, inchaço;
• Manchas roxas, hemorragia;
• Febre, náuseas;
• Sudorese, urina escura;
• Calafrios, perturbações visuais;
• Eritema, dor de cabeça;
• Distúrbios visuais;
• Queda das pálpebras;
• Convulsões;
• Dificuldade respiratória.
Picada de aranha marrom
picada de cobra
38. Primeiros socorros – Picada de Cobra
• Manter a vítima deitada. Evite que ela se movimente para
não favorecer a absorção de veneno;
• Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição
mais baixa que o coração;
• Lavar a picada com água e sabão;
• Colocar gelo ou água fria sobre o local;
• Remover anéis, relógios, prevenindo assim complicações
decorrentes do inchaço;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde
mais próximo, para que possa receber o soro em tempo;
• Não fazer garroteamento ou torniquete;
• Não cortar ou perfurar o local da picada.
39. Principais generos de cobras
venenosas
• Bothrops- Jararaca
• Crotalus- cascavel
• Lachesis- surucucu, pico-de-jaca, surucutinga
• Micrurus- Coral
40. Medidas preventivas
• Usar botas de cano longo e perneiras;
• Proteger as mãos com luvas de raspa ou
vaqueta;
• Combater os ratos;
• Preservar os predadores;
• Conservar o meio ambiente.
45. Primeiros socorros
• Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao
serviço de saúde mais próximo, para avaliar a
necessidade de soro específico.
46. sintomas
• Sudorese abundante acompanhada na maioria das vezes de
hipotermia , sialorréia, rinorréia e lacrimejamento.
• Pode ocorrer priaprismo. Náuseas e vômitos são frequentes
e estão relacionados com a gravidade do quadro.
• Podem ocorrer cólicas e diarreia. Alguns autores descrevem
pancreatite aguda por ação direta do veneno.
• Agitação e tremores seguidos de astenia e sonolência. As
convulsões representam mau prognostico.
47. tratamento
• Local: infiltração de lidocaína a 2% sem vasoconstrictor
– 1 a 2ml para crianças, 3 a 4 ml para adultos podendo
ser repetida ate 3 vezes com intervalos de 60 minutos
• Sintomático: hidratação parenteral, metoclopramida
para os vômitos. Nos casos graves são indispensáveis os
cuidados em unidade de terapia intensiva para
manutenção das condições vitais.
• ESPECIFICO: O numero de ampolas do
soro, antiescorpionico ou antiaracnidico, varia de
acordo com a gravidade do caso e com a espécie do
escorpião.
49. Picadas e ferroadas de insetos
• Há pessoas alérgicas que sofrem reações
graves ou generalizadas, devido a picadas de
insetos (abelhas e formigas).
• Sinais e sintomas
• Eritema local que pode se estender pelo corpo
todo;
• Prurido;
• Dificuldade respiratória (Edema de glote).
50. Primeiros socorros
• Retirar os ferrões introduzidos pelo inseto sem espremer;
• Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água corrente;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde
mais próximo, para avaliar a necessidade de soro
específico.
• Não amarre, não fure, nao corte e nao sugue o local da
picada.
• · Não coloque sobre o local da picada
alho, café, fumo, esterco, castanha, pimenta, etc.;
• · Não tome ou de bebida alcoolica, querosene, oleo
diesel, cha ou “remédios milagrosos”.
• · Observação: A vitima pode beber agua a vontade.
51. ROTINA DE TRATAMENTO DOS
ACIDENTES OFÍDICOS
• 1. Colocar o paciente em repouso absoluto no leito, com
abaixamento da elevação da região atingida pela picada 2. Lavagem
do local atingido com agua e sabão e/ou solução antisséptica;
• 3. Remover anéis, pulseiras, roupas ou quaisquer objetos
constritivos;
• 4. Caso haja presença de garrote, nao retira-lo imediatamente (risco
de choque). E recomendável puncionar
• uma veia e instalar um Soro (SF ou SG), em gotejamento lento. A
retirada do garrote devera ser feita de
• forma gradual e lenta, levando-se em conta o nível de isquemia da
extremidade.
• 5. O paciente deve ficar em dieta zero, ate 2a ordem.
• 6. SOROTERAPIA: Verificar na prescrição o tipo e quantidade do
soro.
