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FACULDADE DE CIENCIAS EDUCACIONAIS - FACE




           JOSÉ PLÁCIDO MENDES SUARES




ARTE: O ELO DE INTERAÇÃO NA INTERDISCIPLINARIDADE




                     IRARÁ
                      2012
JOSÉ PLACIDO MENDES SUARES




ARTE: O ELO DE INTERAÇÃO NA INTERDISCIPLINARIDADE




                   Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de
                   Artigo Cientifico, apresentado ao Instituto Pró Saber,
                   como requisito parcial obrigatório para conclusão do
                   curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Ensino da Arte

                   Orientadora : Profª.: Patrícia S. Mascarenhas




                        Irará
                        2012
Quem busca sempre encontra. Não encontra necessariamente o
que busca, menos ainda o que é necessário encontrar. Mas
encontra algo novo para relacionar à coisa que já conhece.
Mestre é aquele que mantém àquele que busca em seu rumo,
este rumo em que cada um está só em sua busca e no qual não
deixa de buscar.
(Jacques Rancière)
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           ARTE: O ELO DE INTERAÇÃO NA INTERDISCIPLIONARIDADE


                                                                              José Plácido Mendes Suares¹

                                                      RESUMO

Há milhares de anos o homem vem produzindo arte e, neste percurso, ao fazê-lo, contempla o mundo ao seu
redor: paisagens, animais, outros homens. O artista tira do seu universo significados que possam transmitir
ideias, sentimentos como forma de compreender a evolução humana expressando-se com o intuito de registrar
sua vida em todos os sentidos. Neste propósito, a arte é papel indispensável no processo de aprendizagem e de
investidor na formação do indivíduo. A arte, como elemento essencial na interdisciplinaridade, convida
profissionais das diversas áreas do conhecimento a ter um olhar perceptivo para a realização de uma educação
plena e consciente e que prepare o indivíduo para uma vida digna , adulta e mais consciente. Este trabalho
objetiva o desenvolvimento e a competência estética do aluno nas diversas áreas, para que, progressivamente,
possa aprender a desfrutar, valorizar e julgar os bens estéticos, de diferentes povos e culturas produzidas ao
longo da nossa história e na contemporaneidade. Foi realizada entrevista com diversos professores das variadas
áreas almejando uma ação reflexiva e dinâmica que propiciou transformações no quadro da aprendizagem,
através de oficinas, o que possibilitou um trabalho interdisciplinar, tendo a arte como suporte para os conteúdos
das respectivas disciplinas.

Palavras-chave: Arte; Interação; interdisciplinaridade; desenvolvimento e competência estética.

INTRODUÇÃO


         A arte nasceu com o ser humano e lhe deu a consciência capaz de criar possibilidades
de interpretação, imaginação. Logo a arte é o principio de toda manifestação inculta no
homem, é graças à arte que o homem se elevou e se compreendeu. A arte não foi privilégio
de, apenas, um povo, de uma era, de uma cultura universal que se eterniza. Todas as
civilizações contribuíram na evolução do homem como também no grande acervo propagado
pelo mundo inteiro.
      A necessidade de manifestação artística acompanha a evolução humana desde a pré-
história, quando as primeiras manifestações estéticas ainda se relacionavam apenas a uma
necessidade de cumprir um ritual de conquistas: fosse um animal a ser caçado, fosse da
perpetuação da espécie. A partir de então, o homem vem se utilizando da arte para se revelar
expressivamente e também para registrar a sua vida, em todos os aspectos.
      O desejo é que o projeto de interdisciplinaridade apresenta uma retórica de recuperação
de uma visão de conjunto, de uma totalidade e consequentemente, de uma organicidade.
      Este trabalho visa à arte como o elo de interação na interdisciplinaridade.



¹Graduado em Letras Vernáculas, pela Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS (2007) Professor de
Língua Portuguesa, Literatura e Arte no Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho, Articulador da Área de
Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias
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      Ponto de discussão dos PCN’s, como também, daqueles que almejam uma educação
eficaz, recheada de novos conhecimentos. Assim sendo, estamos valorizando a tarefa
educativa como primícia do saber, consequentemente valorizando o (a) aluno (a) e apostando
na sua aprendizagem, investindo na sua formação, utilizando a expressão artística para
estimulá-lo a exprimir sem receios, sem censuras, sem se importar com talentos ou capacidade
criativa, seus sentimentos e emoções, construindo, posteriormente, a interpretação expressa na
criação artística.
      A interdisciplinaridade é uma questão de atitude diferente a ser assumida frente ao
problema do conhecimento, isto substitui de uma concepção fragmentária para uma unitária,
ou seja: A educação brasileira é marcada, historicamente, por currículos fragmentados e
desarticulados em que as diversas disciplinas são estudadas isoladamente. A realidade é
tratada aos pedaços: pedaços de Geografia, de Educação Física, de História, de Literatura,
pedaços de Matemática.
                        A busca da interdisciplinaridade é uma reação a uma constatação epocal: vivemos
                        num mundo de fragmentação, de saberes desconectados. Na Universidade o quadro
                        é a de superespecialização nas disciplinas, de reducionismo e isolacionismo, a ponto
                        dos pesquisadores não conseguirem mais se comunicar entre colegas da mesma área
                        que dirá de áreas diferentes...(KOHAN, 2008, p. 89).

      Esta visão denota uma percepção equivocada da realidade, que se constrói de forma
interativa e se constitui um complexo de conexões entre as diversas áreas do conhecimento.
      Nesta concepção, é urgente a necessidade de se trabalhar a Arte como processo
interdisciplinar para fortalecer a diversidade cultural que certamente é entendida como
democrática.
      “A busca da prática interdisciplinar é uma espécie de reação a uma crise, a crise da
fragmentação e da especialização: mas a fragmentação é ela mesma um sintoma de uma crise
muito mais profunda e radical.” (KOHAN, 2009, p. 92)
      A intencionalidade desta atividade interdisciplinar objetiva o desenvolvimento de
competências estéticas e artísticas do aluno nas diversas áreas para que, progressivamente,
possam aprender a desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de diferentes povos e culturas
produzidas ao longo da nossa história e na contemporaneidade.
      A formação em Arte, que inclui conhecimento do que é e foi produzido em diferentes
comunidades, deve favorecer a valorização dos povos pelo reconhecimento de semelhanças e
contrastes, qualidades e especificidades, o que pode abrir o leque das múltiplas escolhas que o
jovem terá que realizar ao longo de seu crescimento, na consolidação de sua identidade -
assim diz o PCN de Arte.
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     Neste processo, necessário se faz observar os métodos aplicados pelas diferentes áreas
caracterizando o contexto em que se insere o ensino da arte, apoiado em resultados
qualitativos após a realização de encontros de formação / oficinas com professores e alunos da
Unidade Escolar, uma vez já apresentado as diversas possibilidades do trabalho
interdisciplinar, sendo a arte como suporte para os conteúdos das variadas disciplinas. Por
fim, a maneira pela qual será concluído os trabalhos, manifestamos as considerações finais
referente ao que foi proveitoso na pesquisa.


