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Seminário
Terapias Complementares em Oncologia
A Nutrição Como
Factor Terapêutico
Dietista Ana Brandão
10 de Julho de 2010
Cancro
 Doença causada pelo desregulamento das funções da célula, durante a
qual esta adquire progressivamente características que lhe permitem
crescer e invadir os tecidos do organismo;
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número tripliquem em 2030;
40% dos casos de cancro estão associados a
uma alimentação incorrecta, ao
sedentarismo e ao excesso de peso
corporal
Alimentação e Cancro
 Substâncias promotoras da carcinogenese
 Substâncias protectoras da carcinogenese
Modificações Dietéticas
Alimentação e Cancro
 World Cancer Research Fund
American Institute for Cancer Research
Food, Nutrition, Physical Activity and the Prevention of Cancer
A Global Perspective, 2007
www.dietandcancerreport.org
 European Prospective Investigation into Cancer (EPIC)
International Agency for Research on Cancer
Relationships between diet, nutritional status, lifestyle, environmental
factors and the incidence of cancer and other chronic diseases.
www.epic.iarc.fr
Gordura Corporal
 Cancro do esófago, pâncreas, vesícula biliar, cólon, recto, endométrio,
mama (sobretudo na pós-menopausa) e ovário.
Recomendações:
 Restrição calórica de 20 a 30% face as necessidades energéticas;
 Manutenção de um índice de massa corporal (IMC) entre 21 e 23 kg/m²;
 Evitar o ganho de peso ao longo da vida;
 Evitar o aumento do perímetro de cintura.
IMC =
Peso / (Altura)²
Fibra Dietética
 Cancro do estômago, vesícula biliar, cólon, recto e mama.
Recomendações:
 Ingerir 30 a 40 gr de fibra diariamente;
 Escolher arroz, massa, pão e cereais integrais;
 Limitar o consumo de hidratos de carbono processados e refinados.
Frutas e Legumes
 Cancro da cavidade oral, faringe, laringe, esófago, pulmão, estômago,
pâncreas, vesícula biliar, fígado, cólon, recto, ovário e endométrio.
Recomendações:
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 As evidências apontam para diferentes direcções:
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 Ingerir cerca de 3 porções de lacticínios por dia;
 Preferir os lacticínios magros;
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Gorduras
 Dieta ocidental:
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 Ácidos gordos saturados:
 Cancro da cavidade oral, faringe, laringe,
endométrio e próstata;
 Colesterol:
 Cancro do pâncreas;
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Gorduras
Recomendações:
 Aumentar o consumo de ómega -3;
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 Consumir peixes gordos, no mínimo, 2 vezes por semana;
 Limitar o consumo de ácidos gordos saturados;
 Diminuir o consumo de gorduras hidrogenadas ou parcialmente
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 Cancro do cólon e recto;
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 Limitar o consumo de hidratos de carbono simples.
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 Cancro gástrico.
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 Limitar o consumo diário de sal a menos de 5g (2 g de sódio);
 Evitar alimentos processados;
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 Cancro do esófago, pâncreas, estômago, cólon, recto, mama, endométrio e
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Recomendações:
 Limitar o consumo a menos de 500 g por semana;
 Controlar a porção ingerida;
 Preferir carnes magras;
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 Principais fontes de nitritos e compostos N-nitroso;
 Cancro da cavidade oral, faringe, laringe, cólon e recto.
Recomendações:
 Evitar o consumo de carnes processadas;
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Métodos de Confecção
 A carne e o peixe, quando submetidos a altas temperaturas podem produzir
elementos tóxicos:
Hidrocarboretos aromáticos policíclicos:
 Surgem quando se confeccionam os alimentos sobre uma chama
directa;
 Quanto mais alta a temperatura de confecção maior a sua presença.
Aminas heterociclícas:
 Quanto mais tempo e mais elevada a temperatura de confecção, mais
compostos destes se formam.
 Estudos sugerem que se deve marinar os alimentos na presença de ácidos,
como o limão, no sentido de reduzir a formação desses compostos.
