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UNIVERSIDAD NACIONAL DE EDUCACION A DISTÂCIA – UNED
     FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS - UNITINS
   MESTRADO EM TECNOLOGIAS DIGITAIS E SOCIEDADE DO
                        CONHECIMENTO




                   ROSITA FÉLIX DELMONDES




USO DA FERRAMENTA BLOG COMO REDE DE INTERAÇÃO PARA
  SOCIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO: projeto
concebido na Coordenadoria de Tecnologias na Educação do Tocantins
                         a partir de 2008.




                            Palmas - TO
                               2009
ROSITA FÉLIX DELMONDES




USO DA FERRAMENTA BLOG COMO REDE DE INTERAÇÃO PARA
  SOCIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO: Projeto
concebido na Coordenadoria de Tecnologias na Educação do Tocantins
                         a partir de 2008.


                        Dissertação    de   Mestrado     apresentada      à
                        Universidade Nacional de Educação a Distância –
                        UNED Espanha para obtenção do título de Mestre
                        em Tecnologias Digitais na Sociedade do
                        Conhecimento.
                        Orientador da UNED: Prof. Roberto Aparici Marinho
                        Coorientador da UNITINS: Prof. Geraldo da Silva
                        Gomes




                            Palmas - TO
                               2009
ROSITA FÉLIX DELMONDES




USO DA FERRAMENTA BLOG COMO REDE DE INTERAÇÃO PARA
  SOCIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO: Projeto
concebido na Coordenadoria de Tecnologias na Educação do Tocantins
                                a partir de 2008.


                               Dissertação   de    Mestrado   apresentada    à
                               Universidade Nacional de Educação a Distância –
                               UNED Espanha para obtenção do título de Mestre
                               em Tecnologias Digitais na Sociedade do
                               Conhecimento.

Aprovada em 3/12/2009.

                             BANCA EXAMINADORA

              ____________________________________
                         Prof.ª Dr.ª Sagrário Rubido Crespo
            Universidade Nacional de Educação à Distância - UNED

               ___________________________________
                   Prof.ª Dr.ª Monica Aparecida Rocha Silva
                Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS

              ____________________________________
                       Prof.ª Dr.ª Denise Rocha
                Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS
AGRADECIMENTOS



      Agradeço a Deus por me dar força para seguir nesta caminhada de estudos e
descobertas.
      A meu esposo, aos meus filhos e aos colegas de mestrado que me apoiaram
para concluir o curso.
      À Secretaria de Estado da Educação do Tocantins que me proporcionou fazer
este mestrado.
A co-laboração, como característica da ação
dialógica, que não pode dar-se a não ser entre
sujeitos ainda que tenham níveis distintos de
função, portanto, de responsabilidade, somente
pode realizar-se na comunicação. O diálogo
que é comunicação funde a colaboração.
                                  (Paulo Freire)
RESUMO




DELMONDES, Rosita Félix. Uso da ferramenta blog como rede de interação para
socialização e construção de conhecimento. Madri, Espanha: UNED, 2009, 123 p.
Master em Tecnologías Digitais e Sociedade do Conhecimento pela Universidad
Nacional de Educaçión a Distância, Madrid.


Esta pesquisa aborda as relações sociais estabelecidas por meio da rede digital, as
possibilidades oferecidas na comunicação interativa e a socialização por meio da
rede formada no ciberespaço. As ações dos professores multiplicadores e a
comunicação estabelecida entre a CTE - Coordenadoria de Tecnologia na Educação
os NTE Núcleos de Tecnologia na Educação são oportunidades de interação para
construção do conhecimento por meio do ambiente multimidiático blog. O foco do
estudo teve dois pontos principais: analisar possíveis dificuldades encontradas pelos
professores multiplicadores da CTE e NTE no uso da ferramenta blog para socializar
e construir conhecimento; colocar em relevo a reflexão sobre a importância da
disseminação do conhecimento por meio da rede para difundir o saber, como
também para a troca de experiências. Enfoca a utilização da ferramenta blog como
rede interativa para socialização e construção do conhecimento. Levanta a reflexão
sobre a importância da produção intelectual por meio do uso da rede, sua influência
direta nas relações sociais e principais possibilidades dentro do contexto dos
professores multiplicadores público-alvo desta pesquisa. Apresenta opinião própria
fundamentada sobre o assunto de acordo com o que foi observado e o que
pesquisadores apontam em suas obras sobre a realidade de uso das redes sociais
na internet e especificamente do uso do blog como rede social por apropriação. Os
resultados da pesquisa foram obtidos com base nas respostas do questionário de
múltipla escolha. A partir das constatações, pôde-se concluir que existem pontos
positivos que serão recomendados para a prática do professor multiplicador, como
também forneceu dados que comprovam a necessidade de orientação para o uso da
ferramenta blog, objeto de estudo desta pesquisa.

Palavras-chave: Rede de Interação; Blog; Licenças; Socialização do Conhecimento;
Ciberespaço; Relações Sociais.
RESUMEN



DELMONDES, Rosita Félix. Utilice la herramienta como un blog de la red de
socialización e interacción para la construcción del conocimiento. Madrid, España:
UNED, 2009, 123 p. Master en Tecnologías Digitales y Sociedad del Conocimiento
por la Universidad Nacional de Educación a Distancia, Madrid.



Esta investigación aborda las relaciones sociales establecidas a través de la red
digital, las posibilidades de la interacción social y la socialización a través de la red
formada en el ciberespacio. Las acciones de los profesores y multiplicadores de la
comunicación entre el CTE - Coordinadora de Educación Tecnológica en el centro
de tecnología NTE en la educación son las oportunidades de interacción para la
construcción de conocimiento a través del blog multimidiático medio ambiente. El
objetivo del estudio había dos puntos principales: estudio de las posibles dificultades
encontradas por los profesores y multiplicadores de CTE-NTE uso de blogs
herramienta para socializar y construir el conocimiento, para llamar la atención a la
reflexión sobre la importancia de la difusión de conocimientos a través de la red para
difundir el conocimientos, sino también para intercambiar experiencias. Se centra en
el uso de la herramienta de los blogs como red interactiva para la socialización y
construcción del conocimiento. Se plantea la discusión sobre la importancia de la
producción intelectual mediante el uso de la red, su influencia directa en las
relaciones sociales y grandes oportunidades en el contexto de la audiencia de los
multiplicadores de los docentes para esta investigación. Presenta la opinión propia
basada en el asunto de conformidad con lo observado y los investigadores sugieren
que en sus obras sobre la realidad del uso de las redes sociales en Internet, y
específicamente el uso de los blogs como una red social de la apropiación. Los
resultados del estudio fueron obtenidos sobre la base de las respuestas del
cuestionario de opción múltiple. De las conclusiones, llegamos a la conclusión de
que hay puntos positivos que se recomienda para la práctica del multiplicador del
maestro, sino que también proporcionó datos que muestran la necesidad de
orientación para el uso de la herramienta de blog, un objeto de esta investigación.

PALAVRAS CLAVE: red de interacción; blog, licencias, la socialización del
conocimiento; el ciberespacio; las relaciones sociales.
8


                                                                      LISTA DE FIGURAS


Figura 1 - Diagramas das Redes de Paul Baran..............................................................................................................34
Figura 2 - Comunicação e linguagem...............................................................................................................................35
Figura 3 - Rede de blogs..................................................................................................................................................53
Figura 4 - Ferramentas mínimas......................................................................................................................................55
Figura 5 - Tipos de mensagens........................................................................................................................................56
Figura 6 - Estrutura do laboratório de informática da CTE ..............................................................................................60
Figura 7 - Formação continuada em tecnologias educacionais.......................................................................................63
Figura 8 - Formação continuada para professores..........................................................................................................64
Figura 9 - Formação para alunos.....................................................................................................................................67
Figura 10 - Mapa político..................................................................................................................................................69
Figura 11 - Número de escolas com internet atendidas pelos multiplicadores................................................................70

Figura 12 - Grau             de escolaridade dos professores multiplicadores ....................................73
Figura 13 - Uso            dos recursos de áudio e vídeo...................................................................................74
Figura 14 - Uso            do slide share...........................................................................................................................75
Figura 15 - Uso do embeb ...............................................................................................................................................75
Figura 16 - Uso do tag......................................................................................................................................................75
Figura 17 - Habilidades do professor quanto ao uso do blog...........................................................................................76
Figura 18 - Análise da rede de interação da coordenadoria............................................................................................78
Figura 19 - Análise quanto ao uso do blog.......................................................................................................................79
Figura 20 - Análise quanto ao número de acesso............................................................................................................80
Figura 21 - Análise quanto ao acesso..............................................................................................................................81
ix


                                                        LISTA DE QUADROS


Quadro 1 – Conceitos e definições: dado, informação e conhecimento...........36
Quadro 2 – Mapa de navegação – página inicial................................................................................................50
Quadro 3 – Mapa de navegação – página 1.......................................................................................................50
Quadro 4 – NTE e CTE e seus respectivos blogs..............................................................................................54
Quadro 5 – Fluxograma das atribuições dos professores da pesquisa.............60
LISTA DE SÍMBOLOS



 Creative Commons...................................................................26
 Copyright...................................................................................26
Copyleft......................................................................................27
LISTA DE SIGLAS



UNITINS – Fundação Universidade do Tocantins

UNED – Universidade Nacional de Educação à Distância

CTE - Coordenadoria de Tecnologia na Educação

SEDUC – Secretaria da Educação e Cultura

NTE – Núcleos de Tecnologia na Educação

WWW – World Wide Web – Rede de Alcance Mundial

DMCA - Digital Millenium Copyright Art

GNU – General Public License – Licença Pública Geral

GPL – General Public License – Licença Pública Geral

HTML – HyperText Markup Language – Linguagem de Marcação de Hipertexto

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação

PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação

UCA – Um Computador por Aluno




                                   SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................15
   1.1 JUSTIFICATIVA...............................................................................................18
   1.2 PROBLEMA......................................................................................................19
   1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA............................................................................19
         1.3.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................19
         1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................20
   1.4 PARTICIPANTES.............................................................................................20
2 MARCO REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................21
   2.1 CIBERESPAÇO................................................................................................21
              21
         2.1.1 O CIBERESPAÇO E O TEMPO..................................................................23
         2.1.2 CIBERESPAÇO E DIREITOS AUTORAIS ...............................................24
         2.1.3 PRINCIPAIS TIPOS DE LICENÇA: CREATIVE COMMONS, COPYRITH E
   COPYLEFT...................................................................................................................25
         2.1.4 AS NOVAS FORMAS EMERGENTES DE PERIGO NAS RELAÇÕES POR
   MEIO DA REDE ........................................................................................................28
         2.1.5 PODER E CONTROLE NO CIBERESPAÇO.............................................29
   2.2 AS RELAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE DIGITAL ....................................31
         2.2.1 EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES
   SOCIAIS ......................................................................................................................31
         2.2.2 A TOPOLOGIA DE REDES SOCIAIS ......................................................33
         2.2.3 O CONHECIMENTO E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS34
         2.2.4 INTERAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO........................37
   2.3 CONCEITUANDO E APRESENTANDO BLOG                                                         ..........................................40
         2.3.1 PROCESSO HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DE WEBLOGS.............40
         2.3.2 CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS WEBLOGS.....................................41
         2.3.3 POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO OFERECIDAS PELA FERRAMENTA
   BLOG ...........................................................................................................................42
         2.3.4 USO PEDAGÓGICO DA FERRAMENTA BLOG.....................................44
         2.3.5 CATEGORIAS DA REDE DE BLOGS.......................................................45
         2.3.6 CONVERGÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO POR MEIO DO BLOG
   .......................................................................................................................................46
3 Produção Multimídia.............................................................................................................48
    3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................48
    3.2 PARTICIPANTES ............................................................................................49
    3.3 MAPA DE NAVEGAÇÃO..................................................................................49
    3.4 GUIA TÉCNICO................................................................................................50
    3.5 ESTRUTURA HIERÁRQUICA DOS SETORES EM QUE TRABALHAM OS
    PARTICIPANTES DA PESQUISA .........................................................................50
    3.6 FORMATO DA REDE DE BLOGS E SEU FUNCIONAMENTO......................51
    3.7 NÚCLEOS DE TECNOLOGIAS E SEUS RESPECTIVOS BLOGS.................53
    3.8 FERRAMENTAS DE INTERAÇÃO MÍNIMAS UTILIZADAS PELO GRUPO DE
    PROFESSORES MULTIPLICADORES NA REDE DE BLOGS.............................53
Figura 5 - Tipos de mensagens ...............................................................................................55
 Neste capítulo, vimos como se deu o planejamento da produção multimídia, o formato
escolhido de acordo com o tipo de interação, as ferramentas mínimas utilizadas, a forma de
comunicação desejada entre os membros da rede. Salientou-se, ainda, a estrutura hierárquica
dos setores envolvidos e suas funções. ....................................................................................55
4 ABORDAGEM METODOLÓGICA ....................................................................................56
    4.1 CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO HISTÓRICO E DE ATUAÇÃO DOS
    PARTICIPANTES ...................................................................................................57
    4.2 A FORMAÇÃO CONTINUADA EM TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS..........61
           4.2.1        ESTRUTURA                   ORGANIZACIONAL                          DA         FORMAÇÃO                    PARA
    PROFESSORES............................................................................................................61
           4.2.2 FORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS PARA ALUNOS...............................66
    4.3 MAPA POLÍTICO-ADMINISTRATIVO DO TOCANTINS.................................67
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................................71
    5.1 PERFIL DOS PROFESSORES MULTIPLICADORES.....................................71
    5.2 ANÁLISE DA PROPOSTA DE TRABALHO POR MEIO DA REDE DE BLOGS
    APÓS A IMPLANTAÇÃO........................................................................................76
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................85
7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................................88
8 ANEXOS...............................................................................................................................93
9 Anexos...................................................................................................................................94
    9.1 ANEXO 1 - AUTORIZAÇÃO.............................................................................94
9.2 ANEXO 2 - QUESTIONÁRIO............................................................................95
9.3 ANEXO 3 – OFICINA........................................................................................96
9.4 ANEXO 4 - BLOGS DA REDE ....................................................................100
9.5 ANEXO 5 – TERMO DE UTILIZAÇÃO DE IMAGEM.....................................108
9.6 ANEXO 6 – ORGANOGRAMA ......................................................................109
1 INTRODUÇÃO



       Os avanços na comunicação foram fundamentais para o relacionamento dos
indivíduos em cada época. Na Pré-História, o que marcou a comunicação entre os
seres foi a pintura rupestre. O ser humano estava distante de nossa era, mas
conseguiu revolucionar por meio da invenção do “log 1”. Esse mecanismo da
comunicação não perdeu sua importância até nos dias atuais.
       Houve mudanças nas formas de comportamento das pessoas, na maneira de
disseminar os saberes, enfim, de se comunicar. A rede mundial, WWW ofereceu
possibilidades de comunicação instantânea, sem importar com barreiras como
tempo e espaço. A implantação da WEB 2.0 modernizou mais ainda as ferramentas.
       A partir da interação oferecida nos sites, podem-se sistematizar estratégias
que subsidiem o trabalho dos professores multiplicadores2 que atuam diretamente
com a formação de professores. Consequentemente, haverá possibilidade de
reverter o lado negativo da elitização da informação e usar articuladamente a
persuasão e o poder sedutivo da tecnologia, em prol do desenvolvimento do
conhecimento e da melhoria da aprendizagem.
       Um ambiente interativo como o blog, com suas características técnicas, pode
ser considerado pedagógico e propiciar um aprendizado em que metodologias,
atividades e estratégias de sucesso devem ser compartilhadas e a aprendizagem
acontecer por meio da discussão e da colaboração em rede ao crivo da mente de
todos de forma democrática. No contexto atual, deve-se entender que a sociedade
do conhecimento exige um novo profissional, que seja capaz de resolver situações-
1
 Log significa registro.
2
 Professor multiplicador é o termo empregado para conceituar a função do profissional que trabalha
com a formação de professores para uso das tecnologias de informação e comunicação.
16


problema, criar, conviver em equipe e desenvolver trabalhos colaborativamente.
Nesse sentido, os educadores precisam ter a oportunidade de letrar-se digitalmente
e, para tanto, precisam ser preparados, para então entender e fazer parte do
processo.
        A participação do professor multiplicador na construção do seu próprio
conhecimento e a interação entre o grupo, por sua vez, resultou em aprendizado
colaborativo que se dá em forma de debate ativo e intercâmbio grupo a grupo.
Nesse sentido, considerou-se que a formação de uma rede se caracteriza como um
sistema ou um campus virtual de interação.
        A falta de comunicação interativa desse grupo e a convicção de que a
interação seria de grande valia para o trabalho dos professores multiplicadores
despertou-me para formar uma rede interativa utilizando os blogs dos NTE e o da
CTE para troca de experiências, divulgação dos trabalhos e do desenvolvimento de
uma cultura de registro de atividades.
        Este trabalho está estruturado em seis capítulos. A introdução do tema está
subdividida em introdução, problemática da pesquisa, objetivos e justificativa, em
que se mostram os motivos pelos quais se prossegue no tema proposto.
        Em seguida, apresenta-se o marco referencial teórico, em que é explicitada a
revisão bibliográfica, em cujas bases fundamentam-se o problema. Nessa revisão,
discorreu-se sobre as relações sociais a partir da inserção e do uso das TIC –
Tecnologias da Informação e Comunicação no cotidiano das pessoas e como
mudaram os rumos das relações da humanidade. Mostra o que sofreu modificações
na forma de transmitir e receber informações a partir da revolução tecnológica, a
relação da nova organização estrutural da sociedade, a situação dos profissionais
diante das novas habilidades exigidas no mercado de trabalho e do dia a dia das
pessoas que, para manusear esses novos equipamentos de comunicação
informacional, se viram obrigadas a adaptar-se a uma infraestrutura e superestrutura
avançada. As relações sociais tomaram novas dimensões dentro do tempo e do
espaço, pois as relações se dão sem fronteiras físicas.
        O referencial teórico está distribuído em quatro tópicos:
    •   ciberespaço: apresenta questões específicas com relação ao uso do
        ciberespaço, o espaço e o tempo, as possibilidades, as leis que regem o
17


       ciberespaço, como também os perigos da rede, os novos paradigmas
       observados no mundo virtual;
   •   as relações sociais na sociedade digital: discorre-se sobre as relações
       sociais a partir da inserção e do uso das TIC no cotidiano das pessoas e os
       rumos das relações da humanidade;
   •   conceituando e apresentando blog: apresenta-se e conceitua-se a
       ferramenta blog, dispõem-se suas categorias, funções e classificações
       revelam-se ainda as possibilidades de uso da rede de apropriação por meio
       do blog;
   •   proposta de produção multimídia: a discussão é centrada no planejamento
       da produção multimídia, a qual divulga todo o trabalho do mestrado, mostra
       inclusive as produções, as atividades e os trabalhos desenvolvidos nos dois
       anos de estudo, com um link especial que é da aplicação da proposta desta
       pesquisa.
       O capítulo da abordagem metodológica apresenta um panorama geral dos
procedimentos utilizados na pesquisa.
       No capítulo dos resultados, das análises e das propostas, discutiram-se os
dados coletados com a revisão bibliográfica, apresenta-se a pesquisa de campo
desenvolvida, as conclusões e as sugestões para sua continuação.
       Portanto, esta pesquisa almejou especificar consistências e inconsistências
no processo de comunicação, possíveis alternativas para potencializar a interação
na comunicação entre os professores multiplicadores e uma possível autoria e co-
autoria desses interlocutores.
       A pesquisa bibliográfica se fundamentou, nos seguintes autores: Castels
(2008), sociedade em rede; Recuero (2009), redes sociais na internet; Lévy (1994),
inteligência coletiva; Lemos (2002), cibercultura; Freire (1994), pedagogia do
oprimido; Acedo e Buesa (2007), convergência dos meios tecnológicos; Lopez,
Buson, Martinez e Sadaba (2008), poder e controle do ciberespaço; Hewitt (2007),
por que os blogueiros blogam; Marco Silva (2000), Primo (2003), Tedesco (2004),
Almeida (2005), Squirra (2005), Prado (2003).
       O grande desafio desta pesquisa foi observar qualitativamente, após sua
aplicação, que contribuições o blog pode oferecer aos professores multiplicadores
18


em termos de possibilidade de interação, socialização e construção de
conhecimento a partir da formação de uma rede de interação.
        A partir da convicção de que a interatividade é um dos tópicos centrais da
comunicação e que está incorporada às possibilidades de trabalho dos responsáveis
pelos NTEs é que se pensou em potencializar os trabalhos aliando a interação à
divulgação, socialização e construção do conhecimento, como também pela
emergência de questões que foram sendo observadas para melhorar a comunicação
entre CTE e NTE. Compreender, explicar e buscar estabelecer uma tessitura de
redes para comunicação interativa entre a CTE e NTE foi o foco desta pesquisa, que
teve como objeto de estudo o uso da ferramenta blog como rede de interação
para socialização e construção de conhecimento.




