SlideShare a Scribd company logo
1 of 29
Download to read offline
Indústria Nacional de
Produtos de Defesa:
Repercussões para o
desenvolvimento econômico,
social e tecnológico do Brasil




XI Encontro Nacional de Estudos Estratégicos
Agenda

    Plano Brasil Maior: dimensões e organização
     setorial
      Diretrizes de investimento, inovação   e
       competitividade
    Base Industrial de Defesa
    Contribuições da ABDI
    A Política de Offset
    O Regime Especial Tributário para a Indústria de
     Defesa - RETID
Plano Brasil Maior:
   dimensões e
organização setorial
Plano Brasil Maior: dimensões
   Dimensão Estruturante:                                               Dimensão Sistêmica:
     diretrizes setoriais                                                temas transversais

       Fortalecimento de                                               Comércio Exterior
       Cadeias Produtivas
                                                                         Investimento
         Novas Competências                                                Inovação
          Tecnológicas e de
              Negócios                                                Formação e
                                                                      Qualificação
        Cadeias de Suprimento                                         Profissional
            em Energias                                           Produção Sustentável

           Diversificação das                                         Competitividade de
             Exportações e                                            Pequenos Negócios
          Internacionalização                                         Ações Especiais em
                                                                       Desenvolvimento
           Competências na                                                Regional
            Economia do                                                  Bem-estar do
         Conhecimento Natural                                            consumidor
                                                                      Condições e Relações
                                                                          de Trabalho
                                     Organização Setorial


         Sistemas da         Sistemas       Sistemas    Sistemas do        Comércio,
          Mecânica,         Intensivos     Intensivos   Agronegócio        Logística e
       Eletroeletrônica     em Escala          em                           Serviços
           e Saúde                          Trabalho
Plano Brasil Maior:
  organização setorial

  Sistemas da               Sistemas             Sistemas            Sistemas do           Comércio,
   Mecânica,               Intensivos           Intensivos           Agronegócio           Logística e
Eletroeletrônica           em Escala           em Trabalho                                  Serviços
    e Saúde
                                                                     Carnes e            Comércio
                         Químico-              Plásticos; HPPC;                          Atacadista e
Petróleo & Gás e                                                     Derivados;
                         Petroquímico;         Calçados e                                Varejista;
Naval (cadeia de                                                     Cereais e
                         Fertilizantes; Bio-   Artefatos; Têxtil e                       Logística e
suprimento);                                                         Leguminosas;
                         etanol e Energias     Confecções;                               Serviços
Complexo da Saúde;                                                   Café e Produtos
                         Renováveis;           Móveis;                                   Pessoais
Automotivo;                                                          Conexos; Frutas e
                         Minero-Meta-          Brinquedos;                               direcionados ao
Aeronáutica e                                                        Sucos; Vinhos
                         lúrgico; Celulose e   Complexo da                               consumo das
Espacial; Bens de
                         Papel                 Construção Civil                          famílias; Serviços
Capital; TIC; Complexo
de Defesa                                                                                de apoio
                                                                                         à produção
Produtividade e Competitividade


      A    ênfase      em      Pesquisa,
      Desenvolvimento e Inovação é o fio
      condutor do crescimento econômico.
      O Brasil reconhece a necessidade
      de    ampliar     os   níveis  de
      produtividade    e   promover   a
      competitividade.
Caminhos para a competitividade

                     Competitividade



                       Produtividade



     Eficiência no uso de recursos financeiros, tecnológicos
                           e humanos


             Instrumentos de política industrial:
               PD&I e qualificação profissional
Compras Governamentais

    Compras governamentais são mecanismos legítimos
     de indução do desenvolvimento, incluídos como
     elementos de relevo nas políticas industriais de
     diversos países.

    O Governo Federal é o maior comprador do País:
     compras de produtos e contratação de serviços
     chegaram a cerca de R$ 400 bilhões em 2010.

