O documento apresenta a programação do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação que ocorrerá de 2 a 6 de setembro de 2011 na Universidade Católica de Pernambuco. O tema central será "Quem tem medo da pesquisa empírica?". A programação inclui painéis, conferências, oficinas, exposições e eventos culturais ao longo dos cinco dias do congresso.
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Programação Intercom
1. Síntese
Programa
_DIA 2 _DIA 3
>>Manhã >>Manhã
9h-12h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA 9h | RECEPÇÃO AOS CONGRESSISTAS
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V Unicap - (DGE) - Bloco R (Térreo) e
STAND - térreo bloco G
9h-12h | ATIVIDADES PARALELAS DAS
SOCIEDADES CIENTÍFICAS EM COMUNICAÇÃO 9h | ABERTURA DA EXPOSIÇÃO DE CHARGES
Unicap - Bloco G - Salão Receptivo*
Fórum EPTIC
Unicap - Bloco A - Sala 510 11h | ABERTURA DA EXPOSIÇÃO 50 ANOS DO CURSO
DE JORNALISMO DA UNICAP
I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Unicap - Biblioteca*
Estudantes de Educomunicação
V OFICINAS E II MINI-CURSOS INTERCOM
Unicap - Bloco G4 - Sala 309 (An teatro)
Unicap - Blocos A, G e G4
>>Tarde 9h-12h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA
14h-18h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V
9h-12h | COLÓQUIO ACADÊMICO
14h-18h | ATIVIDADES PARALELAS DAS Unicap - Bloco B - Sala 110 (Auditório)
SOCIEDADES CIENTÍFICAS EM COMUNICAÇÃO
9h-12h | FÓRUM DOS COORDENADORES DOS GPS
Prêmio RP Brasil (reunião restrita)
Campus da Unicap - Bloco A - Sala 510 Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo I e III
FOCORP - Fórum de Coordenadores 9h-12h | REUNIÃO DOS COORDENDORES DO
de Relações Públicas INTERCOM JR (reunião restrita)
Campus da Unicap - Bloco G4 - Sala 005 Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo II e IV
I Colóquio de Professores, Pesquisadores e
>>Tarde
RECEPÇÃO AOS CONGRESSISTAS
Estudantes de Educomunicação Unicap - (DGE) - Bloco R (Térreo) e
Unicap - Bloco G4 - Salas 401 e 402 STAND - Térreo Bloco G
Reunião Diretoria da SOCICOM ABERTURA DA EXPOSIÇÃO DE CHARGES
Unicap - Bloco G4 - Sala 403 Unicap - Bloco G - Salão Receptivo
Reunião Diretoria da ALCAR 14h-18h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA
Unicap - Bloco G4 - Sala de seminários - 7º andar Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V
15h-18h | MESA REDONDA CINEMA E
CULTURAS URBANAS
Unicap - Bloco B - Sala 110 (Auditório)
14h-18h | V OFICINAS E II MINI-CURSOS INTERCOM
Unicap - Blocos A, G e G4
14h-16h | REUNIÃO DA DIRETORIA, DOS CONSELHOS
CURADOR, FISCAL E CONSULTIVO (reunião restrita)
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo I e III
16h-17h | REUNIÃO DA DIRETORIA 2008-2011 E DA
NOVA DIRETORIA DA INTERCOM
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo I e III
>>Noite
19h | SOLENIDADE DE ABERTURA DO CONGRESSO
Campus da Unicap - Auditório G2
ABERTURA OFICIAL DO EVENTO
SOLENIDADE DE ENTREGA DE TROFÉUS AOS
VENCEDORES DOS PRÊMIOS ESTUDANTIS
21 h | SHOW ORQUESTRA SPOK FREVO
Campus da Unicap - Jardins Internos - Térreo Bloco G
*A exposição cará aberta durante todo o Congresso
2. _DIA 4 _DIA 5 _DIA 6
>>Manhã >>Manhã >>Manhã
9h-11h | CONFERÊNCIA DE ABERTURA 9h-13h | XXXIV CECOM 9h-12h | REUNIÃO COORDENADORES
Quem tem medo da pesquisa empírica? CONGRESSOS REGIONAIS DE 2011/2012
Unicap - Bloco G - Auditório G2 9h-11h | PN 3 - A PESQUISA EM COMUNICAÇÃO (reunião restrita)
NO BRASIL, NA ÍNDIA E NA ÁFRICA Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo II e IV
11h-13h | XXXIV CECOM Unicap Bloco G - Auditório G2
PN 1 - COMUNICAÇÃO, PESQUISA E 9h-12h | A PESQUISA EMPIRICA NA
EXPERIÊNCIAS INTERDISCIPLINARES 11h-13h | PN 4 - METODOLOGIA E PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO -
Unicap - Bloco G - Auditório G2 EMPÍRICA EM COMUNICAÇÃO Diagnóstico e Perspectivas
Unicap - Bloco G - Auditório G2 Unicap - Bloco G4 - Sala 307
11h-13h | PAINEL: MERCADO JORNALÍSTICO
REGIONAL: EM FOCO O NORDESTE
11-13h | MESA PANORAMA DA COMUNICAÇÃO 9h-12h | JORNADAS AUTORAIS PARADIGMAS
Unicap - Bloco G - Auditório G1
NO BRASIL BRASILEIROS DA COMUNICAÇÃO
9h-12h | VI INTERCOM JUNIOR Unicap - Bloco G4 - Sala 307 JA 1 - Homenagem a Luiz Beltrão
Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A Unicap - Bloco G - Auditório G1
9h-12h | VI INTERCOM JUNIOR
9h-12h | XVIII EXPOCOM Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A 9h-12h | XI ENCONTRO DOS GRUPOS DE PESQUISA
Unicap - Bloco B e Laboratórios Bloco A DE PESQUISA DA INTERCOM - Sessão III
9h-12h | XVIII EXPOCOM Unicap - Blocos G e G4
>>Tarde Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
14h-18h | XI ENCONTRO DOS GRUPOS DE 9h-12h | V OFICINAS E II MINI-CURSOS INTERCOM
PESQUISA DE PESQUISA DA INTERCOM - Sessão I >>Tarde Unicap - Blocos A, G e G4
Unicap - Blocos G e G4 14h-16h | CICLO A GALAXIA DE MCLUHAN
MESA 2 - HAROLD INNIS E MCLUHAN: 9h-12h | VI INTERCOM JUNIOR
14h-16h | XXXIV CECOM
DIÁLOGOS POSSÍVEIS Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
PN 2 - QUEM TEM MEDO DA PESQUISA
Unicap - Bloco G - Auditório G1
EMPÍRICA? QUESTÕES TEÓRICAS
9h-12h | XVIII EXPOCOM
Unicap - Bloco G - Auditório G2
14h-17h | PALESTRA ZILEIDE SILVA - TV GLOBO JORNADA DA PESQUISA EXPERIMENTAL
14h-16h | CICLO A GALÁXIA DE MCLUHAN Unicap - Bloco G - Auditório G2 EM COMUNICAÇÃO
MESA 1 - MCLUHAN: O LEGADO TEÓRICO Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Unicap - Bloco G - Auditório G1 14h-18h | XI ENCONTRO DOS GRUPOS DE
PESQUISA DE PESQUISA DA INTERCOM - Sessão II >>Tarde
14h-16h | A INTERCOM E A MEMÓRIA DAS Unicap - Blocos G e G4 14h-16h | JA 2 - Centenário de Nelson
CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO Werneck Sodré
HOMENAGEM A GAUDÊNCIO TORQUATO 14h-18h | VI INTERCOM JUNIOR Unicap - Bloco G4 - Sala 307
Unicap - Bloco G4 - Sala 307 Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
14h-16h | MESA CHARGE E HUMOR
16h-18h | MESA 50 ANOS DE 14h-18h | XVIII EXPOCOM Unicap - Bloco G - Auditório G1
JORNALISMO NA UNICAP Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Unicap - Bloco G - Auditório G1 ENTREGA PRÊMIO I CONCURSO
>>Noite LUSO-BRASILEIRO DE CARTUM UNIVERSITÁRIO
14h-18h | VI INTERCOM JUNIOR 18h | VI PUBLICOM
Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A Unicap - Bloco G - Salão Receptivo 14h-18h | XI ENCONTRO DOS
GRUPOS DE PESQUISA DE PESQUISA
14h-18h | XVIII EXPOCOM
20h | BELTRÃO 2011 DA INTERCOM - Sessão IV
Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Solenidade de Entrega de Troféus aos Vencedores Unicap - Blocos G e G4
Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação
>>Noite Unicap - Bloco G - Auditório G2 14h-18h | VI INTERCOM JUNIOR
19h | ASSEMBLECOM
//Apoio: Globo Universidade Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Assembleia Geral dos Sócios
Posse da Diretoria da INTERCOM (2012 -2014)
16h | PRÊMIO EXPOCOM, RESULTADO EXPOCOM
Hotel Atlante Plaza - Auditório Gilberto Freyre
E SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO
21h | Assembleia Geral Extraordinária Unicap - Bloco G - Auditório G2
Hotel Atlante Plaza - Auditório Gilberto Freyre
>>Noite
18h | FESTA DE ENCERRAMENTO DO INTERCOM
2011 (manifestações culturas) - Festa de Rua
Praça do Arsenal - Recife Antigo, Recife-PE
3.
4. XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências
da Comunicação
Quem tem medo
da Pesquisa Empírica?
De 2 a 6 de setembro de 2011
Campus da Universidade Católica de Pernambuco
Promoção
INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
Realização
Universidade Católica de Pernambuco – Unicap
Patrocínio
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq/
Financiadora Nacional de Estudos e Projetos – FINEP
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP
Fundação de Aperfeiçoamento para o Pessoal de Ensino Superior – CAPES
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA
Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – FACEPE
Banco do Nordeste do Brasil S.A. – BNB
Empresa de Turismo de Pernambuco – EMPETUR
Petróleo Brasileiro S. A. – PETROBRAS
5. Apoio
Água Mineral Crystal Tropical
Assembléia Legislativa
Bugaloo
Cátedra Unesco/Metodista de Comunicação para o Desenvolvimento Regional
Companhia Editora de Pernambuco – CEPE
Confederação Nacional do Transporte – CNT
Elevamedia Publicidade Recife Ltda.
Engefrio Industrial Ltda
Facform Impressos Ltda
FASA Gráfica
GARRANET - Conectividade e Instalações de Equipamentos de Informática Ltda
Globo Universidade
Governo do Estado de Pernambuco
Infosolution Comércio Ltda. Me
Itaú Cultural
Livraria Internacional SBS
MAC Agência de Viagens e Turismo Ltda
Marco Zero Jogos & Negócios
Prefeitura do Recife
Recife Convention & Visitors Bureau
Rede Globo Nordeste
Restaurante Pastabella
Secretaria Municipal da Ação Cultural de Piracicaba
Shopping Tacaruna
Universidade de São Paulo – USP
Parcerias
FENAJ
Itaú Cultural
Revista Imprensa
Ficha Catalográfica
Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (34: 2011: Recife).
Programa do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2 a 6 de
setembro de 2011, Recife : Quem tem medo da pesquisa empírica?
/ organizado por Marialva Carlos Barbosa, Maria do Carmo Silva Barbosa e Aline
Grego. [realização Intercom e UNICAP]. - São Paulo: Intercom, 2011.
388p. : il. ; ...cm.
ISSN 2175-5701
1. Ciências da Comunicação - Congresso – Brasil.
2. Pesquisa em Comunicação - Congresso. I. Barbosa, Marialva Carlos,
org. II. Barbosa, Maria do Carmo Silva, org. III. Grego, Aline, org. IV.
Título: Quem tem medo da pesquisa empírica?
6. Sejam bem-vindos
Estamos agradecidos, antes de tudo, pela realização do XXXIV Congresso
Brasileiro de Ciências da Comunicação, em nossa cidade, sobretudo neste
ano em que celebramos 60 anos de fundação da Universidade Católica de
Pernambuco e 50 anos do nosso curso de Jornalismo.
A Unicap nasceu de um sonho coletivo, conjugando a tradição educativa
jesuíta com o pioneirismo pernambucano. A escolha do Recife, cidade das
“rebeliões libertárias”, não foi obra do acaso; da mesma forma, a abertura
do curso de Jornalismo é indissociável de um projeto universitário voltado
para a nossa região, inserindo-a nos contextos nacional e internacional.
Genuinamente pernambucana, a Unicap é, igualmente, parte de uma rede
internacional de mais de 200 universidades católicas. De inspiração cristã
e pedagogia jesuíta, nossa maior tradição é formar pessoas capazes de
transformar sonhos em realidade, utopias em projetos, verdade em vida. Já são
mais de 70.000 egressos, dos quais milhares foram formados nos cursos de
Comunicação: Jornalismo, Relações Públicas, Publicidade e Propaganda,
Fotografia, e os de caráter interdisciplinar, a exemplo de Eventos, Turismo e
Jogos Digitais.
Essa história não poderia ser diferente. Somente o nosso curso de
Jornalismo é responsável por quase 70% dos profissionais que atuam em
Pernambuco como jornalistas, professores, pesquisadores ou gestores
de comunicação. Esse curso, o mais antigo em funcionamento no Norte
e Nordeste do Brasil e o pioneiro em Pernambuco, foi fundado pelo
pernambucano Luiz Beltrão – aquele que dá nome ao prêmio concedido
pela Intercom para pesquisadores e instituições que se destacam pela
qualidade do trabalho acadêmico. Luiz Beltrão inaugurou formalmente a
pesquisa científica sobre fenômenos comunicacionais, ao criar,
na Unicap, em 1963, o primeiro centro acadêmico nacional de estudos
midiáticos – o Instituto de Ciências da Informação, Incinfor; e, em 1965,
professor na UnB, editou a primeira revista brasileira de ciências da
comunicação – Comunicações & Problemas.
7. Temos muito a agradecer e a orgulhar-nos pelos pioneirismos do passado, mas este Congresso é
uma manifestação eloquente do protagonismo atual de nossas instituições bem como um apelo
de construirmos juntos um futuro melhor. Cabe celebrar este momento, primeiro com um gesto
de profunda gratidão às equipes de organização, às instituições parceiras e aos participantes,
reconhecendo o esforço de todos e de cada um. Em segundo lugar, importa celebrar o encontro
presente vislumbrando o futuro, com sonho e responsabilidade. É inegável que o mundo está
interconectado e o Brasil vive um tempo em que prevalecem as boas notícias. Isso, porém,
nos chama a um compromisso ainda maior, pois sabemos que sem uma comunicação crítica e
responsável – missão específica dos comunicadores profissionais – e uma articulação inteligente
dos saberes – missão própria de uma universidade –, nossos sonhos correm o risco de não
passarem de ilusões ou caírem em meras lamentações. Mas, como diz o Apóstolo Paulo, “a
esperança não decepciona”; ou, como reza o samba de Ivan Lins, “desesperar jamais”.
