2. Conceito de literatura brasileira
• A literatura brasileira a partir do século XVI já
começa a se identificar como tal a partir da
Relação HOMEM TERRA
• A partir do século XIX com o pensamento crítico
essa relação é revigorada nos conceitos
INDIVÍDUO PÁTRIA
3. Divisão dos momentos literários
• A Trajetória interna da nossa literatura é delineada
pelos nossos grandes momentos histórico políticos:
O Nativismo (Período Colonial)
Nacionalismo romântico (Séc. XIX)
República Velha( Neonacionalismo)
República Nova ( Brasilidade)
4. Formação da nossa literatura
• Além da investigação dos fenômenos internos que
permeiam a nossa literatura, se faz necessária uma
análise da influência externa;
• É preciso avaliar se nossa literatura não é uma
transposição da literatura Ibérica disposta em um
outro cenário.
5. Identidade Latino Americana
“A soma do específico português e
espanhol mais o comum europeu que
alimentará..., os germes de um amplo
arejamento aquém das fronteiras
ibéricas. No ...Os americanos de hoje se
tornaram ‘latino-americanos’ à medida
que todos aqueles germes fecundavam
juntamente com as sementes indígenas e
também com as africanas.” (P.20)
6. Periodização da Literatura Brasileira
• Castello foca o seu estudo na literatura
brasileira usando a questão dos influxos
externos (influências aquém) e influxos
internos (“brasileiro”) que vão alimentar a
relação Homem Terra.
7. Periodização da Literatura Brasileira
1) Período Colonial : Quinhentismo, Barroco,
Arcadismo, Pré-Romantismo.
O Influxo externo domina o influxo interno
sendo preponderantes na relação
Homem/Terra. No entanto, ao longo da
miscigenação e fixação do colonizador
desencadeia o processo da criação de
identidade.
8. Periodização da Literatura Brasileira
2) Período Nacional I - Séc. XIX - Romantismo,
Poesia Científica, Realismo, Naturalismo,
Parnasianismo, Simbolismo.
Cessada a preponderância do colonizador,
diversificam-se espontaneamente as fontes
dos “influxos externos”, cuja interação com
os “internos” passa a ser de nossa
preferência.
9. Periodização da Literatura Brasileira
3) Período Nacional II - Séc. XX - Pré-modernismo,
Modernismo.
Consolidando a nossa maturidade, sob a
reflexão crítica de equilíbrio entre aceitação
e rejeição, possibilita-se definitivamente a
expressão própria e a universalização do
regional ao nacional da nossa temática.
10. Romantismo
• Historicamente, o Romantismo deve muito à
vinda da família Real Portuguesa ao Brasil,
principalmente pelo fato do desenvolvimento
urbano, fim da censura dos livros e criação e
expansão da imprensa.
11. Pré-Romantismo
• Periódicos foram importantes disseminadores da
cultura nacional , expandindo as ideias que antes
não eram tão disseminadas.
• Surgem os folhetins contendo crônicas, gênero
novo, e as narrativas ficcionais.
12. Estilos Séc. XIX
1. Estilo Individual: Gonçalves de Magalhães,
Gonçalves Dias, José de Alencar, Machado de
Assis, Raul Pompéia, Manoel de Oliveira Paiva,
2. Estilos de época: sucessivamente o
Romantismo, o Realismo-naturalismo, o
Parnasianismo e o Simbolismo;
3. Estilo Nacional: Romantismo.
13. Romantismo Nacional
“... O legado que nos deixa o barroco, já condicionavam
muitos traços significativos do característico nacional:
sensibilidade, sensualismo, imaginativa, religiosidade
complacente, amor exaltado da terra. Fundamentos do
nosso romantismo interno, foram reconceituados pela
estética, poética e ideais universais importados, do
romantismo de época”. (p.186)
14. Narrativa Ficcional Romântica
• Assim como o romantismo europeu retomava à
Idade Média, o brasileiro retomava à construção
de uma história nacional e teve em Alencar
principal representante.
16. Carreira
• José de Alencar foi um jornalista, advogado, político,
romancista e um dos grandes patriarcas da Literatura
Brasileira.
• Surgiu sob efeitos da Reforma Romântica em 1836,
liderado por Domingos José Gonçalves de Magalhães
com quem viria a gerar uma polêmica posteriormente.
• No jornalismo, sua estreia foi junto ao Correio Mercantil
e o Diário do Rio de Janeiro, nos quais publicava crônicas
semanais e as cartas sobre as “Confederações dos
Tamoios”.
17. Cartas sobre as Confederações dos Tamoios
• Uma série de cartas publicadas no Jornal do Rio de
Janeiro, onde José de Alencar fazia uma crítica incisiva ao
poema épico de Gonçalves de Magalhães.
• Gerada tal polêmica, essa foi, sem dúvida, um marco
relevante para o estudo do indianismo como ideologia e
poética romântica.
• As cartas sobre as Confederações dos Tamoios foi
considerado o prefácio aos romances chamados
indianistas: O Guarani, Iracema, e Ubirajara.
18. “Benção Paterna”
• Benção Paterna é o prefácio da obra Sonhos d’ouro, escrito
por José de Alencar em defesa do Romance e de uma teoria
literária particular.
• Estabeleceu uma organização e uma divisão de sua obra,
reconhecendo-a em três momentos:
1°: o das lendas e mitos da terra selvagem e conquistada;
2°: consórcio do povo invasor com a terra americana (...);
3°: a contar da Independência, voltado para a sociedade
brasileira contemporânea, urbana e rural.
19. Primeiro Período
• Ubirajara (1872) : Predomínio da poética indianista, exclusivo
e retroativo à pré-história que corresponde às lendas e mitos
da terra selvagem a ser conquistada.
• A obra corresponderia à introdução para
O Guarani e Iracema.
20. Segundo Período
• A temática desse período passa a representativa do
colonialismo, reconhecendo dois subgrupos:
1°:Equilíbrio da poética indianista com modelo de narrativa
histórica do Romantismo
2°:Predomínio do modelo histórico
• Classifica-se O Guarani e Iracema como
intermédio de ligação do primeiro e do
segundo grupo.
21. Terceiro Período
• Considerado sob duplo aspecto:
1°: Infância da nossa Literatura que corresponde ao Brasil
sertanista.
2°: Às mudanças que se processam ao viver brasileiro que
corresponde ao Brasil Corte.
Realizou-se dois agrupamentos de romances:
• Narrativa social rural: O gaúcho, O Tronco do Ipê, e O
sertanejo.
• Narrativa social urbana: Cinco Minutos, A viuvinha, Lucíola,
Diva, a pata da gazela, sonhos D’ouro, Senhora...
22. Segundo José Aderaldo Castello...
• “(...) Modelo romântico europeu equacionado com o passado e o
presente da sociedade brasileira, subordinando-se tudo a uma visão
lírica e ideal de vida. Nela, o amor é o único caminho para
atingirmos a autenticidade e preservarmos as boas qualidade da
pessoa humana. Sobrepõe-se ao jogo social das ambições e
interesses ou contra a corrida em busca da glória sob as concessões
impostas pelo poder do dinheiro. O romancista fazia-se coerente
com a sua sensibilidade romântica e até mesmo com extrema
suscetibilidade do seu temperamento. Em identificação profunda
com nossa realidade, projetando-se na visão de um mundo ideal,
conforme o Romantismo, e num momento decisivo de busca pela
identidade nacional, Alencar com seus romances de universo
urbano, ampliava o modelo mais legitimamente brasileiro da nossa
narrativa ficcional.” (...)