52. • 7. Puncionar veia de médio calibre (antebraço/braco). Não
puncionar no membro afetado.
• 8. Realizar profilaxia contra reacoes anafilactoides, com a
administracao previa, 10 a 15 minutos, de
• antihistaminico e corticoide conforme prescrição.
• 9. As ampolas deverão ser diluídas em 100ml de SG 5% e
infundidas, via EV, com gotejamento rápido;
• 10. Observar possíveis reações precoces durante a infusão, com
vigilância permanente ate 2 h apos o termino.
• 11. Caso seja observada urticaria, tremores, tosse, náuseas, dor
abdominal, rubor facial ou prurido,
• interromper imediatamente a infusão do soro e informar ao medico
assistente, para a conduta especifica.
• A soroterapia poderá ou nao ser reiniciada a critério medico;
• 12. Manter o paciente com venoclise basal;
• 13. Realizar balanço hídrico rigoroso, mantendo hidratação
adequada para diurese entre 30 a 40 ml/hora em
• adultos e 1 a 2 ml/kg/h em crianças.
• 14. Manter controle de sinais vitais.
• 15. O paciente deve ser internado, no mínimo 24 horas, a depender
do quadro apresentado.
53. DOMISSANITÁRIOS- hipoclorito
• Características: Soluções de hipoclorito sao
encontradas em um numero considerável de
produtos de limpeza, geralmente em
concentrações inferiores a 5%.
• Principal efeito: irritação e corrosão de pele e
mucosas (ação oxidante do cloro livre e dos
agentes alcalinos).
• Cloro livre = atividade corrosiva.
54. Quadro clínico:
• Esta relacionado com a quantidade
ingerida, concentração de hipoclorito e
doença previa.
• Dores na boca, esôfago e/ou estomago
disfagia, vômitos distúrbios
hidroeletrolíticos, hipotensão, esofagite
• ulcerativa e estenose de esôfago. Contato com
os olhos causa conjuntivite com
lacrimejamento, congestão
• fotofobia e edema de pálpebras.
55. Tratamento:
• Casos graves, tratar como caustico. Em casos leves a
diluição
• Repouso gástrico. Demulcentes, Analgésicos.
• Gravidade: 1. Hipoclorito de Sódio Industrializado; 2.
Hipoclorito de Sódio caseiro – Concentracão
desconhecida; 3. Hipoclorito de Sódio + amônia.
• Complicações: Aspiração
56. Q U E R O S E N E
• Composição: Mistura de hidrocarbonetos
alifáticos, olefinicos, naftênicos e aromáticos.
Usos: Industrial
• (combustível, solventes) e Domestico (limpeza e
aquecimento) * Largo uso em famílias de baixa
renda. *
• Recipientes inadequados e venda a granel
(garrafas de refrigerantes, latas de leite, etc.) são
os principais responsáveis pelos acidentes tóxicos
na infância. Absorção: Digestiva e Inalatória.
57. Quadro clínico:
• Lesão das células. endoteliais Þ alterações da
permeabilidade Þ edema, petequeias,
• hemorragias. Afinidade pelo SNC Þ
sonolência, torpor, coma. Manifestações
gastrintestinais: náuseas,
• vômitos. Manifestações respiratórias:
taquipneia, estertores (pneumonite de variada
intensidade, alterações radiológicas precoces)
58. Tratamento
• : 1) A lavagem gástrica esta em geral contra-
indicada. Na ingestão de grandes quantidades (>1
• ml/Kg), tem sido recomendada, com entubação
traqueal previa. 2) Lavagem bronquica (?). 3)
Assistência
• ventilatória e tratamento de suporte. 4)
Radiografar os pulmões. Antibióticos e
corticoides, se necessário.
• 5)Correcao dos distúrbios hidro-eletroliticos.
59. RATICIDAS
• Características: Uso domiciliar e
comercial, derivados (cumarinicos) (4-
hidroxicumarina)-anticoagulantes de uso
oral, toxicidade seletiva e capacidade de
“driblar o rato”
• Toxicologia: Inibição do mecanismo de
coagulação. Bloqueio de fatores da
coagulação vitamina K .
60. Quadro clínico:
• Na maioria dos casos a sintomatologia e leve.