UM DIÁLOGO COM OS DIFERENTES ASPECTOS DISCIPLINARES


     É notória a necessidade dos (as) alunos (as) se manifestarem artisticamente valorizando
a Arte como representação do universo, do natural, possibilitando a interpretação e a
imaginação. É, sem dúvidas, a Arte, a causadora da elevação e da compreensão humana.
        Diante do exposto e visando vivenciar a arte nas diversas modalidades de ensino,
foram elaborados alguns questionamentos, os quais foram respondidos por profissionais nas
diversas áreas do conhecimento, uma vez que a interdisciplinaridade é uma atitude diferente a
ser assumida frente ao problema do conhecimento. È visível o embate entre alunos e
professores; entre a arte e as demais disciplinas, principalmente as da área de exatas.
        O tema da pesquisa foi delineado ao passo em que os estudos de representação
permitiram a visualização e discussão sobre conceitos, imagens, pinturas, símbolos e de que
maneira estes elementos poderiam organizar as suas práticas pedagógicas no meio em que
estão inclusos. Na oportunidade, buscou-se refletir sobre os conhecimentos básicos,
constituindo-se num diálogo com os diferentes aspectos existentes.
        O ponto principal desta pesquisa, logo no início dos relatos produzidas por meio das
entrevistas, permitiu uma reflexão ampla sobre a postura de cada um, de seu percurso e de
suas percepções acerca da importância da Arte no cotidiano de suas disciplinas.


A ARTICULAÇÃO INTERDISCIPLINAR


        Diversas ações de fortalecimento da articulação interdisciplinar podem ser realizadas,
sobretudo, utilizando a Arte como instrumento complementar de trabalho, que é o foco de
estudo deste artigo. Dentre tantas possibilidades, aqui, versar-se-á algumas, contemplando as
áreas de conhecimento no geral e em determinadas disciplinas, em particular, dada a sua
importância para a temática em questão.
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        No que diz respeito à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a produção do
conhecimento como ingresso à informação, deve-se ao domínio da língua, esta por sua vez
tem uma pequena relação com a possibilidade de repleta participação social.
        As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006. p. 27) aborda que o papel da
Língua Portuguesa é o de possibilitar, por procedimentos sistemáticos, o desenvolvimento das
ações de produção da linguagem em diferentes situações de interação, logo, a abordagem
interdisciplinar na prática de sala de aula é essencial.
        É verdadeiramente eficaz uma educação que esteja voltada ao compromisso com a
cidadania, para tanto, necessário se faz, criar condições que desenvolvam a capacidade do uso
da linguagem e que esta esteja relacionada às ações afetivas do dia a dia.
        Se o ambiente escolar objetiva a formação de cidadãos capazes de compreender
diferentes tipos textuais é viável organizar trabalhos educativos a serem experimentados.
Logo, formar leitores, não é uma tarefa fácil e, não se pode formá-los apenas na escola. A
diversidade textual é uma importante estratégia na prática da leitura.
        Corti & Souza, (2005, p.26), afirmam que a autonomia faz parte da expansão do
jovem em relação ao mundo social, à sua crescente capacidade de analisar situações,
hierarquizar problemas, fazer julgamento e realizar escolhas. Trata-se de um processo de
emancipação.
        A Arte, nesta perspectiva, é individualmente um tipo de narrativa acima do ser
humano, ela possui uma diversidade de linguagens. Assim, é possível se trabalhar como
elemento indispensável em diversas manifestações, que seja verbal, musical, visual, corporal e
tantas outras formas.
        Cada texto trabalhado deve valorizar as propriedades que vão além do nível
gramatical ortográfico, analisando, avaliando, revisando, reelaborando e reescrevendo. Para
tal, é fundamental construir um espaço para as conversas sobre diversos temas em dupla ou
em pequenos grupos, fazendo uso de representações gráficas e/ou artísticas, utilizando os
vários modos de leitura, sobretudo a leitura de imagens no cinema, no vídeo, na televisão, na
fotografia, na pintura de uma tela, na escultura.
                        Quando se coloca um aluno diante de uma pintura, coloca-se um universo de
                        possibilidades em sua frente. Tem-se o primeiro impacto, a primeira impressão, a
                        questão do gosto. A partir daí, parte-se para uma abordagem mais técnica. O
                        professor pode mediar, perguntando sobre as cores, a técnica, as dimensões da obra.
                        Tem-se o segundo momento da leitura, de análise do que de fato a obra apresenta.
                        Depois, caminha-se para a parte mais emocionante: a leitura simbólica, a busca dos
                        significados. Um leitor contemporâneo vai analisar os signos de uma obra produzida
                        séculos antes do seu nascimento. E isso é fantástico! É o que torna a obra atemporal,
                        porque sempre estará ressignificada. (NASCIMENTO, 2009, p.22)
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        Cada imagem ao representar o mundo, revela um recorte e uma combinação singular
que reconstrói o próprio mundo.
        Há muitas maneiras de combinar imagem e som, cada obra audiovisual permite
desvendar os desejos e as intencionalidades que cada imagem esconde ao revelar o mundo.
        A articulação interdisciplinar de Língua Portuguesa e Arte leva ao reconhecimento do
que está culturalmente estabelecido, amplia rede de saberes, questionando, processando novos
elementos, a fim de se operar novas possibilidades de compreensão da realidade já que a arte
possibilita o contato com a diversidade cultural em sua região e através dela desenvolver seu
potencial criativo.
        A literatura é uma das manifestações artísticas mais privilegiadas, é um sinal
distintivo de cultura, logo, arte que se constrói com palavras. Apropriar-se da Arte para
estudar literatura é o caminho mais prazeroso e eficaz. É conhecimento, participação e
fruição. Os produtos culturais (literatura, artes plásticas, música, dança) mantêm intensa
relação com a formação do leitor crítico na escola.


A ARTE COMO VALOR ESSENCIAL NA LÍNGUA INGLESA


        O conhecimento das línguas estrangeiras deve focalizar a leitura, a escrita e a
comunicação oral contextualizadas. O aluno desconhece de fato a necessidade do aprendizado
de um idioma estrangeiro para a vida dele, entretanto, a interação com a Arte é bastante
proveitosa, principalmente por enfatizar valores sociais, culturais, políticos e ideológicos.
Para isso, deve-se estimular um ensino que se preocupe com “uma cultura que permita
compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo
de pensar aberto e livre” como diz Morin (2007, p.11).
        A contribuição de uma aprendizagem de Língua Estrangeira está em fazer com que os
alunos entendam que a depender do contexto, em determinados momentos históricos, em
outras comunidades, pessoas pertencentes a grupos diferentes comunicam-se e fazem cultura
e arte de formas variadas e diferentes, além de comparar com sua língua materna e aprender a
valorizar o que é seu, diferenciando o global do local.
        O trabalho pedagógico deve-se basear, então, em leitura, oralidade e na construção de
sentidos, afinal, cada língua é composta por variantes socioculturais. A gramática não deve
preceder o uso prático da linguagem. A arte merece destaque porque existe nos códigos da
música, do teatro, da dança, das artes visuais. Um conjunto de significados que não podem ser
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transmitidos com a mesma intensidade por outro tipo de linguagem. Vive-se hoje na era da
imagem, o que oportuniza ao aluno reconhecer seu tempo e o espaço em que vive.
       A língua inglesa e/ou estrangeira deve oportunizar através da Arte o mundo da cultura
que venha favorecer conhecimentos que estão distantes da realidade dos nossos alunos, com o
intuito de contemplar a Arte, em todos os seus aspectos, quer seja a dança, a música, a
arquitetura, a pintura e tantas outras manifestações artísticas e que certamente trarão para o
aluno uma nova compreensão e aprendizagem da Língua em questão, além de estimular e
reconhecer a língua internacional, a expandir sua observação do mundo e suas diferenças e a
comparar outras culturas com a sua própria.