1.1     JUSTIFICATIVA



        Os meios de comunicação têm grande influência como transformadores
sociais, por isso podem espalhar ideologias e atingir os mais diversos objetivos,
dependendo da intencionalidade de quem propõe algo na rede e da ferramenta que
se escolhe para trabalhar. As ações da CTE e NTE têm demandado cada vez maior
sintonia entre seus eixos de abordagem: interação, conteúdo e capacitação.
        Visando a promover interação entre os membros dos NTE e CTE, no ano de
2008,    após   estudos,   a   CTE   ofereceu   capacitação   para    os   professores
multiplicadores de todo Estado de como se dá a criação de blog. Depois disso, criou-
se um blog para cada NTE. Cada membro desse grupo é responsável pela própria
aprendizagem e corresponsável pelo desenvolvimento do grupo. A ideia central da
proposição da formação da rede de blogs foi promover a produção de conhecimento
entre várias pessoas. Segundo Almeida (2005, p. 71), “o grupo que trabalha em
colaboração é autor e condutor do processo de interação e criação”.
        Apesar de o grupo de multiplicadores trabalhar diretamente com formação de
professores para o uso das TICs no seu cotidiano, não se aproveitaram ainda as
ferramentas interativas para divulgação das ações e da interação entre o grupo. Isso
provocou um incômodo que gerou a proposta desta pesquisa do mestrado. O estudo
19


proposto relacionado à tessitura de redes interativas constituiu-se a partir do fato de
que      a     ferramenta   blog   poderia   atender    à   necessidade       de   divulgação,
armazenamento e construção de conhecimento no ambiente on-line. Outro fator
importante para a decisão de investigar o uso do blog como rede de interação,
socialização e construção do conhecimento foi a facilidade de manuseio de
administração que ele oferece.
             Desde a criação, no primeiro semestre de 2008, 10% apenas tiveram suas
publicações atualizadas, esse fato provocou preocupação, pois, para editar e
publicar conteúdos, não é preciso ser especialista em HTML 3, o próprio aplicativo
realiza a codificação da página. Foi escolhida a ferramenta Blogger para a criação
dos blogs do NTE e da CTE. A hospedagem da página pode ser livre se a opção for
por versão de hospedagem gratuita.




1.2     PROBLEMA



         Como se dá o processo de comunicação por meio da rede de blogs entre a
equipe de professores multiplicadores dos Núcleos de Tecnologia Educacional -
NTE e a equipe de Técnicos da Coordenadoria de Tecnologia na Educação - CTE?




1.3     OBJETIVOS DA PESQUISA




1.3.1 OBJETIVO GERAL



3
    HTML – HyperText Markup Language - Linguagem de Marcação de Hipertexto.
20


           Averiguar os processos de criação, articulação, monitoramento e as
possibilidades de socialização e construção de conhecimento por meio da rede de
blogs envolvendo a Coordenadoria/Núcleos de Tecnologias na Educação do
Tocantins.



1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


          • Realizar oficinas para criação e sensibilização para uso pedagógico de blog
           nos Núcleos de Tecnologias do Tocantins.
          • Propor o uso do blog como canal de comunicação e estabelecer uma
           tessitura de redes para promover maior interatividade entre CTE e NTE.
          • Avaliar, por meio da aplicação do questionário desta pesquisa, as possíveis
           dificuldades para o uso da ferramenta.
      •    Favorecer o trabalho coletivo e a socialização de produções pedagógicas por
           meio da integração, da colaboração e da participação efetiva do grupo de
           blogueiros (professores multiplicadores).




1.4       PARTICIPANTES



           O público que contribui com a pesquisa foram os 38 professores
multiplicadores que trabalham na Coordenadoria de Tecnologias na Educação e nos
13 Núcleos de Tecnologias Educacionais do Tocantins.
21




2 MARCO REFERENCIAL TEÓRICO




2.1   CIBERESPAÇO



      Estrutura criada e estabelecida pela evolução tecnológica e pelas construções
feitas a partir da apropriação das novas tecnologias, por parte das pessoas, o
ciberespaço é considerado como uma dimensão da sociedade em rede, um espaço
de interação humana. As memórias informatizadas constituem e mantêm o fluxo que
define as novas formas de relações sociais da rede. Lévy (1999, p. 167) afirma que


                    O ciberespaço, interconexão dos computadores do planeta, tende a tornar-
                    se a principal infraestrutura de produção, transação e gerenciamento
                    econômicos. Será o principal equipamento coletivo internacional da
                    memória, pensamento e comunicação. Em resumo em algumas dezenas de
                    anos, o ciberespaço, suas comunidades virtuais, suas reservas de imagens,
                    suas simulações interativas, sua irresistível proliferação de textos e de
                    signos, será o mediador essencial da inteligência coletiva da humanidade.


      As previsões de Lévy estão se confirmando, pois o ciberespaço impõe
mudanças no comportamento das pessoas por meio do processo de veiculação de
conteúdos, pelas comunidades que surgem e por todas as possibilidades que a rede
oferece.
      De acordo com Lemos (2002, p. 138), há no ciberespaço a possibilidade de
se criar um mundo imaginário. O autor expõe que “O ciberespaço é a encarnação
tecnológica do velho sonho de um mundo paralelo, de uma memória coletiva, do
22


imaginário, dos mitos e símbolos que perseguem o homem desde os tempos
ancestrais”. É um espaço que, a partir da inserção das tecnologias, teve função de
banco de dados, porque armazena arquivos, em que tudo registrado se torna
memória coletiva e nele se apresentam todas as crenças da humanidade.
        Com o uso do ciberespaço, criou-se uma espécie de metamorfose no que se
refere às atividades que antes dependiam de espaço e tempo. Atividades e ações
hoje podem ser desenvolvidas independentes de espaços físicos e ainda podem
acontecer simultaneamente no espaço virtual da rede e com uma interface gráfica
fascinante.
       Almeida (2005) salienta que, por meio da rede formada no ciberespaço, novas
possibilidades seguidas de novos espaços de comunicação, mediados por novas
máquinas, novas conexões, novos ambientes e novos suportes fazem das pessoas
produtoras de conhecimento.


                        A rede de informações e conhecimentos tecida na organização constitui um
                        organismo vivo, cujo sistema tem uma capilaridade que se realimenta do
                        próprio contexto, das competências individuais, projetos, recursos e
                        conhecimentos produzidos internamente, bem como do que é gerado no
                        ambiente externo. Essa rede representa mais do que um recurso
                        tecnológico, tendo a função de organizar e viabilizar as ligações (conexões)
                        entre as informações (nós), processá-las, mantê-las em memórias
                        dinâmicas, realizar a busca seletiva e sua atualização instantânea
                        (ALMEIDA, 2005, p. 2).


       Já para Lévy (1994), o ciberespaço é o suporte de uma “inteligência coletiva”4,
que pode contribuir para que haja a diminuição da exclusão, ou o extremo, que é a
destruição humana resultante da aceleração do movimento técnico e social. Nessa
abordagem, pode-se interpretar que o resultado do uso do ciberespaço depende da
intencionalidade de quem utiliza.
       A partir da nova infraestrutura implantada com computadores, exigiu-se
conhecimento avançado, passou-se a exigir uma nova organização estrutural da
sociedade com relação ao tempo, novos modos de relacionamento, trabalho e
socialização. Nesse contexto, demandaram-se profissionais e consumidores que
adquirissem novas habilidades para manusear os novos equipamentos de
comunicação informacional.

4
  Inteligência coletiva é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada,
coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.
23


       O ciberespaço desempenha importante papel social ao disponibilizar diversos
tipos de informações de forma aberta que, por meio de uma linguagem não linear,
permite ao usuário opinar, interagir e até mesmo tornar-se coautor da informação
que recebe.
       O ciberespaço tem como característica a mistura das diferentes linguagens
digitais (linguagem de muitos para muitos), hipermídia, hipertexto e multimídia, que
permitem ao internauta desempenhar duplo papel - o de emissor e receptor - que
consegue interagir, sendo sujeito ativo no processo de comunicação e produção
(WEB 2.0). Atores sociais trocam informações nesse espaço e criam culturas ao
desenvolverem essa comunicação, criam identidades e reputação boa ou não, isso
depende do uso que se faz do ciberespaço.



2.1.1 O CIBERESPAÇO E O TEMPO


       Castells (2008, p. 523) assevera que


                        O tempo linear, irreversível, mensurável e previsível está sendo
                        fragmentado na sociedade em rede, em um movimento de extraordinária
                        importância histórica. [...] A mente da atualidade é a mente que nega o
                        tempo e que esse novo sistema temporal está ligado ao desenvolvimento
                        das TIC – Tecnologias de Comunicação.


       Essa reflexão mostra que a inserção das TIC e o uso do ciberespaço
mudaram a atuação humana dentro do tempo. O tempo cronológico, linear
transformou-se em um “tempo intemporal” que se mistura com o tempo cronológico
linear vivido no dia a dia das pessoas. É um ambiente comunicacional em que as
fronteiras do espaço e do tempo são simplesmente ignoradas.
       As mudanças com relação ao tempo geram um novo mecanismo, um espaço
abstrato, chamado de “espaço de fluxos5” nomenclatura criada por Castells (2008)
para definir o intercâmbio que acontece na rede, por meio das informações que
circulam. Há dificuldades de adaptação das pessoas nesse novo formato de viver
nesse tempo.
        Castells (2008, p. 557) explica que

5
 O espaço de fluxos é a organização das práticas sociais de tempo compartilhado, que funciona por
meio de fluxos (CASTELLS, 2008).
24




                      O tempo intemporal pertence ao espaço de fluxos, ao passo que a disciplina
                      tempo, o tempo biológico e a sequência socialmente determinada
                      caracterizam lugares em todo o mundo, estruturando e desestruturando
                      materialmente nossas sociedades segmentadas.


       A abordagem de Castells mostra que as condições de instantaneidade,
simultaneidade e intemporalidade impõem mudanças no comportamento das
pessoas, ou seja, surge uma nova cultura, a “cibercultura”, na qual os
acontecimentos são disseminados mais rapidamente, ao contrário do modo como
era em um tempo linear. Assim não é mais o tempo que controla o espaço. Nesse
novo contexto, podem-se, por exemplo, desenvolver atividades em diferentes
espaços físicos utilizando o espaço de fluxos de informações.
       Vive-se a era das incertezas, como afirma Hobesbown (1995), “há uma meta
desordem social”. Na rede, ignora-se o tempo, o espaço e a distância, mas são
necessários todos esses procedimentos de desordem para que se construa uma
nova ordem social, com todo esse aparato tecnológico.



2.1.2 CIBERESPAÇO E DIREITOS AUTORAIS


       A partir da introdução dos meios digitais como mecanismos de produção,
distribuição e divulgação de conteúdos, a produção intelectual, que antes era
dependente da impressão, passou por processos de mudanças. Essas mudanças
implicaram a criação de diferentes estratégias para manter a privacidade de obras
ou mesmo controlar um ambiente que é aberto a milhares de usuários como é o
caso da internet.
        Lawrence Lessig (1956) descreve a cultura livre destacando alguns pontos
fundamentais para que realmente se efetive essa proposta. Quando o mundo
software livre iniciou-se não havia nenhum direito reservado, mas, com o passar do
tempo e a evolução dos meios e conteúdos, foi necessário se criar um desenho de
mecanismo para garantir a cultura livre, como também para garantir os direitos dos
criadores, ou seja, o software proprietário, “o copyright”.
       Mesmo com esse mecanismo, é necessário ainda contar com os legisladores
para garantir leis que estabeleçam regras tanto para o software livre como para o
25


software proprietário. Há uma grande luta para se restaurar a liberdade, pois o
consumidor pode ser também produtor seguindo os parâmetros estabelecidos no
copyright. Com o desenvolvimento, criou-se também o termo jurídico relacionado à
propriedade privada, como, por exemplo, o “Creative commons”, que tem como
objetivo criar conteúdos regidos por leis de copyright racionais, em que autores
podem criar conteúdos manipulando os que já existem, possibilitando, assim, aos
consumidores tornarem-se produtores.
      Apesar de todos esses critérios já estabelecidos, precisa haver apoio por
meio de mudanças na legislação para garantir realmente uma cultura livre. Lessig
(1956) aponta, ainda, algumas mudanças que precisam existir para que haja de fato
a tão almejada liberdade e destaca que o governo deveria ficar fora do processo.
Entre os critérios já estabelecidos, destacam-se os seguintes:
          •   marcação das obras sob o copyright
          •   registro de copyright
          •   renovação de pedidos de copyright
          •   marcação das obras, por meio de um sistema simples
          •   período de copyright não determinado
          •   conteúdo simples, claro para uma boa compreensão



2.1.3 PRINCIPAIS TIPOS DE LICENÇA: CREATIVE COMMONS, COPYRITH E
      COPYLEFT


      Há diferentes possibilidades na internet para usuários que utilizam a rede
para consumir e também produzir conteúdos. No mundo dos produtores intelectuais,
surgiu a necessidade de utilizarem certas denominações em suas referências no
campo dos direitos outorgados aos autores de obras intelectuais (literárias, artísticas
ou científicas). Dentro dessa perspectiva, encontram-se direitos de diferentes
natureza, como os apresentados a seguir.
26



                                      6
a) Creative Commons


         A palavra commons significa pedaço ou uma parte. Desse modo, o Creative
Commons tem como objetivo criar conteúdos regidos por leis de copyright racionais,
respeitando o que é estabelecido por leis. Em 1990, aconteceu a seguinte mudança:
os chamados direitos autorais passaram a ser chamados de propriedade intelectual.
         Esse tipo de licença foi idealizado para permitir um padrão quanto ao que é
permitido ou não, algo entre copyrith e copyleft, refere-se ao licenciamento e à
distribuição de conteúdos ou produções intelectuais. As licenças sobre o Creative
Crommons funcionam com resultados que podem ir desde liberação quase total dos
direitos patrimoniais até posições quase que totalmente restritivas que deixam de
permitir aos usuários a criação de obras derivadas ou uso de outros materiais
licenciados.
          Nessa perspectiva, os autores podem criar conteúdos manipulando os que já
existem desde que observem as regras preestabelecidas pelo autor de obras
literárias, artísticas ou científicas, possibilitando, assim, aos usuários de conteúdos
criados anteriormente tornarem-se também coautores. Isso se dá porque os
conteúdos sob a licença Creative Commons têm a permissão dos autores para que
sejam acrescentados novos itens ao que já está produzido.


                            7
b) Copyright


         Copyright quer dizer que o autor reservou os direitos da obra, ou seja, não
pode ser copiado, pirateado, só pagando direitos ao autor. O objetivo do Copyright é
criar incentivos que garantam direitos de exclusividade a um compositor de controlar
as apresentações públicas de sua obra, e ao artista o controle sobre as cópias de
suas apresentações tanto no que se refere ao conteúdo de forma geral, como
também em relação à música. Os benefícios do Copyrgth são para os editores e os
autores. Em 1998, foi publicada a lei Digital Millenium Copyright Art (DMCA) que
garantiu o direito autoral aos editores de obras literárias, artísticas ou científicas.
Feltrero (2006, p. 66) salienta que

6
    Símbolo Creative Commons.
7
    Símbolo do Copyright.
27




                        São os interesses associados aos mecanismos capitalistas para manter as
                        posições dominantes em um determinadoo mercado os que
                        verdadeiramente atendem ao interesse das grandes corporações no
                        endurecimento da lei de propriedade industrial e propriedade intelectual.


          No caso específico do Copyright, o autor tem todos os direitos reservados.
Exemplo: quando o autor cria uma imagem e deseja que ela mantenha a
característica original, quem a distribuir deverá mantê-la sem alterações e citar seu
autor.
          O objetivo do Copyright é criar incentivos que garantam direitos de
exclusividade ao autor de controlar as apresentações públicas de sua obra, e ao
artista e ao cientista o controle e recebimento de pagamento sobre as cópias e suas
apresentações.



c) Copyleft                   8




          O Copyleft é o tipo de licença livre. Stallman (2004, p. 28) destaca que


                        La idea fundamental del copyleft es que se autoriza la ejecución del
                        programa, su copia, modificación y distribución de versiones modificadas,
                        siempre que no se añada ninguna clase de restricción a posteriori. De este
                        modo, las libertades cruciales que definen el «software libre» quedan
                        garantizadas para cualquiera que posea uma copia; estas libertades se
                        convierten en derechos inalienables.


          Houve avanço no processo de instituição de leis, mas, devido ao processo de
evolução do ciberespaço, essas leis hoje não acompanham a velocidade de
diferentes possibilidades na internet e o número de usuários que estão utilizando a
rede para consumir e também produzir conteúdos. É necessário que seja
estabelecido um processo de criação de leis que consiga dar suporte e garantias
aos produtores intelectuais para ser haja trabalhos reconhecidos e com seus direitos
reservados.
          Segundo a Free Software Foundation, o Copyleft está enquadrado no rol das
quatro liberdades básicas dos softwares livres. Por meio da lei de Copyleft, o usuário
pode distribuir o software com ou sem modificações. A liberdade concedida por meio
8
    Símbolo copyleft.
28


do Copyleft deve ser repassada da mesma forma, garantindo, assim, que a
liberdade continue mantendo a mesma condição inicial de liberdade. Uma obra
criada e disponibilizada sob a licença Copyleft deve ser grátis, o autor não recebe
para produzi-la, ela é usada livremente, ou seja, pode ser modificada por quem a
usa.
       A licença GNU GPL utilizada pelo Kernel Línux é a que nos serve como
exemplo quanto à licença Copyleft porque é livre para que usuário do sistema Linux
possa utilizar e modificar o código fonte do programa. A publicação sob a licença
Copyleft permite que usuários a modifiquem e repassem nessa mesma perspectiva
de liberdade. Mesmo assim, por questão de ética, quem a utilizar precisa citar o
autor original.
       Nessa perspectiva, em relação à proteção dos direitos autorais dos autores e
dos artistas, percebe-se que, por ser uma atividade relativamente nova, não se
conseguiu chegar ao ideal no que se refere à legislação. As antigas leis criadas para
regulamentar as ações de uso estão precisando ser revisadas em alguns pontos
para que possa atender às demandas da atualidade.
       Especificamente no trabalho com weblog ou blog, faz-se necessário conhecer
e respeitar os direitos autorais para que não se cometam erros de disponibilizar
conteúdos sem citar os seus respectivos autores. No que se refere ao uso de
imagens de pessoas, principalmente de crianças, deve-se documentar sempre
autorização do dono da imagem e, no caso de menores, é obrigatório ter autorização
de pais ou responsáveis.




