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Que Patologias Provocam na Espécie Humana?
       J. Carvalho, R. Monteiro, S. Barreiras e V. Braz, 12º C
Parasitologia
ξ Protozoários - parasitas unicelulares que consistem numa
  célula eucariótica contendo organitos      semelhantes   aos
  encontrados nos eucarióticos superiores.

ξ Metazoários - parasitas compostos com mais de uma célula.
Parasitologia
ξ Características das Parasitoses:

   ξ Distribuição   geográfica específica (condicionada pelo habitat do
      parasita);

   ξ Frequentes em ambientes quentes e húmidos.


   ξ A facilidade de deslocação das pessoas a grandes distâncias tornou
      menos raro o aparecimento de doenças parasitária em regiões em que
      normalmente não seria de prever o seu aparecimento.


ξ Os parasitas são causa importante de doenças em humanos e animais,
  quer em países desenvolvidos, quer em países mais pobres.
Protozoários – Introdução Histórica
ξ Goldfuss em 1818 – introduziu o filo Protozoa pertencente ao Reino
  Animal.

ξ Goldfuss descreveu os protozoários como sendo microorganismos
  unicelulares heterotróficos, semelhantes a animais.

ξ A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de
  locomoção que têm.

ξ Evidências obtidas com microscopia electrónica mostraram que este
  grupo abrangia pelo menos sete Filos (no entanto, 3 deles apresentam
  pouca relevância), segundo a Sociedade dos Protozoologistas, em 1980.
Alimentação, Locomoção, Reprodução

Alimentação:
   ξ Heterotróficos (maioria);
   ξ Autotróficos Fotossintéticos.


Locomoção:
   ξ Batimento de Cílios (Ciliados), Flagelos (Flagelados);
   ξ Emissão de Pseudópodes (Rizópodos);
   ξ Sem Locomoção (Esporozoários).


Reprodução:
   ξ Maioritáriamente assexuada por divisão binária (geram-se clones
     do organismo)
Classificação (Filos)
Os protozoários estão, tradicionalmente, divididos em 7 Filos, no entanto, 3
deles, têm pouca relevância e, por isso, vamos mencionar apenas os 4 mais
representativos:

ξ Sarcodina (sarcodíneos):
Locomovem-se através de pseudópodes, Exemplo: amibas

ξ Mastigophora (mastigóforos):
Locomovem-se através de flagelos. Também conhecidos como flagelados,
Exemplo: tripanossoma

ξ Ciliophora (ciliados):
Locomovem-se através de cílios, Exemplo: paramécia

ξ Sporozoa (esporozoários):
Não possuem estruturas de locomoção, Exemplo: plasmódio
Amibas
ξ Locomoção por Pseudópodes;


ξ Parasitam o Homem:
  Entamoeba histolytica, Escherichia coli, E. hartmanni,
  Endolimax nana, Iodamoeba butschlii e Dientamoeba
  fragilis.

ξ Entamoeba Histolytica - Amebíase
Amibas
ξ Entamoeba Histolytica

  ξ No seu ciclo de vida passa por duas formas.


  ξ A amiba apresenta-se sob a forma de trofozóito, que é
   uma forma móvel, por emissão de pseudópodes.
Esporozoários

ξ Cryptosporidium

  ξ   C. muris e C. parvum, (parasitas de mamíferos), C. baileyi e
      C. leagridis (parasitas de aves), C. crotali e C. nasorum
      (parasitas de peixes)

  ξ Provoca   diarreia crónica        em     individuos   imuno-
      comprometidos (ex: SIDA)

  ξ Leva a perda de fluídos e nutrientes
Esporozoários
ξ A infecção por via fecal-oral, por ingestão de cistos de origem
  animal ou humana nos alimentos ou água.

ξ Estes cistos chegam ao intestino delgado e rompem,
  libertando os esporozóitos que posteriormente formam
  trofozóitos.

ξ Os trofozóitos aderem à mucosa intestinal.
Esporozoários
ξ Plasmodium

  ξ Os protozoários do género     Plasmodium são parasitas
   intracelulares que afectam os eritrócitos e são transmitidos
   por vectores específicos de cada doença.

  ξ Os organismos do género      Plasmodium reproduzem-se
   assexuadamente nas células do fígado e também dos
   eritrócitos.
Esporozoários
ξ No caso da malária, formam-se microorganismos productores
  de gâmetas, como fase preparatória para o ciclo sexuado, que
  ocorre no mosquito Anopheles .
Flagelados

ξ Trypanossoma

ξ Os Tripanossomas são protozoários tecidulares flagelados que
  têm como reservatórios animais (domésticos ou selvagens) e
  que são transmitidos ao Homem por vectores artrópodes.

ξ Trypanossoma cruzi - Doença de Chagas
ξ Trypanossoma brucei - Doença do Sono
Flagelados
ξ Leishmania

ξ Leishmania é uma género de protozoários da ordem
  Trypanosomatida,    que   inclui   o   parasita   causador   da
  leishmaniose.

ξ As várias espécies de Leishmania são transmitidas por insectos
  da Família Psycodidae (sandflies), que inclui os géneros
  Phlebotomus e Lutzomyia.

ξ Uma vez que o Hospedeiro fica infectado, ficará infectado
  toda a vida.
Flagelados
ξ Este torna-se incapaz de fazer refeições completas pela
  multiplicação dos protozoários no seu interior.