Nauseas, vomitos, dor abdominal; Epistaxe,
• sangramento, hemoptise, hematuria, equimos
e. Hemorragias, hipoprotrombinemia,
• Hemorragia intracraniana: Brodifacoum.
Neurotoxicidade, cardiotoxicidade: ratos.
61. Tratamento:
• Tratamento: Geral - Internamento/Repouso;
Descontaminação: A EMESE ESTA CONTRA-
INDICADA,
• PELO RISCO DE HEMORRAGIA INTRACRANIANA.
Lavagem gástrica precoce. Carvão ativado –
• Geralmente 1 dose. Especifico: Vitamina K:
Sangramento ou Atividade de Pro trombina
<60%.
• Hemotransfusao nos grandes sangramentos.
• Laboratório: Controle da Ativid. Pro trombina
72h.
62. ARSÊNICO
• Fontes: Mineral, queima do carvão, atividades industriais, alguns
alimentos (animais marinhos, porco,
• vísceras) alguns tipos de solo, rochas. Uso: Pesticidas, tintas, papel de
parede, vidros, medicina. O Arsênico
• como raticida, pó branco, é proibido. No entanto e vendido a granel
ilegalmente.
• Toxicologia: Interfere na oxidação celular (grupos sulfidrila intracelulares-
sistema piruvato-oxidase. Acao em
• múltiplos órgãos: intestinos, rins, baço e fígado. Dose letal: adultos 50 a
300mg. Absorção: Digestiva,
• sintomas de 30 min. a horas (alimentos); cutânea;
respiratória, ocular, parenteral e outras. No plasma liga-se a
• hemoglobina, leucócitos e proteínas plasmáticas. Eliminação rápida -
rim, bile, suor e 5% em fezes (95%
• absorvido pelo trato GI). Exposição crônica - pele (unhas e pelos).
63. Quadro clínico:
• Apos ingestão inicio dos sintomas em 30 a 60 minutos.
Gosto metálico, odor aliaceo na
• respiração, vômitos, dor abdominal, diarréia, distúrbios
hidro-eletroliticos que podem levar ao choque e óbito
• (dano vascular e não por ação local), o óbito
geralmente ocorre em 24h precedido por convulsão e
coma.
• Cardiovascular: hipotensão ou
hipertensão, arritmia, taquicardia, colapso, alterações
do ECG (QT, T). Renal –
• albuminuria, hematuria, oliguria; Hepatica –
icterícia, hepatomegalia; Cutanea: Erupcoes. Inalação:
Dor
• torácica, tosse, dispneia.
64. Tratamento: Geral –
• Na ingestão: Descontaminação: Lavagem gástrica,
• Carvão ativado – 1 dose. Correção hidro-
eletrolitica. Admissao em Unidade Semi-
intensiva: Monitorar sinais
• vitais (hipotensao e choque). Olhos e Pele –
remocao, irrigacao. Específico: Dimercaprol (BAL)
via IM por
• 10 dias - Caso moderado - 2,5mg/Kg/dose. Caso
grave – 3,0mg/Kg/dose. Outros: D-
Penicilamina, DMSA.
• Hemodialise precoce (IRA).
65. Outros tipos de venenos comuns
• ESTRICNINA
• FLUORACETATO DE SÓDIO
• CARBAMATOS – “CHUMBINHO”
• PESTICIDAS- AGROTOXICOS E AFINS
• INSETICIDAS PIRETRÓIDES
• ORGANOCLORADOS
• FUNGICIDAS
• HERBICIDAS
• FUMIGANTES
• PLANTAS-NERIUM OLEANDER (ESPIRRADEIRA),LARGAMENTE
ENCONTRADA NOS JARDINS DE RESIDENCIAS, E MANIHOT
UTILÍSSIMA (MANDIOCA-BRAVA),
67. REFERÊNCIAS
•
http://www.saude.ba.gov.br/pdf/Apostila_CIAVE
_Ago_2009_A4.pdf APOSTILA DE TOXICOLOGIA
BÁSICA (CIAVE) CENTRO DE INFORMAÇÕES ANTI
VENENO SESAB.
• http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/art
igos/6413/intoxicacao-exogena
• INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM CLÍNICA
MÉDICA(Renê Donizeti Ribeiro de Oliveira1
• & João Batista de Menezes2)
• http://www.webartigos.com/artigos/intoxicacao-
exogena-o-que-fazer/16207/