2.1.4 AS NOVAS FORMAS EMERGENTES DE PERIGO NAS RELAÇÕES POR
       MEIO DA REDE


       A rede mundial de computadores, a internet, entre as inúmeras possibilidades
de comunicação, interação e construção de conhecimento, oferece, também, na
mesma proporção, inúmeros perigos para a população que a acessa. Adultos,
jovens e crianças que têm acesso à rede estão vulneráveis a diversos perigos pela
falta de conhecimento necessário para analisar criticamente os sites e o tipo de
29


conteúdo que acessam e identificar os tipos de pessoas com quem se relacionam.
Esse é um aspecto preocupante, principalmente, para os “nativos digitais”, pois,
embora tenham maior facilidade para a comunicação virtual, não estão preparados
para fazer a distinção entre o útil e o nocivo. Lévy (1999, p. 29) alerta para o um
grande perigo que ronda no ciberespaço:


                          De fato, também vemos surgir na órbita das redes digitais interativas
                          diversos tipos de formas novas [...]
                          - de isolamento e de sobrecarga cognitiva (estresse pela comunicação e
                          pelo trabalho da tela,
                           - de dependência (vício na navegação ou em jogos em mundos virtuais), e
                          mesmo de bobagem coletiva (rumores, conformismo em rede ou em
                          comunidades virtuais, acúmulo de dados sem qualquer informação.


          O desafio está em como fazer para que os usuários da internet tenham
consciência dos perigos que estão por trás da rede. Uma coisa é certa, a maioria
das famílias e professores não está preparada para orientar jovens e crianças para o
uso adequado da internet.
          Muitas vezes entram na caixa de entrada de e-mails pessoais mensagens
como se fossem enviadas por pessoas conhecidas, porém são apenas vírus para
capturar dados e serem armazenados por crackers9, que têm conhecimento na área
de programação e utilizam a internet para invadir computadores e roubar
informações confidenciais e até vendê-las.
          Por meio da rede, pessoas podem denegrir a imagem de outras com muita
facilidade, em sites de relacionamento ou mesmo com imagens montadas. Existe,
ainda, a questão da prostituição e da pedofilia que são problemas de escala global,
nesses casos, também, há um favorecimento em prol dos criminosos, pois podem
ter informações sobre as pessoas com facilidade. As redes sociais como o Orkut
trazem diários completos dos usuários que se expõem por meio de vídeos, fotos e
textos que identificam o padrão de vida, os locais que frequentam, onde estudam,
onde trabalham, os as atividades do cotidiano. A partir de tantas informações, os
criminosos se organizam para elaborar como e quando atacar as pessoas.



2.1.5 PODER E CONTROLE NO CIBERESPAÇO


9
    Crackers são pessoas que conseguem quebrar sistemas de segurança de forma ilegal.
30


         Existem servidores mundiais que armazenam todas as informações que
transitam na rede com o objetivo de selecionar as informações e invadir a
privacidade dos usuários com interesses políticos, econômicos ou sociais definidos
pelos que detêm o poder.
         Existem programas de vigilância que estão na rede com o objetivo de manter
bancos de dados com informações atualizadas sobre pessoas para traçar perfis com
fins comerciais.
         A espionagem teve grande importância em outras épocas e, atualmente, tem
mais ainda, seja para investigações, controle, terrorismo ou fins comerciais. É por
meio dos bancos de dados que esses sistemas armazenam as informações
desejadas. Para a coleta delas, utilizam-se muitas vezes palavras-chave como
parâmetro para separá-las.
         O controle é fundamental para a classe dominante detentora do poder, que é
uma minoria, que consegue impor a ideologia consumista às classes menos
favorecidas. Outra forma de domínio que se apresenta nesse contexto é a própria
linguagem da web. A linguagem HTML10, toda em inglês, evidencia a dominação
cultural.
         Os conteúdos das mensagens produzidas e veiculadas por meio do
ciberespaço têm ainda o poder de persuadir os usuários a certas situações, como:
influenciar crianças, jovens e adultos a acompanharem certas tendências lançadas
por meio da rede; manipular opiniões; produzir efeitos como ódio, emoções; induzi-
los a comprarem diversos produtos.
         Há uma espécie de guerra invisível que ocorre na rede, na qual as
informações são importantíssimas, pois podem decidir, em questões de segundos,
quem vence e quem perde, seja no ramo empresarial, no âmbito da política e/ou
mundial.
         Instalou-se ainda a cultura da violência em abrangência mundial, por meio
dos efeitos gerados nos telespectadores a partir da recepção de programas
violentos, como, por exemplo, filmes de ficção ou mesmo noticiários e até mesmo
jogos.
         A exposição feita dos desafios e dos conflitos que a sociedade do novo
milênio enfrenta tem como objetivo responder às questões específicas em relação
10
  HTML (HyperText Markup Language - Linguagem de Marcação de Hipertexto) é a uma linguagem
considerada a base de todas as outras linguagens de desenvolvimento de projetos para WEB.
31


ao uso do ciberespaço, expor as possibilidades de mudança de valores, seja na vida
pessoal, escolar ou profissional, e as leis que regem o ciberespaço, como também,
os perigos da rede.
      Portanto é fato que o desenvolvimento não pode parar e que se devem criar
leis para regulamentar o uso do ciberespaço, como também, de certa forma, as
pessoas precisam adaptar-se às novas realidades para apropriar-se das ferramentas
oferecidas na rede e melhorar suas ações, otimizar o tempo e poder usar as
mudanças adequadamente em seu benefício. Dessa forma, faz-se necessário que
legisladores e usuários discutam esse tema e escolham a melhor opção de
regulamentação para atender aos interesses não somente das pessoas que
controlam o ciberespaço, mas também dos usuários.




2.2   AS RELAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE DIGITAL



      As informações apresentadas neste tópico colocam em destaque as
seguintes temáticas: evolução tecnológica, relações sociais estabelecidas por meio
da rede digital, topologia das redes, a interação e construção do conhecimento.



2.2.1 EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES
       SOCIAIS


      Tem-se registrado considerável avanço nas diferentes fases da história da
humanidade em relação à evolução tecnológica. Em cada período desse processo
evolutivo, a tecnologia tem interferido na socialização da humanidade. Pode-se
afirmar que as tecnologias têm sido importantes para a sobrevivência dos seres, o
desenvolvimento do comércio e da indústria, a convivência em sociedade, bem
como a realização das atividades do dia a dia.
      Em todas as épocas, a comunicação tem sido fundamental para o
relacionamento dos indivíduos. Na Pré-História (período anterior a 4000 a.C), a
pintura rupestre marcou a comunicação entre os seres humanos. Naquela época, os
32


humanos, embora distantes de conhecerem os recursos que se têm hoje,
conseguiram revolucionar a comunicação por meio da invenção do “log” 11. Esse
mecanismo da comunicação não perdeu sua importância até os dias atuais, da
mesma forma que somos, até hoje, beneficiados pela descoberta pré-históricas do
fogo e pela invenção da roda. É importante assinalar que, nos primórdios da
humanidade, essas descobertas tecnológicas rudimentares já exerciam grande
influência nos relacionamentos. Por questões de sobrevivência das tribos, ter o
domínio do conhecimento para manusear o fogo e o conforto para usufruí-lo era
motivo para disputas e conflitos.
          A escrita, criada por volta de 4000 a.C, na Mesopotâmia, marcou a nossa
história como um fator importantíssimo para as relações da humanidade, pois
estavam firmados, a partir daí, outros tipos de relações entre os indivíduos. A
história de um povo poderia ser registrada com detalhes e sem perda de
informações para a posteridade por meio da invenção da imprensa de Gutenberg
(por volta de 1450).
          Analisando ainda a comunicação no período que antecede a implantação da
TV, pôde-se sentir claramente o quanto ela interferiu nas formas das pessoas se
relacionarem, trouxe mudanças nos hábitos e nos costumes, pois antes se
encontravam em praças para conversar, existia um contato maior entre as pessoas.
Com a chegada da televisão, elas passaram a ficar isoladas em suas casas numa
comunicação unidirecional12, um-todos, oferecida pela TV. As transformações, no
âmbito das comunicações no século XX, foram uma verdadeira revolução, sua
produção atingia a massa, que via os programas na mais completa posição de
passividade diante do que era apresentado.
            Ainda no século XX, surgiu o computador, tecnologia que teve grande
influência na vida das pessoas, principalmente nas gerações mais novas. A internet
foi criada, de início, para fins de controle militar. Comparando com o seu uso na
atualidade, percebe-se que a utilização foi diversificando e atingindo outros fins.
Cada invenção foi muito importante para a sociedade e, consequentemente, trouxe
mudanças no modo de vida das pessoas de cada época, da mesma forma, que
agora, traz para nós no século XXI.


11
     Log significa registro.
12
     Tecnologia que se desloca em um sentido único. Receptor passivo diante das informações.
33


       Toffer apud Santos (2003, p. 113) identificou, a partir de seus estudos, “três
ondas de desenvolvimento” da civilização:


                       •   A primeira onda de desenvolvimento ocorreu antes da Revolução
                           Industrial ainda no século XVIII, nessa época a comunicação acontecia
                           por meio da família, escola, Igreja, trabalho e entre instituições, um tipo
                           de comunicação [...] interpessoal e grupal.
                       •    A segunda onda de desenvolvimento aconteceu na fase da Revolução
                           Industrial, começava a comunicação de massa por meio de jornal, rádio,
                           TV, um modelo comunicacional que era unidirecional, por isso,
                           influenciou no comportamento da massa, o receptor era passivo diante
                           das informações. Essa era a característica mais forte dessa época, o
                           controle através dos meios de comunicação.
                       •   A terceira onda de desenvolvimento se dá na chamada sociedade pós-
                           industrial, com um aparato tecnológico que consegue instantaneamente
                           transmitir e receber milhares de mensagens, um sistema que
                           desmassifica a comunicação por permitir a participação do receptor no
                           processo.


       Os meios de comunicação e informação na sociedade têm hoje um papel
decisivo na circulação de informação. Uma diversidade de áreas aplica as
tecnologias da informação e comunicação com sucesso no desenvolvimento de seus
trabalhos. Profissionais da medicina, da agricultura, da comunicação e outras áreas
utilizam, com muita propriedade, os meios tecnológicos para o desenvolvimento de
seus trabalhos. Para isso, foi necessário fazer investimentos em pesquisa e na
formação dos profissionais. Na educação, as tecnologias trazem grandes
contribuições, pois, por meio das redes de comunicação em ambientes virtuais de
aprendizagem, as pessoas podem estudar em universidades de cidades distantes
sem sair de casa, essa é uma das vantagens que a rede13 oferece.



2.2.2 A TOPOLOGIA DE REDES SOCIAIS


       Entre as mudanças que as tecnologias proporcionaram, destacam-se os laços
sociais que foram sendo criados pela internet de acordo com os interesses de seus
autores. Esses laços se expandiram e deram origem a agrupamentos interligados
que receberam a denominação de rede, como se pode visualizar na figura 1.


13
   De acordo com Castells (2008), redes são estruturas abertas que conseguem se expandir sem
limites e integram novos nós que conseguem estabelecer uma comunicação. A rede é considerada
um sistema aberto, dinâmico e suscetível de inovação.
34




Figura 1 - Diagramas das redes de Paul Baran
Fonte: Baran (1964, p. 2)

       A figura 1 destaca, de acordo com o pensamento de Baran (1964), três tipos
de topologias básicas das redes:
   •   centralizadas: redes em que um nó centraliza ampla parte das conexões
       (forma de estrela);
   •   descentralizadas: redes que são cultivadas por poucos nós;
   •   distribuídas: redes que têm uma quantidade proporcional de nós.
       As redes centralizadas demonstram que há um comando central na interação,
os participantes interagem com um único nó. Uma rede descentralizada tem poucos
nós, mas, mesmo assim, acontece interação com outros nós. A rede distribuída
possibilita um tipo de interação igualitária, na qual todos os participantes têm o
mesmo nível de interação nó a nó.



2.2.3 O CONHECIMENTO E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS


       O conhecimento de cada indivíduo é muito relativo e depende, às vezes, de
suas vivências, do contexto social e cultural em que vive, como pode ser observado
na figura 2.
35




Figura 2 - Comunicação e linguagem
Fonte: Santos (2003, p. 21)


       Em razão das rápidas mudanças pelas quais o mundo tem passado no âmbito
do desenvolvimento tecnológico, para o manuseio de ferramentas e aparatos
tecnológicos, é necessário conhecimentos específicos, habilidades e competências
que nem todos têm, principalmente, a população adulta.
       Adolescentes e crianças estão à frente no domínio do manuseio e no
entendimento da linguagem das novas tecnologias. É preciso considerar-se que,
para acriança e o jovem educando, não basta apenas técnica e habilidade para as
leituras da linguagem tecnológica. No processo formativo, é necessária a mediação
por parte do professor para que se desenvolva neles o senso crítico e a capacidade
de análise e seleção do que pode ser útil para o aprendizado.
       Não há dúvida de que as novas linguagens das TICs são mais fáceis para os
"nascidos na era tecnológica" do que para os adultos. Muitas pessoas foram pegas
de surpresa pela revolução tecnológica, por isso ainda têm dificuldades de processar
e usar com propriedade as informações disponibilizadas na rede. Portanto é
necessária a alfabetização digital, para grande parte das pessoas.
36


          Segundo Squirra (2005), o conhecimento, sobretudo, tornou-se o novo
sinônimo de poder. Dessa forma, a educação está numa fase de adaptação a esse
novo fazer, embora, muito timidamente diante da extrema complexidade e da
necessidade crescente da inserção das TICs no fazer pedagógico do professor.
          O quadro 1 mostra conceitos e definições sobre conhecimento, informação e
dado.
Quadro 1 – Conceitos e definições: dado, informação e conhecimento
DADO               Conjunto de fatos discretos e objetivos sobre eventos. Em uma
                   organização, são os registros de transações.
INFORMAÇÃO         Dados com atributos de relevância e propósito.
                   É entendida como mensagem.
                   É apresentada sob a forma de documentos, mensagens visuais ou
                   audíveis.
                   É acima de tudo contextual.
                   Constitui-se pelo entendimento, pela experiência e pela ação do ser
                   humano.
                   É intuitiva e se encontra ligada à:
                   · capacidade de agir;
                   · experiências e valores do usuário;
                   · padrões de reconhecimento, analogias e regras implícitas;
                   · está na cabeça das pessoas (tácito14) ou em documentos (explícito).
CONHECIMENTO Familiaridade ou estado de consciência que se obtém com a experiência
                   de estudar determinado fato.
                   Soma da extensão / percurso / área do que tem sido encontrado,
                   percebido ou aprendido. Especifica informação sobre alguma coisa.
Fonte: adaptação de Squirra (2005, p. 257-258)


          O usuário da rede tem autonomia e é responsável pela sua navegação, mas,
diante da complexidade de transformar informação em conhecimento, precisa ser
capaz de gerir seu tempo, pois, no ambiente virtual, a qualidade da comunicação
depende da pessoa e não somente do meio utilizado. A diversidade de informações
pode ser um fator que enriquece o conhecimento, desde que não haja perda do foco
do que se procura conhecer.




14
     Tácito é o conhecimento adquirido ao longo da vida.
37


       Lévy (1999, p. 157) destaca que, “pela primeira vez na história da
humanidade, a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no início de
seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira”. Hoje se exige
um profissional que se atualize continuamente, resolva situações-problema, seja
criativo, saiba conviver em equipe e, principalmente, esteja disposto a ter uma
formação continuada ao longo da toda a carreira. Segundo Prado (2003, p. 165), “o
momento requer uma nova forma de pensar e agir para lidar com a rapidez e a
abrangência de informações e com o dinamismo do conhecimento”.
         Tedesco (2004) explicita que a necessidade não é somente de criar
condições de acesso às informações, mas saber filtrá-las e transformá-las em
conhecimento. O autor acrescenta que


                        O acesso a uma grande quantidade de informação não assegura a
                        possibilidade de transformá-la em conhecimento. O conhecimento não viaja
                        pela internet. Construí-lo é uma tarefa complexa, para a qual não basta criar
                        condições de acesso à informação. Hoje para poder extrair informações
                        úteis na internet, exige-se um conhecimento básico do tema investigado,
                        assim como estratégias e referenciais que permitam identificar quais fontes
                        são confiáveis. Por outro lado, não devemos esquecer que, para transformar
                        a informação em conhecimento, exige-se – mais que qualquer outra coisa –
                        pensamento lógico, raciocínio e juízo crítico (TEDESCO 2004, p. 97).


       Nessa perspectiva, sugere-se que o profissional da educação, referindo-se
aqui ao professor multiplicador15, tenha a oportunidade de conhecer e experimentar,
na sua prática, ferramentas interativas que promovam a divulgação e a melhoria do
seu trabalho. O profissional da educação precisa ser um articulador de saberes para
aproveitar o potencial das pessoas com quem trabalha ou com o educando e ter
uma postura de estar sempre aprendendo.




2.2.4 INTERAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO




15
  Professor multiplicador é o profissional que atua nos Núcleos de Tecnologias Educacionais e tem
como função a formação dos professores em tecnologia na educação.
38


      De acordo com Silva (2003), a troca de saberes se dá pela interação,
possibilidade oferecida por meio da perspectiva da interatividade comunicacional. O
autor salienta que


                     O professor pode deixar de ser um transmissor de saberes para converter-
                     se em um formulador de problemas, provocador de interrogações,
                     coordenador de equipes de trabalho, sistematizador de experiências e
                     memória viva de uma educação que, em lugar de prender-se à transmissão,
                     valoriza e possibilita o diálogo e a colaboração. [...] Os fundamentos da
                     interatividade são três basicamente: a) participação – intervenção: participar
                     não é apenas responder “sim” e “não” ou escolher uma opção dada,
                     significa modificar a mensagem; b) bidirecionalidade – hibridação: a
                     comunicação é produção conjunta da emissão e da recepção, é cocriação,
                     os dois polos codificam e decodificam; c) permutalidade – potencialidade: a
                     comunicação supõe múltiplas redes articulatórias de conexões e liberdade
                     de trocas, associações e significações (SILVA, 2003, p. 100).


      A partir do uso das tecnologias da informação e da comunicação integradas
ao currículo, pode-se propiciar uma aprendizagem em que o professor media a
aprendizagem, fazendo com que o aprendiz torne-se sujeito do conhecimento na
medida em que emite e recebe mensagem por meio da troca de informações. Nessa
perspectiva, o grande ganho da interação está na produção final que se torna muito
rica pela diversidade de ideias construídas coletivamente. O contexto atual exige
participação ativa nos processos de comunicação, permite e requer a autoria e
coautoria nas produções.
      A partir da inserção de ferramentas interativas, foi possível a sociedade ter
nova forma de produção e de apropriação de saberes. A relação mensagem e
receptor acontece em tempo real, mesmo em espaços diferentes as relações
acontecem sem fronteiras. Hoje universidades oferecem cursos à distância. No
Brasil, há um grande incentivo do governo federal por meio do Ministério da
Educação, que está oferecendo cursos de graduação com licenciatura à distância
por intermédio da Universidade Aberta e outros cursos por meio de ambientes
virtuais de aprendizagem, como o PROINFO.
      A partir do uso da abordagem construtivista, houve grandes mudanças com
relação à maneira de se trabalhar na educação, começou-se a considerar o
conhecimento anterior do indivíduo, a sua cultura e suas transformações. Becker
(1992, p. 88) assevera que:
39


                      Construtivismo significa a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e
                      de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma
                      instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo
                      com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das
                      relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer
                      dotação prévia na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que
                      podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e,
                      muito menos pensamento.