ξ Os hospedeiros vertebrados são animais silvestres e animais
  domésticos, especialmente cães, que servem de reservatório
  principal de transmissão ao Homem.
Patologias Causadas por Protozoários




     Em cima, à esquerda: E. Histolytica; Em cima, à direita: Mosca Tsé-Tsé;
      Em baixo, à esquerda: Triatomíneo; Em baixo, à direita: Leishmania
Patologias Causadas por Protozoários

ξ Doenças causadas por protozoários envolvem, basicamente,
  dois locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestivo.
  (Também se podem instalar na pele, no coração, nos órgãos
  do sistema genital e do sistema linfático).

ξ Essas doenças envolvem, no seu ciclo, hospedeiros, isto é,
  organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem.
Amebíase
ξ Disenteria, provocada pela amiba Entamoeba histolytica.


ξ É uma amiba típica, com movimentos por extensão de pseudópodes
  e capacidade fagocítica. A entamoeba tem duas formas, o trofozóito
  activo e o quisto infeccioso.

ξ Cada quisto dá origem a 8 trofozóitos (no intestino delgado do
  Homem) e os trofozóitos invadem a mucosa do cólon, formando
  úlceras.

ξ Ao penetrar na parede intestinal, a amebíase entra na circulação e
  pode ser transportada até ao fígado.
Amebíase – E. Histolytica
ξ A Entamoeba histolytica alimenta-se de bolo alimentar, bactérias
  intestinais, líquidos intracelulares das células que destrói e por vezes
  também fagocita eritrócitos.

ξ Tem  proteínas membranares capazes de formar poros nas
  membranas das células humanas, destruindo-as por choque
  osmótico

ξ Além disso produz enzimas proteases de cisteína, que degradam o
  meio extracelular humano, permitindo-lhe invadir outros órgãos.
Amebíase - Epidemiologia
ξ Países Tropicais são mais afectados;

ξ 50 milhões de novas infecções por ano e 70.000 mortes;

ξ A falta de condições de higiene adequadas é a responsável
  por sua disseminação;

ξ Terceira maior causa parasitária de mortes em todo o
  planeta;

ξ Afecta 10% da População Mundial
Amebíase – Sintomatologia
ξ Doenças intestinais como colite, disenteria e ameboma;


ξ Doenças     extra-intestinais, como abscesso hepático,   abscesso
  cerebral, lesões cutâneas, patologia pleuropulmonar;

ξ 30% dos infectados apresentam Febre;


ξ Hepatomegalia;


ξ Sinais e sintomas mais graves e progressão mais rápida são mais
  frequentes em crianças pequenas, desnutridos e imunossuprimidos
  de maneira geral.
Amebíase - Diagnóstico
ξ Ao hemograma, podemos encontrar leucocitose leve e algum
  grau de anemia;

ξ Os níveis de enzimas hepáticas encontram-se, geralmente,
  elevados, particularmente a fosfatase alcalina;

ξ O diagnóstico confirmatório baseia-se no exame de fezes -
  utiliza-se a pesquisa de cistos a fresco.
Amebíase - Transmissão
ξ A transmissão pode ser directa ou indirecta, sendo a primeira
  a responsável quase pela totalidade dos casos;

ξ A forma directa dá-se através da ingestão de água e alimentos
  contaminados pelos cistos do parasita ou por contacto fecal-
  oral direto;

ξ A forma indirecta ocorre por intermédio de vectores como
  moscas e baratas.
Amebíase - Tratamento
ξ O tratamento da amebíase deve ser feito tanto em pacientes
  com sintomas       como     para    aqueles     completamente
  assintomáticos.

ξ Para as formas assintomáticas: iodoquinol ou teclozan;


ξ Para os pacientes com a forma intestinal da amebíase: o
  metronidazol é, em geral, a droga de escolha.
Doença de Chagas
ξ É   uma   infecção causada pelo protozoário flagelado
 Trypanossoma cruzi, e transmitida por insectos, conhecidos
 como barbeiros.

ξ Trypanosoma cruzi é um membro do mesmo género do
 agente infeccioso africano da doença do sono e da mesma
 ordem que o agente infeccioso da leishmaniose.
Doença de Chagas - Epidemiologia
ξ 18 milhões de pessoas com esta doença


ξ 100 milhões - população de risco


ξ 20 000 morrem por ano


ξ A doença de Chagas crónica é um problema epidemiológico apenas
  em alguns países da América Latina;

ξ A migração crescente de populações aumentou o risco de
  transmissão por transfusão de sangue ;

ξ Atinge principalmente as populações rurais pobres. As casas com
  reboco defeituoso e sem forro, são habitat para o insecto barbeiro.
Doença de Chagas - Sintomatologia
ξ A doença tem uma fase aguda, de curta duração, que em alguns
  doentes progride para uma fase crónica.

ξ A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de
  uma semana a um mês após a picada.

ξ No local da picada pode desenvolver-se uma lesão volumosa, o
  chagoma, pele vermelha e inchada.

ξ Entre 20 a 60% dos casos agudos transformam-se, em 2 a 3 meses,
  em portadores com parasitas sanguíneos continuamente, curando-se
  os restantes.
Doença de Chagas - Sintomatologia
ξ O caso crónico permanece assintomático durante dez a vinte anos.


ξ No entanto, neste período de bem-estar geral, o parasita está a
  reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos
  irreversíveis em órgãos como o sistema nervoso e o coração.

ξ Cardiomiopatia;


ξ Dilatação do Intestino
Doença de Chagas - Diagnóstico
ξ Utilizando o Microscópio, para procurar o parasita no sangue do
  paciente, o que é possível apenas na fase. Detectam-se mais de 60%
  dos casos nesta fase.