Gostaria de dar as boas vindas, evocando grandes ícones pernambucanos, como tão bem
elencou José Marques de Melo, ao receber o título de cidadão pernambucano (2010): sejam
bem-vindos e bem-vindas ao lugar onde ecoou “o heroísmo republicano de Frei Caneca, o
abolicionismo diplomático de Joaquim Nabuco e o civismo nacionalista de Barbosa Lima
Sobrinho”; “a geografia da fome de Josué de Castro, a pedagogia do oprimido de Paulo Freire
e a sociologia do cotidiano de Gilberto Freyre; a poesia de Manuel Bandeira ou de João Cabral
de Melo Neto, a pintura de Vicente do Rego Monteiro e João Câmara, a escultura de Francisco
Brennand e de Abelardo da Hora”; sem esquecer o “frevo de Capiba, o baião de Luiz Gonzaga
e a cerâmica de Vitalino”. Concluo, enfim, com a máxima do poeta recifense Pena Filho: “é dos
sonhos dos homens que uma cidade se inventa”. Acontecimentos como este reavivam em nós a
capacidade de sonhar juntos com a reinvenção das cidades, das universidades e, sobretudo, da
nossa Sociedade, para que ela seja, de fato, sinônimo de Humanidade.
Pedro Rubens
(Reitor Unicap)
8. A pesquisa empírica que nos ocupa neste congresso
Num país com tradição escravagista, além de profundamente
preconceituoso, socialmente falando, em que qualquer trabalho manual –
mecânico – é desconsiderado e desclassificado, não deve surpreender que
a pesquisa empírica seja considerada de menor importância e significado
na academia. Por isso mesmo, o tema escolhido para o foco deste novo
congresso da INTERCOM é importante. Mas esta é a tarefa-desafio que cabe
a uma entidade como a nossa: discutir temas que, por vezes, são deixados
à margem. A pesquisa empírica é um deles. O que não deixa de ser uma
contradição, já que o campo da Comunicação Social está catalogado
enquanto “ciências sociais aplicadas”, ou seja: temos um pé na teoria e um
pé na prática.
O tema escolhido neste ano, acolhido a partir de uma sugestão do Prof. Dr.
José Marques de Melo, nosso Presidente maior e fundador da INTERCOM,
foi explorado ao longo dos cinco congressos regionais, coordenados pela
Profa. Dra. Nélia Del Bianco. Aprofundado no seminário de inverno realizado
em conjunto com a TV Globo, chega, enfim, espero que, maduro, a este
congresso nacional.
Pela iniciativa da Diretora Científica, Profa. Dra. Marialva Barbosa, que
coordenou o livro temático do congresso, tornou-se também tema
obrigatório da própria diretoria da Intercom, na medida em que, para além
de convidados específicos, que abordarão a questão, fomos desafiados a,
enquanto pesquisadores e membros dessa diretoria, pensar a questão. Com
isso, a INTERCOM evidencia que não se mantém distante do tema proposto,
mas o interioriza, de forma a explicitar seu compromisso com a questão.
O Congresso deste ano tem alguns referenciais extremamente significativos:
ocorre em Recife, na Universidade Católica de Pernambuco, berço
de Luiz Beltrão e do próprio José Marques de Melo. Beltrão foi nosso
primeiro Doutor em Comunicação; Beltrão foi o criador do primeiro
9. curso de Jornalismo; Beltrão idealizou a primeira instituição a realizar pesquisas em torno
da Comunicação Social, o INCIFORM; Beltrão editou a primeira revista, justamente ligada
àquela instituição, de que a INTERCOM está providenciando uma reedição histórica, na forma
de e-book, a cargo do Prof. Dr. Osvando Morais, nosso Diretor Editorial. E foi Luiz Beltrão,
igualmente, quem iniciou a pesquisa empírica, com seus alunos, no campo da Comunicação
Social.
Neste ano temos, igualmente, as comemorações do centenário de nascimento de Marshall
McLuhan. Todo o mundo universitário o festeja. Barcelona tornou-se o centro desses debates,
e a INTERCOM, humildemente, graças à colaboração do professor canadense Dr. Gaëtan
Tremblay, de Montréal, e do professor brasileiro Dr. Luiz Martino, da UNB, também se junta a tais
comemorações. Duas mesas específicas sobre o tema estão no programa do Congresso, com a
participação de pesquisadores internacionais e nacionais. Também aqui a questão envolvendo
a pesquisa empírica ganha realce, pois McLuhan não foi apenas um teórico: foi um profeta,
antecipando questões que só hoje, diante das virtualidades das TICs, começamos a avaliar
mais concretamente. Mas além de McLuhan, teremos o lançamento oficial, através da Editora
Vozes, do livro de Harold Innis The bias of communication. A obra, da década de 1950, jamais
apresentada no Brasil, antecipa McLuhan e engloba todos os nossos desafios na tensionada
simbiose de global-local, outro elemento importante para o trabalho de pesquisa empírica.
Sobretudo, evidencia o poder da Comunicação.
Somamos a isso uma mesa que vai discutir o jornalismo pernambucano, com a participação da
Revista Imprensa. Vamos, também, abordar a charge jornalística, a partir dos profissionais deste
estado, contando mais uma vez com a parceria do Museu da Imprensa do Porto e do Salão de
Humor de Piracicaba, entidades com quem formalizamos parcerias.
A TV Globo propicia debates a partir de suas práticas, sob o mesmo viés, enquanto o projeto
Itaú Cultural nos amplia as oficinas que vêm se tornando atração cada dia maior, em nossos
congressos.
Em síntese, tenho certeza que este será um grande momento, com atividades de interesse para
todos e cada um dos nossos milhares de participantes.
Prof. Dr. Antonio Hohlfeldt
(Presidente da INTERCOM no triênio 2008-2011)
10. Organização do Congresso
Coordenação Antonio Carlos Hohlfeldt (INTERCOM/PUC-RS)
Geral Marialva Carlos Barbosa (INTERCOM/UTP)
Aline Grego (Unicap)
Coordenação Adriana Xavier Dória Matos (Unicap)
Local Alexandre Figueirôa Ferreira (Unicap)
Alfredo Sotero Alves Rodrigues (Unicap)
Aline Maria Grego Lins (Unicap)
Ana Maria da Conceição Veloso (Unicap)
Breno José Andrade de Carvalho (Unicap)
Cláudio Roberto de A. Bezerra (Unicap)
Dario Brito Rocha Junior (Unicap)
Fabíola Mendonça de Vasconcelos (Unicap)
Felipe Casado (Unicap)
Fernando Israel Fontanella (Unicap)
Flávio Henrique Souza Santos (Unicap)
Janaína de Holanda C. Calazans (Unicap)
Juliano Mendonça Domingues da Silva (Unicap)
Lucinalva Alves Mesquita de Oliveira (Unicap)
Maria Letícia do Amaral Guimarães (Unicap)
Maria Paula de Miranda Losada (Unicap)
Paulo César Nunes Fradique (Unicap)
Renata Maria Victor de Carvalho (Unicap)
Rodrigo Duguay da Hora Pimenta (Unicap)
Rosilei Montenegro Vieira (Unicap)
Stella Maris Saldanha (Unicap)
Verônica Maria Brayner de Oliveira (Unicap)
Comissão Marialva Carlos Barbosa (INTERCOM/UTP)
Organizadora Fernando Ferreira de Almeida (INTERCOM/METODISTA)
Genio Nascimento (INTERCOM)
Antonio Carlos Hohlfeldt (INTERCOM/PUC-RS)
Maria do Carmo Silva Barbosa (INTERCOM)
Mariana Beltramini (INTERCOM)
Osvando José de Morais (INTERCOM/UNISO)
Comissão Anamaria Fadul (INTERCOM)
Científica Adolpho Queiroz (INTERCOM/METODISTA)
Antonio Hohlfeldt (INTERCOM/PUC-RS)
Maria Immacolata Vassalo de Lopes (INTERCOM/USP)
Margarida Kroling Kunsch (INTERCOM/USP)
Cicilia Maria Krohling Peruzzo (INTERCOM/METODISTA)
Edgar Rebouças (INTERCOM/UFES)
Fernando Ferreira de Almeida (INTERCOM/METODISTA)
José Marques de Melo (INTERCOM/USP/METODISTA)
Maria Cristina Gobbi (INTERCOM/UNESP)
