Nesta aula discutimos a organização dos levantamentos epidemiológicos e discutimos resultados de alguns dados de 1996, 2003 e 2010 no Brasil.
Uma boa reflexão e exercício sobre calibração para exames populacionais.
2. O que são levantamentos
epidemiológicos?
• São instrumentos com metodologia específica que
têm como objetivo coletar informações referentes a
um determinado problema em uma população.
• Podem abordar aspectos referentes a fatores de
risco, uso de serviços, consumo de medicamentos,
conhecimentos , atitudes e práticas relacionadas à
saúde, além de dados demográficos e de outra
natureza.
3. Objetivos de um
levantamento
epidemiológico
• Estudar a distribuição dos problemas na
população.
• Diagnosticar e medir as necessidades
acumuladas.
• Determinar prioridades.
• Avaliar as atividades dos serviços em saúde.
4. • Os levantamentos fornecem um quadro de informações
mais apuradas das condições de saúde bucal e das
necessidades de tratamento de uma população, bem como
podem proporcionar condições para controlar as mudanças
nos níveis ou padrões da doença (OMS, 1999).
• Os dados coletados em um levantamento epidemiológico
podem ser utilizados para comparações em um momento
futuro (Pereira, 2000).
Levantamento epidemiológico
5. • A partir dos dados coletados podem-se:
- avaliar, planejar e executar ações de saúde
- inferir sobre a eficácia geral dos serviços
- permite comparações de prevalências em
diferentes períodos de tempo e áreas geográficas.
• Eles produzem dados básicos confiáveis para o
desenvolvimento de programas nacionais ou
regionais de saúde bucal e para o planejamento
do número e do tipo apropriado de pessoal.
Levantamento epidemiológico
6. Classificação dos
levantamentos
• Forma de obtenção das informações:
- Por ENTREVISTA.
- Por EXAME.
• Extensão territorial:
- Nacional incluir localidades suficientes para cobrir todos os
subgrupos importantes da população e pelo menos 3 idades
índices ou grupos etários possíveis de serem examinados.
- Local ou Estudo Piloto inclui na amostra somente os
subgrupos mais importantes da população e fornecem
quantidade mínima de dados necessários para um adequado
planejamento.
7. Classificação dos
levantamentos
• Tipos de Morbidade:
- Gerais todos os agravos à saúde estão incluídos.
- Específicos quando um agravo à saúde ou um
grupo de condições afins é investigado.
• Tipo de Bases de Dados:
- Populacionais.
- Institucionais.
8. Planejamento do levantamento
Grupos populacionais de interesse
•Idades índices e grupos etários recomendados pela OMS:
-de 18 a 36 meses: problemas orais em bebês.
-5 anos: dentição decídua.
-12 anos: dentição mista.
-15 anos: dados de incidência de cárie e índices
periodontais em adolescentes.
-35-44 anos: saúde bucal em adultos.
-65-74 anos: Verificação da necessidade de tratamento e
controle dos efeitos gerais dos cuidados odontológicos
prestados a esta população.
9. Planejamento do levantamento
•Os levantamentos epidemiológicos podem abranger a
população em sua totalidade (UNIVERSO) ou uma parte
dela (AMOSTRA) que represente características
semelhantes, por meio de tratamento estatístico,
podendo extrapolar dados da amostra para a população
total, economizando tempo e custos.
•O cálculo da amostra é dependente do objetivo
específico do estudo, bem como da facilidade de se
obtê-lo.
10. Planejamento do levantamento
•Tipos de Amostra:
-Amostra de conveniência (ou não-aleatória).
-Amostra aleatória (ou casuais, probabilísticas,
estatísticas ou ao acaso).
11. Planejamento do levantamento
Amostra de conveniência
•Caracterizada pela facilidade de acesso aos participantes.
•Não há metodologia estatística na escolha dos participantes.
Ex.: entrevista por telefone, pacientes que frequentam um
centro de saúde, etc.
•Vantagem – a possiblidade de se obter informações mais
detalhadas sobre um determinado aspecto de saúde.
•Desvantagem – não produz estimativas que sejam
compatíveis com a real prevalência do aspecto na população.
12. Planejamento do levantamento
Amostra aleatória
•São subconjuntos da população com a seleção dos participantes feitas ao
acaso.
•Amostra aleatória simples consiste em numerar cada elemento da
população e realizar um sorteio simples.
•Amostra sistemática cria-se um critério para a escolha dos
participantes da pesquisa. Ex.: somente números ímpares ou somente
números pares ou somente números que terminem em 4.
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13. Planejamento do levantamento
Amostra aleatória
•Amostra estratificada divide-se a população para que tenha o
maior grau de homogeneidade possível. Ex.: divisão por sexo, por
faixa etária, por ocupação, etc.