EDUCAÇÃO FÍSICA: ARTE DO CORPO EM MOVIMENTO


       A Educação Física não se resume nas práticas corporais no processo educativo, deve,
então, ter seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento e passar a ser mais uma
linguagem. Pode-se dialogar com a escrita ou a linguagem audiovisual. O homem deixa suas
marcas culturais, seu conjunto de saberes.
       Assim, o processo ensino aprendizagem em Educação Física deve capacitar o
indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de
maneira social e culturalmente significativa, Através de jogos, esportes, lutas, ginásticas,
danças, brincadeiras, improvisação, coreografia ou qualquer outra manifestação expressiva,
porque a escola é um espaço sociocultural e da diversidade e deve abordar as relações corpo,
mente e expressão humana.
                       Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a
                       realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao
                       indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a
                       mudar a realidade que foi analisada. (BARBOSA, 2003, p.18)

       Assegurar o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal e aprimorar para a
construção de um estilo pessoal favorecendo subsídios para que possam apreciá-las de forma
crítica é tarefa da Educação Física. O exercício de certas habilidades e aptidões não é limitado
ao ensino e aprendizagem em Educação Física. O importante, neste contexto, é o de capacitar
o indivíduo a uma profunda reflexão sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia,
exercê-las de maneira social e cultural. Gradativamente o aluno, ao longo deste processo de
aprendizagem, conceberá práticas culturais de movimento como instrumento para o
conhecimento, consequentemente, irá adquirir expressões de sensações, sentimentos e
emoções individuais, nas relações com o outro; é o que se pode chamar de alteridade.
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        Segundo Mattos (2003, p. 44), dentro do universo de conhecimentos que a Educação
Física procura abordar, quando a metodologia utilizada é a de ensino por condicionamento, o
resultado é uma aprendizagem restrita e limitada.
        O tratamento pedagógico dado a essas e outras questões da cultura se reflete
diretamente nas possibilidades de formação dos alunos e dos professores. Necessário enfatizar
que o professor deverá sempre contextualizar a prática, considerando suas várias dimensões
de aprendizagem, e que possibilite aos seus alunos a aprendizagem e ao mesmo, se
desenvolverem. Assim sendo, o aluno aprenderá a conviver em grupo produzindo de modo
cooperativo. É imprescindível ao professor proporcionar situações em que o aluno possa
aprender a dialogar, ouvir o outro, ajudá-lo, pedir ajuda, trocar ideias e experiência, abraçar as
críticas e sugestões.


A ARTE E AS CIÊNCIAS EXATAS, UMA BARREIRA A SER VENCIDA


        Quanto à área de Ciências Exatas e da Natureza, a primeira, remete a uma
visualização do que é preciso, rigoroso, perfeito, esmerado. Formada por disciplinas críticas e
muitas vezes odiadas pela maioria dos jovens, até pela maneira que o professor de matemática
age, de forma estática, fechada, criando uma aversão por parte dos alunos. Uma articulação
com Arte pode favorecer a mudança de caráter e tornar os conteúdos menos engessados.
Apesar de seu caráter abstrato, seus conceitos e resultados têm origem na realidade, no
cotidiano. As outras disciplinas da área de Exatas têm na Matemática a base, uma vez que ela
se transforma na ciência que estuda todas as possíveis relações e interdependências
quantitativas em grandezas, teorias, metodologia, formas de coletar e interpretar dados.
                        A vitalidade da Matemática deve-se ao fato que, apesar de seu caráter abstrato, seus
                        conceitos e resultados têm origem no mundo real e encontram muitas aplicações em
                        outras ciências e em inúmeros aspectos práticos da vida diária, na indústria, no
                        comércio e na área tecnológica. Por outro lado, ciências como Física, Química e
                        Astronomia têm na Matemática ferramenta essencial. (MATTOS, 2003, p. 27)


        A aversão ou o medo que os alunos têm talvez seja também em decorrência da
metodologia utilizada, de forma descontextualizada, atemporal, geral. Muitos esquecem que a
Matemática comporta um grande campo das relações que despertam curiosidade, instigam a
capacidade de projetar, prever e abstrair. Assim, a Matemática e disciplinas afins
apresentam--se como um conhecimento de muita aplicabilidade e ainda está presente na
composição musical, na coreografia, nos esportes, na Arte.
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       O conhecimento matemático é feito por todos os grupos socioculturais que utilizam
habilidades para contar, localizar, medir, desenhar, representar, pintar, jogar e explicar a
depender de suas necessidades e interesses. Aproximar o saber escolar do universo cultural
em que o aluno está inserido é de fundamental importância para o ensino aprendizagem.
                       A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerências
                       que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de generalizar, projetar, prever,
                       abstrair, favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do
                       raciocínio lógico. Faz parte da vida de todas as pessoas nas experiências mais
                       simples como contar, e operar sobre quantidades [...] Também é um instrumental
                       importante para diferentes áreas do conhecimento. (MATTOS 2003, p. 28)

     A Matemática é criação humana e seus conteúdos podem ser fontes naturais e potentes
de inter-relações com a Arte e outras disciplinas. A proporcionalidade, composição,
estimativa, a proporcionalidade presente na resolução de problemas multiplicativos, as figuras
geométricas, matemática financeira, análise de tabelas, gráficos e funções são exemplos disto.
A própria geometria consiste em estimular o aluno a perceber e valorizar a presença da
ciência em elementos da natureza e em criações do homem. Deve-se explorar formas em
obras de arte, esculturas, pinturas, arquitetura ou desenhos feitos em qualquer plano, que
podem ser feitos por meio de dobraduras, recortes, espelhos, empilhamento, modelagem,
colagem, construção de maquetes, reconstrução de história de um processo em que a
mediação tenha como referência as dimensões do corpo humano.
     Nos últimos séculos o homem foi considerado o centro do universo e acreditam que a
natureza estava e está à sua disposição. A área de Ciências da Natureza pode contribuir para a
formação da integridade pessoal e gerar representações do mundo. A Ciência e a Tecnologia
são ferramentas associadas a questões sociais e políticas. Os conceitos de matéria, energia,
espaço, relação, interação, sistema, espaço, tempo relacionam-se ao desenvolvimento de
posturas e valores humanos, na relação entre o homem, o conhecimento e o ambiente.
     Fundamentos da Química, de Física e de Biologia também podem estar presentes nesta
articulação interdisciplinar, através dos Temas Transversais como a cidadania, pluralidade
cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, trabalhos e consumo, a depender da série e
do interesse do aluno e do professor.