    A Indústria de Defesa, com dinâmica estimulada pelas
     compras públicas, vivenciou processo de aprendizado
     expresso em amplo conjunto de normas, portarias,
     decretos e leis específicas.
Base Industrial de
     Defesa
Características


    Demanda essencialmente       governamental:
     poder de compra do Estado;
    Oferta de produtos de alto valor agregado:
     dominada por grandes empresas, muitas
     vezes com capital governamental envolvido;
    Saltos tecnológicos dependentes de grandes
     programas estruturantes.
Exemplos de programas brasileiros
    (Décadas: 1970 e 1980)
   Fragatas da classe Niterói: aquisição e posterior produção local no
    Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) - 5 sob licença do
    estaleiro britânico Vosper Thornycroft (1970);
   Aviões de caça supersônicos Mirage III e F-5 Tiger II: adquiridos da
    empresa francesa Dassault (1970) e da norte-americana Northrop
    (1973), respectivamente;
   Veículos blindados de reconhecimento (EE-9 Cascavel) e transporte
    (EE-11 Urutu): desenvolvidos e produzidos pela Engesa (1970);
   Aviões de treinamento avançado a jato Xavante: produzidos pela
    Embraer sob licença da empresa italiana Aermacchi (1971);
   Sistema Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo –
    SISDACTA: implantação do CINDACTA I (1972) e CINDACTA II
    (1982), com tecnologia da empresa francesa Thompson-CSF e
    participação da empresa brasileira ESCA;
Exemplos de programas brasileiros
    (Décadas: 1970 e 1980)
   Mísseis ar-ar Piranha: início do desenvolvimento (1976);
   Aviões de treinamento básico turboélice Tucano: desenvolvidos e
    produzidos pela Embraer (1978);
   Programa Nuclear da Marinha visando à propulsão naval (1979);
   Corvetas da classe Inhaúma: desenvolvimento e produção local
    pelo AMRJ com suporte técnico do estaleiro alemão Marine
    Technik (1981);
   Aviões de caça tático AMX: desenvolvimento e produção local
    realizados pela Embraer, em conjunto com as empresas italianas
    Aeritalia e Aermacchi (1981);
   Sistema de foguetes de saturação (Astros II): desenvolvidos e
    produzidos pela Avibras (1983);
   Submarinos da classe Tupi: aquisição e posterior produção local
    no AMRJ sob licença do estaleiro alemão HDW (1985).
Exemplos de programas brasileiros
    (Décadas: 1990 e 2000)
     CONTEXTUALIZAÇÃO

       Abertura comercial

       Estabilização econômica

       Privatização e construção de marco regulatório para
        apoiar a dinamização do ambiente industrial, científico
        e tecnológico para a inovação

       Retomada da capacidade de investimento em capital
        fixo e inovação, com foco de médio e longo prazo

       Estratégica Nacional de Defesa, PACTI 2007-2011, PDP
        2008-2010
Exemplos de programas brasileiros
    (Décadas: 1990 e 2000)

     Avião caça supersônico (projeto FX-2) – processo em
      andamento, sendo os principais concorrentes os modelos F-
      18E/F Super Hornet da Boeing (EUA), o Rafale da Dassault
      (França) e o Gripen NG da Saab (Suécia);

     Helicópteros de transporte médio (projeto HXBR) –
      desenvolvimentos de subsistemas e produção local pela
      Helibras, em conjunto com a empresa Eurocopter;

     Avião a jato voltado para o transporte militar tático e o
      reabastecimento aéreo (programa KC-390). O contrato para
      desenvolvimento foi assinado em 2009 com a Embraer, e no
      ano seguinte a FAB confirmou a intenção de uma encomenda
      inicial de 28 aeronaves, cujas primeiras entregas estão
      previstas para 2016.
Exemplos de programas brasileiros
    (Décadas: 1990 e 2000)
    Programa de construção de 34 navios patrulha marítima da
     classe Macaé (Napa 500): adaptação de projeto francês. A
     construção das 6 primeiras embarcações foi transferida, através
     de licitação, para dois estaleiros privados nacionais, a Indústria
     Naval do Ceará S.A. (INACE) e o Estaleiro da Ilha S.A. (EISA);
    Acordo Brasil (Marinha) – França (2008): construção de 4
     submarinos convencionais da classe Scorpène (4 unidades),
     projeto e construção de um submarino de propulsão nuclear,
     estaleiro para construção de 5 submarinos; base de submarinos
     junto ao estaleiro (município de Itaguaí - RJ) (acordo de
     transferência tecnologia Brasil – França). A principal empresa
     Brasil é a Itaguaí Construções Navais, joint venture entre a
     francesa DCNS (49%), detentora da tecnologia, a Odebrecht (50%)
     e governo federal (1% - golden share).
Exemplos de programas brasileiros
    (Décadas: 1990 e 2000)
   Programa de Desenvolvimento de Meios de Superfície
    (PROSUPER): obtenção 5 Navios Escoltas, 1 Navio de Apoio 5
    Logístico e Navios de Patrulha Oceânico. Os projetos
    vencedores serão produzidos no Brasil, promovendo a
    absorção da tecnologia. Programa em fase inicial (análise e
    avaliação dos projetos oferecidos por diversos países,
    confrontados com os requisitos operacionais impostos pela
    Marinha do Brasil);
   Família de radares do EB – CTEx (M60 / M200);
   Obtenção de Super Tucanos;
   Míssil Anti-Radiação FAB – MECTRON (exportação para
    Paquistão);
   Veículo Blindado Guarani.
Contribuições da ABDI
Estudos