ξ Detecção do DNA do parasita por PCR (reacção em cadeia da
  polimerase).

ξ Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no sangue.
Doença de Chagas - Transmissão
ξ O barbeiro infecta-se ao sugar o sangue de um organismo infectado;


ξ   No intestino do vector, o o protozoário reproduz-se;

ξ O homem, é afectado pelas fezes ou urina contaminadas do
    Triatomíneo (barbeiro) pois enquanto suga o sangue defeca nesse
    mesmo local;

ξ A infecção também pode ser por transfusão de sangue ou
    transplante de órgãos, ou por via placentária.
Doença de Chagas - Tratamento
ξ Na fase inicial aguda: nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam
  completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em
  mais de 80% dos casos.

ξ Na fase crónica é incurável, já que os danos em órgãos como o
  coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo
  pode ser usado.

ξ O mal de Chagas, juntamente com a doença do sono e a
  leishmaniose, está entre as doenças "extremamente negligenciadas",
  basicamente em razão da extrema pobreza dos pacientes.
Leishmaniose
ξ É uma doença parasitária, causada por protozoátios da família
  Trypanossomatidae, do género leishmania e que é transmitida
  ao Homem pela picada de insectos da família Psychodidae dos
  géneros Phlebotomus, nos continentes Europeu, Asiático e
  Africano, e Lutzomyia no continente Americano.

ξ A leishmaniose é uma doença crónica, de manifestação
  cutânea ou visceral. O calazar (leishmaniose visceral) e a
  úlcera de Bauru (leishmaniose tegumentar americana) são as
  formas da doença.
Leishmaniose - Epidemiologia
ξ 12 milhões de casos;

ξ 400 mil novos casos por ano.

ξ Aumento do número de casos de co-infecção HIV/Leishmaniose
  visceral, especialmente no sul da Europa, nos últimos anos.

ξ Áreas tropicais e subtropicais, estendendo-se desde a América
  Central e do Sul até os países mediterrâneos, África, Ásia central,
  Índia e China.

ξ Segunda principal doença causada por protozoários no mundo,
  perdendo em incidência apenas para a Malária.

ξ Crianças e indivíduos imunossuprimidos são mais afectados.
Leishmaniose - Sintomatologia
ξ Resposta Imunitária pode levar 2 rumos possíveis:


   ξ Resposta    Citotóxica TH1 (muito eficaz, destrói os
     macrófagos     portadores da   leishmania): sintomas
     inexistentes ou leves.

   ξ Resposta Humoral (esta é ineficaz porque as Leishmanias
     se escondem no interior dos macrófagos): sintomas mais
     graves.
L. Visceral - Sintomatologia
ξ Danifica os órgãos ricos em macrófagos: o baço, o fígado, e a
    medula óssea;
ξ   Febre;
ξ   Tremores violentos;
ξ   Diarreia;
ξ   Suores;
ξ   Mal estar;
ξ   Fadiga;
ξ   Hepatoesplenomegália;
ξ   Anemia;
ξ   Por vezes manifestações cutâneas como úlceras e zonas de
    pele escura
L. Cutânea - Sintomatologia
ξ Pápulas ulcerantes extremamente irritantes nas zonas picadas
  pelo mosquito que progridem para crostas com líquido
  seroso.

ξ Escurecimento por hiperpigmentação da pele, com formação
  de cicatrizes.
Leishmaniose - Diagnóstico
ξ Observação directa microscópica dos parasitas em
 amostras de linfa, sanguíneas ou de biópsias de
 baço, após cultura ou por detecção do seu DNA
Leishmaniose – Transmissão
ξ Ocorre quando os insectos se alimentam dos homens ou
  animais infectados.

ξ A seguir, o crescimento dos flagelados no tubo digestivo do
  vector torna-se suficiente para assegurar a sua inoculação em
  hospedeiros susceptíveis.

ξ Se, pouco depois de infectar-se, o flebotomíneo voltar a
  alimentar-se com sangue, poderá regurgitar com o sangue
  aspirado grumos de leishmanias que se estariam a alojar no
  esófago.
Leishmaniose – Tratamento/Prevenção

ξ Tratamento por administração de compostos de pentamidina,
  marbofloxacino anfotericina ou miltefosina.

ξ A prevenção faz-se por redes ou repelentes de insectos, pela
  construção de moradias humanas a distância superior a 500
  metros da mata silvestre e pela erradicação dos
  Phlebotomus/Lutzomyia.
Malária
ξ É uma doença infecciosa aguda causada por protozoários
  parasitas do género Plasmodium (P. Falciparum), transmitidos
  pela picada do mosquito Anopheles.

ξ A infecção humana começa quando um mosquito Anopheles
  fêmea inocula esporozóitos dos plasmódios a partir da sua
  glândula salivar durante a hematofagia (picada).