AS CIÊNCIAS HUMANAS E O CONVÍVIO COM A ARTE


     A área de Humanas, formada pelas disciplinas que apresentam a história do homem, o
espaço e tempo em que ele está inserido, o estudo da sociedade e da formação do ser, além de
tratar sobre os povos de todos os continentes, retratando a multiplicidade de culturas, tem uma
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relação muito estreita com a Arte, considerando a diversidade de vivências em uma
determinada sociedade, na medida em que grupos e classes sociais manifestam linguagens,
representações do mundo de valores, de relações interpessoais e de criações cotidianas.
      A comunicação humana se deu e se dá, além de escrita, de forma oral, gestual, figurada,
musical e rítmica. O ensino da História deve estabelecer relações entre identidades
individuais, sociais e coletivas. Os fatos históricos podem ser entendidos como ações
humanas significativas. Deve-se fazer uso de criações artísticas, ritos religiosos, técnicas de
produção, formas de desenho, atos governamentais, comportamentos, atividades culturais.
      Cabe ao professor de História, integrar as relações estabelecidas entre o passado e o
presente, entre o local e regional, o nacional e o mundial. Os sentidos culturais, estéticos, que
os objetos expressam são obras humanas que registram as relações coletivas e permitem a
comparação e o confronto das informações obtidas, inclusive, em pesquisa e posterior
apresentação de resultados.
      Já o estudo da Geografia busca as dimensões objetivas que os homens estabelecem com
a natureza, os diferentes espaços e sua construção. A Geografia que se propõe na articulação
com a Arte é aquela que demonstra os aspectos físicos, biológicos, políticos e econômicos, a
fim de compreender a realidade, trabalhar as noções espaciais e temporais, os fenômenos
sociais, culturais e naturais.
       As noções de sociedade, cultura, trabalho e natureza são fundamentais e devem ser
abordadas por meio de temas em que sociedade e natureza sejam estudadas de forma
conjunta, usando os Temas Transversais já listados anteriormente neste artigo, acrescentando
a ética e se confundindo com a Sociologia e a Filosofia.
      No processo de leitura, um aspecto fundamental é a leitura de diferentes paisagens,
fotografias e imagens de televisão.
      Enfim, a articulação interdisciplinar se fundamenta na crítica de uma concepção de
conhecimento que torna a realidade como um conjunto de dados estáveis, aponta a teia de
relações entre os seus diferentes e às vezes contraditórios aspectos, questiona a visão
compartimentada da realidade sobre a qual a escola historicamente se constitui. A Arte pode
mudar esta realidade, utilizando livros didáticos, atividades com música, com filmes,
atividades em laboratórios, audiovisuais e de atividades de pesquisa, sempre numa abordagem
reflexiva.
      Trata-se de desenvolver formas de apropriação para uma melhor leitura das culturas
considerando as mesmas como dinâmicas e mutantes, logo, possíveis de ensinar e aprender na
interação com a outra (as) disciplina (s).
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      CONSIDERAÇÕES FINAIS


      A Arte é uma disciplina indispensável à vida da escola. Pode-se dizer do “sal” que
permite dar sabor aos saberes do aluno e certamente de sua aprendizagem e esta deve ser
vivencial que é a consequência do envolvimento entre as partes, aluno e professor em suas
atividades. Ambos têm a oportunidade de analisar de forma crítica e aplicar o aprendizado em
seu cotidiano.
      O presente artigo intenciona um forte estímulo, tanto para professores como para o
aluno, para que se identifiquem com suas práticas e possam se encorajar a desenvolver suas
sensibilidades estéticas, sentimentos e emoções, através da prática interdisciplinar.
      Pretende-se que todo professor, independente da modalidade de ensino e da disciplina
que leciona, possa fazer uso deste material como ponto de partida para uma educação mais
eficaz, mais eficiente, mais sensível, mais humana.
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REFERÊNCIAS

 BAHIA, Secretaria da Educação. Orientações Curriculares Estaduais para o Ensino
Médio: Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Salvador, 2005.


BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. Editora Perspectiva. São Paulo. 4ª
edição, 2001.


BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Média Tecnológica. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília, 1999.


__________Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental
Parâmetros Curriculares Nacionais 3º e 4º ciclos – Brasília: MEC/SEF. 1998


___________ Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias / Secretaria da Educação Básica – Ministério da Educação. volume 1 Brasilia,
2006.


CAVALCANTE, Márcia H. Koboldt; SOUZA, Rui Antonio de, Ensino Médio: Mudança e
perspectivas. Porto Alegre: Edipucrs,2010


DUARTE JÚNIOR, João Francisco. Por que arte-educação? Editora Papirus, 6ª edição,
Campinas (SP), 1991.


FREITAS. Joselaine Borges Fernandes de. Arte é conhecimento, É construção, é
expressão. In revista digital Art& Ano III, Número 03, Abril de 2005. Disponível desde 30 de
abril de 2005. Acesso em 27 de abril de 2012


MATTOS, Paula Belfort, A arte de educar. Cartilha de Arte e Educação para professores do
Ensino Fundamental e Médio. Editora Antonio Bellini, 1ª edição. São Paulo. 2003


NASCIMENTO, Evany. A leitura da obra de arte. Jornal Mundo Jovem PUCRS. RS. Ano
47, nº 393. Fevereiro de 2009. p.22


KOHAN, Walter O. Filosofia: Caminhos para o seu ensino. Editora Lamparina. Rio de
Janeiro. RJ . 2008
14




APÊNDICE
15



Caro colega
       Estou concluindo o curso de Pós-Graduação em Ensino da Arte que tem me revelado
a importância da arte na vida do ser humano, além de abrir as portas do raciocínio lógico e da
compreensão humana, pois a Arte nasceu com o homem e deu a ele a consciência de uma
capacidade criadora, da possibilidade de interpretar, de imaginar.
       O Ensino da Arte na escola tem sido ponto de discussão porque a escola, ainda, não
acordou para sua importância no exercício do cotidiano. Costumo dizer que a arte é o
princípio de todas as coisas, não basta apenas apresentar conteúdos se estes não estiverem
recheados da produção artística – elemento indispensável ao aprendizado.
       O Artigo que estou desenvolvendo tem como tema: Arte: o elo de interação na
interdisciplinaridade. Acredito que a interdisciplinaridade é uma atitude diferente a ser
assumida frente ao problema do conhecimento.
       É preciso mudar, repensar, em caráter de urgência, nossa postura de educador no que
diz respeito aos conteúdos aplicados e à forma de como são sobrepostos. A Arte é pedra
fundamental neste processo de ensino/aprendizagem, capaz de desfragmentar pedaços de
Geografia, Matemática, Língua Portuguesa, Química e tantas outras disciplinas.
       Diante deste contexto, gostaria de lhe fazer alguns questionamentos que servirão de
guisa no aprimoramento dos conteúdos aplicados em sala de aula, com o intuito de reduzir o
índice de repetência escolar.
       Sua contribuição é de suma importância para esta caminhada! O primeiro passo é
responder ao questionário em anexo
       Obrigado! É assim que construímos a nossa vida: com sonhos, dedicação e trabalho.
16



                          QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AO PROFESSOR

      1 – Qual a sua concepção sobre ARTE? _____________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

        2 – Que experiências didáticas você tem usado ou já desenvolveu que sejam
relacionadas às linguagens artísticas? ____________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

       3 - Você está disposto a fazer parte do projeto interdisciplinar em que a ARTE esteja
presente também na disciplina que você ministra?
             Sim                                      Não

        4 – Relacione conteúdos/atividades em que possamos interdisciplinar ARTE em sua
disciplina nesta Unidade de Estudo. ____________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

        5 – Observe a famosa tela de Picasso “Guernica”.
        Que leitura você poderá fazer em relação à disciplina que você trabalha?




Guernica foi bombardeada pelos nazistas em 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola, o que
inspirou a Pablo Picasso sua famosa obra "Guernica". Picasso pintou esse quadro para retratar o estado de
Guernica após o bombardeio: restos de pessoas, animais espalhados por todos os lugares

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
17



        6 – Você acha possível que seu aluno possa desenvolver-se mais e melhor se sua
disciplina estiver associada com a produção artística? Por gentileza, comente sua resposta.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________



Para melhor entrosamento, gostaria que você se identificasse.


