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                    Sociologia

                 CAP 04 - Trabalho




Prof.: Rodrigo
Trabalho
• Existe para satisfazer as necessidades humanas;
  - alimentos;
  - vestimentas;
  - abrigo;
  - lazer.
• Essa atividade nem sempre teve o mesmo significado, a mesma
organização e o mesmo valor.
A produção nas sociedades tribais

• As sociedades tribais diferenciam-se uma das outras em muitos
aspectos, mais pode-se dizer, em termos gerais, que não são estruturadas
pela atividade que em nossa sociedade denominamos trabalho. Nelas
todos fazem tudo. Ex.: caça, coleta, agricultura e criação.
• A organização dessas atividades caracteriza-se pela divisão das tarefas
por sexo e por idade.
• Os equipamentos e instrumentos utilizados, comumente vistos pelo
olhar estrangeiro como muito simples e rudimentares, são eficaz para
realizar tais tarefas.
• Economia de subsistência e de técnica rudimentar.
• “Sociedades de abundância” ou “sociedades do lazer”: dedicavam um
mínimo de horas diárias ao que nós chamamos de trabalho.
Ex.: Os ianomâmis, da Amazônia, dedicavam pouco mais de três horas
diárias às tarefas relacionadas à produção.
• A explicação para o fato de os povos tribais trabalhares muito menos do
que nós está no modo como se relacionam com a natureza, também
diferente do nosso.
“Para eles, a terra é um espaço em que vivem e tem valor cultural, pois dá
aos humanos seus frutos: a floresta presenteia os caçadores com os
animais de que necessitam para a sobrevivência e os rios oferecem os
peixes que ajudam na alimentação. Tudo isso é um presente da mãe
natureza”
Escravidão e servidão

• O termo trabalho pode ter nascido do vocabulário latino tripallium, que
significa “instrumento de tortura”.
• Nas sociedades grega e romana era a mão de obra escrava que garantia a
produção necessária para suprir as necessidades da população.
• Nas sociedades feudais, havia aqueles que trabalhavam – os servos, os
camponeses e os aldeãos – muitos trabalhavam em regime de
servidão, no qual não gozavam de plena liberdade, mas também não eram
escravos.
• Obrigações:
  - corveia: construção e manutenção de estradas e pontes;
  - talha: uma taxa que se pagava sobre tudo o que se produzia na terra;
   - banalidades: uma taxa pelo uso do moinho, do forno, dos tonéis de
cerveja e pelo fato de, simplesmente, residir na aldeia.

                      • Da antiguidade até o fim da Idade Média, as
                      concepções do que denominamos trabalho
                      apresentam variações, mais poucas alterações.
                      Sempre muito desvalorizado, o trabalho não era o
                      elemento central, o núcleo que orientava as
                      relações sociais.
As bases do trabalho na sociedade moderna

• Com o fim do período medieval e a emergência do mercantilismo e do
capitalismo, o trabalho “mudou de figura”. Se antes ele era visto como
uma atividade penosa e torturante, passou aos poucos a ser considerado
algo positivo.

• Foi preciso convencer as pessoas de que trabalhar para os outros era
bom;
• Dizia-se que só assim todos sairiam beneficiados.
• Algumas instituições deram a sua colaboração para a mudança.
        • Igreja: ter preguiça (não trabalhar) passou a ser pecado;
 • Governantes : (leis e decretos que penalizavam quem não trabalhasse);
                    • Empresários: disciplina (horário);
   • Escolas: passaram a ideia de que o trabalho era fundamental para a
        sociedade (contos – “quem não trabalhava, levava a pior”).
• Transformações nos processos de organização do trabalho:
• Cooperação simples: o artesão ainda desenvolvia, ele próprio, todo o
processo produtivo, do molde ao acabamento.
• Manufatura (cooperação avançada): o trabalhador até continuava a ser
artesão, mas não fazia tudo, do começo ao fim. O produto tornou-se
resultado das atividades de muitos trabalhadores.
• Maquinofatura: o espaço de trabalho, definitivamente, passou a ser a
fábrica, pois era lá que estavam as máquinas que “comandavam” o
processo de produção.
                   Evolução das horas de trabalho semanal
                                 Inglaterra            França
             1650-1750         45 a 55 horas        50 a 60 horas
             1750-1850         72 a 80 horas        72 a 80 horas
             1850-1937         58 a 60 horas        60 a 68 horas

• O trabalhador estava livre, quer dizer, não era mais escravo nem servo,
mas trabalhava mais horas do que antes.
O trabalhador estava livre
apenas legalmente porque, na
realidade, via-se forçado pela
necessidade a fazer o que lhe
impunham. E trabalhava mais
horas do que antes.




De acordo com Max Weber, em
seu livro História econômica
(1923), isso era necessário para
que o capitalismo existisse.
Não foi fácil submeter os trabalhadores às longas
jornadas e aos horários rígidos, pois a maioria deles
não estava acostumada a isso.