Marialva Carlos Barbosa (INTERCOM/UTP)
Nelia Rodrigues Del Bianco (INTERCOM/UNB)
José Carlos Marques (INTERCOM/UNESP)
Osvando José de Morais (INTERCOM/UNISO)
Paula Casari Cundari (INTERCOM/FEEVALE)
Raquel Paiva (UFRJ)
Rosa Maria Dalla Costa (INTERCOM/UFPR)
Sonia Virgínia Moreira (INTERCOM/UERJ)
11. Secretaria Genio de Paulo Alves Nascimento (INTERCOM)
Executiva Maria do Carmo Silva Barbosa (INTERCOM)
Mariana Beltramini (INTERCOM)
Apoio Marcia Aparecida Simões (EXPOCOM)
Cristiane Parnaiba (INTERCOM)
Secretaria Maria Letícia Guimarães (Unicap)
Executiva Nadjanara Rodrigues de Araújo (Unicap)
Local
Apoio Local Alexandre Peretti (Unicap)
Altamir Soares de Paula (Unicap)
Ana Patrícia de Assis Roma (Unicap)
Cláudia Cristina Negreiros Barros (Unicap)
Cristiano Deschamps (Unicap)
Danile França (Unicap)
Darlane de Oliveira Macêdo (Unicap)
Elano Lorenzatto (Unicap)
Fernando Castim Pimentel (Unicap)
Pe. Francisco Sechim, SJ (Unicap)
Hélio Pereira Lima (Unicap)
Katya Paes de Lyra (Unicap)
Leandro Tabosa (Unicap)
Pe. Lúcio Flávio Ribeiro, SJ (Unicap)
Luciano Pinheiro Barros (Unicap)
Maria Teresa Barreto de Melo Peretti (Unicap)
Pedro Adolfo Rodrigues Maciel (Unicap)
Roberta do Nascimento Souto (Unicap)
Sérgio de Araújo Wandereley (Unicap)
Teresa Cristina Guimarães Faria (Unicap)
Ubiratan Costa, SJ (Unicap)
Equipe de MAC Viagens e Turismo Ltda
Apoio
12. INTERCOM
Diretoria
Executiva
(2008-2011)
Presidente Antonio Carlos Hohlfeldt
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Vice-Presidente Nélia Rodrigues Del Bianco
Universidade de Brasília
Diretor Fernando Ferreira de Almeida
Financeiro Universidade Metodista de São Paulo
Diretor José Carlos Marques
Administrativo Universidade Estadual Paulista
Diretora Marialva Carlos Barbosa
Científica Universidade Tuiuti do Paraná
Diretora Cultural Rosa Maria Cardoso Dalla Costa
Universidade Federal do Paraná
Diretor Editorial Osvando José de Morais
Universidade de Sorocaba
Diretora de Maria Cristina Gobbi
Documentação Universidade Estadual Paulista e Universidade de Sorocaba
Diretora de Paula Casari Cundari
Projetos Universidade Feevale
Diretor de Edgar Rebouças
Relações Universidade Federal de Espírito Santo
Internacionais
Conselho José Marques de Melo (Presidente)
Curador Margarida Kunsch (Vice-Presidente)
Sonia Virgínia Moreira (Secretária)
Adolpho Carlos Françoso Queiroz (Conselheiro)
Anamaria Fadul (Conselheira)
Cicilia Peruzzo (Conselheira)
Gaudêncio Torquato (Conselheiro)
Manuel Carlos Chaparro (Conselheiro)
Maria Immacolata Vassallo de Lopes (Conselheira)
Conselho Fiscal Ada de Freitas Maneti Dencker
Eduardo Barreto Viana Meditsch
Giovandro Marcus Ferreira
José Luiz Proença
Maria Salett Tauk Santos
13. Conselho Representantes por regiões
Maria Ataíde Malcher (Norte)
Moacir Barbosa de Sousa (Nordeste)
Ana Carolina Rocha Pessoa Temer (Centro-Oeste)
Iluska Maria da Silva Coutinho (Sudeste)
Valério Cruz Brittos (Sul)
Consultivo Maria Adísia de Barros Sá
Representantes de Carlos Eduardo Lins da Silva
pesquisadores André Barbosa Filho
Gustavo Adolfo León Duarte
Luis Humberto Marcos
Manuel Peres i Maicas
Equipe Maria do Carmo Silva Barbosa (Intercom)
Administrativa Genio de Paulo Alves Nascimento (Intercom)
Mariana Beltramini (Intercom)
Programa Edição do Programa
Intercom 2011 Marialva Carlos Barbosa (Intercom/UTP)
Gênio de Paulo Alves Nascimento (Intercom)
Capa Breno Carvalho (Unicap)
Projeto Gráfico Breno Carvalho (Unicap)
Diagramação Breno Carvalho (Unicap)
Flávio Henrique (Unicap)
14. SUMÁRIO
13 Apresentação do tema central
15 Intercampus - Unicap
16 Síntese Programa
19 ATIVIDADES PARALELAS DAS SOCIEDADES CIENTÍFICAS EM COMUNICAÇÃO
21 IV Fórum Eptic
23 I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Estudante de Educomunicação
29 BRASIL – ARGENTINA III
Colóquio Bi-nacional Brasil - Argentina de Estudos da Comunicação
35 FÓRUM INTERCOM
37 COLÓQUIO ACADÊMICO
39 CONGRESSO
41 V OFICINAS e II MINICURSOS INTERCOM DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
47 ABERTURA DO CONGRESSO
49 XXXIV CECOM - Ciclo de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
57 CICLO A GALÁXIA DE MCLUHAN
61 OUTRAS ATIVIDADES
63 JORNADAS AUTORAIS - Paradigmas Brasileiros da Comunicação
65 VI PUBLICOM - Sessão de lançamento de livros e outros produtos editoriais
69 XI ENCONTRO DOS GRUPOS DE PESQUISA DA INTERCOM
71 DIVISÃO TEMÁTICA 1 | JORNALISMO
71 GP GÊNEROS JORNALÍSTICOS
77 GP HISTÓRIA DO JORNALISMO
83 GP JORNALISMO IMPRESSO
89 GP TELEJORNALISMO
96 GP TEORIA DO JORNALISMO
106 DIVISÃO TEMÁTICA 2 | PUBLICIDADE E PROPAGANDA
106 GP PUBLICIDADE E PROPAGANDA
127 DIVISÃO TEMÁTICA 3 | RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
127 GP RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
141 DIVISÃO TEMÁTICA 4 | COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL
141 GP CINEMA
152 GP TELEVISÃO E VÍDEO
159 GP FICÇÃO SERIADA
166 GP RÁDIO E MIDIA SONORA
181 GP FOTOGRAFIA
189 DIVISÃO TEMÁTICA 5 | MULTIMÍDIA
189 GP CONTEÚDOS DIGITAIS E CONVERGÊNCIAS TECNOLÓGICAS
203 GP CIBERCULTURA
215 DIVISÃO TEMÁTICA 6 | INTERFACES COMUNICACIONAIS
215 GP COMUNICAÇÃO E CULTURAS URBANAS
230 GP COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO
243 GP COMUNICAÇÃO E ESPORTE
250 GP FOLKCOMUNICAÇÃO
255 GP PRODUÇÃO EDITORIAL
263 DIVISÃO TEMÁTICA 7 | COMUNICAÇÃO, ESPAÇO E CIDADANIA
263 GP COMUNICAÇÃO PARA A CIDADANIA
273 GP COMUNICAÇÃO e DESENVOLVIMENTO REGIONAL E LOCAL
287 GP MÍDIA, CULTURA E TECNOLOGIAS DIGITAIS NA AMÉRICA LATINA
294 DIVISÃO TEMÁTICA 8 | ESTUDOS INTERDISCIPLINARES
294 GP COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA, MEIO AAMBIENTE E SOCIEDADE
305 GP COMUNICAÇÃO, TURISMO E HOSPITALIDADE
310 GP POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
317 GP ECONOMIA POLÍTICA DA INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E CULTURA
321 GP SEMIÓTICA DA COMUNICAÇÃO
328 GP TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
15. 337 VI INTERCOM JÚNIOR – SESSÃO DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
338 DT1 – INTERCOM JÚNIOR – JORNALISMO
346 DT2 – INTERCOM JÚNIOR – PUBLICIDADE E PROPAGANDA
350 DT3 – INTERCOM JÚNIOR – RELAÇÕES PÚBLICAS E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
353 DT4 – INTERCOM JÚNIOR – COMUNICAÇÃO AUDIOVISUAL
357 DT5 – INTERCOM JÚNIOR – COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIA
361 DT6 – INTERCOM JÚNIOR – INTERFACES COMUNICACIONAIS
365 DT7 – INTERCOM JÚNIOR – COMUNICAÇÃO, ESPAÇO E CIDADANIA
368 DT8 – INTERCOM JÚNIOR – ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃO
377 XVIII EXPOCOM – JORNADA DA PESQUISA EXPERIMENTAL EM COMUNICAÇÃO
374 1 - CATEGORIA CINEMA E AUDIOVISUAL
375 2 - CATEGORIA JORNALISMO
378 3- CATEGORIA PRODUÇÃO EDITORIAL E PRODUÇÃO TRANSDISCIPLINAR EM COMUNICAÇÃO
381 4 - CATEGORIA PUBLICIDADE E PROPAGANDA
383 5 - CATEGORIA RELAÇÕES PÚBLICAS
385 XIV Simpósio de Pesquisa Avançada em Comunicação e Solenidade de entrega do
Premio Luiz Beltrão 2011
386 PRÊMIO EXPOCOM
386 Solenidade de encerramento do INTERCOM 2011
386 Festa de encerramento do INTERCOM 2011
16. Apresentação do tema central
Quem tem medo da pesquisa empírica?