_________________________________________________________________________
                                 Professor(a)
17



        6 – Você acha possível que seu aluno possa desenvolver-se mais e melhor se sua
disciplina estiver associada com a produção artística? Por gentileza, comente sua resposta.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________



Para melhor entrosamento, gostaria que você se identificasse.


_________________________________________________________________________
                                 Professor(a)

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Arte o elo de interação na interdisciplinaridade - plácido suares

  • 1. FACULDADE DE CIENCIAS EDUCACIONAIS - FACE JOSÉ PLÁCIDO MENDES SUARES ARTE: O ELO DE INTERAÇÃO NA INTERDISCIPLINARIDADE IRARÁ 2012
  • 2. JOSÉ PLACIDO MENDES SUARES ARTE: O ELO DE INTERAÇÃO NA INTERDISCIPLINARIDADE Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de Artigo Cientifico, apresentado ao Instituto Pró Saber, como requisito parcial obrigatório para conclusão do curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Ensino da Arte Orientadora : Profª.: Patrícia S. Mascarenhas Irará 2012
  • 3. Quem busca sempre encontra. Não encontra necessariamente o que busca, menos ainda o que é necessário encontrar. Mas encontra algo novo para relacionar à coisa que já conhece. Mestre é aquele que mantém àquele que busca em seu rumo, este rumo em que cada um está só em sua busca e no qual não deixa de buscar. (Jacques Rancière)
  • 4. 3 ARTE: O ELO DE INTERAÇÃO NA INTERDISCIPLIONARIDADE José Plácido Mendes Suares¹ RESUMO Há milhares de anos o homem vem produzindo arte e, neste percurso, ao fazê-lo, contempla o mundo ao seu redor: paisagens, animais, outros homens. O artista tira do seu universo significados que possam transmitir ideias, sentimentos como forma de compreender a evolução humana expressando-se com o intuito de registrar sua vida em todos os sentidos. Neste propósito, a arte é papel indispensável no processo de aprendizagem e de investidor na formação do indivíduo. A arte, como elemento essencial na interdisciplinaridade, convida profissionais das diversas áreas do conhecimento a ter um olhar perceptivo para a realização de uma educação plena e consciente e que prepare o indivíduo para uma vida digna , adulta e mais consciente. Este trabalho objetiva o desenvolvimento e a competência estética do aluno nas diversas áreas, para que, progressivamente, possa aprender a desfrutar, valorizar e julgar os bens estéticos, de diferentes povos e culturas produzidas ao longo da nossa história e na contemporaneidade. Foi realizada entrevista com diversos professores das variadas áreas almejando uma ação reflexiva e dinâmica que propiciou transformações no quadro da aprendizagem, através de oficinas, o que possibilitou um trabalho interdisciplinar, tendo a arte como suporte para os conteúdos das respectivas disciplinas. Palavras-chave: Arte; Interação; interdisciplinaridade; desenvolvimento e competência estética. INTRODUÇÃO A arte nasceu com o ser humano e lhe deu a consciência capaz de criar possibilidades de interpretação, imaginação. Logo a arte é o principio de toda manifestação inculta no homem, é graças à arte que o homem se elevou e se compreendeu. A arte não foi privilégio de, apenas, um povo, de uma era, de uma cultura universal que se eterniza. Todas as civilizações contribuíram na evolução do homem como também no grande acervo propagado pelo mundo inteiro. A necessidade de manifestação artística acompanha a evolução humana desde a pré- história, quando as primeiras manifestações estéticas ainda se relacionavam apenas a uma necessidade de cumprir um ritual de conquistas: fosse um animal a ser caçado, fosse da perpetuação da espécie. A partir de então, o homem vem se utilizando da arte para se revelar expressivamente e também para registrar a sua vida, em todos os aspectos. O desejo é que o projeto de interdisciplinaridade apresenta uma retórica de recuperação de uma visão de conjunto, de uma totalidade e consequentemente, de uma organicidade. Este trabalho visa à arte como o elo de interação na interdisciplinaridade. ¹Graduado em Letras Vernáculas, pela Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS (2007) Professor de Língua Portuguesa, Literatura e Arte no Colégio Estadual Joaquim Inácio de Carvalho, Articulador da Área de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias
  • 5. 4 Ponto de discussão dos PCN’s, como também, daqueles que almejam uma educação eficaz, recheada de novos conhecimentos. Assim sendo, estamos valorizando a tarefa educativa como primícia do saber, consequentemente valorizando o (a) aluno (a) e apostando na sua aprendizagem, investindo na sua formação, utilizando a expressão artística para estimulá-lo a exprimir sem receios, sem censuras, sem se importar com talentos ou capacidade criativa, seus sentimentos e emoções, construindo, posteriormente, a interpretação expressa na criação artística. A interdisciplinaridade é uma questão de atitude diferente a ser assumida frente ao problema do conhecimento, isto substitui de uma concepção fragmentária para uma unitária, ou seja: A educação brasileira é marcada, historicamente, por currículos fragmentados e desarticulados em que as diversas disciplinas são estudadas isoladamente. A realidade é tratada aos pedaços: pedaços de Geografia, de Educação Física, de História, de Literatura, pedaços de Matemática. A busca da interdisciplinaridade é uma reação a uma constatação epocal: vivemos num mundo de fragmentação, de saberes desconectados. Na Universidade o quadro é a de superespecialização nas disciplinas, de reducionismo e isolacionismo, a ponto dos pesquisadores não conseguirem mais se comunicar entre colegas da mesma área que dirá de áreas diferentes...(KOHAN, 2008, p. 89). Esta visão denota uma percepção equivocada da realidade, que se constrói de forma interativa e se constitui um complexo de conexões entre as diversas áreas do conhecimento. Nesta concepção, é urgente a necessidade de se trabalhar a Arte como processo interdisciplinar para fortalecer a diversidade cultural que certamente é entendida como democrática. “A busca da prática interdisciplinar é uma espécie de reação a uma crise, a crise da fragmentação e da especialização: mas a fragmentação é ela mesma um sintoma de uma crise muito mais profunda e radical.” (KOHAN, 2009, p. 92) A intencionalidade desta atividade interdisciplinar objetiva o desenvolvimento de competências estéticas e artísticas do aluno nas diversas áreas para que, progressivamente, possam aprender a desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de diferentes povos e culturas produzidas ao longo da nossa história e na contemporaneidade. A formação em Arte, que inclui conhecimento do que é e foi produzido em diferentes comunidades, deve favorecer a valorização dos povos pelo reconhecimento de semelhanças e contrastes, qualidades e especificidades, o que pode abrir o leque das múltiplas escolhas que o jovem terá que realizar ao longo de seu crescimento, na consolidação de sua identidade - assim diz o PCN de Arte.
