De acordo com o documento, a Internacional Diabetes Federation estima que 438 milhões de indivíduos terão diabetes até 2030 com base nas tendências atuais. O DM1 é caracterizado pela destruição autoimune das células beta pancreáticas que produzem insulina, levando à necessidade de reposição insulínica. As complicações do diabetes incluem doenças nos olhos, rins, nervos e vasos sanguíneos.
1. Universidade Estadual do Ceará
Centro de Educação, Ciências e Tecnologia da
Região dos Inhamuns
Licenciatura Plena em Ciências Biológicas
Imunologia
Rafael Gonçalves Lima
Welson Costa Lima
Diabetes Mellitus 1
2. Introdução
• O diabetes mellitus (DM) refere-se a um grupo de distúrbios metabólicos comuns
que compartilham o fenótipo da hiperglicemia;
• Vários tipos distintos de DM são causados por uma interação complexa de
fatores genéticos e ambientais;
• Dependendo da etiologia do DM, os fatores que contribuem para a hiperglicemia
incluem secreção reduzida de insulina, menor utilização de glicose e maior
produção de glicose;
• A desregulação metabólica associada ao DM acarreta alterações fisiopatológicas
secundárias em muitos sistemas orgânicos que impõem uma enorme sobrecarga
aos indivíduos com diabetes, assim como ao sistema de assistência de saúde;
• Nos EUA, o DM é a principal causa de doença renal terminal (DRT), de
amputações não traumáticas das extremidades inferiores e de cegueira em
adultos, predispondo também a doenças cardiovasculares;
• Com uma crescente incidência mundial, o DM será uma importante causa de
morbidade e mortalidade no futuro previsível;
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3. • A prevalência mundial da DM aumentou drasticamente no
transcorrer das últimas duas décadas, desde aproximadamente
30 milhões de casos em 1985 para 285 milhões em 2010;
• Com base nas tendências atuais, a Internacional Diabetes
Federation estima que 438 milhões de indivíduos terão
diabetes por volta do ano 2030;
• Apesar de a prevalência do DM tanto tipo 1 quanto tipo 2 estar
aumentando em todo o mundo, a prevalência do DM tipo 2 está
subindo muito mais rapidamente;
Epidemiologia
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4. • Admite-se que grande parte do maior risco de DM tipo 1
reflita a frequência do antígeno leucocitário humano
(HLA) de alto risco entre OS grupos étnicos de
diferentes localizações geográficas;
• Nos EUA, o diabetes foi listado como a sétima principal
causa de morte em 2007; uma estimativa recente
sugere que o diabetes foi a quinta principal causa de
morte em todo o mundo e que foi responsável por
quase 4 milhões de mortes em 2010 (68% das mortes
foram atribuídos ao diabetes em âmbito mundial).
Epidemiologia
Rafael/Welson 4
5. Epidemiologia
Com base nas tendências atuais, a Internacional Diabetes Federation
estima que 438 milhões de indivíduos terão diabetes por volta do ano
2030;
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6. O que é o Diabetes Mellitus
• O DM1 é uma doença autoimune caracterizada pela destruição das
células beta do pâncreas e associada a presença de agentes infecciosos
e a um mecanismo de destruição tissular (geração dos linfócitos T que
reconhecem as células alvo);
• Este processo, mediado pelo sistema imunológico, ocasiona um quadro
permanente de hiperglicemia o qual é característico da patologia;
• Invariavelmente há necessidade de reposição insulínica exógena;
• Nesta doença existem alterações no metabolismo de hidratos de carbono,
lipídios e proteínas, assim como alterações estruturais em diversos
sistemas orgânicos incluindo microangiopatia (retinopatia, nefropatia e
neuropatia) e macroangiopatia (doença coronariana, insuficiência arterial
periférica, etc.).
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7. Diabetes Mellitus
• DM1
• Nesse tipo de diabete, as células produtoras de insulina
são destruídas por um progresso auto imune, o que
leva a pouca ou nenhuma produção do hormônio;
• Desse modo, os portadores de diabetes do tipo 1
precisam de injeções reguladores de insulina para
controlar os níveis de glicose;
• A doença costuma ter inicio agudo e surgir após os 30
anos.
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8. Diabetes Mellitus
DM2
• Nesse tipo de diabetes o corre a resistência a insulina e produção
diminuída desse hormônio, devido ao funcionamento inadequado da
célula que o produz;
• Os pacientes portadores de diabetes do tipo 2 iniciam o tratamento
com dieta e exercício, mas pode ser necessário o uso de
hipoglicemiantes orais, e caso esses não funcione, injeções de
insulina;
• A doença é mais comum em pessoas obesas e com mais de 30
anos;
• Pode ser evitada por meio da redução de peso e pratica de
atividade física.
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9. Insulina
• É produzida nas células beta
das ilhotas pancreáticas;
• Com duas cadeias
polipeptídicas;
• A glicose é o principal
regulador da secreção de
insulina.
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11. Diagnóstico Diabetes Mellitus 1
Tolerânciaàglicose
Homeostasia normal da
glicose
Diabetes Melito
Comprometimento da
homeostasia da glicose
Glicose Plasmática em
Jejum (GPJ)
Resposta a uma carga
de glicose oral
Hemoglobina A1C
Testes
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12. GPJ – Glicose Plasmática em Jejum; GP Glicose Plasmática; A1C - Hemoglobina
• GPJ de < 5,6 mmol/L
(100mg/dL)
• GP < 140mg/dL
(11,mmol/L) após uma carga
de glicose oral e;
• A1C < 5,6% são
consideradas para definir a
tolerância à glicose normal.