A pesquisa em comunicação emerge, no panorama das ciências humanas,
no ramo dos estudos empíricos, situando-se como área do conhecimento
aplicado. Sua natureza fenomenológica, servindo como fonte de referência
para a tomada de decisões estratégicas, na retórica de Aristóteles ou na
nova retórica de Schramm, não deixa dúvidas quanto à identidade aquirida
na árvore mundial do saber.
Trata-se de acervo cognitivo acumulado seletivamente pela práxis,
legitimado historicamente pelas corporações de artes e ofícios, e
democraticamente transmitido às novas gerações, através da oralidade,
típica da era artesanal. Tornou-se artefato impresso, na idade industrial,
abrigando a teoria sistematizada pelos mestres dos ofícios respectivos.
Socializado através de manuais destinados ao aprendizado dos novos
13
profissionais, o saber comunicacional manteve-se circunscrito ao empirismo
hegemônico no período que antecede sua apropriação pela universidade.
Intercom 2011 | Unicap | Recife - PE
Isso ocorre efetivamente durante o século XX, quando as disciplinas
que correspondem ao conhecimento vigente em cada uma das profissões
socialmente estabelecidas – jornalismo, propaganda, cinematografia,
relações públicas e outras - são reunidas em espaços contíguos –
faculdades, escolas, departamentos – que constituem o campo emergente
de ciências da comunicação.
Essa transição do saber fragmentado, enraizado na práxis, para o
conhecimento holístico, demandado pelo campus, tem se caracterizado
pela convivência, nem sempre harmônica, entre seus protagonistas,
gerando idiossincrasias e nutrindo preconceitos mútuos. Esse conflito
latente entre “pragmáticos” e “teóricos”, ou seja, entre os praticantes dos
ofícios comunicacionais e seus pesquisadores acadêmicos, vem produzindo
equívocos semânticos, como, por exemplo, a desqualificação do adjetivo
“empírico”, convertido em antônimo de “teórico”.
17. Assim sendo, a pesquisa em comunicação, genuinamente instituída no
universo empírico do fazer jornalístico, publicitário, cinematográfico, etc.,
passa a ser estigmatizada, desassistida e até mesmo obstaculizada.
Rotulada como anacrônica, instrumental, mecanicista por seus antagonistas,
adquire significado equivalente ao discurso do senso comum.
Empírico resume-se, para tais exegetas, em conhecimento baseado apenas
na experiência, destituído de caráter científico. Seus praticantes são
anatematizados como charlatães, forjados pela prática e indexados
como inimigos do racionalismo porque desprovidos de bagagem teórica.
Reagindo ao patrulhamento, os pesquisadores dos campos profissionais
desqualificam as contribuições oriundas das disciplinas conexas,
julgando-as inapropriadas porque eivadas de abstracionismo e classificando
seus autores como “teóricos” incapazes de por os pés na terra, meros
fabricantes de conhecimento inútil.
Desde a sua fundação, a INTERCOM tem procurado instituir uma “terceira
via”, promovendo o diálogo entre “empíricos” e “teóricos”, na tentativa de
superar essa falsa dicotomia.
Este é o desafio que os atuais dirigentes da nossa comunidade científica
14
decidiram enfrentar. Através de uma manchete provocativa, pretendem criar
uma espécie de glassnost acadêmica. Ensejando oportunidades, durante
XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
o XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, para desarmar
os espíritos, ambicionam chegar a soluções de compromisso capazes de
integrar teoria e práxis.
Se desse debate pluralista resultar a superação de preconceitos e a
produção de estudos compartilhados, a INTERCOM sairá engrandecida.
Pois estará colhendo os frutos da árvore utopicamente plantada pelos seus
fundadores em terreno fértil, diligentemente irrigado pela sua vanguarda
para beneficiar as novas gerações de pesquisadores.