  • 6. 5 Neste processo, necessário se faz observar os métodos aplicados pelas diferentes áreas caracterizando o contexto em que se insere o ensino da arte, apoiado em resultados qualitativos após a realização de encontros de formação / oficinas com professores e alunos da Unidade Escolar, uma vez já apresentado as diversas possibilidades do trabalho interdisciplinar, sendo a arte como suporte para os conteúdos das variadas disciplinas. Por fim, a maneira pela qual será concluído os trabalhos, manifestamos as considerações finais referente ao que foi proveitoso na pesquisa. UM DIÁLOGO COM OS DIFERENTES ASPECTOS DISCIPLINARES É notória a necessidade dos (as) alunos (as) se manifestarem artisticamente valorizando a Arte como representação do universo, do natural, possibilitando a interpretação e a imaginação. É, sem dúvidas, a Arte, a causadora da elevação e da compreensão humana. Diante do exposto e visando vivenciar a arte nas diversas modalidades de ensino, foram elaborados alguns questionamentos, os quais foram respondidos por profissionais nas diversas áreas do conhecimento, uma vez que a interdisciplinaridade é uma atitude diferente a ser assumida frente ao problema do conhecimento. È visível o embate entre alunos e professores; entre a arte e as demais disciplinas, principalmente as da área de exatas. O tema da pesquisa foi delineado ao passo em que os estudos de representação permitiram a visualização e discussão sobre conceitos, imagens, pinturas, símbolos e de que maneira estes elementos poderiam organizar as suas práticas pedagógicas no meio em que estão inclusos. Na oportunidade, buscou-se refletir sobre os conhecimentos básicos, constituindo-se num diálogo com os diferentes aspectos existentes. O ponto principal desta pesquisa, logo no início dos relatos produzidas por meio das entrevistas, permitiu uma reflexão ampla sobre a postura de cada um, de seu percurso e de suas percepções acerca da importância da Arte no cotidiano de suas disciplinas. A ARTICULAÇÃO INTERDISCIPLINAR Diversas ações de fortalecimento da articulação interdisciplinar podem ser realizadas, sobretudo, utilizando a Arte como instrumento complementar de trabalho, que é o foco de estudo deste artigo. Dentre tantas possibilidades, aqui, versar-se-á algumas, contemplando as áreas de conhecimento no geral e em determinadas disciplinas, em particular, dada a sua importância para a temática em questão.
  • 7. 6 No que diz respeito à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a produção do conhecimento como ingresso à informação, deve-se ao domínio da língua, esta por sua vez tem uma pequena relação com a possibilidade de repleta participação social. As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006. p. 27) aborda que o papel da Língua Portuguesa é o de possibilitar, por procedimentos sistemáticos, o desenvolvimento das ações de produção da linguagem em diferentes situações de interação, logo, a abordagem interdisciplinar na prática de sala de aula é essencial. É verdadeiramente eficaz uma educação que esteja voltada ao compromisso com a cidadania, para tanto, necessário se faz, criar condições que desenvolvam a capacidade do uso da linguagem e que esta esteja relacionada às ações afetivas do dia a dia. Se o ambiente escolar objetiva a formação de cidadãos capazes de compreender diferentes tipos textuais é viável organizar trabalhos educativos a serem experimentados. Logo, formar leitores, não é uma tarefa fácil e, não se pode formá-los apenas na escola. A diversidade textual é uma importante estratégia na prática da leitura. Corti & Souza, (2005, p.26), afirmam que a autonomia faz parte da expansão do jovem em relação ao mundo social, à sua crescente capacidade de analisar situações, hierarquizar problemas, fazer julgamento e realizar escolhas. Trata-se de um processo de emancipação. A Arte, nesta perspectiva, é individualmente um tipo de narrativa acima do ser humano, ela possui uma diversidade de linguagens. Assim, é possível se trabalhar como elemento indispensável em diversas manifestações, que seja verbal, musical, visual, corporal e tantas outras formas. Cada texto trabalhado deve valorizar as propriedades que vão além do nível gramatical ortográfico, analisando, avaliando, revisando, reelaborando e reescrevendo. Para tal, é fundamental construir um espaço para as conversas sobre diversos temas em dupla ou em pequenos grupos, fazendo uso de representações gráficas e/ou artísticas, utilizando os vários modos de leitura, sobretudo a leitura de imagens no cinema, no vídeo, na televisão, na fotografia, na pintura de uma tela, na escultura. Quando se coloca um aluno diante de uma pintura, coloca-se um universo de possibilidades em sua frente. Tem-se o primeiro impacto, a primeira impressão, a questão do gosto. A partir daí, parte-se para uma abordagem mais técnica. O professor pode mediar, perguntando sobre as cores, a técnica, as dimensões da obra. Tem-se o segundo momento da leitura, de análise do que de fato a obra apresenta. Depois, caminha-se para a parte mais emocionante: a leitura simbólica, a busca dos significados. Um leitor contemporâneo vai analisar os signos de uma obra produzida séculos antes do seu nascimento. E isso é fantástico! É o que torna a obra atemporal, porque sempre estará ressignificada. (NASCIMENTO, 2009, p.22)
  • 8. 7 Cada imagem ao representar o mundo, revela um recorte e uma combinação singular que reconstrói o próprio mundo. Há muitas maneiras de combinar imagem e som, cada obra audiovisual permite desvendar os desejos e as intencionalidades que cada imagem esconde ao revelar o mundo. A articulação interdisciplinar de Língua Portuguesa e Arte leva ao reconhecimento do que está culturalmente estabelecido, amplia rede de saberes, questionando, processando novos elementos, a fim de se operar novas possibilidades de compreensão da realidade já que a arte possibilita o contato com a diversidade cultural em sua região e através dela desenvolver seu potencial criativo. A literatura é uma das manifestações artísticas mais privilegiadas, é um sinal distintivo de cultura, logo, arte que se constrói com palavras. Apropriar-se da Arte para estudar literatura é o caminho mais prazeroso e eficaz. É conhecimento, participação e fruição. Os produtos culturais (literatura, artes plásticas, música, dança) mantêm intensa relação com a formação do leitor crítico na escola. A ARTE COMO VALOR ESSENCIAL NA LÍNGUA INGLESA O conhecimento das línguas estrangeiras deve focalizar a leitura, a escrita e a comunicação oral contextualizadas. O aluno desconhece de fato a necessidade do aprendizado de um idioma estrangeiro para a vida dele, entretanto, a interação com a Arte é bastante proveitosa, principalmente por enfatizar valores sociais, culturais, políticos e ideológicos. Para isso, deve-se estimular um ensino que se preocupe com “uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre” como diz Morin (2007, p.11). A contribuição de uma aprendizagem de Língua Estrangeira está em fazer com que os alunos entendam que a depender do contexto, em determinados momentos históricos, em outras comunidades, pessoas pertencentes a grupos diferentes comunicam-se e fazem cultura e arte de formas variadas e diferentes, além de comparar com sua língua materna e aprender a valorizar o que é seu, diferenciando o global do local. O trabalho pedagógico deve-se basear, então, em leitura, oralidade e na construção de sentidos, afinal, cada língua é composta por variantes socioculturais. A gramática não deve preceder o uso prático da linguagem. A arte merece destaque porque existe nos códigos da música, do teatro, da dança, das artes visuais. Um conjunto de significados que não podem ser