Métodos de Confecção
Recomendações:
 Não ingerir alimentos total ou parcialmente carbonizados;
 Cozinhar os vegetais em pouca água e durante o menor tempo possível;
 Aproveitar a água de cozedura dos vegetais para confeccionar outros
pratos;
 Escolher recipientes apropriados e tapar os alimentos enquanto
estiverem a ser cozinhados no micro-ondas;
 Não ingerir os alimentos a temperaturas muito elevadas.
Água e Outros líquidos
 Cancro da bexiga.
Recomendações:
 Ingerir no mínimo 1,5 L de água diariamente;
 Limitar o consumo de sumos de fruta naturais;
 Evitar o consumo de bebidas açucaradas.
Álcool
 Cancro da cavidade oral, faringe, laringe, esófago, pâncreas, vesícula biliar,
fígado, cólon, recto e mama;
 Independente do tipo de bebida alcoólica;
 Associado ao tabaco o risco aumenta consideravelmente.
Recomendações:
 Limitar o consumo diário a 2 copos para homens (125 ml x 2),
e 1 copo para mulheres (125 ml);
 Proibir o consumo a crianças e mulheres grávidas.
Fitoquímicos
 Os alimentos de origem vegetal, para além de macro e micro nutrientes,
contêm uma grande variedade de outras moléculas, designadas
fitoquímicos (polifenóis).
 Estas moléculas apresentam actividade biológica comprovada, exibindo
propriedades anti-inflamatórias, anti-oxidantes, anti-microbianas,
imunomoduladoras e anticancerígenas.
Vegetais Crucíferos
 Composto fitoquímico: Glucosinolatos
 Para aproveitar as suas propriedades:
 Cozer no mínimo de água, a vapor ou saltear;
 Cozinhar durante menos tempo possível.
 Os vegetais congelados têm menor teor de glucosinolatos;
 Para favorecer a libertação das moléculas activas mastigar muito bem os
vegetais.
Alho e Família
 Composto fitoquímico: Sulfurado
 As moléculas responsáveis pelos seus efeitos
anticancerígenos são libertadas pelo corte mecânico dos legumes.
Soja
 Composto fitoquímico: Isoflavonóides
 O molho de soja e o óleo de soja não possuem isoflavonóides;
 Os suplementos à base de isoflavonóides não constituem uma alternativa
válida aos alimentos;
 Devido à actividade estrogénica da soja, mulheres com risco aumentado de
cancro da mama, e mulheres que já sofram de cancro da mama devem
evitar o seu consumo.
Curcuma
 Composto fitoquímico: Curcumina
 Apesar da biodisponibilidade da curcumina ser relativamente fraca, pode
ser extremamente potenciada pela presença da pimenta;
 Adição quotidiana de uma colher de chá de curcuma às sopas, ao molho de
vinagre ou aos pratos de pastas.
Chá Verde
 Composto fitoquímico: Catequinas
 A sua composição varia muito segundo o local de cultura, a diversidade das
plantas utilizadas, a época da colheita e os processos de fabricação;
 Tempo ideal para extrair o máximo de catequinas:
 8 a 10 minutos;
 Beber 3 chávenas diárias de chá infundido de fresco.
Frutos Silvestres
 Composto fitoquímico: Ácido elágico, Antocianidinas, Proantocianidinas
 Dificuldade em determinar com exactidão o seu impacto na expansão do
cancro devido a sazonalidade das suas colheitas;
 Preferível consumi-los inteiros, em vez de sob a forma de sumos.
Tomate
 Composto fitoquimico: Carotenóides – Licopeno
 Maior vantagem se for cozinhado, visto que o calor permite uma melhor
extracção do licopeno, assim como o
torna mais assimilável pelo organismo;
 As gorduras aumentam igualmente a disponibilidade do licopeno;
 O consumo de duas refeições por semana tendo como base o molho de
tomate confeccionado com azeite pode reduzir em 25% o risco de contrair
cancro da próstata.
Citrinos
 Composto fitoquímico: Flavonas
 Fornecem vitamina C;
 Agem directamente sobre as células cancerígenas;
 Ajudam a aumentar o potencial anticancerígeno de outros compostos
fitoquímicos existentes na alimentação.