Estudos Setoriais de Inovação
Base Industrial de Defesa
(2010)
                                     Diagnóstico da Base
                                     Industrial de Defesa
                                     Brasileira (mar/2011)




Mapeamento da Base Industrial de
Defesa Brasileira (início previsto
para dezembro de 2011)
Centro Tecnológico de
 Helicópteros – Itajubá / MG
   Apoio à criação do Centro Tecnológico de Helicópteros
III.
junto a UNIFEI, em Itajubá

      A proposta de criação do Centro de Tecnologia de Asas
       Rotativas surgiu de entendimentos entre o Reitor da
       Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e o Presidente da
       ABDI, em fins de 2009;
       Prevê a criação de Centro de Pesquisa, Desenvolvimento
       Tecnológico, Inovação e Testes para o setor, junto à UNIFEI,
       em Itajubá;
      Trata-se de projeto estruturante para o setor de Defesa, uma
       vez que contribui para a criação e o desenvolvimento de
       massa crítica e de conhecimentos técnicos sobre o segmento
       de asas rotativas, além da consolidação e do fortalecimento da
       cadeia produtiva;

Centro Tecnológico de
 Helicópteros – Itajubá / MG
III
      Origina-se no contexto da negociação e do desenvolvimento
      dos International Cooperation Projects (ICP), instrumentos de
      compensação e transferência de tecnologia previstos no
      contrato do Projeto H-XBR, assinado entre o Governo do Brasil
      e o Consórcio Eurocopter/Helibras, para a aquisição de 50
      helicópteros EC-725;
     A Helibras realizará parte do seu processo produtivo no Brasil,
      com índice de nacionalização de componentes que atingirá ao
      menos 50%, até 2016, data prevista para a entrega das
      últimas aeronaves;

     Proporcionará sustentabilidade para a transferência de
      tecnologia, com vistas ao domínio completo do processo
      científico e tecnológico para a produção de aeronaves de asas
      rotativas no Brasil.
Contribuições – Livro Branco
 de Defesa Nacional
III
      A ABDI, mediante delegação do MDIC, integra o Grupo de
      Trabalho Interministerial do Livro Branco de Defesa Nacional;

       Participou das oficinas de trabalhado realizadas na primeira
      etapa dos trabalhos e apresentou informações referentes ao
      tema Indústria Nacional de Defesa, no contexto do grupo
      composto por representantes do MDIC, ABDI, IPEA e
      COMDEFESA da FIESP.
Política de Offset
Reflexos e Relevância
   A exigência de acordos de compensação para
    contratos de compra de equipamentos de defesa no
    exterior é uma estratégia para agregar tecnologia e
    fomentar exportações que vem ganhando força no
    Brasil.
   Programas     implementados    geraram     resultados
    importantes: o setor aeronáutico foi o único de alta
    tecnologia com superávit na balança comercial em
    2010 (exportações U$4,36 bi; importações U$2,29 bi;
    superavit U$2,07 bi).
   Possibilidade de expansão da prática de offset para
    outros setores do governo: Lei 12.349/2010,
    regulamentada pelo Decreto 7.546/2011
Perspectivas


    O setor de defesa é fundamental para o
     sucesso da estratégia de desenvolvimento
     industrial e tecnológico do país.