        Partiu-se para uma abordagem assimilativa e a aprendizagem tornou-se mais
significativa, não mais por meio da repetição e da cópia muito utilizada na
abordagem tradicional, que, por vir pronta, a aprendizagem não acontecia em sua
plenitude, em que o professor transmitia conhecimento. A partir da complexidade do
novo fazer, que exige um perfil diferente daquele do professor transmissor de
conhecimento, o docente passou a direcionar o seu planejamento de modo a
atender aos alunos, considerando a fase em que eles se encontram. Um indivíduo
que está numa fase do processo do pensamento prático não consegue ainda
explorar as conexões necessárias para pensar de maneira crítica ou por meio do
pensamento abstrato.
        As práticas educativas, tanto na educação presencial quanto na educação à
distância, se misturam e, algumas vezes, se confundem. Muitos discursos são
voltados para uma educação emancipadora, porém, em alguns casos há apenas
uma transmissão passiva, uma educação repetidora e bancária.
        A motivação tornou-se imprescindível para o sucesso. Ela pode ocorrer por
meio de situações ou atividades interativas. Nessas atividades, os participantes
sentem-se como parte do que é discutido. Sem estar motivado, geralmente, não se
consegue ver nenhuma razão para querer aprender, não se consegue enxergar
nenhuma utilidade para a vida naquilo que está se propondo e não se retém o que
está sendo oferecido.
        A concepção de aprendizagem construtivista é a que mais se adéqua à
prática educativa no uso do blog, pois possibilita uma provocação intensa por meio
da interatividade e, por esse motivo, possibilita a aprendizagem por intermédio da
rede.
        Neste tópico, discutiu-se sobre as relações sociais a partir da inserção das
TICs no cotidiano das pessoas e como mudaram os rumos das relações da
humanidade. Transmitir e receber informações a partir da revolução tecnológica não
é da mesma forma que mesmo que antes, exigiu toda uma infraestrutura e
40


superestrutura altamente avançadas, o que demandou uma nova organização
estrutural da sociedade, pois se precisou de profissionais e consumidores com
novas habilidades para manusear os equipamentos de comunicação informacional.
As relações sociais tomaram outras dimensões dentro do tempo e do espaço, agora
as relações se dão sem fronteiras físicas.




2.3   CONCEITUANDO E APRESENTANDO BLOG



       O blog é uma abreviação de weblog, é um site on-line que permite entradas
datadas e pode ser mantido por um ou mais administradores ou colaboradores. Esse
site comporta links, imagens, vídeos, sons e comentários. Seus autores têm total
autonomia porque podem criar conteúdos, disponibilizar conteúdos de outros
autores, desde que respeitem os direitos autorais. Por meio de seu sistema de
postagens de microconteúdos, é um espaço em que se dá a socialização pela
internet.



2.3.1 PROCESSO HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DE WEBLOGS


       O blog foi criado, segundo Thompson (2006), por um estudante chamado
Justin Hall, em 1997. No início, o blog foi pensado como uma forma de filtrar
informações da internet e consistia basicamente em oferecer ao usuário alguns links
e algumas indicações para websites ainda desconhecidos e para comentários dos
mais diversos assuntos.
       Até 1999, existia, na rede, um número insignificante de blogs, só a partir
dessa data começaram a surgir na rede ferramentas para criação de blogs, entre
elas, estão o Blogger e Groksoup. Em 2006, já havia mais ou menos 57,4 milhões
de blogs, em 2007, esse número havia aumentado para 70 milhões. A criação de
blogs aumentou consideravelmente entre 2007 e 2009, porém, apenas 1,5 milhões
deles são atualizados semanalmente. Isso implica dizer que a “vida” de um blog
depende da regularidade com que é alimentado.
41


      Para ser ativo, o blog precisa ser alimentado por postagens ou elementos
com conteúdos realmente produzidos pelas pessoas que administram. Um bom blog
deve seguir alguns critérios, como, por exemplo, ter um bom conteúdo, ser sempre
lincado, ter feedback constante para os comentários e, principalmente, criar empatia
nas postagens.



2.3.2 CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS WEBLOGS


      De simples diários on-line, os blogs hoje são utilizados como ferramentas de
comunicação por profissionais dos diversos ramos de atividade e podem oferecer
aos leitores internautas desde dicas sobre a internet até a formação de redes de
comunicação para lazer e trabalhos.
      Uma rede de blogs é formada por grupos que compartilham diversos
assuntos, geralmente específicos de sua área de interesse, seja para se relacionar
ou para trabalhar. O blog precisa de algo que chame atenção para que a rede de
relacionamento tenha adeptos.
      Recuero (2003, p. 6) propõe a seguinte classificação quanto aos conteúdos
dos blogs:


                  [...] diários eletrônicos: trazem pensamentos e fatos da vida pessoal do autor
                  e servem como canal de expressão;
                  publicações eletrônicas: são voltadas predominantemente para a informação
                  com notícias, dicas e comentários sobre determinados assuntos, baseados no
                  tema do blog. Ex: cultura pop, música, tecnologia, esportes etc.;
                  publicações mistas: misturam posts pessoais sobre a vida do autor e posts
                  informativos e opinativos a respeitos de assuntos do gosto do autor (grifo do
                  autor)


      Considerando essa classificação, a proposta desta pesquisa é o uso do blog
como ferramenta de publicações eletrônicas com a finalidade socializar produções
do grupo de professores multiplicadores que trabalham nos Núcleos de Tecnologias
Educacionais do Estado do Tocantins.
42


2.3.3 POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO OFERECIDAS PELA FERRAMENTA
       BLOG


       Os meios de comunicação passaram por mudança, que consequentemente
trouxeram modificações nas linguagens empregadas nas relações sociais por meio
da rede. Os suportes têm relevância nesse processo de relações que acontece por
meio da rede, pois atualmente as relações entre as pessoas estão diretamente
ligadas ao tipo de acesso, a informações que a pessoa tem, ou seja, quanto mais
interligada estiver na rede mais possibilidade terá de interagir. Ainda existe número
elevado de pessoas que não têm acesso a suporte como computador, mas, por
outro lado, é clara a percepção de que o computador é um suporte que ultrapassa
as barreiras do tempo e do espaço e ainda oferece mobilidade. Lévy (1997, p. 40)
destaca que


                   O suporte digital permite novos tipos de leituras (e de escrituras) coletivas. Um
                   continuum variado se estende assim entre a leitura individual de um texto
                   preciso e a navegação em vastas redes digitais no interior das quais um grande
                   número de pessoas anota, aumenta, conecta os textos uns aos outros por meio
                   de ligações hipertextuais.


       As linguagens passaram por alterações. A linguagem linear proporcionava
comunicação unidirecional (linguagem de um para muitos), em que as pessoas eram
expectadoras passivas aos conteúdos apresentados, ou seja, não havia como o
usuário dar uma resposta ao autor, interagir com ele. Esse tipo de linguagem era
oferecido pela maioria dos meios de comunicação de massa.
        Com o surgimento das tecnologias digitais, surgiu a linguagem não linear,
bidirecional (linguagem de muitos para muitos), na qual as pessoas se relacionam
de maneira diferente, pois permite ao usuário opinar, interagir e até mesmo tornar-se
coautor da informação que recebe. Essa linguagem tem, ainda, características
multidirecionais (hipermídia, hipertexto e multimídia).
       Nessa perspectiva, pode-se dizer que a sociedade tem nova forma de
produção e apropriação de saberes, em que a relação mensagem e receptor
acontece em tempo real. Mesmo em espaços diferentes, as relações acontecem
sem fronteiras.
43


      De acordo com Silva (2001, p. 5), “interatividade é um conceito de
comunicação e não de informática. Pode ser empregado para significar a
comunicação entre interlocutores humanos, entre humanos e máquinas e entre
usuário e serviço”. Nesse sentido, o movimento blogueiro pode ser caracterizado
como ferramenta de interação pela difusão do conhecimento, pela possibilidade de
troca por meio da colaboração. O que difere um tipo de interação do outro, segundo
o autor, é o relacionamento mantido entre o grupo. Primo (2003, p. 61) destaca que
existem dois tipos de interação: a interação mútua e a interação reativa:


                      [...] interação mútua é aquela caracterizada por relações interdependentes
                     e processos de negociação, em que cada interagente participa da
                     construção inventiva e cooperada da relação, afetando-se mutuamente; já a
                     interação reativa é limitada por relações determinísticas de estímulo e
                     resposta.


      Nessa perspectiva, a ferramenta blog, como meio de comunicação, por
intermédio da rede de blogs executa a interação mútua, pois incorpora diferentes
formas de expressão e valores, agrega ainda atitudes de comprometimento com o
aprendizado do outro por meio da interação. Prado (2003, p. 10) afirma que “a
interação compartilhada, de troca de experiências, sentimentos e reflexões ganha
uma nova dimensão. Isto é, a interação passa a agregar uma atitude de
comprometimento com o aprendizado do outro [...]”. Assim, o blog integra diferentes
linguagens, pois é um diário on-line que requer uma pessoa responsável ou mais
para administrá-lo, faz publicações, responde aos comentários e, por ser um diário
aberto, proporciona a autoria coletiva. Pode também ser considerado um arquivo de
memórias.
      Segundo Recuero (2009), há ainda as formas de pertencimento na interação,
em que uma rede social cria laços fracos ou fortes. No primeiro caso, a autora
destaca as relações esparsas sem aproximação ou intimidade. No segundo, expõe
que são as redes mais concretas nas quais acontecem as trocas sociais. A autora
acrescenta que, nos blogs,


                     [...] os laços são mais fortes e constituem-se principalmente em relacionais.
                     Talvez porque o blogueiro já tenha seu próprio espaço de visibilidade e a
                     interação aconteça de modo descentralizado, a interação seja mais rica e
                     mais social, proporcionando laços mais fortes, relacionais, multiplexos e
                     com mais variedade de capital social acumulado. Quanto mais a parte
                     coletiva do capital social estiver fortalecida, maior a apropriação individual
44


                     deste capital. Esse capital influencia diretamente o capital social encontrado
                     nas redes (RECUERO, 2009, p. 54).


       O administrador de um blog pode criar reputação por meio das interações na
rede. A reputação do blog pode ser percebida por meio de vários aspectos, como,
por exemplo, da imagem do administrador perante o coletivo, pois cresce sua
credibilidade e respeito, desde que trabalhe sempre dentro da ética, com liberdade,
sem prejudicar os demais; do número de acessos ao blog; dos comentários positivos
etc.
       Hewitt (2007, p. 137) expõe que


                     A novidade da blogosfera é que não há barreiras à entrada em um mundo
                     que oferece uma plateia quase ilimitada. Ponto fundamental: oferecer, não
                     garantir. Qualquer um pode inserir um post, e se merecer ser lido, será lido.
                     Há um enorme número de pessoas buscando sabedoria e entretenimento.
                     Seja seu produto análise econômica, promoção da Nascar, fofocas sexuais
                     ou provocações políticas, a blogosfera dará a você a oportunidade de
                     vender seu produto textual.


       Assim, o blog requer certo zelo quanto às suas postagens, é necessário
produzir postagens que despertem interesse no público-alvo. A entrada de pessoas
no blog depende muito do que é disposto e da frequência com que se atualizam as
postagens. Os blogueiros, quando entram duas ou mais vezes em um blog que não
é atualizado, passam a não voltar mais porque notícia velha não satisfaz ao leitor.
Nesse sentido, Watts citado por Recuero (2009, p. 39) afirma que “não há redes
‘paradas’ no tempo e no espaço. Redes são dinâmicas e estão sempre em
transformação”.



2.3.4 USO PEDAGÓGICO DA FERRAMENTA BLOG


       Segundo Hewitt (2007, p. 226), “a vantagem do blog é que isso o obrigará a
viver em um mundo de ideias e debates, e isso no ritmo moderno”. Assim, a
ferramenta multimídia blog pode ser utilizada pelos professores como meio de
comunicação para desenvolver atividades pedagógicas com os estudantes, ou
mesmo com formação continuada para professores. Por ser um site on-line (espaços
de comunicação interativa em que se dá a socialização na internet), com
45


características multimidiáticas comporta links, imagens, vídeos, sons e comentários.
É uma ferramenta que oferece aos seus autores e coautores total autonomia, por
meio do seu sistema de postagens de microconteúdos e muita facilidade de
manuseio.
       Moll (2002. 155-156) salienta que


                    Os estudiosos que trabalham dentro de um quadro e referência piagetiano têm
                    desenvolvido um modelo relacionando com colaboração e desenvolvimento
                    cognitivo, no qual o mecanismo promotor do desenvolvimento é “o conflito
                    cognitivo ou o conflito sociocognitivo. A pesquisa que é baseada neste modelo
                    indicou que a interação social entre pares abre novas perspectivas na
                    fundamentação de um problema, e é um meio altamente efetivo de induzir o
                    desenvolvimento cognitivo.


       O blog pode ser utilizado como uma alternativa de comunicação interativa
para participação de alunos em atividades propostas pelos professores, oferecer a
oportunidade de construção do conhecimento do aluno, pois esse espaço se
configura como excelente ferramenta para fazer provocações e desafios. Possibilita
também a troca de experiências por meio de discussões sobre os assuntos mais
diversos tanto para estudantes-alunos quanto para estudantes-professores,
promove, ainda, a socialização de trabalhos.
       Criar um blog para trabalhar pedagogicamente requer planejamento e
definição de objetivos e de intencionalidade, deve-se pensar para quem (público-
alvo), o tipo de assunto a ser discutido, que capital social será produzido, quem
administrará ou quem serão as pessoas que administrarão.



2.3.5 CATEGORIAS DA REDE DE BLOGS


       De acordo com Recuero (2009, p. 53), “o capital social é, portanto, um conjunto
de recursos, que pode ser encontrado a partir das conexões entre os indivíduos de um
determinado grupo, pois é conteúdo dessas relações”. Para Recuero (2009), esse conjunto de
recursos está baseado na reciprocidade e na qualidade dos laços sociais e aponta ainda que
uma rede de interação tem nas suas discussões duas categorias: categoria de
capital social cognitivo, que é formado pela soma do conhecimento e das
informações colocadas em comum por um determinado grupo; categoria de capital
social institucional, que inclui instituição formal e informal, que se constituem na
46


sua estrutura do grupo que interage na rede. As postagens ou os comentários darão
“reputação” ao blog e ao blogueiro, por meio da intensidade da discussão.



2.3.6 CONVERGÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO POR MEIO DO BLOG


       Acedo e Buesa (2006, p. 86) expõem que


                      Las nuevas pantallas de plasma ya substituyen a los viejos monitores, la
                      televisión e Internet se fundirán en otras máquinas más potentes, que
                      incluso reconocerán nuestra voz y podrán “entendernos” y ejecutar nuestras
                      órdenes verbales sin la necesidad de tocar un ratón o teclado. Gracias a la
                      integración de medios, sabremos lo que pasa em cualquier parte del mundo
                      al instante y estaremos permanentemente conectad@s al ciberespacio por
                      las nuevas necesidades que nos crearemos.


       Nesse aspecto apresentado por Osuna, pode-se entender que as linguagens
multimídia, os formatos, as interfaces e os níveis de interatividade proporcionam um
aprofundamento teórico e prático, ou seja, o blogueiro precisa aprender a manipular
imagens por meio da edição, converter arquivos de som, enfim, pela convergência
dos meios de comunicação criar um blog com interface compreensível. O
conhecimento técnico também deve ser considerado como imprescindível nesse
processo. A convergência de meios enriquece o resultado dos trabalhos e possibilita
que as pessoas interajam e construam seu próprio conhecimento.
       Acedo e Buesa (2006, p. 86) acrescentam ainda que:


                      Los blogs pueden ser por sí solos toda una página Web, o bien estar
                      incluidos dentro de un apartado específico de otras páginas. Todo va a
                      depender del uso que se le dé. Outra tendencia muy interesante dentro de
                      los blogs son fotoblogs que es una variación del blog en que se incluyen
                      fotografías, por lo que los blogs pueden presentar contenidos de una
                      manera gráfica.


       Ainda segundo as considerações de Acedo e Buesa, os blogs têm vasta
possibilidade de uso e de tendências por apresentar um desenho gráfico variado
com espaço para postagem de fotografias, conteúdos e vídeos.
       Para se construir blogs, é necessário seguir os passos expostos na
sequência.
   •   Estudo do tutorial.
47


   •   Definição do público-alvo.
   •   Planejamento da disponibilização dos conteúdos de acordo com o público e a
       intencionalidade.
   •   Criação de uma pasta para materiais a serem utilizados no blog.
   •   Pesquisas e produção de conteúdos, textos, imagens, músicas, sons e
       vídeos.
   •   Fazer downloads.
   •   Criação da conta no blogger.
   •   Upload dos arquivos.
   •   Organização e estudo sobre HTML <http://www.blogger.com>.
       Este capítulo tratou da conceituação de blog, da transformação ocorrida nas
linguagens a partir da inserção de novas tecnologias da informação e comunicação,
apresentação das possibilidades de interação, compartilhamento de informação e de
saberes e perspectivas em relação ao espaço multimidiático do blog enquanto
ferramentas de comunicação na web. Destacou também as diferentes linguagens
possíveis de se trabalhar no blog, as possíveis maneiras de desenvolver mediação
pedagógica da aprendizagem, os critérios para o professor desenvolver trabalhos
em blogs.
48




3 PRODUÇÃO MULTIMÍDIA



          Nesta parte da dissertação, são abordadas as questões referentes à
produção multimídia. Essa proposta teve início no final de julho de 2009 e foi
implantada em agosto de 2009. Primeiramente, são expostas as atribuições das
pessoas envolvidas na pesquisa para formação da rede por meio do uso do blog. Na
sequência, é apresentada a estrutura hierárquica dos setores em que trabalha os
participantes da pesquisa: a Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins por
meio da Coordenadoria de Tecnologias na Educação e dos Núcleos de Tecnologias
na Educação. E, por fim, são expostos o guia técnico e o mapa de navegação.
          O objetivo da criação do blog foi estabelecer a tessitura de redes por meio de
uma teia de comunicação interativa para socialização de trabalho entre a
Coordenadoria de Tecnologia na Educação e os Núcleos de Tecnologia na Educação
e possibilitar a construção do conhecimento por meio do ambiente multimidiático
blog.




3.1       OBJETIVOS ESPECÍFICOS



      •   Criar o blog (produção multimídia) para divulgar os trabalhos do mestrado.
      •   Criar o blog da Coordenadoria de Tecnologia na Educação – CTE.
      •   Lincar os blogs dos Núcleos de Tecnologia na Educação – NTE.
49


      •   Articular a atualização e a participação ativa dos membros da rede nos blogs.
      •   Estabelecer uma comunicação frequente e a disponibilização das ações dos
          NTE e da CTE.




3.2       PARTICIPANTES



          O público participante da pesquisa foram professores multiplicadores dos
Núcleos de Tecnologias na Educação e da Coordenadoria de Tecnologias na
Educação.