•Amostra por conglomerado sorteiam-se regiões da população,
nas sorteadas, todos os elementos terão que fazer parte da amostra.
14. Planejamento do levantamento
•Amostra em estágios:
-Estratificação da amostra em suas diferentes características.
Ex: instituição pública ou privada.
-Escolha de uma amostra simples ou sistemática de cada extrato.
Ex: escolha do bairro e a seguir o sorteio simples para a escolha da
escola do bairro.
15. Planejamento do levantamento
Amostra aleatória
•Amostra multifásica subconjuntos da amostra total são
escolhidos para prover informações sobre um determinado
problema por fases.
Ex.: 18 escolas escolhidas, em todas seria avaliada a doença cárie,
mas somente em 6 escolas seria observada a doença periodontal e
em 3 escolas a aplicação de questionários sobre hábitos de
higiene.
16. Planejamento do levantamento
Determinação do tamanho da Amostra
•A OMS (1999) preconizou que para um levantamento básico de
saúde, é recomendado, para cada grupo etário, um número de
participantes (número aproximadamente igual de homens e
mulheres) que pode variar de 25 a 50, dependendo da prevalência
e severidade da doença.
•Para populações em que esses índices são desconhecidos, é
necessário realizar um estudo piloto.
17. Planejamento do levantamento
Instrumento de medidas: índices odontológicos
•Cárie dentária.
•Condição periodontal.
•Traumatismo dentário.
•Condição de oclusão dentária.
•Fluorose dentária.
•Edentulismo.
•Condições sócio-econômicas.
•Utilização de serviços odontológicos.
•Autopercepção de saúde bucal (dor).
25. Levantamento em saúde bucal no
Brasil
• 1986 – 1º levantamento epidemiológico em saúde bucal de
âmbito nacional realizado pelo MS. Foram levantados dados
referentes à cárie dentária, doença periodontal, uso e
necessidade de próteses totais e a procura por serviços
odontológicos.
• 1996 – 2º levantamento epidemiológico em saúde bucal no
Brasil, realizado pelo MS, através da área técnica de saúde
bucal, em parceria com a ABO, CFO e as SES e SMS. A pesquisa
foi realizada somente com relação à cárie dentária em crianças
na faixa etária de 6 a 12 anos de escolas públicas e privadas.
31. Levantamento em saúde bucal no
Brasil
• 2003 – 3º levantamento epidemiológico em saúde bucal no
Brasil, SB Brasil 2003: condições de saúde bucal na população
brasileira. Essa pesquisa, além de embasar, do ponto de vista
epidemiológico, a elaboração das Diretrizes da Política
Nacional de Saúde Bucal e subsidiar ações para o
fortalecimento da gestão dos serviços públicos em saúde
bucal, nas diferentes esferas de governo, permitiu a análise
comparativa dos dados nacionais com dados de outros países
e com as metas da OMS para o ano de 2000.
32.
33. Levantamento em saúde bucal no
Brasil
• 2010 – 4º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil,
SB Brasil 2010: pesquisa nacional de saúde bucal, realizada pelo
MS, por meio da Coordenação Geral de Saúde Bucal. Esse programa
analisou a situação de saúde bucal da população brasileira, com
relação à cárie dentária, condição periodontal, edentulismo (uso e
necessidade de próteses dentais), condições de oclusão, fluorose,
traumatismos dentário e a ocorrência de dor de dente, entre
outros aspectos.
34.
35.
36. ÍNDICES UTILIZADOS NO SB BRASIL
2010
• Condição de Oclusão Dentária
• Traumatismo Dentário
• Edentulismo
• Fluorose Dentária
• Cárie Dentária e Necessidade de Tratamento
• Condição Periodontal
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43. Bibliografia
PEREIRA, Antônio Carlos et al. Tratado de
saúde coletiva. Nova Odessa: Napoleão, 2009.
ANTUNES, José Leopoldo Ferreira; PERES,
Marco Aurélio. Epidemiologia da saúde bucal.
Ed. Guanabara Coogan, 2006.
www.dab.saude.gov.br
45. Planejamento do levantamento
Processo de calibração
•É aquele por meio do qual se busca treinar examinadores e
pesquisadores a fim de assegurar a uniformização na interpretação,
compreensão e aplicação dos critérios de exame e, deste modo,
minimizar as variações intra e inter-examinadores.
•Objetivos:
-Minimizar os erros e diferenças porventura existentes quanto à
habilidade na obtenção dos dados e julgamento dos mesmos.
-Assegurar uma interpretação, entendimento e aplicação uniformes dos
critérios para as doenças e condições a serem observadas e registradas.
-Assegurar que cada examinador possa examinar dentro de um padrão
consistente.
-Minimizar varações entre os diferentes examinadores, através de testes
estatísticos.