ξ Essas formas são transportadas pela corrente sanguínea até ao
  fígado, onde invadem as células do parênquima hepático e
  começam o período de reprodução assexuada.
Malária - Epidemiologia
ξ Metade da Humanidade vive em regiões endémicas (3 BILIÕES
  de Pessoas);

ξ 300 a 500 Milhões de casos/ano;

ξ Morrem 2 Milhões de pessoas/ano, das quais, 50% são crianças
  com menos de 5 anos;

ξ A cada 30 segundos morre uma criança com menos de 5 anos,
  vítima de Malária;

ξ É a doença não-ocidental que acarreta mais custos.
Malária - Sintomatologia
ξ Dores de cabeça;

ξ Fadiga;

ξ Febre;

ξ Náuseas;

ξ Calafrios Intensos
(período de destruição das hemácias);

ξ Choque Circulatório;

ξ Convulsões;

ξ Delírios.
Malária - Diagnóstico
ξ Gota Espessa - visualização do parasita através de microscopia
  óptica, após coloração (simples, eficaz e baixo custo);

ξ Testes rápidos para detecção de componentes antigénicos de
  plasmodium.
Malária - Transmissão
ξ A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos
  do género Anopheles.

ξ A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi-
  rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em
  periferias;

ξ Maior frequência no período da noite (maior actividade dos
  mosquitos), temperaturas 20-30ºC, climas húmidos.
Malária – Tratamento/Prevenção
ξ A melhor medida de prevenção é a erradicação do mosquito
  Anopheles;

ξ O uso de redes contra mosquitos é eficaz na proteção durante o
  sono, quando ocorre a grande maioria das infecções.;

ξ Em 2010, investigadores israelenses desenvolveram um açúcar
  tóxico, baptizado como attractive toxic sugar bait (ATSB), para
  eliminar o mosquito transmissor da malária.;

ξ A quinina, à qual, os parasitas já são resistentes, foi já suplantada por
  drogas sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e
  primaquina;
Doença do Sono
ξ A doença do sono ou tripanossomíase africana é uma doença
  frequentemente  fatal      causada       pelo   parasita   unicelular
  Trypanosoma brucei.

ξ Há duas formas:
   ξ uma na África Ocidental, causada pela subespécie T. brucei
     gambiense, que assume forma crónica;

   ξ outra na África Oriental, incluindo Moçambique, causada pelo
     T. brucei rhodesiense, forma aguda.

ξ Ambos os parasitas são transmitidos pela picada da mosca
  tsé-tsé.
Doença do Sono - Epidemiologia
ξ A doença do Sono ocorre apenas em África, nas zonas onde existe o
  seu vector, a mosca tsé-tsé.

ξ Não existe na África do Sul nem a norte do deserto Saara. A
  subespécie gambiense existe nas florestas tropicais;

ξ A transmissão é principalmente de humano para humano. As moscas
  transmissoras são as Glossina palpalis, que se concentram junto aos
  rios, lagos e poços.

ξ A subespécie rodesiense existe na região dos grandes lagos e nas
  savanas. Esta subespécie é transmitida pelas moscas Glossina
  morsitans.
Doença do Sono - Sintomatologia
ξ   Febre;
ξ   Tremores;
ξ   Dores musculares e articulares;
ξ   Linfadenopatia (gânglios linfáticos aumentados);
ξ   Mal Estar;
ξ   Perda de peso;
ξ   Anemia;
ξ   Trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue);
ξ   Insuficiência cardíaca;
ξ   Meningoencefalite com retardação mental.

ξ Na infecção por T. gambiense a invasão do cérebro é geralmente
    após seis meses de progressão, enquanto o T. rodesiense pode
    invadi-lo após algumas semanas apenas.
Doença do Sono - Diagnóstico
ξ Detecção microscópica dos parasitas no sangue ou líquido
  cefalo-raquidiano;

ξ Detecção do DNA por PCR.
Doença do Sono – Prevenção/Tratamento

ξ Uso de roupas que cobrem a maioria da pele e sprays
  repelentes de insectos;

ξ Uso de aparelhos eléctricos luminosos que atraem e matam as
  moscas;

ξ A destruição das populações de moscas.


ξ Na fase aguda, o tratamento com pentamidina é eficaz contra
  T. gambiense, e a suramina contra T. rhodesiense.
Estudo Estatístico
Estudo Estatístico

ξ Janeiro/Fevereiro 2011


ξ 100 Alunos


ξ 31 Turmas


ξ Sexo Masculino/Feminino
E.E. - Objectivos
ξ Disparidade entre sexos;

ξ Homogeniedade entre turmas do mesmo curso/da mesma área de
  ensino;

ξ Disparidade entre alunos das turmas de cursos da área Cíentifica e
  alunos de outras àreas curriculares;

ξ Influência das aulas de Biologia no conhecimento do assunto;

ξ Aprendizagem gradual da Biologia e comparação entre as turmas do
  1º ano de Biologia/Geologia, as turmas de 2º ano e as turmas que já
  não frequentam essa disciplina por estarem no 12º ano, mas que,
  possivelmente frequentam Biologia de 12º ano, como discilpina
  opcional.
E.E. - Resultados
E.E. – Interpertação dos Resultados
ξ Com uma média Global de 65,5% podemos tomar os resultados
  como satisfatórios e considerar que os alunos estão relativamente
  informados sobre o tema;

ξ Com uma disparidade de cerca de 20% (73% contra 53%) entre os
  alunos das turmas de ciências e os restantes, podemos concluir que
  estes se encontram muito mais informados sobre o tema, talvez fruto
  das aulas de Biologia que frequentam;

ξ Os alunos do 12º ano registam as melhores classificações;


ξ Individuos M/F, dos cursos Científicos: há uma melhoria global dos
  resultados à medida que avançamos no ano de escolaridade.
E.E. – Interpertação de Resultados
ξ M/F, cursos não-cientificos: há uma baixa gradual dos resultados
  com o avançar do ano de escolaridade, o que nos permite induzir
  que os alunos vão esquecendo a matéria que aprenderam no
  ensino básico, piorando assim os seus conhecimentos sobre
  Biologia, dado que não frequentam a disciplina;

ξ Entre alunos das mesmas turmas os resultados foram semelhantes;

ξ Inquiridos do sexo feminino sabem mais sobre o tema do que os do
  sexo Masculino, o que se reflectiu numa pequena disparidade de 2%
  nas classificações médias globais.