    O poder de compra do Estado é um
     instrumento da maior relevância: é preciso
     superar dificuldades e criar mecanismos que
     viabilizem uma aplicação cada vez mais
     eficiente

    Há perspectivas concretas de novos avanços
Regime Especial
  Tributário para a
Indústria de Defesa
MP 544 - 29/09/11

RETID estabelece:

(i) regime de compras governamentais diferenciadas,
     priorizando produtos estratégicos de defesa; e
(ii) regime especial tributário para empresas
     estratégicas de defesa que produzam partes,
     peças, ferramentas, componentes, equipamentos,
     sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas
     ou prestem serviços de defesa.
   A MP 544 – 29/09/11 Institui o RETID, a ser
    regulamentado pelo Poder Executivo
Instrumentos RETID
   1. Autorização para abertura de licitações destinadas
    exclusivamente para empresas estratégicas de defesa -
    EED (conforme critérios estipulados no Projeto de Lei),
    quando envolverem fornecimento ou desenvolvimento de
    produtos estratégicos de defesa - PED;

   2. Suspensão de impostos:

       PIS/PASEP e Cofins sobre receita da pessoa jurídica
       vendedora de PED;
       IPI incidente na saída do estabelecimento industrial
       ou equiparado e incidente na importação.

   3. Exigência do PIS/PASEP importação e Cofins-
    Importação.
Correlação RETID com objetivos
  do Plano Brasil Maior

                       Ampliar o
                     investimento
                       fixo (23%)
     Ampliar o                        Elevar o
       valor                         dispêndio
     agregado                       empresarial
     nacional                         em P&D
Obrigado
Mauro Borges Lemos
 Presidente – ABDI



gabinete@abdi.com.br
  +55 61 3962 8700
  www.abdi.com.br

More Related Content

Similar to Painel 2 (XI ENEE) - Indústria nacional de produtos de defesa (Mauro Borges Lemos)

Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011
Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011
Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011Ipdmaq Abimaq
 
Nanotecnologia Bens de Capital
Nanotecnologia Bens de CapitalNanotecnologia Bens de Capital
Nanotecnologia Bens de CapitalIpdmaq Abimaq
 
Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...
Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...
Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...Allagi Open Innovation Services
 
Pesquisa sobre Inteligência em Compras
Pesquisa sobre Inteligência em ComprasPesquisa sobre Inteligência em Compras
Pesquisa sobre Inteligência em Comprasarletepna
 
Pesquisa Ie Em Compras
Pesquisa Ie Em ComprasPesquisa Ie Em Compras
Pesquisa Ie Em Comprasarletepna
 
MCTI Plano Inova Empresa - 2013
MCTI  Plano Inova Empresa - 2013MCTI  Plano Inova Empresa - 2013
MCTI Plano Inova Empresa - 201324x7 COMUNICAÇÃO
 
Plano Inova Empresa
Plano Inova EmpresaPlano Inova Empresa
Plano Inova EmpresaConfap
 
Ceará nova economia e novas atitudes - jun 15 2012
Ceará   nova economia e novas atitudes - jun 15 2012Ceará   nova economia e novas atitudes - jun 15 2012
Ceará nova economia e novas atitudes - jun 15 2012Geraldo Eugenio
 
Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...
Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...
Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...WeNova Consulting
 
Plano brasil maior
Plano brasil maiorPlano brasil maior
Plano brasil maiorchmcorpp
 
Apresentação polo cisa
Apresentação polo cisaApresentação polo cisa
Apresentação polo cisaswsena
 
Cintec 2011 Energias Renováveis
Cintec 2011 Energias Renováveis Cintec 2011 Energias Renováveis
Cintec 2011 Energias Renováveis Ipdmaq Abimaq
 
Planejamento Estratégico
Planejamento EstratégicoPlanejamento Estratégico
Planejamento EstratégicoAdemar Junior
 
2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer Apres...
2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer   Apres...2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer   Apres...
2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer Apres...Embraer RI
 

Similar to Painel 2 (XI ENEE) - Indústria nacional de produtos de defesa (Mauro Borges Lemos) (20)

Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011
Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011
Inovação Plano Brasil Maior ABDI Abimaq Inova 2011
 
Cartilha brasilmaior
Cartilha brasilmaiorCartilha brasilmaior
Cartilha brasilmaior
 
MPI 2010 - Paulo Okamotto, SEBRAE Nacional
MPI 2010 - Paulo Okamotto, SEBRAE Nacional MPI 2010 - Paulo Okamotto, SEBRAE Nacional
MPI 2010 - Paulo Okamotto, SEBRAE Nacional
 
Nanotecnologia Bens de Capital
Nanotecnologia Bens de CapitalNanotecnologia Bens de Capital
Nanotecnologia Bens de Capital
 
Apresentação - Mercado Foco Colômbia
Apresentação - Mercado Foco ColômbiaApresentação - Mercado Foco Colômbia
Apresentação - Mercado Foco Colômbia
 
Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...
Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...
Alvaro Prata | OIS 2012 | Colaboração entre governo, universidade e indústria...
 