46. Planejamento do levantamento
Confiança dos dados: treinamento e calibração
•Previamente ao levantamento, é primordial que se
garantam condições de homogeneidade de códigos e
critérios para os diferentes examinadores.
•Inicialmente, é necessário um treinamento e posterior
calibração dos examinadores envolvidos no trabalho.
•Os examinadores devem estar
bem familiarizados com os critérios
de diagnósticos utilizados.
47. Planejamento do levantamento
Treinamento
•Etapa teórica, na qual os índices, metodologia de exame
e protocolo de execução são informados aos
examinadores em uma aula expositiva ou oficina de
trabalho.
•Etapa prática, na qual um estudo piloto pode ser
recomendado, para que as informações contidas no
projeto de estudo sejam padronizadas e sistematizadas.
Além disso, alguns problemas relacionados à metodologia
podem ser identificados nesse período.
Ex.: instrumento de coleta, forma de acesso à informação, horário
de exame, incorporação de recurso auxiliar de exame, local de
exame, etc.
48. Planejamento do levantamento
Processo de calibração
•Concordância interexaminador – a equipe deve examinar um mesmo
grupo de indivíduos e os resultados devem ser comparados entre si.
•Concordância intra-examinador – busca aferir o quanto o examinador
concorda com ele mesmo em diferentes momentos.
A OMS (1999), em seu manual, recomenda que quando o estudo for
conduzido por um grupo de examinadores, deve-se escolher um grupo
de 20 ou mais pacientes, realizar um treinamento prévio e, em seguida,
comparar os resultados, sendo que , se estes se apresentarem muito
discrepantes, os pacientes devem ser chamados novamente e
reexaminados. Desse modo, as diferenças entre diagnósticos podem ser
revistas pelos observadores e discutidas em equipe.
49. Planejamento do levantamento
Índice “Kappa”
•A estatística “kappa” é frequentemente utilizada para expressar concordância,
sendo diferentes de outros coeficientes de concordância, por ser ajustado e levar
em consideração outros fatores além da chance.
•O denominador informa a proporção de concordância, além da esperada pela
chance, podendo variar de -1 a +1, ou seja, completo desacordo a completa
concordância.
Valores de Kappa Concordância
<0,00 Ruim
0,00 – 0,20 Fraca
0,21-0,40 Sofrível
0,41-0,60 Regular
0,61-0,80 Boa
0,81-0,99 Ótima
1,00 Perfeita
50. Planejamento do levantamento
Metodologia da calibração
Abrange 24 horas:
•3 horas – preparo do processo.
•8 horas – Discussão teórica.
•8 horas – Discussão prática.
•4 horas – Calibração propriamente dita.
•1 hora – Discussão final.
51. Planejamento do levantamento
Metodologia da calibração
Preparo do processo:
•Comunicação com as autoridades.
•Verificação da metodologia.
•Materiais a serem utilizados.
•Local do exame.
•Horário do exame.
52. Planejamento do levantamento
Metodologia da calibração
Discussão teórica:
•Nesta fase, deve ser feita a exposição teórica e
discussão junto à equipe de examinadores, por
parte da equipe de instrutores, sobre todos os
índices, códigos e critérios a serem utilizados.
•O importante é que, neste momento, seja
esclarecido o maior número possível de dúvidas
relativas aos critérios e que sejam exercitadas
situações em que uma regra de decisão seja exigida.
54. Planejamento do levantamento
Metodologia da calibração
Calibração propriamente dita:
•A calibração deverá ser feita da mesma
maneira que o exercício anterior, exceto pelo
número de pessoas examinadas, que deve ser
maior (em torno de 20 a 25 de cada grupo
etário).
55. Planejamento do levantamento
Metodologia da calibração
Discussão final da Calibração:
•A última parte do exercício de calibração deve ser
usada para se certificar de que a equipe de
examinadores está completamente familiarizada
com todos os procedimentos de exame e de
registro, critérios de diagnóstico, formulários de
registro e o manejo de instrumentos e materiais.
•Também são discutidos os resultados dos cálculos
de concordância (planilhas).
56. Índices CPO e ceo
• CPO-D : contabiliza o número de dentes Cariados, Perdidos e
Obturados na dentição permanente.
• É obtido para cada indivíduo por meio de exame odontológico e soma
de componentes relativos aos dentes cariados, perdidos e obturados.
• Klein e Palmer (1937) : estudo descritivo de saúde bucal em crianças
indígenas nos EUA.
• Gruebbel (1994): aplicado para avaliação de saúde bucal de crianças
com dentição decídua.
• Ceo: contabiliza o número de dentes Cariados, Extração indicada e
Obturados na dentição decídua.
OBS: Para crianças com dentição mista, recomenda-se o uso em conjunto
das duas medidas.