ξ Se atendermos apenas às classificações dos alunos que frequentam
  cursos cíentificos, esse fosso acentua-se ligeiramente para os 2,3%.

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Protozoários

  • 1. Que Patologias Provocam na Espécie Humana? J. Carvalho, R. Monteiro, S. Barreiras e V. Braz, 12º C
  • 2. Parasitologia ξ Protozoários - parasitas unicelulares que consistem numa célula eucariótica contendo organitos semelhantes aos encontrados nos eucarióticos superiores. ξ Metazoários - parasitas compostos com mais de uma célula.
  • 3. Parasitologia ξ Características das Parasitoses: ξ Distribuição geográfica específica (condicionada pelo habitat do parasita); ξ Frequentes em ambientes quentes e húmidos. ξ A facilidade de deslocação das pessoas a grandes distâncias tornou menos raro o aparecimento de doenças parasitária em regiões em que normalmente não seria de prever o seu aparecimento. ξ Os parasitas são causa importante de doenças em humanos e animais, quer em países desenvolvidos, quer em países mais pobres.
  • 4. Protozoários – Introdução Histórica ξ Goldfuss em 1818 – introduziu o filo Protozoa pertencente ao Reino Animal. ξ Goldfuss descreveu os protozoários como sendo microorganismos unicelulares heterotróficos, semelhantes a animais. ξ A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de locomoção que têm. ξ Evidências obtidas com microscopia electrónica mostraram que este grupo abrangia pelo menos sete Filos (no entanto, 3 deles apresentam pouca relevância), segundo a Sociedade dos Protozoologistas, em 1980.
  • 5. Alimentação, Locomoção, Reprodução Alimentação: ξ Heterotróficos (maioria); ξ Autotróficos Fotossintéticos. Locomoção: ξ Batimento de Cílios (Ciliados), Flagelos (Flagelados); ξ Emissão de Pseudópodes (Rizópodos); ξ Sem Locomoção (Esporozoários). Reprodução: ξ Maioritáriamente assexuada por divisão binária (geram-se clones do organismo)
  • 6.
  • 7. Classificação (Filos) Os protozoários estão, tradicionalmente, divididos em 7 Filos, no entanto, 3 deles, têm pouca relevância e, por isso, vamos mencionar apenas os 4 mais representativos: ξ Sarcodina (sarcodíneos): Locomovem-se através de pseudópodes, Exemplo: amibas ξ Mastigophora (mastigóforos): Locomovem-se através de flagelos. Também conhecidos como flagelados, Exemplo: tripanossoma ξ Ciliophora (ciliados): Locomovem-se através de cílios, Exemplo: paramécia ξ Sporozoa (esporozoários): Não possuem estruturas de locomoção, Exemplo: plasmódio
  • 8. Amibas ξ Locomoção por Pseudópodes; ξ Parasitam o Homem: Entamoeba histolytica, Escherichia coli, E. hartmanni, Endolimax nana, Iodamoeba butschlii e Dientamoeba fragilis. ξ Entamoeba Histolytica - Amebíase
  • 9. Amibas ξ Entamoeba Histolytica ξ No seu ciclo de vida passa por duas formas. ξ A amiba apresenta-se sob a forma de trofozóito, que é uma forma móvel, por emissão de pseudópodes.
  • 10. Esporozoários ξ Cryptosporidium ξ C. muris e C. parvum, (parasitas de mamíferos), C. baileyi e C. leagridis (parasitas de aves), C. crotali e C. nasorum (parasitas de peixes) ξ Provoca diarreia crónica em individuos imuno- comprometidos (ex: SIDA) ξ Leva a perda de fluídos e nutrientes
  • 11. Esporozoários ξ A infecção por via fecal-oral, por ingestão de cistos de origem animal ou humana nos alimentos ou água. ξ Estes cistos chegam ao intestino delgado e rompem, libertando os esporozóitos que posteriormente formam trofozóitos. ξ Os trofozóitos aderem à mucosa intestinal.
  • 12. Esporozoários ξ Plasmodium ξ Os protozoários do género Plasmodium são parasitas intracelulares que afectam os eritrócitos e são transmitidos por vectores específicos de cada doença. ξ Os organismos do género Plasmodium reproduzem-se assexuadamente nas células do fígado e também dos eritrócitos.
  • 13. Esporozoários ξ No caso da malária, formam-se microorganismos productores de gâmetas, como fase preparatória para o ciclo sexuado, que ocorre no mosquito Anopheles .
  • 14. Flagelados ξ Trypanossoma ξ Os Tripanossomas são protozoários tecidulares flagelados que têm como reservatórios animais (domésticos ou selvagens) e que são transmitidos ao Homem por vectores artrópodes. ξ Trypanossoma cruzi - Doença de Chagas ξ Trypanossoma brucei - Doença do Sono
  • 15. Flagelados ξ Leishmania ξ Leishmania é uma género de protozoários da ordem Trypanosomatida, que inclui o parasita causador da leishmaniose. ξ As várias espécies de Leishmania são transmitidas por insectos da Família Psycodidae (sandflies), que inclui os géneros Phlebotomus e Lutzomyia. ξ Uma vez que o Hospedeiro fica infectado, ficará infectado toda a vida.
  • 16. Flagelados ξ Este torna-se incapaz de fazer refeições completas pela multiplicação dos protozoários no seu interior. ξ Os hospedeiros vertebrados são animais silvestres e animais domésticos, especialmente cães, que servem de reservatório principal de transmissão ao Homem.
  • 17. Patologias Causadas por Protozoários Em cima, à esquerda: E. Histolytica; Em cima, à direita: Mosca Tsé-Tsé; Em baixo, à esquerda: Triatomíneo; Em baixo, à direita: Leishmania