Pesquisa sobre Inteligência em Compras
Pesquisa sobre Inteligência em ComprasPesquisa sobre Inteligência em Compras
Pesquisa sobre Inteligência em Compras
 
Pesquisa Ie Em Compras
Pesquisa Ie Em ComprasPesquisa Ie Em Compras
Pesquisa Ie Em Compras
 
Plano Inova Empresa
Plano Inova EmpresaPlano Inova Empresa
Plano Inova Empresa
 
MCTI Plano Inova Empresa - 2013
MCTI  Plano Inova Empresa - 2013MCTI  Plano Inova Empresa - 2013
MCTI Plano Inova Empresa - 2013
 
Plano Inova Empresa
Plano Inova EmpresaPlano Inova Empresa
Plano Inova Empresa
 
Plano Inova Empresa
Plano Inova EmpresaPlano Inova Empresa
Plano Inova Empresa
 
Ceará nova economia e novas atitudes - jun 15 2012
Ceará   nova economia e novas atitudes - jun 15 2012Ceará   nova economia e novas atitudes - jun 15 2012
Ceará nova economia e novas atitudes - jun 15 2012
 
Inova.empresa
Inova.empresaInova.empresa
Inova.empresa
 
Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...
Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...
Mapeamento das incubadoras parques tecnológicos e polos industriais do rio de...
 
Plano brasil maior
Plano brasil maiorPlano brasil maior
Plano brasil maior
 
Apresentação polo cisa
Apresentação polo cisaApresentação polo cisa
Apresentação polo cisa
 
Cintec 2011 Energias Renováveis
Cintec 2011 Energias Renováveis Cintec 2011 Energias Renováveis
Cintec 2011 Energias Renováveis
 
Planejamento Estratégico
Planejamento EstratégicoPlanejamento Estratégico
Planejamento Estratégico
 
2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer Apres...
2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer   Apres...2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer   Apres...
2002 - Terceiro Encontro Anual De Analistas E Investidores Da Embraer Apres...
 

More from SAE - Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

More from SAE - Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (20)

Adaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem Agroambiental
Adaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem AgroambientalAdaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem Agroambiental
Adaptação à Mudança do Clima - Agricultura - Embrapa Modelagem Agroambiental
 
Adaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetec
Adaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetecAdaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetec
Adaptação à Mudança do Clima - Sistema Energético Brasileiro - coppetec
 
Análise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufce
Análise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufceAnálise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufce
Análise da Mudança Climática no Setor Elétrico - funceme - ufce
 
Blogs para clipping
Blogs para clippingBlogs para clipping
Blogs para clipping
 
Vulnerabilidade e adaptação na costa brasileira
Vulnerabilidade e adaptação na costa brasileiraVulnerabilidade e adaptação na costa brasileira
Vulnerabilidade e adaptação na costa brasileira
 
Modelos de assistência técnica e gerencial na pecuária
Modelos de assistência técnica e gerencial na pecuáriaModelos de assistência técnica e gerencial na pecuária
Modelos de assistência técnica e gerencial na pecuária
 
Rally da Pecuária
Rally da PecuáriaRally da Pecuária
Rally da Pecuária
 
Crédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e Gargalos
Crédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e GargalosCrédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e Gargalos
Crédito ABC – Recuperação de Pastagens: Resultados, Perspectivas e Gargalos
 
Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...
Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...
Trajetória do Índice Vegetativo da Cana em Mato Grosso do Sul - Safra 2014/15...
 
Perspectivas para a construção de um projeto - Pastosat
Perspectivas para a construção de um projeto - PastosatPerspectivas para a construção de um projeto - Pastosat
Perspectivas para a construção de um projeto - Pastosat
 
Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...
Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...
Radiografia das Pastagens - Observatório Agricultura de Baixo Carbono, mudanç...
 
Cenários da pecuária bovina de corte
Cenários da pecuária bovina de corte Cenários da pecuária bovina de corte
Cenários da pecuária bovina de corte
 
Grupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultados
Grupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultadosGrupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultados
Grupo de trabalho Pecuária Sustentável - Compromissos, ações e resultados
 
Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil
Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil
Mapeamento qualitativo das pastagens do Brasil
 
Brasil 2040 - COP20 - Natalie Unterstell
Brasil 2040 - COP20 - Natalie UnterstellBrasil 2040 - COP20 - Natalie Unterstell
Brasil 2040 - COP20 - Natalie Unterstell
 
República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...
República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...
República Dominicana: Caso Boca de Cachón, “Infraestructura Resiliente” - Oma...
 