Diagnóstico Diabetes Mellitus 1
Rafael/Welson 12
13. Critérios Diagnósticos
TOTG – Teste Oral de Tolerância à glicose
• Concentração aleatória de
glicose sanguínea >= 11,1
mmol/L (200 mg/dL) +
Sintomas de Diabete;
• GPJ >= 7,0 mmol (126 mg/dL);
• A1C >= 6,5%;
• GP após 2h >= 11,1 mmol/
(200mg/dL) durante teste o
TOTG;
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14. Patogenia – Considerações Genéticas
Prioritariamente [...] destruição das
células beta pancreáticas ocorre
por um processo autoimune;
Ressalva... Alguns indivíduos não
tem autoimunidade dirigida às
ilhotas pancreáticas;
Inexistência de marcadores
imunológicos;
Desenvolvimento por mecanismo não
imunes desconhecidos;
Propensos a cetose;
A suceptibilidade ao DM 1 envolve
MÚLTIPLOS GENES.
Codificação de moléculas do MHC
da classe II, que apresentam o
antígeno às células T auxiliares e,
dessa forma, participam do
desencadeamento da resposta
imune.
A capacidade das moléculas MHC
classe II de apresentarem antígeno
depende da COMPOSIÇÃO DE
AMINOÁCIDOS de seus locais para
a fixação de antígeno.Rafael/Welson 14
15. Considerações Ambientais
• Eventos ambientais propostos
como desencadeadores DM
não foram associados
conclusivamente como
causadores do DM.
• Hipóteses incluem
• vírus;
• Proteínas do leite bovino;
• Compostos com nitrosoureias.
Patogenia
Considerações Imunológicas
AUTOANTICORPOS CONTRAS AS
CÉLULAS DAS ILHOTAS (ICA) SÃO UMA
COMBINAÇÃO DE DIFERENTES
ANTICORPOS DIRIGIDOS CONTRA
MOLÉCULAS DAS ILHOTAS
PANCREÁTIVAS, E FUNCIONAM COMO
MARCADOR DO PROCESSO IMUNE.
• Testes de ICA podem ser úteis na
classificação do DM e na identificação
dos indivíduos que não são diabéticos e
que correm o risco de desenvolve-lo.
• ICA presente em 85% dos
diagnosticados com DM1.
• Ensaios clínicos estão testando
intervenções para retardar a velocidade
de destruição das células beta.
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16. Algumas Hipóteses...
Perda autoimune de células Beta -
Agentes infecciosos, ambiental ou
sustentada por uma molécula
específica da célula Beta.
Marcadores imunológicos aparecem
depois do EVENTO
DESENCADEANTE, porém antes de
o diabetes se tornar óbvio [...]
Evidência de diabetes quando
quase todas as células Beta foram
destruídas (70 a 80%).
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17. Fisiopatologia
Ilhotas pancreáticas são infiltradas
com linfócitos T (processo
denominado insulite).
APÓS A INFLAMAÇÃO as ilhotas
enfraquecem e atrofiam-se.
MARCADORES IMUNOLÓGICOS
DESAPARECEM [...]
Células Insulares
Ilhota Pancreática
Células alfa (Pr. Glucacon)
Células delta (Pr. Somatostatina)
Células PP (Pr. Polipeptídio Pancreático
Poupadas da Destruição
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18. Anormalidades Ramos Humoral e
Celular do Sistema Imune
Anticorpos para a célula
Insular
Linfócitos ativados nas
ilhotas, nos linfonodos
peripancreáticos e na
circulação cistêmica
Linfócitos T que
proliferam quando
estimulados por
proteínas das ilhotas
Liberação de citocina
Anormalidades
Células beta parecem ser
particularmente susceptíveis
ao efeito tóxico de algumas
citocinas.
Os MECANISMOS
PRECISOS da morte das
células beta são
DESCONHECIDOS.
Pode envolver a formação de
metabólicos do óxido nítrico,
apoptose e citotoxidade direta
da célula CD8+.
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19. A destruição das ilhotas é mediada por
linfócitos T;
Moléculas da ilhota alvo do processo autoimune:
• Insulina
• Ácido Glutâmico descarboxilase (GAD, a
enzima biosintética para o neurotransmissor
GABA);
• ICA-515/IA-2 (homologia com tirosina
fosfatases);
• ZnT-8 (Transportador de zinco).
Fisiopatologia
SaudávelDiabeteMelitos1
Rafael/Welson 19
21. Tratamento
Metas para terapia:
1) Eliminar os sintomas relacionados a
hiperglicemia;
2) Reduzir ou eliminar as complicações
microvasculares a longo prado do DM;
3) Permitir que o paciente possa levar um estilo
de vida mais normal possível;
• Monitorar o controle glicêmico e controla-lo
através de fármacos específicos;
• Recomendações Nutricionais;
• Exercícios Físicos;
• Avaliação Psicossocial;
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22. Assistência Médica Contínua
Ação Frequência
AUTOMONITORAÇÃO DA
GLICEMIA
FREQUÊNCIA INDIVIDUALIZADA
Teste para A1C 2-4x/ano
Orientação do paciente sobre o
controle do diabetes
Anual
TERAPIA NUTRICIONAL CLÍNICA E
EDUCAÇÃO
ANUAL
Exame oftalmológico Anual
EXAME DOS PÉS 1-2X/ANO MÉDICO; DIARIAMENTE,
PACIENTE.
Triagem para nefropatia diabética Anual
Medição da pressão arterial Trimestralmente
Etc.
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24. Referências
LONGO, Dan L. KASPER, Dennis L. JAMESON,
J. Larry. FRAUCI, Anthony S. HAUSER, Stephen
L. LOSCALZO, Joseph. Medicina Interna de
Harrison. 18 ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
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