Vinho Tinto
 Composto fitoquímico: Resveratrol;
 O seu consumo deve ser moderado.
Chocolate
 Composto fitoquímico: Catequinas
 Consumir diariamente 40 g de chocolate negro (cerca de 2 quadrados) que
contenha 70% de pasta de cacau.
Amamentação
 Vantagens tanto para o recém-nascido como para a mãe;
 Quanto mais tempo a mulher amamentar, maior a protecção contra o
cancro da mama.
Recomendações:
 O leite materno deve ser fonte exclusiva de alimentação até aos 6 meses;
 Se possível, após os 6 meses continuar a complementar a alimentação da
criança com o leite materno;
 Recomendações de acordo com UN Global Strategy on Infant and Young
Child Feeding.
Suplementos Dietéticos
Razões para os evitar:
 Eficácia: em muitas situações o composto activo do alimento é menos
benéfico quando é administrado de forma isolada, fora do contexto do
alimento completo;
 Diversidade: presença de numerosos compostos fitoquímicos num só
alimento, o que não acontece tomando um suplemento;
 Qualidade: vários suplementos não contêm a quantidade de moléculas
que normalmente deveriam lá estar, devido à instabilidade dos compostos
fitoquímicos.
Suplementos Dietéticos
 Procurar alcançar as necessidades nutricionais através de uma
alimentação saudável;
 Os suplementos dietéticos não são recomendados para a prevenção do
cancro;
 No entanto, em algumas situações de doença ou inadequação alimentar,
pode ser necessário recorrer à suplementação.
Questões Frequentes
O aspartame causa cancro?
 Evidências correntes não mostram nenhuma ligação entre o consumo de
aspartame e o aumento do risco de cancro.
Beber café causa cancro?
 Não existe evidência de que aumente o risco de cancro. A ligação entre o
cancro do pâncreas e o consumo de café foi negada recentemente.
Questões Frequentes
Os aditivos alimentares causam cancro?
 Os novos aditivos alimentares têm de ser apresentados à Food and Drug
Administration (FDA) antes de serem integrados nos alimentos;
 Testes rigorosos em animais para procurar qualquer efeito no cancro é
parte deste processo;
 Os aditivos são usualmente presentes nos alimentos em muitas pequenas
quantidades, e não existe evidências convincentes que essas doses de
aditivos causem cancro em humanos.
Questões Frequentes
Os alimentos biológicos são melhores para proteger contra o
cancro?
 A maioria dos estudos que conseguiram estabelecer o potencial
anticancerígeno de frutos e legumes abrangeram o consumo
de alimentos provenientes da cultura tradicional.
Os pesticidas dos alimentos causam cancro?
 Os pesticidas podem ser tóxicos quando usados impropriamente. Os
pesticidas residuais, associados aos frutos e legumes, estão presentes no
estado de vestígios e nenhum estudo conseguiu estabelecer a ligação entre
esses resíduos e o cancro.
Conclusão
 Longe de ser uma terapia alternativa, a prevenção do cancro pela
alimentação constitui um instrumento complementar para fornecer ao
organismo certos agentes anticancerígenos de origem nutritiva;
 A prática de uma alimentação saudável corresponde a uma quimioterapia
preventiva, impedindo os microtumores de atingir uma fase com
consequências patológicas, sem toxicidade para a fisiologia dos tecidos
normais;
 No entanto, mais evidências são necessárias para esclarecer e
compreender o papel benéfico de certos alimentos na protecção contra o
cancro.