The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...
The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...
The IPCC Fifth Assessment Report and its implications to Latin American - Seb...
 
Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20
Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20
Adaptação Amazonas - SAE/PR na COP20
 
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")
Cenários de Mudanças Climáticas: Regionalização ("downscaling")
 
Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...
Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...
Mechanism of Early & further action, "currency climate" and "Bretton Woods lo...
 

Painel 2 (XI ENEE) - Indústria nacional de produtos de defesa (Mauro Borges Lemos)

  • 1. Indústria Nacional de Produtos de Defesa: Repercussões para o desenvolvimento econômico, social e tecnológico do Brasil XI Encontro Nacional de Estudos Estratégicos
  • 2. Agenda  Plano Brasil Maior: dimensões e organização setorial  Diretrizes de investimento, inovação e competitividade  Base Industrial de Defesa  Contribuições da ABDI  A Política de Offset  O Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa - RETID
  • 3. Plano Brasil Maior: dimensões e organização setorial
  • 4. Plano Brasil Maior: dimensões Dimensão Estruturante: Dimensão Sistêmica: diretrizes setoriais temas transversais Fortalecimento de Comércio Exterior Cadeias Produtivas Investimento Novas Competências Inovação Tecnológicas e de Negócios Formação e Qualificação Cadeias de Suprimento Profissional em Energias Produção Sustentável Diversificação das Competitividade de Exportações e Pequenos Negócios Internacionalização Ações Especiais em Desenvolvimento Competências na Regional Economia do Bem-estar do Conhecimento Natural consumidor Condições e Relações de Trabalho Organização Setorial Sistemas da Sistemas Sistemas Sistemas do Comércio, Mecânica, Intensivos Intensivos Agronegócio Logística e Eletroeletrônica em Escala em Serviços e Saúde Trabalho
  • 5. Plano Brasil Maior: organização setorial Sistemas da Sistemas Sistemas Sistemas do Comércio, Mecânica, Intensivos Intensivos Agronegócio Logística e Eletroeletrônica em Escala em Trabalho Serviços e Saúde Carnes e Comércio Químico- Plásticos; HPPC; Atacadista e Petróleo & Gás e Derivados; Petroquímico; Calçados e Varejista; Naval (cadeia de Cereais e Fertilizantes; Bio- Artefatos; Têxtil e Logística e suprimento); Leguminosas; etanol e Energias Confecções; Serviços Complexo da Saúde; Café e Produtos Renováveis; Móveis; Pessoais Automotivo; Conexos; Frutas e Minero-Meta- Brinquedos; direcionados ao Aeronáutica e Sucos; Vinhos lúrgico; Celulose e Complexo da consumo das Espacial; Bens de Papel Construção Civil famílias; Serviços Capital; TIC; Complexo de Defesa de apoio à produção
  • 6. Produtividade e Competitividade  A ênfase em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação é o fio condutor do crescimento econômico.  O Brasil reconhece a necessidade de ampliar os níveis de produtividade e promover a competitividade.
  • 7. Caminhos para a competitividade Competitividade Produtividade Eficiência no uso de recursos financeiros, tecnológicos e humanos Instrumentos de política industrial: PD&I e qualificação profissional
  • 8. Compras Governamentais  Compras governamentais são mecanismos legítimos de indução do desenvolvimento, incluídos como elementos de relevo nas políticas industriais de diversos países.  O Governo Federal é o maior comprador do País: compras de produtos e contratação de serviços chegaram a cerca de R$ 400 bilhões em 2010.  A Indústria de Defesa, com dinâmica estimulada pelas compras públicas, vivenciou processo de aprendizado expresso em amplo conjunto de normas, portarias, decretos e leis específicas.
  • 10. Características  Demanda essencialmente governamental: poder de compra do Estado;  Oferta de produtos de alto valor agregado: dominada por grandes empresas, muitas vezes com capital governamental envolvido;  Saltos tecnológicos dependentes de grandes programas estruturantes.