  • 18. Patologias Causadas por Protozoários ξ Doenças causadas por protozoários envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestivo. (Também se podem instalar na pele, no coração, nos órgãos do sistema genital e do sistema linfático). ξ Essas doenças envolvem, no seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem.
  • 19. Amebíase ξ Disenteria, provocada pela amiba Entamoeba histolytica. ξ É uma amiba típica, com movimentos por extensão de pseudópodes e capacidade fagocítica. A entamoeba tem duas formas, o trofozóito activo e o quisto infeccioso. ξ Cada quisto dá origem a 8 trofozóitos (no intestino delgado do Homem) e os trofozóitos invadem a mucosa do cólon, formando úlceras. ξ Ao penetrar na parede intestinal, a amebíase entra na circulação e pode ser transportada até ao fígado.
  • 20. Amebíase – E. Histolytica ξ A Entamoeba histolytica alimenta-se de bolo alimentar, bactérias intestinais, líquidos intracelulares das células que destrói e por vezes também fagocita eritrócitos. ξ Tem proteínas membranares capazes de formar poros nas membranas das células humanas, destruindo-as por choque osmótico ξ Além disso produz enzimas proteases de cisteína, que degradam o meio extracelular humano, permitindo-lhe invadir outros órgãos.
  • 21. Amebíase - Epidemiologia ξ Países Tropicais são mais afectados; ξ 50 milhões de novas infecções por ano e 70.000 mortes; ξ A falta de condições de higiene adequadas é a responsável por sua disseminação; ξ Terceira maior causa parasitária de mortes em todo o planeta; ξ Afecta 10% da População Mundial
  • 22.
  • 23. Amebíase – Sintomatologia ξ Doenças intestinais como colite, disenteria e ameboma; ξ Doenças extra-intestinais, como abscesso hepático, abscesso cerebral, lesões cutâneas, patologia pleuropulmonar; ξ 30% dos infectados apresentam Febre; ξ Hepatomegalia; ξ Sinais e sintomas mais graves e progressão mais rápida são mais frequentes em crianças pequenas, desnutridos e imunossuprimidos de maneira geral.
  • 24. Amebíase - Diagnóstico ξ Ao hemograma, podemos encontrar leucocitose leve e algum grau de anemia; ξ Os níveis de enzimas hepáticas encontram-se, geralmente, elevados, particularmente a fosfatase alcalina; ξ O diagnóstico confirmatório baseia-se no exame de fezes - utiliza-se a pesquisa de cistos a fresco.
  • 25. Amebíase - Transmissão ξ A transmissão pode ser directa ou indirecta, sendo a primeira a responsável quase pela totalidade dos casos; ξ A forma directa dá-se através da ingestão de água e alimentos contaminados pelos cistos do parasita ou por contacto fecal- oral direto; ξ A forma indirecta ocorre por intermédio de vectores como moscas e baratas.
  • 26. Amebíase - Tratamento ξ O tratamento da amebíase deve ser feito tanto em pacientes com sintomas como para aqueles completamente assintomáticos. ξ Para as formas assintomáticas: iodoquinol ou teclozan; ξ Para os pacientes com a forma intestinal da amebíase: o metronidazol é, em geral, a droga de escolha.
  • 27. Doença de Chagas ξ É uma infecção causada pelo protozoário flagelado Trypanossoma cruzi, e transmitida por insectos, conhecidos como barbeiros. ξ Trypanosoma cruzi é um membro do mesmo género do agente infeccioso africano da doença do sono e da mesma ordem que o agente infeccioso da leishmaniose.
  • 28. Doença de Chagas - Epidemiologia ξ 18 milhões de pessoas com esta doença ξ 100 milhões - população de risco ξ 20 000 morrem por ano ξ A doença de Chagas crónica é um problema epidemiológico apenas em alguns países da América Latina; ξ A migração crescente de populações aumentou o risco de transmissão por transfusão de sangue ; ξ Atinge principalmente as populações rurais pobres. As casas com reboco defeituoso e sem forro, são habitat para o insecto barbeiro.
  • 29.
  • 30. Doença de Chagas - Sintomatologia ξ A doença tem uma fase aguda, de curta duração, que em alguns doentes progride para uma fase crónica. ξ A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de uma semana a um mês após a picada. ξ No local da picada pode desenvolver-se uma lesão volumosa, o chagoma, pele vermelha e inchada. ξ Entre 20 a 60% dos casos agudos transformam-se, em 2 a 3 meses, em portadores com parasitas sanguíneos continuamente, curando-se os restantes.
  • 31. Doença de Chagas - Sintomatologia ξ O caso crónico permanece assintomático durante dez a vinte anos. ξ No entanto, neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversíveis em órgãos como o sistema nervoso e o coração. ξ Cardiomiopatia; ξ Dilatação do Intestino
  • 32. Doença de Chagas - Diagnóstico ξ Utilizando o Microscópio, para procurar o parasita no sangue do paciente, o que é possível apenas na fase. Detectam-se mais de 60% dos casos nesta fase. ξ Detecção do DNA do parasita por PCR (reacção em cadeia da polimerase). ξ Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no sangue.