Obrigado

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A nutrição como factor terapeutico em oncologia

  • 1. Seminário Terapias Complementares em Oncologia A Nutrição Como Factor Terapêutico Dietista Ana Brandão 10 de Julho de 2010
  • 2. Cancro  Doença causada pelo desregulamento das funções da célula, durante a qual esta adquire progressivamente características que lhe permitem crescer e invadir os tecidos do organismo;  Em 2002 foram diagnosticados, no mundo inteiro, 11 milhões de novos casos e 7 milhões de óbitos. As estimativas apontam para que estes número tripliquem em 2030; 40% dos casos de cancro estão associados a uma alimentação incorrecta, ao sedentarismo e ao excesso de peso corporal
  • 3. Alimentação e Cancro  Substâncias promotoras da carcinogenese  Substâncias protectoras da carcinogenese Modificações Dietéticas
  • 4. Alimentação e Cancro  World Cancer Research Fund American Institute for Cancer Research Food, Nutrition, Physical Activity and the Prevention of Cancer A Global Perspective, 2007 www.dietandcancerreport.org  European Prospective Investigation into Cancer (EPIC) International Agency for Research on Cancer Relationships between diet, nutritional status, lifestyle, environmental factors and the incidence of cancer and other chronic diseases. www.epic.iarc.fr
  • 5. Gordura Corporal  Cancro do esófago, pâncreas, vesícula biliar, cólon, recto, endométrio, mama (sobretudo na pós-menopausa) e ovário. Recomendações:  Restrição calórica de 20 a 30% face as necessidades energéticas;  Manutenção de um índice de massa corporal (IMC) entre 21 e 23 kg/m²;  Evitar o ganho de peso ao longo da vida;  Evitar o aumento do perímetro de cintura. IMC = Peso / (Altura)²
  • 6. Fibra Dietética  Cancro do estômago, vesícula biliar, cólon, recto e mama. Recomendações:  Ingerir 30 a 40 gr de fibra diariamente;  Escolher arroz, massa, pão e cereais integrais;  Limitar o consumo de hidratos de carbono processados e refinados.
  • 7. Frutas e Legumes  Cancro da cavidade oral, faringe, laringe, esófago, pulmão, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, cólon, recto, ovário e endométrio. Recomendações:  Consumir no mínimo 5 porções diárias (400g) de legumes e frutos variados;  Incluir estes alimentos em várias refeições ao longo do dia;  Limitar o consumo de sumos de fruta.
  • 8. Lacticínios  As evidências apontam para diferentes direcções:  Redução do risco de cancro do cólon e recto;  Aumento do cancro do ovário e próstata;  Consumo elevado de cálcio relacionado com o cancro da próstata. Recomendações:  Ingerir cerca de 3 porções de lacticínios por dia;  Preferir os lacticínios magros;  Procure obter o cálcio necessário também através dos vegetais.
  • 9. Gorduras  Dieta ocidental:  Elevado rácio ómega-6/ómega-3 = 20/10;  Ácidos gordos saturados:  Cancro da cavidade oral, faringe, laringe, endométrio e próstata;  Colesterol:  Cancro do pâncreas;  Promove o excesso de peso e a obesidade.
  • 10. Gorduras Recomendações:  Aumentar o consumo de ómega -3;  Diminuir o consumo de ómega-6;  Consumir peixes gordos, no mínimo, 2 vezes por semana;  Limitar o consumo de ácidos gordos saturados;  Diminuir o consumo de gorduras hidrogenadas ou parcialmente hidrogenadas (trans).
  • 11. Açucares  Cancro do cólon e recto;  Contribui para o excesso de peso e obesidade;  Promove a desregulação do metabolismo da glicémia. Recomendações:  Limitar o consumo de hidratos de carbono simples.
  • 12. Sal  Cancro gástrico. Recomendações:  Limitar o consumo diário de sal a menos de 5g (2 g de sódio);  Evitar alimentos processados;  Preservar os alimentos sem o contributo do sal: refrigeração, congelamento, secagem, engarrafamento e fermentação.
  • 13. Carne vermelha  Cancro do esófago, pâncreas, estômago, cólon, recto, mama, endométrio e próstata. Recomendações:  Limitar o consumo a menos de 500 g por semana;  Controlar a porção ingerida;  Preferir carnes magras;  Substituir a carne por outras fontes proteicas.
  • 14. Carnes Processadas  Principais fontes de nitritos e compostos N-nitroso;  Cancro da cavidade oral, faringe, laringe, cólon e recto. Recomendações:  Evitar o consumo de carnes processadas;  Na ocasionalidade do seu consumo, rejeitar o invólucro.