3.3       MAPA DE NAVEGAÇÃO



          Uma produção multimídia requer planejamento e definição do layot adequado
ao que está sendo pensado. Cada página deve ser desenhada priorizando as metas
para oferecer um visual agradável às pessoas que navegarão pelo ambiente. Além
disso, deve-se pensar ainda numa forma de estabelecer uma navegação fácil e com
links visíveis.


Quadro 2 - Mapa de navegação – página inicial
                                           Título
                                         Subtítulo
            Slide da rede de blog                                    Perfil
                Apresentação                                   Menu de navegação
                    Texto                                          Mestrado




Quadro 3 - Mapa de navegação – página 1
                                          Título
                                         Subtítulo
              Menu de navegação                                    Perfil
                                                      Links PA voltar à página inicial
               Imagem vetorial                                  Imagem

Texto explicando o procedimento para criar a   Texto explicando o procedimento para criar a
              imagem vetorial.                                   imagem.
50


                       Postagem de vídeo estudado durante o mestrado




3.4       GUIA TÉCNICO



          O guia técnico define onde deve ficar cada item da produção multimídia,
possibilidades de navegação. Ele pode ser considerado como um mapa com
definições de caminos para navegar, conforme descrito a seguir.
          Na parte centralizada, consta:
      •   título
      •   subtítulo
          No lado esquerdo, consta menu de navegação com os seguintes links:
      •   produção multimídia criada a partir da pesquisa de mestrado (trabalho final)
      •   convergência de meios - tecnologias na educação
      •   desenho para todos - La Inclusión en la Web
      •   produção digital avançada - página web - Ambiente Virtual de Aprendizagem
          No lado direito, consta:
      •   meu perfil
      •   menu de navegação: voltar para página inicial
      •   página web