José Marques de Melo
Fundador e Presidente de Honra da INTERCOM
18. Intercampus - Unicap
15
Intercom 2011 | Unicap | Recife - PE
1. Bloco A 9. Jardim
2. Centro Cultural 10. Biblioteca Central
3. Bloco G 11. Quadra de Esportes
4. Bloco G4 12. Fasa Grá ca
5. Bloco B 13. Residência dos Jesuítas
6. Bloco D 14. Capela
7. Bloco R (Reitoria) 15. Posto Médico
8. Salão Receptivo 16. Quadra Poliesportiva
19. Síntese
Programa
_DIA 2 _DIA 3
>>Manhã >>Manhã
9h-12h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA 9h | RECEPÇÃO AOS CONGRESSISTAS
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V Unicap - (DGE) - Bloco R (Térreo) e
STAND - térreo bloco G
9h-12h | ATIVIDADES PARALELAS DAS
SOCIEDADES CIENTÍFICAS EM COMUNICAÇÃO 9h | ABERTURA DA EXPOSIÇÃO DE CHARGES
Unicap - Bloco G - Salão Receptivo*
Fórum EPTIC
Unicap - Bloco A - Sala 510 11h | ABERTURA DA EXPOSIÇÃO 50 ANOS DO CURSO
DE JORNALISMO DA UNICAP
I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Unicap - Biblioteca*
Estudantes de Educomunicação
V OFICINAS E II MINI-CURSOS INTERCOM
Unicap - Bloco G4 - Sala 309 (An teatro)
Unicap - Blocos A, G e G4
>>Tarde 9h-12h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA
14h-18h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V
9h-12h | COLÓQUIO ACADÊMICO
14h-18h | ATIVIDADES PARALELAS DAS Unicap - Bloco B - Sala 110 (Auditório)
SOCIEDADES CIENTÍFICAS EM COMUNICAÇÃO
9h-12h | FÓRUM DOS COORDENADORES DOS GPS
Prêmio RP Brasil (reunião restrita)
Campus da Unicap - Bloco A - Sala 510 Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo I e III
FOCORP - Fórum de Coordenadores 9h-12h | REUNIÃO DOS COORDENDORES DO
de Relações Públicas INTERCOM JR (reunião restrita)
Campus da Unicap - Bloco G4 - Sala 005 Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo II e IV
I Colóquio de Professores, Pesquisadores e
>>Tarde
RECEPÇÃO AOS CONGRESSISTAS
Estudantes de Educomunicação Unicap - (DGE) - Bloco R (Térreo) e
Unicap - Bloco G4 - Salas 401 e 402 STAND - Térreo Bloco G
Reunião Diretoria da SOCICOM ABERTURA DA EXPOSIÇÃO DE CHARGES
Unicap - Bloco G4 - Sala 403 Unicap - Bloco G - Salão Receptivo
Reunião Diretoria da ALCAR 14h-18h | III COLÓQUIO BRASIL-ARGENTINA
Unicap - Bloco G4 - Sala de seminários - 7º andar Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo V
15h-18h | MESA REDONDA CINEMA E
CULTURAS URBANAS
Unicap - Bloco B - Sala 110 (Auditório)
14h-18h | V OFICINAS E II MINI-CURSOS INTERCOM
Unicap - Blocos A, G e G4
14h-16h | REUNIÃO DA DIRETORIA, DOS CONSELHOS
CURADOR, FISCAL E CONSULTIVO (reunião restrita)
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo I e III
16h-17h | REUNIÃO DA DIRETORIA 2008-2011 E DA
NOVA DIRETORIA DA INTERCOM
Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo I e III
>>Noite
19h | SOLENIDADE DE ABERTURA DO CONGRESSO
Campus da Unicap - Auditório G2
ABERTURA OFICIAL DO EVENTO
SOLENIDADE DE ENTREGA DE TROFÉUS AOS
VENCEDORES DOS PRÊMIOS ESTUDANTIS
21 h | SHOW ORQUESTRA SPOK FREVO
Campus da Unicap - Jardins Internos - Térreo Bloco G
*A exposição cará aberta durante todo o Congresso
20. _DIA 4 _DIA 5 _DIA 6
>>Manhã >>Manhã >>Manhã
9h-11h | CONFERÊNCIA DE ABERTURA 9h-13h | XXXIV CECOM 9h-12h | REUNIÃO COORDENADORES
Quem tem medo da pesquisa empírica? CONGRESSOS REGIONAIS DE 2011/2012
Unicap - Bloco G - Auditório G2 9h-11h | PN 3 - A PESQUISA EM COMUNICAÇÃO (reunião restrita)
NO BRASIL, NA ÍNDIA E NA ÁFRICA Hotel Atlante Plaza - Sala Mário Melo II e IV
11h-13h | XXXIV CECOM Unicap Bloco G - Auditório G2
PN 1 - COMUNICAÇÃO, PESQUISA E 9h-12h | A PESQUISA EMPIRICA NA
EXPERIÊNCIAS INTERDISCIPLINARES 11h-13h | PN 4 - METODOLOGIA E PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO -
Unicap - Bloco G - Auditório G2 EMPÍRICA EM COMUNICAÇÃO Diagnóstico e Perspectivas
Unicap - Bloco G - Auditório G2 Unicap - Bloco G4 - Sala 307
11h-13h | PAINEL: MERCADO JORNALÍSTICO
REGIONAL: EM FOCO O NORDESTE
11-13h | MESA PANORAMA DA COMUNICAÇÃO 9h-12h | JORNADAS AUTORAIS PARADIGMAS
Unicap - Bloco G - Auditório G1
NO BRASIL BRASILEIROS DA COMUNICAÇÃO
9h-12h | VI INTERCOM JUNIOR Unicap - Bloco G4 - Sala 307 JA 1 - Homenagem a Luiz Beltrão
Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A Unicap - Bloco G - Auditório G1
9h-12h | VI INTERCOM JUNIOR
9h-12h | XVIII EXPOCOM Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A 9h-12h | XI ENCONTRO DOS GRUPOS DE PESQUISA
Unicap - Bloco B e Laboratórios Bloco A DE PESQUISA DA INTERCOM - Sessão III
9h-12h | XVIII EXPOCOM Unicap - Blocos G e G4
>>Tarde Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
14h-18h | XI ENCONTRO DOS GRUPOS DE 9h-12h | V OFICINAS E II MINI-CURSOS INTERCOM
PESQUISA DE PESQUISA DA INTERCOM - Sessão I >>Tarde Unicap - Blocos A, G e G4
Unicap - Blocos G e G4 14h-16h | CICLO A GALAXIA DE MCLUHAN
MESA 2 - HAROLD INNIS E MCLUHAN: 9h-12h | VI INTERCOM JUNIOR
14h-16h | XXXIV CECOM
DIÁLOGOS POSSÍVEIS Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
PN 2 - QUEM TEM MEDO DA PESQUISA
Unicap - Bloco G - Auditório G1
EMPÍRICA? QUESTÕES TEÓRICAS
9h-12h | XVIII EXPOCOM
Unicap - Bloco G - Auditório G2
14h-17h | PALESTRA ZILEIDE SILVA - TV GLOBO JORNADA DA PESQUISA EXPERIMENTAL
14h-16h | CICLO A GALÁXIA DE MCLUHAN Unicap - Bloco G - Auditório G2 EM COMUNICAÇÃO
MESA 1 - MCLUHAN: O LEGADO TEÓRICO Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Unicap - Bloco G - Auditório G1 14h-18h | XI ENCONTRO DOS GRUPOS DE
PESQUISA DE PESQUISA DA INTERCOM - Sessão II >>Tarde
14h-16h | A INTERCOM E A MEMÓRIA DAS Unicap - Blocos G e G4 14h-16h | JA 2 - Centenário de Nelson
CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO Werneck Sodré
HOMENAGEM A GAUDÊNCIO TORQUATO 14h-18h | VI INTERCOM JUNIOR Unicap - Bloco G4 - Sala 307
Unicap - Bloco G4 - Sala 307 Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
14h-16h | MESA CHARGE E HUMOR
16h-18h | MESA 50 ANOS DE 14h-18h | XVIII EXPOCOM Unicap - Bloco G - Auditório G1
JORNALISMO NA UNICAP Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Unicap - Bloco G - Auditório G1 ENTREGA PRÊMIO I CONCURSO
>>Noite LUSO-BRASILEIRO DE CARTUM UNIVERSITÁRIO
14h-18h | VI INTERCOM JUNIOR 18h | VI PUBLICOM
Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A Unicap - Bloco G - Salão Receptivo 14h-18h | XI ENCONTRO DOS
GRUPOS DE PESQUISA DE PESQUISA
14h-18h | XVIII EXPOCOM
20h | BELTRÃO 2011 DA INTERCOM - Sessão IV
Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Solenidade de Entrega de Troféus aos Vencedores Unicap - Blocos G e G4
Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação
>>Noite Unicap - Bloco G - Auditório G2 14h-18h | VI INTERCOM JUNIOR
19h | ASSEMBLECOM
//Apoio: Globo Universidade Unicap - Bloco B e Laboratórios do Bloco A
Assembleia Geral dos Sócios
Posse da Diretoria da INTERCOM (2012 -2014)
16h | PRÊMIO EXPOCOM, RESULTADO EXPOCOM
Hotel Atlante Plaza - Auditório Gilberto Freyre
E SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO
21h | Assembleia Geral Extraordinária Unicap - Bloco G - Auditório G2
Hotel Atlante Plaza - Auditório Gilberto Freyre
>>Noite
18h | FESTA DE ENCERRAMENTO DO INTERCOM
2011 (manifestações culturas) - Festa de Rua
Praça do Arsenal - Recife Antigo, Recife-PE
21.