  • 15. Métodos de Confecção  A carne e o peixe, quando submetidos a altas temperaturas podem produzir elementos tóxicos: Hidrocarboretos aromáticos policíclicos:  Surgem quando se confeccionam os alimentos sobre uma chama directa;  Quanto mais alta a temperatura de confecção maior a sua presença. Aminas heterociclícas:  Quanto mais tempo e mais elevada a temperatura de confecção, mais compostos destes se formam.  Estudos sugerem que se deve marinar os alimentos na presença de ácidos, como o limão, no sentido de reduzir a formação desses compostos.
  • 16. Métodos de Confecção Recomendações:  Não ingerir alimentos total ou parcialmente carbonizados;  Cozinhar os vegetais em pouca água e durante o menor tempo possível;  Aproveitar a água de cozedura dos vegetais para confeccionar outros pratos;  Escolher recipientes apropriados e tapar os alimentos enquanto estiverem a ser cozinhados no micro-ondas;  Não ingerir os alimentos a temperaturas muito elevadas.
  • 17. Água e Outros líquidos  Cancro da bexiga. Recomendações:  Ingerir no mínimo 1,5 L de água diariamente;  Limitar o consumo de sumos de fruta naturais;  Evitar o consumo de bebidas açucaradas.
  • 18. Álcool  Cancro da cavidade oral, faringe, laringe, esófago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, cólon, recto e mama;  Independente do tipo de bebida alcoólica;  Associado ao tabaco o risco aumenta consideravelmente. Recomendações:  Limitar o consumo diário a 2 copos para homens (125 ml x 2), e 1 copo para mulheres (125 ml);  Proibir o consumo a crianças e mulheres grávidas.
  • 19. Fitoquímicos  Os alimentos de origem vegetal, para além de macro e micro nutrientes, contêm uma grande variedade de outras moléculas, designadas fitoquímicos (polifenóis).  Estas moléculas apresentam actividade biológica comprovada, exibindo propriedades anti-inflamatórias, anti-oxidantes, anti-microbianas, imunomoduladoras e anticancerígenas.
  • 20. Vegetais Crucíferos  Composto fitoquímico: Glucosinolatos  Para aproveitar as suas propriedades:  Cozer no mínimo de água, a vapor ou saltear;  Cozinhar durante menos tempo possível.  Os vegetais congelados têm menor teor de glucosinolatos;  Para favorecer a libertação das moléculas activas mastigar muito bem os vegetais.
  • 21. Alho e Família  Composto fitoquímico: Sulfurado  As moléculas responsáveis pelos seus efeitos anticancerígenos são libertadas pelo corte mecânico dos legumes.
  • 22. Soja  Composto fitoquímico: Isoflavonóides  O molho de soja e o óleo de soja não possuem isoflavonóides;  Os suplementos à base de isoflavonóides não constituem uma alternativa válida aos alimentos;  Devido à actividade estrogénica da soja, mulheres com risco aumentado de cancro da mama, e mulheres que já sofram de cancro da mama devem evitar o seu consumo.
  • 23. Curcuma  Composto fitoquímico: Curcumina  Apesar da biodisponibilidade da curcumina ser relativamente fraca, pode ser extremamente potenciada pela presença da pimenta;  Adição quotidiana de uma colher de chá de curcuma às sopas, ao molho de vinagre ou aos pratos de pastas.
  • 24. Chá Verde  Composto fitoquímico: Catequinas  A sua composição varia muito segundo o local de cultura, a diversidade das plantas utilizadas, a época da colheita e os processos de fabricação;  Tempo ideal para extrair o máximo de catequinas:  8 a 10 minutos;  Beber 3 chávenas diárias de chá infundido de fresco.
  • 25. Frutos Silvestres  Composto fitoquímico: Ácido elágico, Antocianidinas, Proantocianidinas  Dificuldade em determinar com exactidão o seu impacto na expansão do cancro devido a sazonalidade das suas colheitas;  Preferível consumi-los inteiros, em vez de sob a forma de sumos.