3.5       ESTRUTURA HIERÁRQUICA DOS SETORES EM QUE TRABALHAM OS
          PARTICIPANTES DA PESQUISA



          Os professores participantes, público-alvo desta pesquisa, trabalham dentro
da hierarquia da Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins, da– Coordenadoria
de Tecnologias na Educação e do Núcleo de Tecnologias na Educação. Esses
professores desenvolvem o seu trabalho com vista a contribuir com a formação de
professores no Tocantins.
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
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Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
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Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
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Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
Uso da Ferramenta Blog como Rede de Interação, Socialização e Construção do Conhecimento
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  • 1. UNIVERSIDAD NACIONAL DE EDUCACION A DISTÂCIA – UNED FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS - UNITINS MESTRADO EM TECNOLOGIAS DIGITAIS E SOCIEDADE DO CONHECIMENTO ROSITA FÉLIX DELMONDES USO DA FERRAMENTA BLOG COMO REDE DE INTERAÇÃO PARA SOCIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO: projeto concebido na Coordenadoria de Tecnologias na Educação do Tocantins a partir de 2008. Palmas - TO 2009
  • 2. ROSITA FÉLIX DELMONDES USO DA FERRAMENTA BLOG COMO REDE DE INTERAÇÃO PARA SOCIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO: Projeto concebido na Coordenadoria de Tecnologias na Educação do Tocantins a partir de 2008. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Nacional de Educação a Distância – UNED Espanha para obtenção do título de Mestre em Tecnologias Digitais na Sociedade do Conhecimento. Orientador da UNED: Prof. Roberto Aparici Marinho Coorientador da UNITINS: Prof. Geraldo da Silva Gomes Palmas - TO 2009
  • 3. ROSITA FÉLIX DELMONDES USO DA FERRAMENTA BLOG COMO REDE DE INTERAÇÃO PARA SOCIALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO: Projeto concebido na Coordenadoria de Tecnologias na Educação do Tocantins a partir de 2008. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Nacional de Educação a Distância – UNED Espanha para obtenção do título de Mestre em Tecnologias Digitais na Sociedade do Conhecimento. Aprovada em 3/12/2009. BANCA EXAMINADORA ____________________________________ Prof.ª Dr.ª Sagrário Rubido Crespo Universidade Nacional de Educação à Distância - UNED ___________________________________ Prof.ª Dr.ª Monica Aparecida Rocha Silva Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS ____________________________________ Prof.ª Dr.ª Denise Rocha Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS
  • 4. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me dar força para seguir nesta caminhada de estudos e descobertas. A meu esposo, aos meus filhos e aos colegas de mestrado que me apoiaram para concluir o curso. À Secretaria de Estado da Educação do Tocantins que me proporcionou fazer este mestrado.
  • 5. A co-laboração, como característica da ação dialógica, que não pode dar-se a não ser entre sujeitos ainda que tenham níveis distintos de função, portanto, de responsabilidade, somente pode realizar-se na comunicação. O diálogo que é comunicação funde a colaboração. (Paulo Freire)
  • 6. RESUMO DELMONDES, Rosita Félix. Uso da ferramenta blog como rede de interação para socialização e construção de conhecimento. Madri, Espanha: UNED, 2009, 123 p. Master em Tecnologías Digitais e Sociedade do Conhecimento pela Universidad Nacional de Educaçión a Distância, Madrid. Esta pesquisa aborda as relações sociais estabelecidas por meio da rede digital, as possibilidades oferecidas na comunicação interativa e a socialização por meio da rede formada no ciberespaço. As ações dos professores multiplicadores e a comunicação estabelecida entre a CTE - Coordenadoria de Tecnologia na Educação os NTE Núcleos de Tecnologia na Educação são oportunidades de interação para construção do conhecimento por meio do ambiente multimidiático blog. O foco do estudo teve dois pontos principais: analisar possíveis dificuldades encontradas pelos professores multiplicadores da CTE e NTE no uso da ferramenta blog para socializar e construir conhecimento; colocar em relevo a reflexão sobre a importância da disseminação do conhecimento por meio da rede para difundir o saber, como também para a troca de experiências. Enfoca a utilização da ferramenta blog como rede interativa para socialização e construção do conhecimento. Levanta a reflexão sobre a importância da produção intelectual por meio do uso da rede, sua influência direta nas relações sociais e principais possibilidades dentro do contexto dos professores multiplicadores público-alvo desta pesquisa. Apresenta opinião própria fundamentada sobre o assunto de acordo com o que foi observado e o que pesquisadores apontam em suas obras sobre a realidade de uso das redes sociais na internet e especificamente do uso do blog como rede social por apropriação. Os resultados da pesquisa foram obtidos com base nas respostas do questionário de múltipla escolha. A partir das constatações, pôde-se concluir que existem pontos positivos que serão recomendados para a prática do professor multiplicador, como também forneceu dados que comprovam a necessidade de orientação para o uso da ferramenta blog, objeto de estudo desta pesquisa. Palavras-chave: Rede de Interação; Blog; Licenças; Socialização do Conhecimento; Ciberespaço; Relações Sociais.
  • 7. RESUMEN DELMONDES, Rosita Félix. Utilice la herramienta como un blog de la red de socialización e interacción para la construcción del conocimiento. Madrid, España: UNED, 2009, 123 p. Master en Tecnologías Digitales y Sociedad del Conocimiento por la Universidad Nacional de Educación a Distancia, Madrid. Esta investigación aborda las relaciones sociales establecidas a través de la red digital, las posibilidades de la interacción social y la socialización a través de la red formada en el ciberespacio. Las acciones de los profesores y multiplicadores de la comunicación entre el CTE - Coordinadora de Educación Tecnológica en el centro de tecnología NTE en la educación son las oportunidades de interacción para la construcción de conocimiento a través del blog multimidiático medio ambiente. El objetivo del estudio había dos puntos principales: estudio de las posibles dificultades encontradas por los profesores y multiplicadores de CTE-NTE uso de blogs herramienta para socializar y construir el conocimiento, para llamar la atención a la reflexión sobre la importancia de la difusión de conocimientos a través de la red para difundir el conocimientos, sino también para intercambiar experiencias. Se centra en el uso de la herramienta de los blogs como red interactiva para la socialización y construcción del conocimiento. Se plantea la discusión sobre la importancia de la producción intelectual mediante el uso de la red, su influencia directa en las relaciones sociales y grandes oportunidades en el contexto de la audiencia de los multiplicadores de los docentes para esta investigación. Presenta la opinión propia basada en el asunto de conformidad con lo observado y los investigadores sugieren que en sus obras sobre la realidad del uso de las redes sociales en Internet, y específicamente el uso de los blogs como una red social de la apropiación. Los resultados del estudio fueron obtenidos sobre la base de las respuestas del cuestionario de opción múltiple. De las conclusiones, llegamos a la conclusión de que hay puntos positivos que se recomienda para la práctica del multiplicador del maestro, sino que también proporcionó datos que muestran la necesidad de orientación para el uso de la herramienta de blog, un objeto de esta investigación. PALAVRAS CLAVE: red de interacción; blog, licencias, la socialización del conocimiento; el ciberespacio; las relaciones sociales.
  • 8. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Diagramas das Redes de Paul Baran..............................................................................................................34 Figura 2 - Comunicação e linguagem...............................................................................................................................35 Figura 3 - Rede de blogs..................................................................................................................................................53 Figura 4 - Ferramentas mínimas......................................................................................................................................55 Figura 5 - Tipos de mensagens........................................................................................................................................56 Figura 6 - Estrutura do laboratório de informática da CTE ..............................................................................................60 Figura 7 - Formação continuada em tecnologias educacionais.......................................................................................63 Figura 8 - Formação continuada para professores..........................................................................................................64 Figura 9 - Formação para alunos.....................................................................................................................................67 Figura 10 - Mapa político..................................................................................................................................................69 Figura 11 - Número de escolas com internet atendidas pelos multiplicadores................................................................70 Figura 12 - Grau de escolaridade dos professores multiplicadores ....................................73 Figura 13 - Uso dos recursos de áudio e vídeo...................................................................................74 Figura 14 - Uso do slide share...........................................................................................................................75 Figura 15 - Uso do embeb ...............................................................................................................................................75 Figura 16 - Uso do tag......................................................................................................................................................75 Figura 17 - Habilidades do professor quanto ao uso do blog...........................................................................................76 Figura 18 - Análise da rede de interação da coordenadoria............................................................................................78 Figura 19 - Análise quanto ao uso do blog.......................................................................................................................79 Figura 20 - Análise quanto ao número de acesso............................................................................................................80 Figura 21 - Análise quanto ao acesso..............................................................................................................................81
  • 9. ix LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Conceitos e definições: dado, informação e conhecimento...........36 Quadro 2 – Mapa de navegação – página inicial................................................................................................50 Quadro 3 – Mapa de navegação – página 1.......................................................................................................50 Quadro 4 – NTE e CTE e seus respectivos blogs..............................................................................................54 Quadro 5 – Fluxograma das atribuições dos professores da pesquisa.............60
  • 10. LISTA DE SÍMBOLOS Creative Commons...................................................................26 Copyright...................................................................................26 Copyleft......................................................................................27
  • 11. LISTA DE SIGLAS UNITINS – Fundação Universidade do Tocantins UNED – Universidade Nacional de Educação à Distância CTE - Coordenadoria de Tecnologia na Educação SEDUC – Secretaria da Educação e Cultura NTE – Núcleos de Tecnologia na Educação WWW – World Wide Web – Rede de Alcance Mundial DMCA - Digital Millenium Copyright Art GNU – General Public License – Licença Pública Geral GPL – General Public License – Licença Pública Geral HTML – HyperText Markup Language – Linguagem de Marcação de Hipertexto TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação UCA – Um Computador por Aluno SUMÁRIO
  • 12. 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................15 1.1 JUSTIFICATIVA...............................................................................................18 1.2 PROBLEMA......................................................................................................19 1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA............................................................................19 1.3.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................19 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................20 1.4 PARTICIPANTES.............................................................................................20 2 MARCO REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................21 2.1 CIBERESPAÇO................................................................................................21 21 2.1.1 O CIBERESPAÇO E O TEMPO..................................................................23 2.1.2 CIBERESPAÇO E DIREITOS AUTORAIS ...............................................24 2.1.3 PRINCIPAIS TIPOS DE LICENÇA: CREATIVE COMMONS, COPYRITH E COPYLEFT...................................................................................................................25 2.1.4 AS NOVAS FORMAS EMERGENTES DE PERIGO NAS RELAÇÕES POR MEIO DA REDE ........................................................................................................28 2.1.5 PODER E CONTROLE NO CIBERESPAÇO.............................................29 2.2 AS RELAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE DIGITAL ....................................31 2.2.1 EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS ......................................................................................................................31 2.2.2 A TOPOLOGIA DE REDES SOCIAIS ......................................................33 2.2.3 O CONHECIMENTO E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS34 2.2.4 INTERAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO........................37 2.3 CONCEITUANDO E APRESENTANDO BLOG ..........................................40 2.3.1 PROCESSO HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DE WEBLOGS.............40 2.3.2 CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS WEBLOGS.....................................41 2.3.3 POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO OFERECIDAS PELA FERRAMENTA BLOG ...........................................................................................................................42 2.3.4 USO PEDAGÓGICO DA FERRAMENTA BLOG.....................................44 2.3.5 CATEGORIAS DA REDE DE BLOGS.......................................................45 2.3.6 CONVERGÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO POR MEIO DO BLOG .......................................................................................................................................46
  • 13. 3 Produção Multimídia.............................................................................................................48 3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................48 3.2 PARTICIPANTES ............................................................................................49 3.3 MAPA DE NAVEGAÇÃO..................................................................................49 3.4 GUIA TÉCNICO................................................................................................50 3.5 ESTRUTURA HIERÁRQUICA DOS SETORES EM QUE TRABALHAM OS PARTICIPANTES DA PESQUISA .........................................................................50 3.6 FORMATO DA REDE DE BLOGS E SEU FUNCIONAMENTO......................51 3.7 NÚCLEOS DE TECNOLOGIAS E SEUS RESPECTIVOS BLOGS.................53 3.8 FERRAMENTAS DE INTERAÇÃO MÍNIMAS UTILIZADAS PELO GRUPO DE PROFESSORES MULTIPLICADORES NA REDE DE BLOGS.............................53 Figura 5 - Tipos de mensagens ...............................................................................................55 Neste capítulo, vimos como se deu o planejamento da produção multimídia, o formato escolhido de acordo com o tipo de interação, as ferramentas mínimas utilizadas, a forma de comunicação desejada entre os membros da rede. Salientou-se, ainda, a estrutura hierárquica dos setores envolvidos e suas funções. ....................................................................................55 4 ABORDAGEM METODOLÓGICA ....................................................................................56 4.1 CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO HISTÓRICO E DE ATUAÇÃO DOS PARTICIPANTES ...................................................................................................57 4.2 A FORMAÇÃO CONTINUADA EM TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS..........61 4.2.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA FORMAÇÃO PARA PROFESSORES............................................................................................................61 4.2.2 FORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS PARA ALUNOS...............................66 4.3 MAPA POLÍTICO-ADMINISTRATIVO DO TOCANTINS.................................67 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................................71 5.1 PERFIL DOS PROFESSORES MULTIPLICADORES.....................................71 5.2 ANÁLISE DA PROPOSTA DE TRABALHO POR MEIO DA REDE DE BLOGS APÓS A IMPLANTAÇÃO........................................................................................76 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................85 7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................................88 8 ANEXOS...............................................................................................................................93 9 Anexos...................................................................................................................................94 9.1 ANEXO 1 - AUTORIZAÇÃO.............................................................................94
  • 14. 9.2 ANEXO 2 - QUESTIONÁRIO............................................................................95 9.3 ANEXO 3 – OFICINA........................................................................................96 9.4 ANEXO 4 - BLOGS DA REDE ....................................................................100 9.5 ANEXO 5 – TERMO DE UTILIZAÇÃO DE IMAGEM.....................................108 9.6 ANEXO 6 – ORGANOGRAMA ......................................................................109
  • 15. 1 INTRODUÇÃO Os avanços na comunicação foram fundamentais para o relacionamento dos indivíduos em cada época. Na Pré-História, o que marcou a comunicação entre os seres foi a pintura rupestre. O ser humano estava distante de nossa era, mas conseguiu revolucionar por meio da invenção do “log 1”. Esse mecanismo da comunicação não perdeu sua importância até nos dias atuais. Houve mudanças nas formas de comportamento das pessoas, na maneira de disseminar os saberes, enfim, de se comunicar. A rede mundial, WWW ofereceu possibilidades de comunicação instantânea, sem importar com barreiras como tempo e espaço. A implantação da WEB 2.0 modernizou mais ainda as ferramentas. A partir da interação oferecida nos sites, podem-se sistematizar estratégias que subsidiem o trabalho dos professores multiplicadores2 que atuam diretamente com a formação de professores. Consequentemente, haverá possibilidade de reverter o lado negativo da elitização da informação e usar articuladamente a persuasão e o poder sedutivo da tecnologia, em prol do desenvolvimento do conhecimento e da melhoria da aprendizagem. Um ambiente interativo como o blog, com suas características técnicas, pode ser considerado pedagógico e propiciar um aprendizado em que metodologias, atividades e estratégias de sucesso devem ser compartilhadas e a aprendizagem acontecer por meio da discussão e da colaboração em rede ao crivo da mente de todos de forma democrática. No contexto atual, deve-se entender que a sociedade do conhecimento exige um novo profissional, que seja capaz de resolver situações- 1 Log significa registro. 2 Professor multiplicador é o termo empregado para conceituar a função do profissional que trabalha com a formação de professores para uso das tecnologias de informação e comunicação.
  • 16. 16 problema, criar, conviver em equipe e desenvolver trabalhos colaborativamente. Nesse sentido, os educadores precisam ter a oportunidade de letrar-se digitalmente e, para tanto, precisam ser preparados, para então entender e fazer parte do processo. A participação do professor multiplicador na construção do seu próprio conhecimento e a interação entre o grupo, por sua vez, resultou em aprendizado colaborativo que se dá em forma de debate ativo e intercâmbio grupo a grupo. Nesse sentido, considerou-se que a formação de uma rede se caracteriza como um sistema ou um campus virtual de interação. A falta de comunicação interativa desse grupo e a convicção de que a interação seria de grande valia para o trabalho dos professores multiplicadores despertou-me para formar uma rede interativa utilizando os blogs dos NTE e o da CTE para troca de experiências, divulgação dos trabalhos e do desenvolvimento de uma cultura de registro de atividades. Este trabalho está estruturado em seis capítulos. A introdução do tema está subdividida em introdução, problemática da pesquisa, objetivos e justificativa, em que se mostram os motivos pelos quais se prossegue no tema proposto. Em seguida, apresenta-se o marco referencial teórico, em que é explicitada a revisão bibliográfica, em cujas bases fundamentam-se o problema. Nessa revisão, discorreu-se sobre as relações sociais a partir da inserção e do uso das TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação no cotidiano das pessoas e como mudaram os rumos das relações da humanidade. Mostra o que sofreu modificações na forma de transmitir e receber informações a partir da revolução tecnológica, a relação da nova organização estrutural da sociedade, a situação dos profissionais diante das novas habilidades exigidas no mercado de trabalho e do dia a dia das pessoas que, para manusear esses novos equipamentos de comunicação informacional, se viram obrigadas a adaptar-se a uma infraestrutura e superestrutura avançada. As relações sociais tomaram novas dimensões dentro do tempo e do espaço, pois as relações se dão sem fronteiras físicas. O referencial teórico está distribuído em quatro tópicos: • ciberespaço: apresenta questões específicas com relação ao uso do ciberespaço, o espaço e o tempo, as possibilidades, as leis que regem o
  • 17. 17 ciberespaço, como também os perigos da rede, os novos paradigmas observados no mundo virtual; • as relações sociais na sociedade digital: discorre-se sobre as relações sociais a partir da inserção e do uso das TIC no cotidiano das pessoas e os rumos das relações da humanidade; • conceituando e apresentando blog: apresenta-se e conceitua-se a ferramenta blog, dispõem-se suas categorias, funções e classificações revelam-se ainda as possibilidades de uso da rede de apropriação por meio do blog; • proposta de produção multimídia: a discussão é centrada no planejamento da produção multimídia, a qual divulga todo o trabalho do mestrado, mostra inclusive as produções, as atividades e os trabalhos desenvolvidos nos dois anos de estudo, com um link especial que é da aplicação da proposta desta pesquisa. O capítulo da abordagem metodológica apresenta um panorama geral dos procedimentos utilizados na pesquisa. No capítulo dos resultados, das análises e das propostas, discutiram-se os dados coletados com a revisão bibliográfica, apresenta-se a pesquisa de campo desenvolvida, as conclusões e as sugestões para sua continuação. Portanto, esta pesquisa almejou especificar consistências e inconsistências no processo de comunicação, possíveis alternativas para potencializar a interação na comunicação entre os professores multiplicadores e uma possível autoria e co- autoria desses interlocutores. A pesquisa bibliográfica se fundamentou, nos seguintes autores: Castels (2008), sociedade em rede; Recuero (2009), redes sociais na internet; Lévy (1994), inteligência coletiva; Lemos (2002), cibercultura; Freire (1994), pedagogia do oprimido; Acedo e Buesa (2007), convergência dos meios tecnológicos; Lopez, Buson, Martinez e Sadaba (2008), poder e controle do ciberespaço; Hewitt (2007), por que os blogueiros blogam; Marco Silva (2000), Primo (2003), Tedesco (2004), Almeida (2005), Squirra (2005), Prado (2003). O grande desafio desta pesquisa foi observar qualitativamente, após sua aplicação, que contribuições o blog pode oferecer aos professores multiplicadores
  • 18. 18 em termos de possibilidade de interação, socialização e construção de conhecimento a partir da formação de uma rede de interação. A partir da convicção de que a interatividade é um dos tópicos centrais da comunicação e que está incorporada às possibilidades de trabalho dos responsáveis pelos NTEs é que se pensou em potencializar os trabalhos aliando a interação à divulgação, socialização e construção do conhecimento, como também pela emergência de questões que foram sendo observadas para melhorar a comunicação entre CTE e NTE. Compreender, explicar e buscar estabelecer uma tessitura de redes para comunicação interativa entre a CTE e NTE foi o foco desta pesquisa, que teve como objeto de estudo o uso da ferramenta blog como rede de interação para socialização e construção de conhecimento. 1.1 JUSTIFICATIVA Os meios de comunicação têm grande influência como transformadores sociais, por isso podem espalhar ideologias e atingir os mais diversos objetivos, dependendo da intencionalidade de quem propõe algo na rede e da ferramenta que se escolhe para trabalhar. As ações da CTE e NTE têm demandado cada vez maior sintonia entre seus eixos de abordagem: interação, conteúdo e capacitação. Visando a promover interação entre os membros dos NTE e CTE, no ano de 2008, após estudos, a CTE ofereceu capacitação para os professores multiplicadores de todo Estado de como se dá a criação de blog. Depois disso, criou- se um blog para cada NTE. Cada membro desse grupo é responsável pela própria aprendizagem e corresponsável pelo desenvolvimento do grupo. A ideia central da proposição da formação da rede de blogs foi promover a produção de conhecimento entre várias pessoas. Segundo Almeida (2005, p. 71), “o grupo que trabalha em colaboração é autor e condutor do processo de interação e criação”. Apesar de o grupo de multiplicadores trabalhar diretamente com formação de professores para o uso das TICs no seu cotidiano, não se aproveitaram ainda as ferramentas interativas para divulgação das ações e da interação entre o grupo. Isso provocou um incômodo que gerou a proposta desta pesquisa do mestrado. O estudo
  • 19. 19 proposto relacionado à tessitura de redes interativas constituiu-se a partir do fato de que a ferramenta blog poderia atender à necessidade de divulgação, armazenamento e construção de conhecimento no ambiente on-line. Outro fator importante para a decisão de investigar o uso do blog como rede de interação, socialização e construção do conhecimento foi a facilidade de manuseio de administração que ele oferece. Desde a criação, no primeiro semestre de 2008, 10% apenas tiveram suas publicações atualizadas, esse fato provocou preocupação, pois, para editar e publicar conteúdos, não é preciso ser especialista em HTML 3, o próprio aplicativo realiza a codificação da página. Foi escolhida a ferramenta Blogger para a criação dos blogs do NTE e da CTE. A hospedagem da página pode ser livre se a opção for por versão de hospedagem gratuita. 1.2 PROBLEMA Como se dá o processo de comunicação por meio da rede de blogs entre a equipe de professores multiplicadores dos Núcleos de Tecnologia Educacional - NTE e a equipe de Técnicos da Coordenadoria de Tecnologia na Educação - CTE? 1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA 1.3.1 OBJETIVO GERAL 3 HTML – HyperText Markup Language - Linguagem de Marcação de Hipertexto.