  • 33. Doença de Chagas - Transmissão ξ O barbeiro infecta-se ao sugar o sangue de um organismo infectado; ξ No intestino do vector, o o protozoário reproduz-se; ξ O homem, é afectado pelas fezes ou urina contaminadas do Triatomíneo (barbeiro) pois enquanto suga o sangue defeca nesse mesmo local; ξ A infecção também pode ser por transfusão de sangue ou transplante de órgãos, ou por via placentária.
  • 34. Doença de Chagas - Tratamento ξ Na fase inicial aguda: nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos. ξ Na fase crónica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado. ξ O mal de Chagas, juntamente com a doença do sono e a leishmaniose, está entre as doenças "extremamente negligenciadas", basicamente em razão da extrema pobreza dos pacientes.
  • 35. Leishmaniose ξ É uma doença parasitária, causada por protozoátios da família Trypanossomatidae, do género leishmania e que é transmitida ao Homem pela picada de insectos da família Psychodidae dos géneros Phlebotomus, nos continentes Europeu, Asiático e Africano, e Lutzomyia no continente Americano. ξ A leishmaniose é uma doença crónica, de manifestação cutânea ou visceral. O calazar (leishmaniose visceral) e a úlcera de Bauru (leishmaniose tegumentar americana) são as formas da doença.
  • 36. Leishmaniose - Epidemiologia ξ 12 milhões de casos; ξ 400 mil novos casos por ano. ξ Aumento do número de casos de co-infecção HIV/Leishmaniose visceral, especialmente no sul da Europa, nos últimos anos. ξ Áreas tropicais e subtropicais, estendendo-se desde a América Central e do Sul até os países mediterrâneos, África, Ásia central, Índia e China. ξ Segunda principal doença causada por protozoários no mundo, perdendo em incidência apenas para a Malária. ξ Crianças e indivíduos imunossuprimidos são mais afectados.
  • 37.
  • 38. Leishmaniose - Sintomatologia ξ Resposta Imunitária pode levar 2 rumos possíveis: ξ Resposta Citotóxica TH1 (muito eficaz, destrói os macrófagos portadores da leishmania): sintomas inexistentes ou leves. ξ Resposta Humoral (esta é ineficaz porque as Leishmanias se escondem no interior dos macrófagos): sintomas mais graves.
  • 39. L. Visceral - Sintomatologia ξ Danifica os órgãos ricos em macrófagos: o baço, o fígado, e a medula óssea; ξ Febre; ξ Tremores violentos; ξ Diarreia; ξ Suores; ξ Mal estar; ξ Fadiga; ξ Hepatoesplenomegália; ξ Anemia; ξ Por vezes manifestações cutâneas como úlceras e zonas de pele escura
  • 40. L. Cutânea - Sintomatologia ξ Pápulas ulcerantes extremamente irritantes nas zonas picadas pelo mosquito que progridem para crostas com líquido seroso. ξ Escurecimento por hiperpigmentação da pele, com formação de cicatrizes.
  • 41. Leishmaniose - Diagnóstico ξ Observação directa microscópica dos parasitas em amostras de linfa, sanguíneas ou de biópsias de baço, após cultura ou por detecção do seu DNA
  • 42. Leishmaniose – Transmissão ξ Ocorre quando os insectos se alimentam dos homens ou animais infectados. ξ A seguir, o crescimento dos flagelados no tubo digestivo do vector torna-se suficiente para assegurar a sua inoculação em hospedeiros susceptíveis. ξ Se, pouco depois de infectar-se, o flebotomíneo voltar a alimentar-se com sangue, poderá regurgitar com o sangue aspirado grumos de leishmanias que se estariam a alojar no esófago.
  • 43. Leishmaniose – Tratamento/Prevenção ξ Tratamento por administração de compostos de pentamidina, marbofloxacino anfotericina ou miltefosina. ξ A prevenção faz-se por redes ou repelentes de insectos, pela construção de moradias humanas a distância superior a 500 metros da mata silvestre e pela erradicação dos Phlebotomus/Lutzomyia.
  • 44. Malária ξ É uma doença infecciosa aguda causada por protozoários parasitas do género Plasmodium (P. Falciparum), transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. ξ A infecção humana começa quando um mosquito Anopheles fêmea inocula esporozóitos dos plasmódios a partir da sua glândula salivar durante a hematofagia (picada). ξ Essas formas são transportadas pela corrente sanguínea até ao fígado, onde invadem as células do parênquima hepático e começam o período de reprodução assexuada.
  • 45. Malária - Epidemiologia ξ Metade da Humanidade vive em regiões endémicas (3 BILIÕES de Pessoas); ξ 300 a 500 Milhões de casos/ano; ξ Morrem 2 Milhões de pessoas/ano, das quais, 50% são crianças com menos de 5 anos; ξ A cada 30 segundos morre uma criança com menos de 5 anos, vítima de Malária; ξ É a doença não-ocidental que acarreta mais custos.
  • 46.
  • 47. Malária - Sintomatologia ξ Dores de cabeça; ξ Fadiga; ξ Febre; ξ Náuseas; ξ Calafrios Intensos (período de destruição das hemácias); ξ Choque Circulatório; ξ Convulsões; ξ Delírios.
  • 48. Malária - Diagnóstico ξ Gota Espessa - visualização do parasita através de microscopia óptica, após coloração (simples, eficaz e baixo custo); ξ Testes rápidos para detecção de componentes antigénicos de plasmodium.