A maior parte da
população que foi para
as cidades trabalhava
anteriormente       no
campo, onde o único
“patrão” era o ritmo
da natureza.
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  • 1. 1º EM Sociologia CAP 04 - Trabalho Prof.: Rodrigo
  • 2. Trabalho • Existe para satisfazer as necessidades humanas; - alimentos; - vestimentas; - abrigo; - lazer. • Essa atividade nem sempre teve o mesmo significado, a mesma organização e o mesmo valor.
  • 3. A produção nas sociedades tribais • As sociedades tribais diferenciam-se uma das outras em muitos aspectos, mais pode-se dizer, em termos gerais, que não são estruturadas pela atividade que em nossa sociedade denominamos trabalho. Nelas todos fazem tudo. Ex.: caça, coleta, agricultura e criação. • A organização dessas atividades caracteriza-se pela divisão das tarefas por sexo e por idade. • Os equipamentos e instrumentos utilizados, comumente vistos pelo olhar estrangeiro como muito simples e rudimentares, são eficaz para realizar tais tarefas. • Economia de subsistência e de técnica rudimentar. • “Sociedades de abundância” ou “sociedades do lazer”: dedicavam um mínimo de horas diárias ao que nós chamamos de trabalho. Ex.: Os ianomâmis, da Amazônia, dedicavam pouco mais de três horas diárias às tarefas relacionadas à produção.
  • 4. • A explicação para o fato de os povos tribais trabalhares muito menos do que nós está no modo como se relacionam com a natureza, também diferente do nosso. “Para eles, a terra é um espaço em que vivem e tem valor cultural, pois dá aos humanos seus frutos: a floresta presenteia os caçadores com os animais de que necessitam para a sobrevivência e os rios oferecem os peixes que ajudam na alimentação. Tudo isso é um presente da mãe natureza”
  • 5. Escravidão e servidão • O termo trabalho pode ter nascido do vocabulário latino tripallium, que significa “instrumento de tortura”. • Nas sociedades grega e romana era a mão de obra escrava que garantia a produção necessária para suprir as necessidades da população.
  • 6. • Nas sociedades feudais, havia aqueles que trabalhavam – os servos, os camponeses e os aldeãos – muitos trabalhavam em regime de servidão, no qual não gozavam de plena liberdade, mas também não eram escravos. • Obrigações: - corveia: construção e manutenção de estradas e pontes; - talha: uma taxa que se pagava sobre tudo o que se produzia na terra; - banalidades: uma taxa pelo uso do moinho, do forno, dos tonéis de cerveja e pelo fato de, simplesmente, residir na aldeia. • Da antiguidade até o fim da Idade Média, as concepções do que denominamos trabalho apresentam variações, mais poucas alterações. Sempre muito desvalorizado, o trabalho não era o elemento central, o núcleo que orientava as relações sociais.
  • 7. As bases do trabalho na sociedade moderna • Com o fim do período medieval e a emergência do mercantilismo e do capitalismo, o trabalho “mudou de figura”. Se antes ele era visto como uma atividade penosa e torturante, passou aos poucos a ser considerado algo positivo. • Foi preciso convencer as pessoas de que trabalhar para os outros era bom; • Dizia-se que só assim todos sairiam beneficiados. • Algumas instituições deram a sua colaboração para a mudança. • Igreja: ter preguiça (não trabalhar) passou a ser pecado; • Governantes : (leis e decretos que penalizavam quem não trabalhasse); • Empresários: disciplina (horário); • Escolas: passaram a ideia de que o trabalho era fundamental para a sociedade (contos – “quem não trabalhava, levava a pior”).
  • 8. • Transformações nos processos de organização do trabalho: • Cooperação simples: o artesão ainda desenvolvia, ele próprio, todo o processo produtivo, do molde ao acabamento. • Manufatura (cooperação avançada): o trabalhador até continuava a ser artesão, mas não fazia tudo, do começo ao fim. O produto tornou-se resultado das atividades de muitos trabalhadores. • Maquinofatura: o espaço de trabalho, definitivamente, passou a ser a fábrica, pois era lá que estavam as máquinas que “comandavam” o processo de produção. Evolução das horas de trabalho semanal Inglaterra França 1650-1750 45 a 55 horas 50 a 60 horas 1750-1850 72 a 80 horas 72 a 80 horas 1850-1937 58 a 60 horas 60 a 68 horas • O trabalhador estava livre, quer dizer, não era mais escravo nem servo, mas trabalhava mais horas do que antes.
  • 9. O trabalhador estava livre apenas legalmente porque, na realidade, via-se forçado pela necessidade a fazer o que lhe impunham. E trabalhava mais horas do que antes. De acordo com Max Weber, em seu livro História econômica (1923), isso era necessário para que o capitalismo existisse.
  • 10. Não foi fácil submeter os trabalhadores às longas jornadas e aos horários rígidos, pois a maioria deles não estava acostumada a isso. A maior parte da população que foi para as cidades trabalhava anteriormente no campo, onde o único “patrão” era o ritmo da natureza.