22. ATIVIDADES PARALELAS DAS
SOCIEDADES CIENTÍFICAS EM
COMUNICAÇÃO
Ů IV Fórum Eptic
Ů I Colóquio de Professores, Pesquisadores e
Estudante de Educomunicação
Ů BRASIL – ARGENTINA
III Colóquio Bi-nacional Brasil - Argentina de
Estudos da Comunicação
Ů FÓRUM INTERCOM
Ů COLÓQUIO ACADÊMICO
Ů CONGRESSO
Ů V OFICINAS e II MINICURSOS INTERCOM
DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Ů ABERTURA DO CONGRESSO
23.
24. IV Fórum Eptic
9h - 12h IV Fórum Eptic
Local:
Bloco G4 2 de setembro
CAMPUS DA UNICAP
Sala 307
Tema: Comunicação Alternativa
Coordenação: Valério Brittos (Unisinos) e Cesar Bolaño (UFS)
Mediação: Ruy Sardinha (USP)
Participantes: Valério Brittos (Unisinos); Cicília Maria Krohling Peruzzo (Umesp); Bruno
Fuser (UFJF); Adilson Cabral (UFF); Maria Luiza Cardinale Baptista (UCS) e César Bolaño
(UFS)
Digitalização, alternativas e direito à comunicação
Valério Cruz Brittos (Unisinos)
O trabalho discute a comunicação alternativa, no âmbito das dinâmicas de
digitalização contemporânea e de reconfiguração capitalista. Concebe-se
comunicação alternativa como aquela que efetivamente contrapõe-se ao sistema,
posicionando-se de forma contra-hegemônica e, por isso, comprometida com a
construção do direito à comunicação. Como forma de construção de processos
midiáticos libertadores, propõe-se a necessidade de aproximação dos projetos
de comunicação alternativa das ideias de Paulo Freire, assumidas no âmbito da
Economia Política da Comunicação, eixo teórico-metodológico de análise do
fenômeno em questão. É neste circuito que se projetam os esforços de um padrão
tecno-estético alternativo, o que passa pela socialização das formas de produção
e distribuição cultural, estimuladas pelo barateamento de custos trazidos pela
digitalização.
Comunicação alternativa
21
Cicília M. Krohling Peruzzo (Umesp)
Intercom 2011 | Unicap | Recife - PE
Conceitos de comunicação alternativa, das origens às novas configurações.
Especificidades do jornalismo alternativo e suas feições no universo das tecnologias
da informação e comunicação. Proximidades e interfaces com outras vertentes
ou denominações da comunicação do “povo”, tais como a comunicação popular,
comunicação comunitária e comunicação cidadã. Comunicação não-hegemônica:
(in)coerências entre práticas e conceito? Comunicação “alternativa” hoje:
diversidade, possibilidades, limites e avanços.
Prosumidores ou neoconsumidores?
Bruno Fuser (UFJF)
As tecnologias digitais trouxeram (e a cada dia trazem mais) novas possibilidades
de produção no contexto comunicacional, a ponto de muitos pesquisadores
apontarem sermos todos prosumidores: não apenas consumidores, mas também
produtores de informação e comunicação. Tal perspectiva, se encontra respaldo no
cotidiano de muitíssimas pessoas, é apenas uma promessa para um número ainda
maior de cidadãos, seja porque são excluídos do acesso à internet, seja porque
têm acesso a uma internet de segunda categoria (lenta, incapaz de acompanhar
as inovações das tecnologias digitais que permitem a utilização de determinadas
dimensões da produção de informação), seja, finalmente, porque não dominam e/
ou não têm interesse em dominar as técnicas de produção de informação. Pesquisas
como do Observatório Nacional de Inclusão Digital e do IBGE mostram como a
perspectiva de produção de informação, essencial para uma inclusão sociodigital,
ainda está longe de ocorrer no Brasil.
25. A digitalização das iniciativas de comunicação comunitária: apropriação dos
processos regulatório e tecnológico
Adilson Cabral (UFF)
A adoção do Sistema Brasileiro de TV Digital e o debate sobre o sistema brasileiro
de rádio digital evidenciam uma mobilização hercúlea por parte das iniciativas
de comunicação comunitária, se submetendo a orçamentos limitados ou mesmo
inexistentes e sem condições profissionais de manutenção de suas atividades. A
proposta dessa palestra é apresentar perspectivas relacionadas às demandas de
apropriação do processo regulatório, que incidem na formulação ampla de políticas
que atendam às necessidades socioculturais e político-econômicas desses grupos,
bem como às demandas de apropriação do processo tecnológico, que dizem
respeito às definições sobre faixas de frequência, infraestrutura e gestão, além de
áreas relacionadas a conteúdo, como programação, produção e elaboração de
formatos e narrativas capazes de engajar a sociedade em geral nos processos de
afirmação dessas iniciativas.
Faço Parte! Territórios de afeto e investimentos desejantes da comunicação
sindical no cenário da acumulação via espoliação
Maria Luiza Cardinale Baptista (UCS)
O texto apresenta a reflexão sobre a comunicação sindical contemporânea, a partir
da experiência de consultoria e produção do livro “Faço Parte: 30 Anos - Histórias e
Personagens do Sindicato dos Comerciários de Carazinho e Região”, no Rio Grande
do Sul. Atualiza a discussão sobre a comunicação sindical, realizada em pesquisa
anterior, pela autora, junto aos metalúrgicos de Porto Alegre e apresentada à
ECA/USP. O referencial teórico é transdisciplinar, envolvendo a Comunicação;
a Esquizonálise, para aspectos da subjetividade maquínica e dispositivos de
subjetivação, bem como a noção de territórios de afeto – neste caso, associada
à Geografia contemporânea. A proposição alia-se, ainda, à Economia Política, na
medida em que discute a Comunicação Sindical e a necessidade de um novo
padrão tecnoestético, no contexto do capitalismo de acumulação via espoliação.
22
Os novos movimentos sociais e a utilização da Internet
César Bolaño (UFS)
XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
O trabalho propõe uma discussão sobre a mudança estrutural do capitalismo
e o impacto deste fenômeno sobre os movimentos sociais, considerando
deslocamentos transcorridos a partir dos anos 2000. Compreende-se que os novos
movimentos sociais surgem no final do século XX e seguem reproduzindo-se até
o momento, tendo por característica a organização da juventude através de redes
sociais e da Internet em geral. Trata-se de uma incógnita, de algo ainda definido,
pois se afasta muito do velho movimento operário e da organização classista. Este
estudo, então, pretende analisar os caminhos desta realidade, debatendo flashes
do que está acontecendo, o que foge dos instrumentos clássicos da política, ao
mesmo tempo em que o funcionamento das redes coloca desafios intelectuais para
o pensamento de esquerda e a Economia Política.