  • 20. 20 Averiguar os processos de criação, articulação, monitoramento e as possibilidades de socialização e construção de conhecimento por meio da rede de blogs envolvendo a Coordenadoria/Núcleos de Tecnologias na Educação do Tocantins. 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Realizar oficinas para criação e sensibilização para uso pedagógico de blog nos Núcleos de Tecnologias do Tocantins. • Propor o uso do blog como canal de comunicação e estabelecer uma tessitura de redes para promover maior interatividade entre CTE e NTE. • Avaliar, por meio da aplicação do questionário desta pesquisa, as possíveis dificuldades para o uso da ferramenta. • Favorecer o trabalho coletivo e a socialização de produções pedagógicas por meio da integração, da colaboração e da participação efetiva do grupo de blogueiros (professores multiplicadores). 1.4 PARTICIPANTES O público que contribui com a pesquisa foram os 38 professores multiplicadores que trabalham na Coordenadoria de Tecnologias na Educação e nos 13 Núcleos de Tecnologias Educacionais do Tocantins.
  • 21. 21 2 MARCO REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 CIBERESPAÇO Estrutura criada e estabelecida pela evolução tecnológica e pelas construções feitas a partir da apropriação das novas tecnologias, por parte das pessoas, o ciberespaço é considerado como uma dimensão da sociedade em rede, um espaço de interação humana. As memórias informatizadas constituem e mantêm o fluxo que define as novas formas de relações sociais da rede. Lévy (1999, p. 167) afirma que O ciberespaço, interconexão dos computadores do planeta, tende a tornar- se a principal infraestrutura de produção, transação e gerenciamento econômicos. Será o principal equipamento coletivo internacional da memória, pensamento e comunicação. Em resumo em algumas dezenas de anos, o ciberespaço, suas comunidades virtuais, suas reservas de imagens, suas simulações interativas, sua irresistível proliferação de textos e de signos, será o mediador essencial da inteligência coletiva da humanidade. As previsões de Lévy estão se confirmando, pois o ciberespaço impõe mudanças no comportamento das pessoas por meio do processo de veiculação de conteúdos, pelas comunidades que surgem e por todas as possibilidades que a rede oferece. De acordo com Lemos (2002, p. 138), há no ciberespaço a possibilidade de se criar um mundo imaginário. O autor expõe que “O ciberespaço é a encarnação tecnológica do velho sonho de um mundo paralelo, de uma memória coletiva, do
  • 22. 22 imaginário, dos mitos e símbolos que perseguem o homem desde os tempos ancestrais”. É um espaço que, a partir da inserção das tecnologias, teve função de banco de dados, porque armazena arquivos, em que tudo registrado se torna memória coletiva e nele se apresentam todas as crenças da humanidade. Com o uso do ciberespaço, criou-se uma espécie de metamorfose no que se refere às atividades que antes dependiam de espaço e tempo. Atividades e ações hoje podem ser desenvolvidas independentes de espaços físicos e ainda podem acontecer simultaneamente no espaço virtual da rede e com uma interface gráfica fascinante. Almeida (2005) salienta que, por meio da rede formada no ciberespaço, novas possibilidades seguidas de novos espaços de comunicação, mediados por novas máquinas, novas conexões, novos ambientes e novos suportes fazem das pessoas produtoras de conhecimento. A rede de informações e conhecimentos tecida na organização constitui um organismo vivo, cujo sistema tem uma capilaridade que se realimenta do próprio contexto, das competências individuais, projetos, recursos e conhecimentos produzidos internamente, bem como do que é gerado no ambiente externo. Essa rede representa mais do que um recurso tecnológico, tendo a função de organizar e viabilizar as ligações (conexões) entre as informações (nós), processá-las, mantê-las em memórias dinâmicas, realizar a busca seletiva e sua atualização instantânea (ALMEIDA, 2005, p. 2). Já para Lévy (1994), o ciberespaço é o suporte de uma “inteligência coletiva”4, que pode contribuir para que haja a diminuição da exclusão, ou o extremo, que é a destruição humana resultante da aceleração do movimento técnico e social. Nessa abordagem, pode-se interpretar que o resultado do uso do ciberespaço depende da intencionalidade de quem utiliza. A partir da nova infraestrutura implantada com computadores, exigiu-se conhecimento avançado, passou-se a exigir uma nova organização estrutural da sociedade com relação ao tempo, novos modos de relacionamento, trabalho e socialização. Nesse contexto, demandaram-se profissionais e consumidores que adquirissem novas habilidades para manusear os novos equipamentos de comunicação informacional. 4 Inteligência coletiva é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.
  • 23. 23 O ciberespaço desempenha importante papel social ao disponibilizar diversos tipos de informações de forma aberta que, por meio de uma linguagem não linear, permite ao usuário opinar, interagir e até mesmo tornar-se coautor da informação que recebe. O ciberespaço tem como característica a mistura das diferentes linguagens digitais (linguagem de muitos para muitos), hipermídia, hipertexto e multimídia, que permitem ao internauta desempenhar duplo papel - o de emissor e receptor - que consegue interagir, sendo sujeito ativo no processo de comunicação e produção (WEB 2.0). Atores sociais trocam informações nesse espaço e criam culturas ao desenvolverem essa comunicação, criam identidades e reputação boa ou não, isso depende do uso que se faz do ciberespaço. 2.1.1 O CIBERESPAÇO E O TEMPO Castells (2008, p. 523) assevera que O tempo linear, irreversível, mensurável e previsível está sendo fragmentado na sociedade em rede, em um movimento de extraordinária importância histórica. [...] A mente da atualidade é a mente que nega o tempo e que esse novo sistema temporal está ligado ao desenvolvimento das TIC – Tecnologias de Comunicação. Essa reflexão mostra que a inserção das TIC e o uso do ciberespaço mudaram a atuação humana dentro do tempo. O tempo cronológico, linear transformou-se em um “tempo intemporal” que se mistura com o tempo cronológico linear vivido no dia a dia das pessoas. É um ambiente comunicacional em que as fronteiras do espaço e do tempo são simplesmente ignoradas. As mudanças com relação ao tempo geram um novo mecanismo, um espaço abstrato, chamado de “espaço de fluxos5” nomenclatura criada por Castells (2008) para definir o intercâmbio que acontece na rede, por meio das informações que circulam. Há dificuldades de adaptação das pessoas nesse novo formato de viver nesse tempo. Castells (2008, p. 557) explica que 5 O espaço de fluxos é a organização das práticas sociais de tempo compartilhado, que funciona por meio de fluxos (CASTELLS, 2008).
  • 24. 24 O tempo intemporal pertence ao espaço de fluxos, ao passo que a disciplina tempo, o tempo biológico e a sequência socialmente determinada caracterizam lugares em todo o mundo, estruturando e desestruturando materialmente nossas sociedades segmentadas. A abordagem de Castells mostra que as condições de instantaneidade, simultaneidade e intemporalidade impõem mudanças no comportamento das pessoas, ou seja, surge uma nova cultura, a “cibercultura”, na qual os acontecimentos são disseminados mais rapidamente, ao contrário do modo como era em um tempo linear. Assim não é mais o tempo que controla o espaço. Nesse novo contexto, podem-se, por exemplo, desenvolver atividades em diferentes espaços físicos utilizando o espaço de fluxos de informações. Vive-se a era das incertezas, como afirma Hobesbown (1995), “há uma meta desordem social”. Na rede, ignora-se o tempo, o espaço e a distância, mas são necessários todos esses procedimentos de desordem para que se construa uma nova ordem social, com todo esse aparato tecnológico. 2.1.2 CIBERESPAÇO E DIREITOS AUTORAIS A partir da introdução dos meios digitais como mecanismos de produção, distribuição e divulgação de conteúdos, a produção intelectual, que antes era dependente da impressão, passou por processos de mudanças. Essas mudanças implicaram a criação de diferentes estratégias para manter a privacidade de obras ou mesmo controlar um ambiente que é aberto a milhares de usuários como é o caso da internet. Lawrence Lessig (1956) descreve a cultura livre destacando alguns pontos fundamentais para que realmente se efetive essa proposta. Quando o mundo software livre iniciou-se não havia nenhum direito reservado, mas, com o passar do tempo e a evolução dos meios e conteúdos, foi necessário se criar um desenho de mecanismo para garantir a cultura livre, como também para garantir os direitos dos criadores, ou seja, o software proprietário, “o copyright”. Mesmo com esse mecanismo, é necessário ainda contar com os legisladores para garantir leis que estabeleçam regras tanto para o software livre como para o
  • 25. 25 software proprietário. Há uma grande luta para se restaurar a liberdade, pois o consumidor pode ser também produtor seguindo os parâmetros estabelecidos no copyright. Com o desenvolvimento, criou-se também o termo jurídico relacionado à propriedade privada, como, por exemplo, o “Creative commons”, que tem como objetivo criar conteúdos regidos por leis de copyright racionais, em que autores podem criar conteúdos manipulando os que já existem, possibilitando, assim, aos consumidores tornarem-se produtores. Apesar de todos esses critérios já estabelecidos, precisa haver apoio por meio de mudanças na legislação para garantir realmente uma cultura livre. Lessig (1956) aponta, ainda, algumas mudanças que precisam existir para que haja de fato a tão almejada liberdade e destaca que o governo deveria ficar fora do processo. Entre os critérios já estabelecidos, destacam-se os seguintes: • marcação das obras sob o copyright • registro de copyright • renovação de pedidos de copyright • marcação das obras, por meio de um sistema simples • período de copyright não determinado • conteúdo simples, claro para uma boa compreensão 2.1.3 PRINCIPAIS TIPOS DE LICENÇA: CREATIVE COMMONS, COPYRITH E COPYLEFT Há diferentes possibilidades na internet para usuários que utilizam a rede para consumir e também produzir conteúdos. No mundo dos produtores intelectuais, surgiu a necessidade de utilizarem certas denominações em suas referências no campo dos direitos outorgados aos autores de obras intelectuais (literárias, artísticas ou científicas). Dentro dessa perspectiva, encontram-se direitos de diferentes natureza, como os apresentados a seguir.
  • 26. 26 6 a) Creative Commons A palavra commons significa pedaço ou uma parte. Desse modo, o Creative Commons tem como objetivo criar conteúdos regidos por leis de copyright racionais, respeitando o que é estabelecido por leis. Em 1990, aconteceu a seguinte mudança: os chamados direitos autorais passaram a ser chamados de propriedade intelectual. Esse tipo de licença foi idealizado para permitir um padrão quanto ao que é permitido ou não, algo entre copyrith e copyleft, refere-se ao licenciamento e à distribuição de conteúdos ou produções intelectuais. As licenças sobre o Creative Crommons funcionam com resultados que podem ir desde liberação quase total dos direitos patrimoniais até posições quase que totalmente restritivas que deixam de permitir aos usuários a criação de obras derivadas ou uso de outros materiais licenciados. Nessa perspectiva, os autores podem criar conteúdos manipulando os que já existem desde que observem as regras preestabelecidas pelo autor de obras literárias, artísticas ou científicas, possibilitando, assim, aos usuários de conteúdos criados anteriormente tornarem-se também coautores. Isso se dá porque os conteúdos sob a licença Creative Commons têm a permissão dos autores para que sejam acrescentados novos itens ao que já está produzido. 7 b) Copyright Copyright quer dizer que o autor reservou os direitos da obra, ou seja, não pode ser copiado, pirateado, só pagando direitos ao autor. O objetivo do Copyright é criar incentivos que garantam direitos de exclusividade a um compositor de controlar as apresentações públicas de sua obra, e ao artista o controle sobre as cópias de suas apresentações tanto no que se refere ao conteúdo de forma geral, como também em relação à música. Os benefícios do Copyrgth são para os editores e os autores. Em 1998, foi publicada a lei Digital Millenium Copyright Art (DMCA) que garantiu o direito autoral aos editores de obras literárias, artísticas ou científicas. Feltrero (2006, p. 66) salienta que 6 Símbolo Creative Commons. 7 Símbolo do Copyright.
  • 27. 27 São os interesses associados aos mecanismos capitalistas para manter as posições dominantes em um determinadoo mercado os que verdadeiramente atendem ao interesse das grandes corporações no endurecimento da lei de propriedade industrial e propriedade intelectual. No caso específico do Copyright, o autor tem todos os direitos reservados. Exemplo: quando o autor cria uma imagem e deseja que ela mantenha a característica original, quem a distribuir deverá mantê-la sem alterações e citar seu autor. O objetivo do Copyright é criar incentivos que garantam direitos de exclusividade ao autor de controlar as apresentações públicas de sua obra, e ao artista e ao cientista o controle e recebimento de pagamento sobre as cópias e suas apresentações. c) Copyleft 8 O Copyleft é o tipo de licença livre. Stallman (2004, p. 28) destaca que La idea fundamental del copyleft es que se autoriza la ejecución del programa, su copia, modificación y distribución de versiones modificadas, siempre que no se añada ninguna clase de restricción a posteriori. De este modo, las libertades cruciales que definen el «software libre» quedan garantizadas para cualquiera que posea uma copia; estas libertades se convierten en derechos inalienables. Houve avanço no processo de instituição de leis, mas, devido ao processo de evolução do ciberespaço, essas leis hoje não acompanham a velocidade de diferentes possibilidades na internet e o número de usuários que estão utilizando a rede para consumir e também produzir conteúdos. É necessário que seja estabelecido um processo de criação de leis que consiga dar suporte e garantias aos produtores intelectuais para ser haja trabalhos reconhecidos e com seus direitos reservados. Segundo a Free Software Foundation, o Copyleft está enquadrado no rol das quatro liberdades básicas dos softwares livres. Por meio da lei de Copyleft, o usuário pode distribuir o software com ou sem modificações. A liberdade concedida por meio 8 Símbolo copyleft.
  • 28. 28 do Copyleft deve ser repassada da mesma forma, garantindo, assim, que a liberdade continue mantendo a mesma condição inicial de liberdade. Uma obra criada e disponibilizada sob a licença Copyleft deve ser grátis, o autor não recebe para produzi-la, ela é usada livremente, ou seja, pode ser modificada por quem a usa. A licença GNU GPL utilizada pelo Kernel Línux é a que nos serve como exemplo quanto à licença Copyleft porque é livre para que usuário do sistema Linux possa utilizar e modificar o código fonte do programa. A publicação sob a licença Copyleft permite que usuários a modifiquem e repassem nessa mesma perspectiva de liberdade. Mesmo assim, por questão de ética, quem a utilizar precisa citar o autor original. Nessa perspectiva, em relação à proteção dos direitos autorais dos autores e dos artistas, percebe-se que, por ser uma atividade relativamente nova, não se conseguiu chegar ao ideal no que se refere à legislação. As antigas leis criadas para regulamentar as ações de uso estão precisando ser revisadas em alguns pontos para que possa atender às demandas da atualidade. Especificamente no trabalho com weblog ou blog, faz-se necessário conhecer e respeitar os direitos autorais para que não se cometam erros de disponibilizar conteúdos sem citar os seus respectivos autores. No que se refere ao uso de imagens de pessoas, principalmente de crianças, deve-se documentar sempre autorização do dono da imagem e, no caso de menores, é obrigatório ter autorização de pais ou responsáveis. 2.1.4 AS NOVAS FORMAS EMERGENTES DE PERIGO NAS RELAÇÕES POR MEIO DA REDE A rede mundial de computadores, a internet, entre as inúmeras possibilidades de comunicação, interação e construção de conhecimento, oferece, também, na mesma proporção, inúmeros perigos para a população que a acessa. Adultos, jovens e crianças que têm acesso à rede estão vulneráveis a diversos perigos pela falta de conhecimento necessário para analisar criticamente os sites e o tipo de
  • 29. 29 conteúdo que acessam e identificar os tipos de pessoas com quem se relacionam. Esse é um aspecto preocupante, principalmente, para os “nativos digitais”, pois, embora tenham maior facilidade para a comunicação virtual, não estão preparados para fazer a distinção entre o útil e o nocivo. Lévy (1999, p. 29) alerta para o um grande perigo que ronda no ciberespaço: De fato, também vemos surgir na órbita das redes digitais interativas diversos tipos de formas novas [...] - de isolamento e de sobrecarga cognitiva (estresse pela comunicação e pelo trabalho da tela, - de dependência (vício na navegação ou em jogos em mundos virtuais), e mesmo de bobagem coletiva (rumores, conformismo em rede ou em comunidades virtuais, acúmulo de dados sem qualquer informação. O desafio está em como fazer para que os usuários da internet tenham consciência dos perigos que estão por trás da rede. Uma coisa é certa, a maioria das famílias e professores não está preparada para orientar jovens e crianças para o uso adequado da internet. Muitas vezes entram na caixa de entrada de e-mails pessoais mensagens como se fossem enviadas por pessoas conhecidas, porém são apenas vírus para capturar dados e serem armazenados por crackers9, que têm conhecimento na área de programação e utilizam a internet para invadir computadores e roubar informações confidenciais e até vendê-las. Por meio da rede, pessoas podem denegrir a imagem de outras com muita facilidade, em sites de relacionamento ou mesmo com imagens montadas. Existe, ainda, a questão da prostituição e da pedofilia que são problemas de escala global, nesses casos, também, há um favorecimento em prol dos criminosos, pois podem ter informações sobre as pessoas com facilidade. As redes sociais como o Orkut trazem diários completos dos usuários que se expõem por meio de vídeos, fotos e textos que identificam o padrão de vida, os locais que frequentam, onde estudam, onde trabalham, os as atividades do cotidiano. A partir de tantas informações, os criminosos se organizam para elaborar como e quando atacar as pessoas. 2.1.5 PODER E CONTROLE NO CIBERESPAÇO 9 Crackers são pessoas que conseguem quebrar sistemas de segurança de forma ilegal.
  • 30. 30 Existem servidores mundiais que armazenam todas as informações que transitam na rede com o objetivo de selecionar as informações e invadir a privacidade dos usuários com interesses políticos, econômicos ou sociais definidos pelos que detêm o poder. Existem programas de vigilância que estão na rede com o objetivo de manter bancos de dados com informações atualizadas sobre pessoas para traçar perfis com fins comerciais. A espionagem teve grande importância em outras épocas e, atualmente, tem mais ainda, seja para investigações, controle, terrorismo ou fins comerciais. É por meio dos bancos de dados que esses sistemas armazenam as informações desejadas. Para a coleta delas, utilizam-se muitas vezes palavras-chave como parâmetro para separá-las. O controle é fundamental para a classe dominante detentora do poder, que é uma minoria, que consegue impor a ideologia consumista às classes menos favorecidas. Outra forma de domínio que se apresenta nesse contexto é a própria linguagem da web. A linguagem HTML10, toda em inglês, evidencia a dominação cultural. Os conteúdos das mensagens produzidas e veiculadas por meio do ciberespaço têm ainda o poder de persuadir os usuários a certas situações, como: influenciar crianças, jovens e adultos a acompanharem certas tendências lançadas por meio da rede; manipular opiniões; produzir efeitos como ódio, emoções; induzi- los a comprarem diversos produtos. Há uma espécie de guerra invisível que ocorre na rede, na qual as informações são importantíssimas, pois podem decidir, em questões de segundos, quem vence e quem perde, seja no ramo empresarial, no âmbito da política e/ou mundial. Instalou-se ainda a cultura da violência em abrangência mundial, por meio dos efeitos gerados nos telespectadores a partir da recepção de programas violentos, como, por exemplo, filmes de ficção ou mesmo noticiários e até mesmo jogos. A exposição feita dos desafios e dos conflitos que a sociedade do novo milênio enfrenta tem como objetivo responder às questões específicas em relação 10 HTML (HyperText Markup Language - Linguagem de Marcação de Hipertexto) é a uma linguagem considerada a base de todas as outras linguagens de desenvolvimento de projetos para WEB.
  • 31. 31 ao uso do ciberespaço, expor as possibilidades de mudança de valores, seja na vida pessoal, escolar ou profissional, e as leis que regem o ciberespaço, como também, os perigos da rede. Portanto é fato que o desenvolvimento não pode parar e que se devem criar leis para regulamentar o uso do ciberespaço, como também, de certa forma, as pessoas precisam adaptar-se às novas realidades para apropriar-se das ferramentas oferecidas na rede e melhorar suas ações, otimizar o tempo e poder usar as mudanças adequadamente em seu benefício. Dessa forma, faz-se necessário que legisladores e usuários discutam esse tema e escolham a melhor opção de regulamentação para atender aos interesses não somente das pessoas que controlam o ciberespaço, mas também dos usuários. 2.2 AS RELAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE DIGITAL As informações apresentadas neste tópico colocam em destaque as seguintes temáticas: evolução tecnológica, relações sociais estabelecidas por meio da rede digital, topologia das redes, a interação e construção do conhecimento. 2.2.1 EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS Tem-se registrado considerável avanço nas diferentes fases da história da humanidade em relação à evolução tecnológica. Em cada período desse processo evolutivo, a tecnologia tem interferido na socialização da humanidade. Pode-se afirmar que as tecnologias têm sido importantes para a sobrevivência dos seres, o desenvolvimento do comércio e da indústria, a convivência em sociedade, bem como a realização das atividades do dia a dia. Em todas as épocas, a comunicação tem sido fundamental para o relacionamento dos indivíduos. Na Pré-História (período anterior a 4000 a.C), a pintura rupestre marcou a comunicação entre os seres humanos. Naquela época, os
  • 32. 32 humanos, embora distantes de conhecerem os recursos que se têm hoje, conseguiram revolucionar a comunicação por meio da invenção do “log” 11. Esse mecanismo da comunicação não perdeu sua importância até os dias atuais, da mesma forma que somos, até hoje, beneficiados pela descoberta pré-históricas do fogo e pela invenção da roda. É importante assinalar que, nos primórdios da humanidade, essas descobertas tecnológicas rudimentares já exerciam grande influência nos relacionamentos. Por questões de sobrevivência das tribos, ter o domínio do conhecimento para manusear o fogo e o conforto para usufruí-lo era motivo para disputas e conflitos. A escrita, criada por volta de 4000 a.C, na Mesopotâmia, marcou a nossa história como um fator importantíssimo para as relações da humanidade, pois estavam firmados, a partir daí, outros tipos de relações entre os indivíduos. A história de um povo poderia ser registrada com detalhes e sem perda de informações para a posteridade por meio da invenção da imprensa de Gutenberg (por volta de 1450). Analisando ainda a comunicação no período que antecede a implantação da TV, pôde-se sentir claramente o quanto ela interferiu nas formas das pessoas se relacionarem, trouxe mudanças nos hábitos e nos costumes, pois antes se encontravam em praças para conversar, existia um contato maior entre as pessoas. Com a chegada da televisão, elas passaram a ficar isoladas em suas casas numa comunicação unidirecional12, um-todos, oferecida pela TV. As transformações, no âmbito das comunicações no século XX, foram uma verdadeira revolução, sua produção atingia a massa, que via os programas na mais completa posição de passividade diante do que era apresentado. Ainda no século XX, surgiu o computador, tecnologia que teve grande influência na vida das pessoas, principalmente nas gerações mais novas. A internet foi criada, de início, para fins de controle militar. Comparando com o seu uso na atualidade, percebe-se que a utilização foi diversificando e atingindo outros fins. Cada invenção foi muito importante para a sociedade e, consequentemente, trouxe mudanças no modo de vida das pessoas de cada época, da mesma forma, que agora, traz para nós no século XXI. 11 Log significa registro. 12 Tecnologia que se desloca em um sentido único. Receptor passivo diante das informações.
  • 33. 33 Toffer apud Santos (2003, p. 113) identificou, a partir de seus estudos, “três ondas de desenvolvimento” da civilização: • A primeira onda de desenvolvimento ocorreu antes da Revolução Industrial ainda no século XVIII, nessa época a comunicação acontecia por meio da família, escola, Igreja, trabalho e entre instituições, um tipo de comunicação [...] interpessoal e grupal. • A segunda onda de desenvolvimento aconteceu na fase da Revolução Industrial, começava a comunicação de massa por meio de jornal, rádio, TV, um modelo comunicacional que era unidirecional, por isso, influenciou no comportamento da massa, o receptor era passivo diante das informações. Essa era a característica mais forte dessa época, o controle através dos meios de comunicação. • A terceira onda de desenvolvimento se dá na chamada sociedade pós- industrial, com um aparato tecnológico que consegue instantaneamente transmitir e receber milhares de mensagens, um sistema que desmassifica a comunicação por permitir a participação do receptor no processo. Os meios de comunicação e informação na sociedade têm hoje um papel decisivo na circulação de informação. Uma diversidade de áreas aplica as tecnologias da informação e comunicação com sucesso no desenvolvimento de seus trabalhos. Profissionais da medicina, da agricultura, da comunicação e outras áreas utilizam, com muita propriedade, os meios tecnológicos para o desenvolvimento de seus trabalhos. Para isso, foi necessário fazer investimentos em pesquisa e na formação dos profissionais. Na educação, as tecnologias trazem grandes contribuições, pois, por meio das redes de comunicação em ambientes virtuais de aprendizagem, as pessoas podem estudar em universidades de cidades distantes sem sair de casa, essa é uma das vantagens que a rede13 oferece. 2.2.2 A TOPOLOGIA DE REDES SOCIAIS Entre as mudanças que as tecnologias proporcionaram, destacam-se os laços sociais que foram sendo criados pela internet de acordo com os interesses de seus autores. Esses laços se expandiram e deram origem a agrupamentos interligados que receberam a denominação de rede, como se pode visualizar na figura 1. 13 De acordo com Castells (2008), redes são estruturas abertas que conseguem se expandir sem limites e integram novos nós que conseguem estabelecer uma comunicação. A rede é considerada um sistema aberto, dinâmico e suscetível de inovação.
  • 34. 34 Figura 1 - Diagramas das redes de Paul Baran Fonte: Baran (1964, p. 2) A figura 1 destaca, de acordo com o pensamento de Baran (1964), três tipos de topologias básicas das redes: • centralizadas: redes em que um nó centraliza ampla parte das conexões (forma de estrela); • descentralizadas: redes que são cultivadas por poucos nós; • distribuídas: redes que têm uma quantidade proporcional de nós. As redes centralizadas demonstram que há um comando central na interação, os participantes interagem com um único nó. Uma rede descentralizada tem poucos nós, mas, mesmo assim, acontece interação com outros nós. A rede distribuída possibilita um tipo de interação igualitária, na qual todos os participantes têm o mesmo nível de interação nó a nó. 2.2.3 O CONHECIMENTO E SUA INFLUÊNCIA NAS RELAÇÕES SOCIAIS O conhecimento de cada indivíduo é muito relativo e depende, às vezes, de suas vivências, do contexto social e cultural em que vive, como pode ser observado na figura 2.