  • 49. Malária - Transmissão ξ A malária é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do género Anopheles. ξ A transmissão geralmente ocorre em regiões rurais e semi- rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente em periferias; ξ Maior frequência no período da noite (maior actividade dos mosquitos), temperaturas 20-30ºC, climas húmidos.
  • 50. Malária – Tratamento/Prevenção ξ A melhor medida de prevenção é a erradicação do mosquito Anopheles; ξ O uso de redes contra mosquitos é eficaz na proteção durante o sono, quando ocorre a grande maioria das infecções.; ξ Em 2010, investigadores israelenses desenvolveram um açúcar tóxico, baptizado como attractive toxic sugar bait (ATSB), para eliminar o mosquito transmissor da malária.; ξ A quinina, à qual, os parasitas já são resistentes, foi já suplantada por drogas sintéticas mais eficientes, como quinacrina, cloroquina, e primaquina;
  • 51. Doença do Sono ξ A doença do sono ou tripanossomíase africana é uma doença frequentemente fatal causada pelo parasita unicelular Trypanosoma brucei. ξ Há duas formas: ξ uma na África Ocidental, causada pela subespécie T. brucei gambiense, que assume forma crónica; ξ outra na África Oriental, incluindo Moçambique, causada pelo T. brucei rhodesiense, forma aguda. ξ Ambos os parasitas são transmitidos pela picada da mosca tsé-tsé.
  • 52. Doença do Sono - Epidemiologia ξ A doença do Sono ocorre apenas em África, nas zonas onde existe o seu vector, a mosca tsé-tsé. ξ Não existe na África do Sul nem a norte do deserto Saara. A subespécie gambiense existe nas florestas tropicais; ξ A transmissão é principalmente de humano para humano. As moscas transmissoras são as Glossina palpalis, que se concentram junto aos rios, lagos e poços. ξ A subespécie rodesiense existe na região dos grandes lagos e nas savanas. Esta subespécie é transmitida pelas moscas Glossina morsitans.
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  • 54. Doença do Sono - Sintomatologia ξ Febre; ξ Tremores; ξ Dores musculares e articulares; ξ Linfadenopatia (gânglios linfáticos aumentados); ξ Mal Estar; ξ Perda de peso; ξ Anemia; ξ Trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue); ξ Insuficiência cardíaca; ξ Meningoencefalite com retardação mental. ξ Na infecção por T. gambiense a invasão do cérebro é geralmente após seis meses de progressão, enquanto o T. rodesiense pode invadi-lo após algumas semanas apenas.
  • 55. Doença do Sono - Diagnóstico ξ Detecção microscópica dos parasitas no sangue ou líquido cefalo-raquidiano; ξ Detecção do DNA por PCR.
  • 56. Doença do Sono – Prevenção/Tratamento ξ Uso de roupas que cobrem a maioria da pele e sprays repelentes de insectos; ξ Uso de aparelhos eléctricos luminosos que atraem e matam as moscas; ξ A destruição das populações de moscas. ξ Na fase aguda, o tratamento com pentamidina é eficaz contra T. gambiense, e a suramina contra T. rhodesiense.
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  • 59. Estudo Estatístico ξ Janeiro/Fevereiro 2011 ξ 100 Alunos ξ 31 Turmas ξ Sexo Masculino/Feminino
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  • 61. E.E. - Objectivos ξ Disparidade entre sexos; ξ Homogeniedade entre turmas do mesmo curso/da mesma área de ensino; ξ Disparidade entre alunos das turmas de cursos da área Cíentifica e alunos de outras àreas curriculares; ξ Influência das aulas de Biologia no conhecimento do assunto; ξ Aprendizagem gradual da Biologia e comparação entre as turmas do 1º ano de Biologia/Geologia, as turmas de 2º ano e as turmas que já não frequentam essa disciplina por estarem no 12º ano, mas que, possivelmente frequentam Biologia de 12º ano, como discilpina opcional.
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  • 68. E.E. – Interpertação dos Resultados ξ Com uma média Global de 65,5% podemos tomar os resultados como satisfatórios e considerar que os alunos estão relativamente informados sobre o tema; ξ Com uma disparidade de cerca de 20% (73% contra 53%) entre os alunos das turmas de ciências e os restantes, podemos concluir que estes se encontram muito mais informados sobre o tema, talvez fruto das aulas de Biologia que frequentam; ξ Os alunos do 12º ano registam as melhores classificações; ξ Individuos M/F, dos cursos Científicos: há uma melhoria global dos resultados à medida que avançamos no ano de escolaridade.
  • 69. E.E. – Interpertação de Resultados ξ M/F, cursos não-cientificos: há uma baixa gradual dos resultados com o avançar do ano de escolaridade, o que nos permite induzir que os alunos vão esquecendo a matéria que aprenderam no ensino básico, piorando assim os seus conhecimentos sobre Biologia, dado que não frequentam a disciplina; ξ Entre alunos das mesmas turmas os resultados foram semelhantes; ξ Inquiridos do sexo feminino sabem mais sobre o tema do que os do sexo Masculino, o que se reflectiu numa pequena disparidade de 2% nas classificações médias globais. ξ Se atendermos apenas às classificações dos alunos que frequentam cursos cíentificos, esse fosso acentua-se ligeiramente para os 2,3%.