58. • Podem ser obtidos para cada indivíduo por meio de exame
odontológico e soma de componentes relativos aos dentes cariados,
perdidos e obturados.
• Com base na avaliação específica de cada componente, é possível
apresentar valores sintéticos de média, porcentagem do valor global
do índice CPO e ceo, ou porcentagens relativas aos indivíduos que
apresentam ou não determinada condição.
• Esses índices também podem ser estudado de forma categórica,
indicando o contraste entre as categorias de pessoas afetadas e não
afetadas pelo agravo, ou diferenciando os grupos com mais e com
menos de determinado número de dentes afetados por cárie.
Índices CPO e ceo
59. Critérios para levantamento
epidemiológico
• Dente é considerado presente quando qualquer parte
da sua coroa clínica estiver atravessado a mucosa
gengival.
• Na presença de um dente decíduo e permanente
ocupando o mesmo lugar, deve-se considerar o
permanente.
• No caso de dúvida entre hígido e cariado, considerar
hígido.
• Dúvida entre cariado e extração indicada considerar
cariado.
60. Critérios para levantamento
epidemiológico
• Dúvida entre cariado e restaurado, considerar
restaurado.
• Indivíduos com menos de 30 anos de idade, recomenda-
se que o cálculo do CPO exclua os dentes que sofreram
avulsão traumática ou tenham sido extraídos por outros
motivos que não a cárie, como tratamento ortodôntico.
• Para indivíduos com 30 anos ou mais, os dentes perdidos
devem ser computados no CPO, devido à dificuldade de
resposta segura quanto à causa de cada perda dentária.
61. CPO-D
• Considerar cariado: sulco, fissura ou superfície que
apresente cavidade evidente, tecido amolecido ou
descoloração do esmalte.
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62. CPO-D
• Considerar como hígidos: quando não há
evidência de lesão no dente.
• Os estágios iniciais não são levados em
consideração(manchas esbranquiçadas).
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65. Planejamento do levantamento
Técnica de exame
•As condições de exame são fundamentais para o
desenvolvimento das atividades de exame clínico.
•Os indivíduos podem ser examinados em cadeiras escolares,
macas ou sobre as mesas.
66. Planejamento do levantamento
Técnica de exame
•Exames domiciliares :
-boné.
-Camisa.
-Crachá.
-Garrafa com água.
-Protetor solar.
-Prancheta.
-Borracha.
-Apontador.
-Lápis.
- Luva.
- Máscara.
- Baixador de língua.
- Guardanapo de papel.
- Mapa do setor.
- Ficha de rolamento.
- PDA (Personal Digital Assistant).
- Ficha clínica.
- Sonda OMS.
- Espelho clínico.
70. Planejamento do levantamento
Condição sócio-econômica
•Número de pessoas que residem na casa.
•Escolaridade do participante.
•Número de estudantes.
•Tipo de escola.
•Moradia.
•Número de cômodos da casa.
•Renda familiar.
•Renda pessoal.
•Posse de automóvel.
73. Para a realização do levantamento
epidemiológico também é necessário:
• Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) por parte do
sujeito da pesquisa.
• Contato com as autoridades: diretores de escola, autoridades de
saúde.
• Programação: apresentar a equipe no local do exame, escolha do
local, fornecer um roteiro ao representante do local,
equipamentos, horários, calendário.
• Orçamento: deve incluir todos os recursos necessários
• Encaminhamento: deve-se preparar uma lista com nome e
endereços de serviços para um caso que exija atenção imediata.
• Relatório de agradecimento: após o levantamento, deve-se ter o
cuidado de encaminhar um relatório com a principais informações
encontradas no local ao responsável, com agradecimentos.
74. Considerações finais
• Os levantamentos epidemiológicos em saúde bucal são realizados com o
intuito de:
- Estimar o status de saúde bucal e a necessidade de tratamento em
comunidades, produzindo dados básicos confiáveis para o
desenvolvimento de programas de saúde bucal de âmbito nacional,
estadual ou municipal, respaldando a alocação racional de recursos
humanos, materiais e financeiros, servindo, em momento futuro, como
parâmetro para avaliação da eficácia e eficiência desses programas.
- Monitorar os níveis e padrões de patologias bucais nas comunidades ao
longo do tempo.
O sucesso para o planejamento de um serviço odontológico público ou
privado é a informação sobre a epidemiologia de uma determinada
patologia e de seus fatores de risco modificáveis, sobre os quais pode-
se atuar visando à prevenção.
75. Bibliografia
PEREIRA, Antônio Carlos et al. Tratado de
saúde coletiva. Nova Odessa: Napoleão, 2009.
ANTUNES, José Leopoldo Ferreira; PERES,
Marco Aurélio. Epidemiologia da saúde bucal.
Ed. Guanabara Coogan, 2006.
www.dab.saude.gov.br