  • 11. Exemplos de programas brasileiros (Décadas: 1970 e 1980)  Fragatas da classe Niterói: aquisição e posterior produção local no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) - 5 sob licença do estaleiro britânico Vosper Thornycroft (1970);  Aviões de caça supersônicos Mirage III e F-5 Tiger II: adquiridos da empresa francesa Dassault (1970) e da norte-americana Northrop (1973), respectivamente;  Veículos blindados de reconhecimento (EE-9 Cascavel) e transporte (EE-11 Urutu): desenvolvidos e produzidos pela Engesa (1970);  Aviões de treinamento avançado a jato Xavante: produzidos pela Embraer sob licença da empresa italiana Aermacchi (1971);  Sistema Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo – SISDACTA: implantação do CINDACTA I (1972) e CINDACTA II (1982), com tecnologia da empresa francesa Thompson-CSF e participação da empresa brasileira ESCA;
  • 12. Exemplos de programas brasileiros (Décadas: 1970 e 1980)  Mísseis ar-ar Piranha: início do desenvolvimento (1976);  Aviões de treinamento básico turboélice Tucano: desenvolvidos e produzidos pela Embraer (1978);  Programa Nuclear da Marinha visando à propulsão naval (1979);  Corvetas da classe Inhaúma: desenvolvimento e produção local pelo AMRJ com suporte técnico do estaleiro alemão Marine Technik (1981);  Aviões de caça tático AMX: desenvolvimento e produção local realizados pela Embraer, em conjunto com as empresas italianas Aeritalia e Aermacchi (1981);  Sistema de foguetes de saturação (Astros II): desenvolvidos e produzidos pela Avibras (1983);  Submarinos da classe Tupi: aquisição e posterior produção local no AMRJ sob licença do estaleiro alemão HDW (1985).
  • 13. Exemplos de programas brasileiros (Décadas: 1990 e 2000)  CONTEXTUALIZAÇÃO  Abertura comercial  Estabilização econômica  Privatização e construção de marco regulatório para apoiar a dinamização do ambiente industrial, científico e tecnológico para a inovação  Retomada da capacidade de investimento em capital fixo e inovação, com foco de médio e longo prazo  Estratégica Nacional de Defesa, PACTI 2007-2011, PDP 2008-2010
  • 14. Exemplos de programas brasileiros (Décadas: 1990 e 2000)  Avião caça supersônico (projeto FX-2) – processo em andamento, sendo os principais concorrentes os modelos F- 18E/F Super Hornet da Boeing (EUA), o Rafale da Dassault (França) e o Gripen NG da Saab (Suécia);  Helicópteros de transporte médio (projeto HXBR) – desenvolvimentos de subsistemas e produção local pela Helibras, em conjunto com a empresa Eurocopter;  Avião a jato voltado para o transporte militar tático e o reabastecimento aéreo (programa KC-390). O contrato para desenvolvimento foi assinado em 2009 com a Embraer, e no ano seguinte a FAB confirmou a intenção de uma encomenda inicial de 28 aeronaves, cujas primeiras entregas estão previstas para 2016.
  • 15. Exemplos de programas brasileiros (Décadas: 1990 e 2000)  Programa de construção de 34 navios patrulha marítima da classe Macaé (Napa 500): adaptação de projeto francês. A construção das 6 primeiras embarcações foi transferida, através de licitação, para dois estaleiros privados nacionais, a Indústria Naval do Ceará S.A. (INACE) e o Estaleiro da Ilha S.A. (EISA);  Acordo Brasil (Marinha) – França (2008): construção de 4 submarinos convencionais da classe Scorpène (4 unidades), projeto e construção de um submarino de propulsão nuclear, estaleiro para construção de 5 submarinos; base de submarinos junto ao estaleiro (município de Itaguaí - RJ) (acordo de transferência tecnologia Brasil – França). A principal empresa Brasil é a Itaguaí Construções Navais, joint venture entre a francesa DCNS (49%), detentora da tecnologia, a Odebrecht (50%) e governo federal (1% - golden share).
  • 16. Exemplos de programas brasileiros (Décadas: 1990 e 2000)  Programa de Desenvolvimento de Meios de Superfície (PROSUPER): obtenção 5 Navios Escoltas, 1 Navio de Apoio 5 Logístico e Navios de Patrulha Oceânico. Os projetos vencedores serão produzidos no Brasil, promovendo a absorção da tecnologia. Programa em fase inicial (análise e avaliação dos projetos oferecidos por diversos países, confrontados com os requisitos operacionais impostos pela Marinha do Brasil);  Família de radares do EB – CTEx (M60 / M200);  Obtenção de Super Tucanos;  Míssil Anti-Radiação FAB – MECTRON (exportação para Paquistão);  Veículo Blindado Guarani.
  • 18. Estudos Estudos Setoriais de Inovação Base Industrial de Defesa (2010) Diagnóstico da Base Industrial de Defesa Brasileira (mar/2011) Mapeamento da Base Industrial de Defesa Brasileira (início previsto para dezembro de 2011)