  • 9. 8 transmitidos com a mesma intensidade por outro tipo de linguagem. Vive-se hoje na era da imagem, o que oportuniza ao aluno reconhecer seu tempo e o espaço em que vive. A língua inglesa e/ou estrangeira deve oportunizar através da Arte o mundo da cultura que venha favorecer conhecimentos que estão distantes da realidade dos nossos alunos, com o intuito de contemplar a Arte, em todos os seus aspectos, quer seja a dança, a música, a arquitetura, a pintura e tantas outras manifestações artísticas e que certamente trarão para o aluno uma nova compreensão e aprendizagem da Língua em questão, além de estimular e reconhecer a língua internacional, a expandir sua observação do mundo e suas diferenças e a comparar outras culturas com a sua própria. EDUCAÇÃO FÍSICA: ARTE DO CORPO EM MOVIMENTO A Educação Física não se resume nas práticas corporais no processo educativo, deve, então, ter seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento e passar a ser mais uma linguagem. Pode-se dialogar com a escrita ou a linguagem audiovisual. O homem deixa suas marcas culturais, seu conjunto de saberes. Assim, o processo ensino aprendizagem em Educação Física deve capacitar o indivíduo a refletir sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e culturalmente significativa, Através de jogos, esportes, lutas, ginásticas, danças, brincadeiras, improvisação, coreografia ou qualquer outra manifestação expressiva, porque a escola é um espaço sociocultural e da diversidade e deve abordar as relações corpo, mente e expressão humana. Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. (BARBOSA, 2003, p.18) Assegurar o acesso dos alunos às práticas da cultura corporal e aprimorar para a construção de um estilo pessoal favorecendo subsídios para que possam apreciá-las de forma crítica é tarefa da Educação Física. O exercício de certas habilidades e aptidões não é limitado ao ensino e aprendizagem em Educação Física. O importante, neste contexto, é o de capacitar o indivíduo a uma profunda reflexão sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e cultural. Gradativamente o aluno, ao longo deste processo de aprendizagem, conceberá práticas culturais de movimento como instrumento para o conhecimento, consequentemente, irá adquirir expressões de sensações, sentimentos e emoções individuais, nas relações com o outro; é o que se pode chamar de alteridade.
  • 10. 9 Segundo Mattos (2003, p. 44), dentro do universo de conhecimentos que a Educação Física procura abordar, quando a metodologia utilizada é a de ensino por condicionamento, o resultado é uma aprendizagem restrita e limitada. O tratamento pedagógico dado a essas e outras questões da cultura se reflete diretamente nas possibilidades de formação dos alunos e dos professores. Necessário enfatizar que o professor deverá sempre contextualizar a prática, considerando suas várias dimensões de aprendizagem, e que possibilite aos seus alunos a aprendizagem e ao mesmo, se desenvolverem. Assim sendo, o aluno aprenderá a conviver em grupo produzindo de modo cooperativo. É imprescindível ao professor proporcionar situações em que o aluno possa aprender a dialogar, ouvir o outro, ajudá-lo, pedir ajuda, trocar ideias e experiência, abraçar as críticas e sugestões. A ARTE E AS CIÊNCIAS EXATAS, UMA BARREIRA A SER VENCIDA Quanto à área de Ciências Exatas e da Natureza, a primeira, remete a uma visualização do que é preciso, rigoroso, perfeito, esmerado. Formada por disciplinas críticas e muitas vezes odiadas pela maioria dos jovens, até pela maneira que o professor de matemática age, de forma estática, fechada, criando uma aversão por parte dos alunos. Uma articulação com Arte pode favorecer a mudança de caráter e tornar os conteúdos menos engessados. Apesar de seu caráter abstrato, seus conceitos e resultados têm origem na realidade, no cotidiano. As outras disciplinas da área de Exatas têm na Matemática a base, uma vez que ela se transforma na ciência que estuda todas as possíveis relações e interdependências quantitativas em grandezas, teorias, metodologia, formas de coletar e interpretar dados. A vitalidade da Matemática deve-se ao fato que, apesar de seu caráter abstrato, seus conceitos e resultados têm origem no mundo real e encontram muitas aplicações em outras ciências e em inúmeros aspectos práticos da vida diária, na indústria, no comércio e na área tecnológica. Por outro lado, ciências como Física, Química e Astronomia têm na Matemática ferramenta essencial. (MATTOS, 2003, p. 27) A aversão ou o medo que os alunos têm talvez seja também em decorrência da metodologia utilizada, de forma descontextualizada, atemporal, geral. Muitos esquecem que a Matemática comporta um grande campo das relações que despertam curiosidade, instigam a capacidade de projetar, prever e abstrair. Assim, a Matemática e disciplinas afins apresentam--se como um conhecimento de muita aplicabilidade e ainda está presente na composição musical, na coreografia, nos esportes, na Arte.
  • 11. 10 O conhecimento matemático é feito por todos os grupos socioculturais que utilizam habilidades para contar, localizar, medir, desenhar, representar, pintar, jogar e explicar a depender de suas necessidades e interesses. Aproximar o saber escolar do universo cultural em que o aluno está inserido é de fundamental importância para o ensino aprendizagem. A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerências que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de generalizar, projetar, prever, abstrair, favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Faz parte da vida de todas as pessoas nas experiências mais simples como contar, e operar sobre quantidades [...] Também é um instrumental importante para diferentes áreas do conhecimento. (MATTOS 2003, p. 28) A Matemática é criação humana e seus conteúdos podem ser fontes naturais e potentes de inter-relações com a Arte e outras disciplinas. A proporcionalidade, composição, estimativa, a proporcionalidade presente na resolução de problemas multiplicativos, as figuras geométricas, matemática financeira, análise de tabelas, gráficos e funções são exemplos disto. A própria geometria consiste em estimular o aluno a perceber e valorizar a presença da ciência em elementos da natureza e em criações do homem. Deve-se explorar formas em obras de arte, esculturas, pinturas, arquitetura ou desenhos feitos em qualquer plano, que podem ser feitos por meio de dobraduras, recortes, espelhos, empilhamento, modelagem, colagem, construção de maquetes, reconstrução de história de um processo em que a mediação tenha como referência as dimensões do corpo humano. Nos últimos séculos o homem foi considerado o centro do universo e acreditam que a natureza estava e está à sua disposição. A área de Ciências da Natureza pode contribuir para a formação da integridade pessoal e gerar representações do mundo. A Ciência e a Tecnologia são ferramentas associadas a questões sociais e políticas. Os conceitos de matéria, energia, espaço, relação, interação, sistema, espaço, tempo relacionam-se ao desenvolvimento de posturas e valores humanos, na relação entre o homem, o conhecimento e o ambiente. Fundamentos da Química, de Física e de Biologia também podem estar presentes nesta articulação interdisciplinar, através dos Temas Transversais como a cidadania, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, trabalhos e consumo, a depender da série e do interesse do aluno e do professor. AS CIÊNCIAS HUMANAS E O CONVÍVIO COM A ARTE A área de Humanas, formada pelas disciplinas que apresentam a história do homem, o espaço e tempo em que ele está inserido, o estudo da sociedade e da formação do ser, além de tratar sobre os povos de todos os continentes, retratando a multiplicidade de culturas, tem uma