  • 35. 35 Figura 2 - Comunicação e linguagem Fonte: Santos (2003, p. 21) Em razão das rápidas mudanças pelas quais o mundo tem passado no âmbito do desenvolvimento tecnológico, para o manuseio de ferramentas e aparatos tecnológicos, é necessário conhecimentos específicos, habilidades e competências que nem todos têm, principalmente, a população adulta. Adolescentes e crianças estão à frente no domínio do manuseio e no entendimento da linguagem das novas tecnologias. É preciso considerar-se que, para acriança e o jovem educando, não basta apenas técnica e habilidade para as leituras da linguagem tecnológica. No processo formativo, é necessária a mediação por parte do professor para que se desenvolva neles o senso crítico e a capacidade de análise e seleção do que pode ser útil para o aprendizado. Não há dúvida de que as novas linguagens das TICs são mais fáceis para os "nascidos na era tecnológica" do que para os adultos. Muitas pessoas foram pegas de surpresa pela revolução tecnológica, por isso ainda têm dificuldades de processar e usar com propriedade as informações disponibilizadas na rede. Portanto é necessária a alfabetização digital, para grande parte das pessoas.
  • 36. 36 Segundo Squirra (2005), o conhecimento, sobretudo, tornou-se o novo sinônimo de poder. Dessa forma, a educação está numa fase de adaptação a esse novo fazer, embora, muito timidamente diante da extrema complexidade e da necessidade crescente da inserção das TICs no fazer pedagógico do professor. O quadro 1 mostra conceitos e definições sobre conhecimento, informação e dado. Quadro 1 – Conceitos e definições: dado, informação e conhecimento DADO Conjunto de fatos discretos e objetivos sobre eventos. Em uma organização, são os registros de transações. INFORMAÇÃO Dados com atributos de relevância e propósito. É entendida como mensagem. É apresentada sob a forma de documentos, mensagens visuais ou audíveis. É acima de tudo contextual. Constitui-se pelo entendimento, pela experiência e pela ação do ser humano. É intuitiva e se encontra ligada à: · capacidade de agir; · experiências e valores do usuário; · padrões de reconhecimento, analogias e regras implícitas; · está na cabeça das pessoas (tácito14) ou em documentos (explícito). CONHECIMENTO Familiaridade ou estado de consciência que se obtém com a experiência de estudar determinado fato. Soma da extensão / percurso / área do que tem sido encontrado, percebido ou aprendido. Especifica informação sobre alguma coisa. Fonte: adaptação de Squirra (2005, p. 257-258) O usuário da rede tem autonomia e é responsável pela sua navegação, mas, diante da complexidade de transformar informação em conhecimento, precisa ser capaz de gerir seu tempo, pois, no ambiente virtual, a qualidade da comunicação depende da pessoa e não somente do meio utilizado. A diversidade de informações pode ser um fator que enriquece o conhecimento, desde que não haja perda do foco do que se procura conhecer. 14 Tácito é o conhecimento adquirido ao longo da vida.
  • 37. 37 Lévy (1999, p. 157) destaca que, “pela primeira vez na história da humanidade, a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira”. Hoje se exige um profissional que se atualize continuamente, resolva situações-problema, seja criativo, saiba conviver em equipe e, principalmente, esteja disposto a ter uma formação continuada ao longo da toda a carreira. Segundo Prado (2003, p. 165), “o momento requer uma nova forma de pensar e agir para lidar com a rapidez e a abrangência de informações e com o dinamismo do conhecimento”. Tedesco (2004) explicita que a necessidade não é somente de criar condições de acesso às informações, mas saber filtrá-las e transformá-las em conhecimento. O autor acrescenta que O acesso a uma grande quantidade de informação não assegura a possibilidade de transformá-la em conhecimento. O conhecimento não viaja pela internet. Construí-lo é uma tarefa complexa, para a qual não basta criar condições de acesso à informação. Hoje para poder extrair informações úteis na internet, exige-se um conhecimento básico do tema investigado, assim como estratégias e referenciais que permitam identificar quais fontes são confiáveis. Por outro lado, não devemos esquecer que, para transformar a informação em conhecimento, exige-se – mais que qualquer outra coisa – pensamento lógico, raciocínio e juízo crítico (TEDESCO 2004, p. 97). Nessa perspectiva, sugere-se que o profissional da educação, referindo-se aqui ao professor multiplicador15, tenha a oportunidade de conhecer e experimentar, na sua prática, ferramentas interativas que promovam a divulgação e a melhoria do seu trabalho. O profissional da educação precisa ser um articulador de saberes para aproveitar o potencial das pessoas com quem trabalha ou com o educando e ter uma postura de estar sempre aprendendo. 2.2.4 INTERAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 15 Professor multiplicador é o profissional que atua nos Núcleos de Tecnologias Educacionais e tem como função a formação dos professores em tecnologia na educação.
  • 38. 38 De acordo com Silva (2003), a troca de saberes se dá pela interação, possibilidade oferecida por meio da perspectiva da interatividade comunicacional. O autor salienta que O professor pode deixar de ser um transmissor de saberes para converter- se em um formulador de problemas, provocador de interrogações, coordenador de equipes de trabalho, sistematizador de experiências e memória viva de uma educação que, em lugar de prender-se à transmissão, valoriza e possibilita o diálogo e a colaboração. [...] Os fundamentos da interatividade são três basicamente: a) participação – intervenção: participar não é apenas responder “sim” e “não” ou escolher uma opção dada, significa modificar a mensagem; b) bidirecionalidade – hibridação: a comunicação é produção conjunta da emissão e da recepção, é cocriação, os dois polos codificam e decodificam; c) permutalidade – potencialidade: a comunicação supõe múltiplas redes articulatórias de conexões e liberdade de trocas, associações e significações (SILVA, 2003, p. 100). A partir do uso das tecnologias da informação e da comunicação integradas ao currículo, pode-se propiciar uma aprendizagem em que o professor media a aprendizagem, fazendo com que o aprendiz torne-se sujeito do conhecimento na medida em que emite e recebe mensagem por meio da troca de informações. Nessa perspectiva, o grande ganho da interação está na produção final que se torna muito rica pela diversidade de ideias construídas coletivamente. O contexto atual exige participação ativa nos processos de comunicação, permite e requer a autoria e coautoria nas produções. A partir da inserção de ferramentas interativas, foi possível a sociedade ter nova forma de produção e de apropriação de saberes. A relação mensagem e receptor acontece em tempo real, mesmo em espaços diferentes as relações acontecem sem fronteiras. Hoje universidades oferecem cursos à distância. No Brasil, há um grande incentivo do governo federal por meio do Ministério da Educação, que está oferecendo cursos de graduação com licenciatura à distância por intermédio da Universidade Aberta e outros cursos por meio de ambientes virtuais de aprendizagem, como o PROINFO. A partir do uso da abordagem construtivista, houve grandes mudanças com relação à maneira de se trabalhar na educação, começou-se a considerar o conhecimento anterior do indivíduo, a sua cultura e suas transformações. Becker (1992, p. 88) assevera que:
  • 39. 39 Construtivismo significa a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos pensamento. Partiu-se para uma abordagem assimilativa e a aprendizagem tornou-se mais significativa, não mais por meio da repetição e da cópia muito utilizada na abordagem tradicional, que, por vir pronta, a aprendizagem não acontecia em sua plenitude, em que o professor transmitia conhecimento. A partir da complexidade do novo fazer, que exige um perfil diferente daquele do professor transmissor de conhecimento, o docente passou a direcionar o seu planejamento de modo a atender aos alunos, considerando a fase em que eles se encontram. Um indivíduo que está numa fase do processo do pensamento prático não consegue ainda explorar as conexões necessárias para pensar de maneira crítica ou por meio do pensamento abstrato. As práticas educativas, tanto na educação presencial quanto na educação à distância, se misturam e, algumas vezes, se confundem. Muitos discursos são voltados para uma educação emancipadora, porém, em alguns casos há apenas uma transmissão passiva, uma educação repetidora e bancária. A motivação tornou-se imprescindível para o sucesso. Ela pode ocorrer por meio de situações ou atividades interativas. Nessas atividades, os participantes sentem-se como parte do que é discutido. Sem estar motivado, geralmente, não se consegue ver nenhuma razão para querer aprender, não se consegue enxergar nenhuma utilidade para a vida naquilo que está se propondo e não se retém o que está sendo oferecido. A concepção de aprendizagem construtivista é a que mais se adéqua à prática educativa no uso do blog, pois possibilita uma provocação intensa por meio da interatividade e, por esse motivo, possibilita a aprendizagem por intermédio da rede. Neste tópico, discutiu-se sobre as relações sociais a partir da inserção das TICs no cotidiano das pessoas e como mudaram os rumos das relações da humanidade. Transmitir e receber informações a partir da revolução tecnológica não é da mesma forma que mesmo que antes, exigiu toda uma infraestrutura e
  • 40. 40 superestrutura altamente avançadas, o que demandou uma nova organização estrutural da sociedade, pois se precisou de profissionais e consumidores com novas habilidades para manusear os equipamentos de comunicação informacional. As relações sociais tomaram outras dimensões dentro do tempo e do espaço, agora as relações se dão sem fronteiras físicas. 2.3 CONCEITUANDO E APRESENTANDO BLOG O blog é uma abreviação de weblog, é um site on-line que permite entradas datadas e pode ser mantido por um ou mais administradores ou colaboradores. Esse site comporta links, imagens, vídeos, sons e comentários. Seus autores têm total autonomia porque podem criar conteúdos, disponibilizar conteúdos de outros autores, desde que respeitem os direitos autorais. Por meio de seu sistema de postagens de microconteúdos, é um espaço em que se dá a socialização pela internet. 2.3.1 PROCESSO HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DE WEBLOGS O blog foi criado, segundo Thompson (2006), por um estudante chamado Justin Hall, em 1997. No início, o blog foi pensado como uma forma de filtrar informações da internet e consistia basicamente em oferecer ao usuário alguns links e algumas indicações para websites ainda desconhecidos e para comentários dos mais diversos assuntos. Até 1999, existia, na rede, um número insignificante de blogs, só a partir dessa data começaram a surgir na rede ferramentas para criação de blogs, entre elas, estão o Blogger e Groksoup. Em 2006, já havia mais ou menos 57,4 milhões de blogs, em 2007, esse número havia aumentado para 70 milhões. A criação de blogs aumentou consideravelmente entre 2007 e 2009, porém, apenas 1,5 milhões deles são atualizados semanalmente. Isso implica dizer que a “vida” de um blog depende da regularidade com que é alimentado.
  • 41. 41 Para ser ativo, o blog precisa ser alimentado por postagens ou elementos com conteúdos realmente produzidos pelas pessoas que administram. Um bom blog deve seguir alguns critérios, como, por exemplo, ter um bom conteúdo, ser sempre lincado, ter feedback constante para os comentários e, principalmente, criar empatia nas postagens. 2.3.2 CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS WEBLOGS De simples diários on-line, os blogs hoje são utilizados como ferramentas de comunicação por profissionais dos diversos ramos de atividade e podem oferecer aos leitores internautas desde dicas sobre a internet até a formação de redes de comunicação para lazer e trabalhos. Uma rede de blogs é formada por grupos que compartilham diversos assuntos, geralmente específicos de sua área de interesse, seja para se relacionar ou para trabalhar. O blog precisa de algo que chame atenção para que a rede de relacionamento tenha adeptos. Recuero (2003, p. 6) propõe a seguinte classificação quanto aos conteúdos dos blogs: [...] diários eletrônicos: trazem pensamentos e fatos da vida pessoal do autor e servem como canal de expressão; publicações eletrônicas: são voltadas predominantemente para a informação com notícias, dicas e comentários sobre determinados assuntos, baseados no tema do blog. Ex: cultura pop, música, tecnologia, esportes etc.; publicações mistas: misturam posts pessoais sobre a vida do autor e posts informativos e opinativos a respeitos de assuntos do gosto do autor (grifo do autor) Considerando essa classificação, a proposta desta pesquisa é o uso do blog como ferramenta de publicações eletrônicas com a finalidade socializar produções do grupo de professores multiplicadores que trabalham nos Núcleos de Tecnologias Educacionais do Estado do Tocantins.
  • 42. 42 2.3.3 POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO OFERECIDAS PELA FERRAMENTA BLOG Os meios de comunicação passaram por mudança, que consequentemente trouxeram modificações nas linguagens empregadas nas relações sociais por meio da rede. Os suportes têm relevância nesse processo de relações que acontece por meio da rede, pois atualmente as relações entre as pessoas estão diretamente ligadas ao tipo de acesso, a informações que a pessoa tem, ou seja, quanto mais interligada estiver na rede mais possibilidade terá de interagir. Ainda existe número elevado de pessoas que não têm acesso a suporte como computador, mas, por outro lado, é clara a percepção de que o computador é um suporte que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço e ainda oferece mobilidade. Lévy (1997, p. 40) destaca que O suporte digital permite novos tipos de leituras (e de escrituras) coletivas. Um continuum variado se estende assim entre a leitura individual de um texto preciso e a navegação em vastas redes digitais no interior das quais um grande número de pessoas anota, aumenta, conecta os textos uns aos outros por meio de ligações hipertextuais. As linguagens passaram por alterações. A linguagem linear proporcionava comunicação unidirecional (linguagem de um para muitos), em que as pessoas eram expectadoras passivas aos conteúdos apresentados, ou seja, não havia como o usuário dar uma resposta ao autor, interagir com ele. Esse tipo de linguagem era oferecido pela maioria dos meios de comunicação de massa. Com o surgimento das tecnologias digitais, surgiu a linguagem não linear, bidirecional (linguagem de muitos para muitos), na qual as pessoas se relacionam de maneira diferente, pois permite ao usuário opinar, interagir e até mesmo tornar-se coautor da informação que recebe. Essa linguagem tem, ainda, características multidirecionais (hipermídia, hipertexto e multimídia). Nessa perspectiva, pode-se dizer que a sociedade tem nova forma de produção e apropriação de saberes, em que a relação mensagem e receptor acontece em tempo real. Mesmo em espaços diferentes, as relações acontecem sem fronteiras.
  • 43. 43 De acordo com Silva (2001, p. 5), “interatividade é um conceito de comunicação e não de informática. Pode ser empregado para significar a comunicação entre interlocutores humanos, entre humanos e máquinas e entre usuário e serviço”. Nesse sentido, o movimento blogueiro pode ser caracterizado como ferramenta de interação pela difusão do conhecimento, pela possibilidade de troca por meio da colaboração. O que difere um tipo de interação do outro, segundo o autor, é o relacionamento mantido entre o grupo. Primo (2003, p. 61) destaca que existem dois tipos de interação: a interação mútua e a interação reativa: [...] interação mútua é aquela caracterizada por relações interdependentes e processos de negociação, em que cada interagente participa da construção inventiva e cooperada da relação, afetando-se mutuamente; já a interação reativa é limitada por relações determinísticas de estímulo e resposta. Nessa perspectiva, a ferramenta blog, como meio de comunicação, por intermédio da rede de blogs executa a interação mútua, pois incorpora diferentes formas de expressão e valores, agrega ainda atitudes de comprometimento com o aprendizado do outro por meio da interação. Prado (2003, p. 10) afirma que “a interação compartilhada, de troca de experiências, sentimentos e reflexões ganha uma nova dimensão. Isto é, a interação passa a agregar uma atitude de comprometimento com o aprendizado do outro [...]”. Assim, o blog integra diferentes linguagens, pois é um diário on-line que requer uma pessoa responsável ou mais para administrá-lo, faz publicações, responde aos comentários e, por ser um diário aberto, proporciona a autoria coletiva. Pode também ser considerado um arquivo de memórias. Segundo Recuero (2009), há ainda as formas de pertencimento na interação, em que uma rede social cria laços fracos ou fortes. No primeiro caso, a autora destaca as relações esparsas sem aproximação ou intimidade. No segundo, expõe que são as redes mais concretas nas quais acontecem as trocas sociais. A autora acrescenta que, nos blogs, [...] os laços são mais fortes e constituem-se principalmente em relacionais. Talvez porque o blogueiro já tenha seu próprio espaço de visibilidade e a interação aconteça de modo descentralizado, a interação seja mais rica e mais social, proporcionando laços mais fortes, relacionais, multiplexos e com mais variedade de capital social acumulado. Quanto mais a parte coletiva do capital social estiver fortalecida, maior a apropriação individual
  • 44. 44 deste capital. Esse capital influencia diretamente o capital social encontrado nas redes (RECUERO, 2009, p. 54). O administrador de um blog pode criar reputação por meio das interações na rede. A reputação do blog pode ser percebida por meio de vários aspectos, como, por exemplo, da imagem do administrador perante o coletivo, pois cresce sua credibilidade e respeito, desde que trabalhe sempre dentro da ética, com liberdade, sem prejudicar os demais; do número de acessos ao blog; dos comentários positivos etc. Hewitt (2007, p. 137) expõe que A novidade da blogosfera é que não há barreiras à entrada em um mundo que oferece uma plateia quase ilimitada. Ponto fundamental: oferecer, não garantir. Qualquer um pode inserir um post, e se merecer ser lido, será lido. Há um enorme número de pessoas buscando sabedoria e entretenimento. Seja seu produto análise econômica, promoção da Nascar, fofocas sexuais ou provocações políticas, a blogosfera dará a você a oportunidade de vender seu produto textual. Assim, o blog requer certo zelo quanto às suas postagens, é necessário produzir postagens que despertem interesse no público-alvo. A entrada de pessoas no blog depende muito do que é disposto e da frequência com que se atualizam as postagens. Os blogueiros, quando entram duas ou mais vezes em um blog que não é atualizado, passam a não voltar mais porque notícia velha não satisfaz ao leitor. Nesse sentido, Watts citado por Recuero (2009, p. 39) afirma que “não há redes ‘paradas’ no tempo e no espaço. Redes são dinâmicas e estão sempre em transformação”. 2.3.4 USO PEDAGÓGICO DA FERRAMENTA BLOG Segundo Hewitt (2007, p. 226), “a vantagem do blog é que isso o obrigará a viver em um mundo de ideias e debates, e isso no ritmo moderno”. Assim, a ferramenta multimídia blog pode ser utilizada pelos professores como meio de comunicação para desenvolver atividades pedagógicas com os estudantes, ou mesmo com formação continuada para professores. Por ser um site on-line (espaços de comunicação interativa em que se dá a socialização na internet), com
  • 45. 45 características multimidiáticas comporta links, imagens, vídeos, sons e comentários. É uma ferramenta que oferece aos seus autores e coautores total autonomia, por meio do seu sistema de postagens de microconteúdos e muita facilidade de manuseio. Moll (2002. 155-156) salienta que Os estudiosos que trabalham dentro de um quadro e referência piagetiano têm desenvolvido um modelo relacionando com colaboração e desenvolvimento cognitivo, no qual o mecanismo promotor do desenvolvimento é “o conflito cognitivo ou o conflito sociocognitivo. A pesquisa que é baseada neste modelo indicou que a interação social entre pares abre novas perspectivas na fundamentação de um problema, e é um meio altamente efetivo de induzir o desenvolvimento cognitivo. O blog pode ser utilizado como uma alternativa de comunicação interativa para participação de alunos em atividades propostas pelos professores, oferecer a oportunidade de construção do conhecimento do aluno, pois esse espaço se configura como excelente ferramenta para fazer provocações e desafios. Possibilita também a troca de experiências por meio de discussões sobre os assuntos mais diversos tanto para estudantes-alunos quanto para estudantes-professores, promove, ainda, a socialização de trabalhos. Criar um blog para trabalhar pedagogicamente requer planejamento e definição de objetivos e de intencionalidade, deve-se pensar para quem (público- alvo), o tipo de assunto a ser discutido, que capital social será produzido, quem administrará ou quem serão as pessoas que administrarão. 2.3.5 CATEGORIAS DA REDE DE BLOGS De acordo com Recuero (2009, p. 53), “o capital social é, portanto, um conjunto de recursos, que pode ser encontrado a partir das conexões entre os indivíduos de um determinado grupo, pois é conteúdo dessas relações”. Para Recuero (2009), esse conjunto de recursos está baseado na reciprocidade e na qualidade dos laços sociais e aponta ainda que uma rede de interação tem nas suas discussões duas categorias: categoria de capital social cognitivo, que é formado pela soma do conhecimento e das informações colocadas em comum por um determinado grupo; categoria de capital social institucional, que inclui instituição formal e informal, que se constituem na
  • 46. 46 sua estrutura do grupo que interage na rede. As postagens ou os comentários darão “reputação” ao blog e ao blogueiro, por meio da intensidade da discussão. 2.3.6 CONVERGÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO POR MEIO DO BLOG Acedo e Buesa (2006, p. 86) expõem que Las nuevas pantallas de plasma ya substituyen a los viejos monitores, la televisión e Internet se fundirán en otras máquinas más potentes, que incluso reconocerán nuestra voz y podrán “entendernos” y ejecutar nuestras órdenes verbales sin la necesidad de tocar un ratón o teclado. Gracias a la integración de medios, sabremos lo que pasa em cualquier parte del mundo al instante y estaremos permanentemente conectad@s al ciberespacio por las nuevas necesidades que nos crearemos. Nesse aspecto apresentado por Osuna, pode-se entender que as linguagens multimídia, os formatos, as interfaces e os níveis de interatividade proporcionam um aprofundamento teórico e prático, ou seja, o blogueiro precisa aprender a manipular imagens por meio da edição, converter arquivos de som, enfim, pela convergência dos meios de comunicação criar um blog com interface compreensível. O conhecimento técnico também deve ser considerado como imprescindível nesse processo. A convergência de meios enriquece o resultado dos trabalhos e possibilita que as pessoas interajam e construam seu próprio conhecimento. Acedo e Buesa (2006, p. 86) acrescentam ainda que: Los blogs pueden ser por sí solos toda una página Web, o bien estar incluidos dentro de un apartado específico de otras páginas. Todo va a depender del uso que se le dé. Outra tendencia muy interesante dentro de los blogs son fotoblogs que es una variación del blog en que se incluyen fotografías, por lo que los blogs pueden presentar contenidos de una manera gráfica. Ainda segundo as considerações de Acedo e Buesa, os blogs têm vasta possibilidade de uso e de tendências por apresentar um desenho gráfico variado com espaço para postagem de fotografias, conteúdos e vídeos. Para se construir blogs, é necessário seguir os passos expostos na sequência. • Estudo do tutorial.
  • 47. 47 • Definição do público-alvo. • Planejamento da disponibilização dos conteúdos de acordo com o público e a intencionalidade. • Criação de uma pasta para materiais a serem utilizados no blog. • Pesquisas e produção de conteúdos, textos, imagens, músicas, sons e vídeos. • Fazer downloads. • Criação da conta no blogger. • Upload dos arquivos. • Organização e estudo sobre HTML <http://www.blogger.com>. Este capítulo tratou da conceituação de blog, da transformação ocorrida nas linguagens a partir da inserção de novas tecnologias da informação e comunicação, apresentação das possibilidades de interação, compartilhamento de informação e de saberes e perspectivas em relação ao espaço multimidiático do blog enquanto ferramentas de comunicação na web. Destacou também as diferentes linguagens possíveis de se trabalhar no blog, as possíveis maneiras de desenvolver mediação pedagógica da aprendizagem, os critérios para o professor desenvolver trabalhos em blogs.
  • 48. 48 3 PRODUÇÃO MULTIMÍDIA Nesta parte da dissertação, são abordadas as questões referentes à produção multimídia. Essa proposta teve início no final de julho de 2009 e foi implantada em agosto de 2009. Primeiramente, são expostas as atribuições das pessoas envolvidas na pesquisa para formação da rede por meio do uso do blog. Na sequência, é apresentada a estrutura hierárquica dos setores em que trabalha os participantes da pesquisa: a Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins por meio da Coordenadoria de Tecnologias na Educação e dos Núcleos de Tecnologias na Educação. E, por fim, são expostos o guia técnico e o mapa de navegação. O objetivo da criação do blog foi estabelecer a tessitura de redes por meio de uma teia de comunicação interativa para socialização de trabalho entre a Coordenadoria de Tecnologia na Educação e os Núcleos de Tecnologia na Educação e possibilitar a construção do conhecimento por meio do ambiente multimidiático blog. 3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Criar o blog (produção multimídia) para divulgar os trabalhos do mestrado. • Criar o blog da Coordenadoria de Tecnologia na Educação – CTE. • Lincar os blogs dos Núcleos de Tecnologia na Educação – NTE.
  • 49. 49 • Articular a atualização e a participação ativa dos membros da rede nos blogs. • Estabelecer uma comunicação frequente e a disponibilização das ações dos NTE e da CTE. 3.2 PARTICIPANTES O público participante da pesquisa foram professores multiplicadores dos Núcleos de Tecnologias na Educação e da Coordenadoria de Tecnologias na Educação. 3.3 MAPA DE NAVEGAÇÃO Uma produção multimídia requer planejamento e definição do layot adequado ao que está sendo pensado. Cada página deve ser desenhada priorizando as metas para oferecer um visual agradável às pessoas que navegarão pelo ambiente. Além disso, deve-se pensar ainda numa forma de estabelecer uma navegação fácil e com links visíveis. Quadro 2 - Mapa de navegação – página inicial Título Subtítulo Slide da rede de blog Perfil Apresentação Menu de navegação Texto Mestrado Quadro 3 - Mapa de navegação – página 1 Título Subtítulo Menu de navegação Perfil Links PA voltar à página inicial Imagem vetorial Imagem Texto explicando o procedimento para criar a Texto explicando o procedimento para criar a imagem vetorial. imagem.
  • 50. 50 Postagem de vídeo estudado durante o mestrado 3.4 GUIA TÉCNICO O guia técnico define onde deve ficar cada item da produção multimídia, possibilidades de navegação. Ele pode ser considerado como um mapa com definições de caminos para navegar, conforme descrito a seguir. Na parte centralizada, consta: • título • subtítulo No lado esquerdo, consta menu de navegação com os seguintes links: • produção multimídia criada a partir da pesquisa de mestrado (trabalho final) • convergência de meios - tecnologias na educação • desenho para todos - La Inclusión en la Web • produção digital avançada - página web - Ambiente Virtual de Aprendizagem No lado direito, consta: • meu perfil • menu de navegação: voltar para página inicial • página web 3.5 ESTRUTURA HIERÁRQUICA DOS SETORES EM QUE TRABALHAM OS PARTICIPANTES DA PESQUISA Os professores participantes, público-alvo desta pesquisa, trabalham dentro da hierarquia da Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins, da– Coordenadoria de Tecnologias na Educação e do Núcleo de Tecnologias na Educação. Esses professores desenvolvem o seu trabalho com vista a contribuir com a formação de professores no Tocantins.