  • 19. Centro Tecnológico de Helicópteros – Itajubá / MG Apoio à criação do Centro Tecnológico de Helicópteros III. junto a UNIFEI, em Itajubá  A proposta de criação do Centro de Tecnologia de Asas Rotativas surgiu de entendimentos entre o Reitor da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e o Presidente da ABDI, em fins de 2009;  Prevê a criação de Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Inovação e Testes para o setor, junto à UNIFEI, em Itajubá;  Trata-se de projeto estruturante para o setor de Defesa, uma vez que contribui para a criação e o desenvolvimento de massa crítica e de conhecimentos técnicos sobre o segmento de asas rotativas, além da consolidação e do fortalecimento da cadeia produtiva; 
  • 20. Centro Tecnológico de Helicópteros – Itajubá / MG III  Origina-se no contexto da negociação e do desenvolvimento dos International Cooperation Projects (ICP), instrumentos de compensação e transferência de tecnologia previstos no contrato do Projeto H-XBR, assinado entre o Governo do Brasil e o Consórcio Eurocopter/Helibras, para a aquisição de 50 helicópteros EC-725;  A Helibras realizará parte do seu processo produtivo no Brasil, com índice de nacionalização de componentes que atingirá ao menos 50%, até 2016, data prevista para a entrega das últimas aeronaves;   Proporcionará sustentabilidade para a transferência de tecnologia, com vistas ao domínio completo do processo científico e tecnológico para a produção de aeronaves de asas rotativas no Brasil.
  • 21. Contribuições – Livro Branco de Defesa Nacional III A ABDI, mediante delegação do MDIC, integra o Grupo de Trabalho Interministerial do Livro Branco de Defesa Nacional;  Participou das oficinas de trabalhado realizadas na primeira etapa dos trabalhos e apresentou informações referentes ao tema Indústria Nacional de Defesa, no contexto do grupo composto por representantes do MDIC, ABDI, IPEA e COMDEFESA da FIESP.
  • 23. Reflexos e Relevância  A exigência de acordos de compensação para contratos de compra de equipamentos de defesa no exterior é uma estratégia para agregar tecnologia e fomentar exportações que vem ganhando força no Brasil.  Programas implementados geraram resultados importantes: o setor aeronáutico foi o único de alta tecnologia com superávit na balança comercial em 2010 (exportações U$4,36 bi; importações U$2,29 bi; superavit U$2,07 bi).  Possibilidade de expansão da prática de offset para outros setores do governo: Lei 12.349/2010, regulamentada pelo Decreto 7.546/2011
  • 24. Perspectivas  O setor de defesa é fundamental para o sucesso da estratégia de desenvolvimento industrial e tecnológico do país.  O poder de compra do Estado é um instrumento da maior relevância: é preciso superar dificuldades e criar mecanismos que viabilizem uma aplicação cada vez mais eficiente  Há perspectivas concretas de novos avanços
  • 25. Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa
  • 26. MP 544 - 29/09/11 RETID estabelece: (i) regime de compras governamentais diferenciadas, priorizando produtos estratégicos de defesa; e (ii) regime especial tributário para empresas estratégicas de defesa que produzam partes, peças, ferramentas, componentes, equipamentos, sistemas, subsistemas, insumos, matérias-primas ou prestem serviços de defesa.  A MP 544 – 29/09/11 Institui o RETID, a ser regulamentado pelo Poder Executivo
  • 27. Instrumentos RETID  1. Autorização para abertura de licitações destinadas exclusivamente para empresas estratégicas de defesa - EED (conforme critérios estipulados no Projeto de Lei), quando envolverem fornecimento ou desenvolvimento de produtos estratégicos de defesa - PED;  2. Suspensão de impostos: PIS/PASEP e Cofins sobre receita da pessoa jurídica vendedora de PED; IPI incidente na saída do estabelecimento industrial ou equiparado e incidente na importação.  3. Exigência do PIS/PASEP importação e Cofins- Importação.
  • 28. Correlação RETID com objetivos do Plano Brasil Maior Ampliar o investimento fixo (23%) Ampliar o Elevar o valor dispêndio agregado empresarial nacional em P&D
  • 29. Obrigado Mauro Borges Lemos Presidente – ABDI gabinete@abdi.com.br +55 61 3962 8700 www.abdi.com.br