  • 12. 11 relação muito estreita com a Arte, considerando a diversidade de vivências em uma determinada sociedade, na medida em que grupos e classes sociais manifestam linguagens, representações do mundo de valores, de relações interpessoais e de criações cotidianas. A comunicação humana se deu e se dá, além de escrita, de forma oral, gestual, figurada, musical e rítmica. O ensino da História deve estabelecer relações entre identidades individuais, sociais e coletivas. Os fatos históricos podem ser entendidos como ações humanas significativas. Deve-se fazer uso de criações artísticas, ritos religiosos, técnicas de produção, formas de desenho, atos governamentais, comportamentos, atividades culturais. Cabe ao professor de História, integrar as relações estabelecidas entre o passado e o presente, entre o local e regional, o nacional e o mundial. Os sentidos culturais, estéticos, que os objetos expressam são obras humanas que registram as relações coletivas e permitem a comparação e o confronto das informações obtidas, inclusive, em pesquisa e posterior apresentação de resultados. Já o estudo da Geografia busca as dimensões objetivas que os homens estabelecem com a natureza, os diferentes espaços e sua construção. A Geografia que se propõe na articulação com a Arte é aquela que demonstra os aspectos físicos, biológicos, políticos e econômicos, a fim de compreender a realidade, trabalhar as noções espaciais e temporais, os fenômenos sociais, culturais e naturais. As noções de sociedade, cultura, trabalho e natureza são fundamentais e devem ser abordadas por meio de temas em que sociedade e natureza sejam estudadas de forma conjunta, usando os Temas Transversais já listados anteriormente neste artigo, acrescentando a ética e se confundindo com a Sociologia e a Filosofia. No processo de leitura, um aspecto fundamental é a leitura de diferentes paisagens, fotografias e imagens de televisão. Enfim, a articulação interdisciplinar se fundamenta na crítica de uma concepção de conhecimento que torna a realidade como um conjunto de dados estáveis, aponta a teia de relações entre os seus diferentes e às vezes contraditórios aspectos, questiona a visão compartimentada da realidade sobre a qual a escola historicamente se constitui. A Arte pode mudar esta realidade, utilizando livros didáticos, atividades com música, com filmes, atividades em laboratórios, audiovisuais e de atividades de pesquisa, sempre numa abordagem reflexiva. Trata-se de desenvolver formas de apropriação para uma melhor leitura das culturas considerando as mesmas como dinâmicas e mutantes, logo, possíveis de ensinar e aprender na interação com a outra (as) disciplina (s).
  • 13. 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Arte é uma disciplina indispensável à vida da escola. Pode-se dizer do “sal” que permite dar sabor aos saberes do aluno e certamente de sua aprendizagem e esta deve ser vivencial que é a consequência do envolvimento entre as partes, aluno e professor em suas atividades. Ambos têm a oportunidade de analisar de forma crítica e aplicar o aprendizado em seu cotidiano. O presente artigo intenciona um forte estímulo, tanto para professores como para o aluno, para que se identifiquem com suas práticas e possam se encorajar a desenvolver suas sensibilidades estéticas, sentimentos e emoções, através da prática interdisciplinar. Pretende-se que todo professor, independente da modalidade de ensino e da disciplina que leciona, possa fazer uso deste material como ponto de partida para uma educação mais eficaz, mais eficiente, mais sensível, mais humana.
  • 14. 13 REFERÊNCIAS BAHIA, Secretaria da Educação. Orientações Curriculares Estaduais para o Ensino Médio: Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Salvador, 2005. BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. Editora Perspectiva. São Paulo. 4ª edição, 2001. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Média Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília, 1999. __________Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental Parâmetros Curriculares Nacionais 3º e 4º ciclos – Brasília: MEC/SEF. 1998 ___________ Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias / Secretaria da Educação Básica – Ministério da Educação. volume 1 Brasilia, 2006. CAVALCANTE, Márcia H. Koboldt; SOUZA, Rui Antonio de, Ensino Médio: Mudança e perspectivas. Porto Alegre: Edipucrs,2010 DUARTE JÚNIOR, João Francisco. Por que arte-educação? Editora Papirus, 6ª edição, Campinas (SP), 1991. FREITAS. Joselaine Borges Fernandes de. Arte é conhecimento, É construção, é expressão. In revista digital Art& Ano III, Número 03, Abril de 2005. Disponível desde 30 de abril de 2005. Acesso em 27 de abril de 2012 MATTOS, Paula Belfort, A arte de educar. Cartilha de Arte e Educação para professores do Ensino Fundamental e Médio. Editora Antonio Bellini, 1ª edição. São Paulo. 2003 NASCIMENTO, Evany. A leitura da obra de arte. Jornal Mundo Jovem PUCRS. RS. Ano 47, nº 393. Fevereiro de 2009. p.22 KOHAN, Walter O. Filosofia: Caminhos para o seu ensino. Editora Lamparina. Rio de Janeiro. RJ . 2008
  • 16. 15 Caro colega Estou concluindo o curso de Pós-Graduação em Ensino da Arte que tem me revelado a importância da arte na vida do ser humano, além de abrir as portas do raciocínio lógico e da compreensão humana, pois a Arte nasceu com o homem e deu a ele a consciência de uma capacidade criadora, da possibilidade de interpretar, de imaginar. O Ensino da Arte na escola tem sido ponto de discussão porque a escola, ainda, não acordou para sua importância no exercício do cotidiano. Costumo dizer que a arte é o princípio de todas as coisas, não basta apenas apresentar conteúdos se estes não estiverem recheados da produção artística – elemento indispensável ao aprendizado. O Artigo que estou desenvolvendo tem como tema: Arte: o elo de interação na interdisciplinaridade. Acredito que a interdisciplinaridade é uma atitude diferente a ser assumida frente ao problema do conhecimento. É preciso mudar, repensar, em caráter de urgência, nossa postura de educador no que diz respeito aos conteúdos aplicados e à forma de como são sobrepostos. A Arte é pedra fundamental neste processo de ensino/aprendizagem, capaz de desfragmentar pedaços de Geografia, Matemática, Língua Portuguesa, Química e tantas outras disciplinas. Diante deste contexto, gostaria de lhe fazer alguns questionamentos que servirão de guisa no aprimoramento dos conteúdos aplicados em sala de aula, com o intuito de reduzir o índice de repetência escolar. Sua contribuição é de suma importância para esta caminhada! O primeiro passo é responder ao questionário em anexo Obrigado! É assim que construímos a nossa vida: com sonhos, dedicação e trabalho.
  • 17. 16 QUESTIONÁRIO DIRECIONADO AO PROFESSOR 1 – Qual a sua concepção sobre ARTE? _____________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 2 – Que experiências didáticas você tem usado ou já desenvolveu que sejam relacionadas às linguagens artísticas? ____________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3 - Você está disposto a fazer parte do projeto interdisciplinar em que a ARTE esteja presente também na disciplina que você ministra? Sim Não 4 – Relacione conteúdos/atividades em que possamos interdisciplinar ARTE em sua disciplina nesta Unidade de Estudo. ____________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 5 – Observe a famosa tela de Picasso “Guernica”. Que leitura você poderá fazer em relação à disciplina que você trabalha? Guernica foi bombardeada pelos nazistas em 26 de abril de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola, o que inspirou a Pablo Picasso sua famosa obra "Guernica". Picasso pintou esse quadro para retratar o estado de Guernica após o bombardeio: restos de pessoas, animais espalhados por todos os lugares ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 18. 17 6 – Você acha possível que seu aluno possa desenvolver-se mais e melhor se sua disciplina estiver associada com a produção artística? Por gentileza, comente sua resposta. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Para melhor entrosamento, gostaria que você se identificasse. _________________________________________________________________________ Professor(a)
  • 19. 17 6 – Você acha possível que seu aluno possa desenvolver-se mais e melhor se sua disciplina estiver associada com a produção artística? Por gentileza, comente sua resposta. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Para melhor entrosamento, gostaria que você se identificasse. _________________________________________________________________________ Professor(a)