  • 26. Tomate  Composto fitoquimico: Carotenóides – Licopeno  Maior vantagem se for cozinhado, visto que o calor permite uma melhor extracção do licopeno, assim como o torna mais assimilável pelo organismo;  As gorduras aumentam igualmente a disponibilidade do licopeno;  O consumo de duas refeições por semana tendo como base o molho de tomate confeccionado com azeite pode reduzir em 25% o risco de contrair cancro da próstata.
  • 27. Citrinos  Composto fitoquímico: Flavonas  Fornecem vitamina C;  Agem directamente sobre as células cancerígenas;  Ajudam a aumentar o potencial anticancerígeno de outros compostos fitoquímicos existentes na alimentação.
  • 28. Vinho Tinto  Composto fitoquímico: Resveratrol;  O seu consumo deve ser moderado.
  • 29. Chocolate  Composto fitoquímico: Catequinas  Consumir diariamente 40 g de chocolate negro (cerca de 2 quadrados) que contenha 70% de pasta de cacau.
  • 30. Amamentação  Vantagens tanto para o recém-nascido como para a mãe;  Quanto mais tempo a mulher amamentar, maior a protecção contra o cancro da mama. Recomendações:  O leite materno deve ser fonte exclusiva de alimentação até aos 6 meses;  Se possível, após os 6 meses continuar a complementar a alimentação da criança com o leite materno;  Recomendações de acordo com UN Global Strategy on Infant and Young Child Feeding.
  • 31. Suplementos Dietéticos Razões para os evitar:  Eficácia: em muitas situações o composto activo do alimento é menos benéfico quando é administrado de forma isolada, fora do contexto do alimento completo;  Diversidade: presença de numerosos compostos fitoquímicos num só alimento, o que não acontece tomando um suplemento;  Qualidade: vários suplementos não contêm a quantidade de moléculas que normalmente deveriam lá estar, devido à instabilidade dos compostos fitoquímicos.
  • 32. Suplementos Dietéticos  Procurar alcançar as necessidades nutricionais através de uma alimentação saudável;  Os suplementos dietéticos não são recomendados para a prevenção do cancro;  No entanto, em algumas situações de doença ou inadequação alimentar, pode ser necessário recorrer à suplementação.
  • 33. Questões Frequentes O aspartame causa cancro?  Evidências correntes não mostram nenhuma ligação entre o consumo de aspartame e o aumento do risco de cancro. Beber café causa cancro?  Não existe evidência de que aumente o risco de cancro. A ligação entre o cancro do pâncreas e o consumo de café foi negada recentemente.
  • 34. Questões Frequentes Os aditivos alimentares causam cancro?  Os novos aditivos alimentares têm de ser apresentados à Food and Drug Administration (FDA) antes de serem integrados nos alimentos;  Testes rigorosos em animais para procurar qualquer efeito no cancro é parte deste processo;  Os aditivos são usualmente presentes nos alimentos em muitas pequenas quantidades, e não existe evidências convincentes que essas doses de aditivos causem cancro em humanos.
  • 35. Questões Frequentes Os alimentos biológicos são melhores para proteger contra o cancro?  A maioria dos estudos que conseguiram estabelecer o potencial anticancerígeno de frutos e legumes abrangeram o consumo de alimentos provenientes da cultura tradicional. Os pesticidas dos alimentos causam cancro?  Os pesticidas podem ser tóxicos quando usados impropriamente. Os pesticidas residuais, associados aos frutos e legumes, estão presentes no estado de vestígios e nenhum estudo conseguiu estabelecer a ligação entre esses resíduos e o cancro.
  • 36. Conclusão  Longe de ser uma terapia alternativa, a prevenção do cancro pela alimentação constitui um instrumento complementar para fornecer ao organismo certos agentes anticancerígenos de origem nutritiva;  A prática de uma alimentação saudável corresponde a uma quimioterapia preventiva, impedindo os microtumores de atingir uma fase com consequências patológicas, sem toxicidade para a fisiologia dos tecidos normais;  No entanto, mais evidências são necessárias para esclarecer e compreender o papel benéfico de certos alimentos na protecção contra o cancro.