26. I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Estudantes de Educomunicação
9h - 12h I Colóquio de Professores,
Local:
Bloco G4 Pesquisadores e Estudante de
Sala 309 Educomunicação
(ANFITEATRO) Coordenação: Ismar Soares (USP) e Daniele Andrade (UFPE)
Coordenação Local: Patrícia Horta (CEAD/UFPE)
14h - 18h
Local:
Bloco G4
Salas 401 e 402
PROGRAMA
Manhã | 8h30 - 10h45 | Mesa Redonda 1
Local: Anfiteatro – Sala 309 – G4
Tema: “Fundamentos teórico-metodológicos que dão sustentação às
propostas pioneiras de formação do educomunicador em nível de graduação e
de especialização”
Palestrantes:
Ismar de Oliveira Soares – Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP
Sonia Sette – Comissão de Educação a Distancia – CEAD/UFPE
Ademilde Sartori – Coordenadora do GP Comunicação e Educação - Intercom
Manhã | 10h45 - 12h | Mesa Redonda 2
Local: Anfiteatro – Sala 309 – G4
Tema: Especificidades pedagógicas da Licenciatura em Educomunicação (USP),
23
do Bacharelado em Educomunicação (UFCG) e do curso Mídias na Educação
Palestrantes:
Roseli Fígaro – Licenciatura em Educomunicação da ECA/USP
Intercom 2011 | Unicap | Recife - PE
Danielle Andrade – Bacharelado em Educomunicação da UFCG
Patrícia Horta – Mídias na Educação – MEC / CEAD/UFPE / NCE-USP
Tarde | 14h - 16h45
Painel 1 – Educomunicação na Sociedade Civil e
nas Políticas Públicas
Local: Bloco G4 - Sala 401
O potencial das ONGs no trabalho educomunicativo
Maria das Graças Amaro da Silva (UFCG)
MAPEAMENTO DAS ONGS E ESCOLAS DE CAMPINA GRANDE: OLHAR VOLTADO
PARA ATUAÇÃO DA EDUCOMUNICAÇÃO
A presente pesquisa tem a intenção de realizar um mapeamento das Organizações
Não-Governamentais (ONGs) e das escolas municipais da cidade de Campina
Grande, com o objetivo de perceber e detectar problemas, desejos, necessidades
e dificuldades que tanto as escolas quanto as ONGs vivenciam, no que diz
respeito à atuação de processos educomunicativos com a utilização dos meios de
comunicação: rádio, televisão, jornal, internet (redes sociais), como ferramentas que
fomentam a leitura crítica da mídia eletrônica ou impressa. Percebemos, através de
uma pesquisa preliminar em escolas, que algumas dispõem de ferramentas, mas
há ausência de profissionais capacitados para mediar o processo de aprendizagem,
pela falta de metodologias condizentes com a proposta de se estimular
27. o conhecimento através da leitura dos meios de comunicação. Também há o
enfoque de algumas ONGs, com um trabalho educativo na área, que também
necessitam de profissionais especializados. Atualmente, o município de Campina
Grande tem catalogadas 87 escolas. A partir das constatações supracitadas,
buscaremos apresentar alternativas para atuar enquanto educomunicadores, como
uma forma de contribuir com a possível mudança de paradigma da realidade
que se apresenta diante de nós. Portanto, o mapeamento faz-se necessário para
que possamos nos situar, uma vez que estamos em fase embrionária do Curso de
Educomunicação (bacharelado).
A pesquisa na interface comunicação/educação
Rosa Maria Cardoso Dalla Costa (UFPR)
A PESQUISA EM COMUNICAÇÃO E OS DESAFIOS DA INTERFACE COMUNICAÇÃO E
EDUCAÇÃO
O paper apresenta um balanço das pesquisas orientadas no Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná no período de 2000 a
2010 e faz uma análise dos principais desafios teórico-metodológicos da pesquisa
em uma das interfaces da comunicação, no caso, a Educação. Apresenta um breve
histórico do interesse pela temática no referido programa de mestrado e descreve
os principais títulos abordados. Em seguida, identifica de que forma os sujeitos
ligados à escola – professores e alunos – são relacionados e investigados pelas
pesquisas feitas no período. Aborda as dificuldades da pesquisa no cotidiano
escolar e seus entraves institucionais e sócio-econômico-culturais. Finalmente,
apresenta as principais metodologias e técnicas de pesquisa utilizadas e suas
implicações, apontando as dificuldades, avanços e tendências constatadas.
Gestão da educomunicação no espaço escolar: os grêmios estudantis
Daniele Próspero (NCE-USP)
24
OS GRÊMIOS ESTUDANTIS E O ECOSSISTEMA COMUNICATIVO ESCOLAR: NOVAS
POSSIBILIDADES DE RELAÇÃO E DE AÇÃO NA EDUCAÇÃO
XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
Os novos desafios postos à educação, graças aos modos singulares como a
informação e o conhecimento são elaborados, distribuídos e socialmente
intercambiados, precisam ser vistos em função do cenário que podemos designar
de “ecossistema comunicativo”. Preocupar-se com ecossistemas comunicativos
em espaços educacionais é levar em conta que a escola é um espaço complexo
de comunicações, no qual o educador deve considerar o entorno cultural do
aluno e seus pares de diálogo – colegas, família, mídia – para planejar ações que
possibilitem a participação e troca de sentidos. Garantir esse sentido aos estudantes
é algo urgente a ser colocado em prática na educação, tendo em vista que hoje,
a falta de interesse pela escola é o principal motivo que leva o jovem a evadir. A
comunicação presente neste ecossistema, sendo ela essencialmente dialógica e
participativa, mediada pela gestão compartilhada (professor/aluno/comunidade
escolar) dos recursos e processos da informação, contribui, segundo Soares (2011),
essencialmente para a prática educativa, cuja especificidade é o aumento do
grau de motivação por parte dos estudantes, e para o adequado relacionamento
no convívio professor/aluno, maximizando as possibilidades de aprendizagem,
de tomada de consciência e de mobilização para a ação. Essa precondição
denominamos de educomunicação. A educomunicação convida, então, as escolas
a identificar e, se necessário, a rever as práticas comunicativas que caracterizam
e norteiam as relações entre a direção, os professores e os alunos no ambiente
educativo. E é nesta perspectiva que o presente artigo buscará discutir como os
grêmios estudantis que, sendo espaço privilegiado de participação e engajamento
juvenil, se tornam peças-chave num processo que busca construir um ecossistema
comunicativo escolar baseado em novas relações. O grêmio é a organização
para que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de
ação, tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. Neste espaço,
28. I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Estudantes de Educomunicação
os alunos têm a possibilidade de se expressar e de “pronunciar o mundo” (Freire)
de modo participativo e transformador, propostas estas da educomunicação.
Apresentaremos também experiências educomunicativas, como a proposta da
Secretaria Estadual do Rio de Janeiro para o fortalecimento dos grêmios, assim
como práticas desenvolvidas por escolas em que a comunicação dialógica, a
partir da atuação dos grêmios, transformou as relações entre alunos, direção e
comunidade escolar.
Avaliação de práticas educomunicativas em redes de ensino
Silene de Araujo Gomes Lourenço (NCE-USP)
EDUCOMUNICAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS: CONSTRUINDO UM MODELO DE
AVALIAÇÃO EM ESPAÇOS DE EDUCAÇÃO FORMAL
O presente trabalho tem por objetivo apresentar um modelo de avaliação para
ações e projetos educomunicativos em espaços de educação formal, a partir da
nossa experiência como integrante da equipe de assessores do Programa Nas
Ondas do Rádio – nome atual da política pública de Educomunicação da cidade de
São Paulo (SMESP), cuja origem foi o Projeto Educom. Rádio (2001-2004). Sabemos
que a avaliação processual e participativa é um princípio da Educomunicação
e que, em pequenos espaços de educação não-formal, o exercício de auto-
avaliação em grupo, a partir de produções midiáticas, tem ajudado os indivíduos
a construírem noções de democracia e a exercitarem o direito à liberdade de
expressão. Não obstante, no âmbito da educação formal, impõe-se a necessidade
de ampliação e sistematização dos processos avaliativos, bem como a formulação
de instrumentos de acompanhamento e avaliação, por, ao menos, três razões: 1)
as escolas, ao fazerem suas opções pedagógicas, são cobradas pelo poder público
e pela sociedade em geral, por resultados, isto é, por dados comprobatórios em
relação ao desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos alunos; 2) ao se
transformar em política pública, a Educomunicação passa a ser financiada por
meio de projetos e programas de governo, o que exige acompanhamento e
avaliação dos investimentos do dinheiro público; 3) as autoridades responsáveis
pela manutenção das políticas públicas não estão diretamente envolvidas com as
25
práticas educomunicativas nas escolas e com os momentos de avaliação em grupo,
mas precisam acompanhar esses processos e, para tanto, valem-se de relatórios e
Intercom 2011 | Unicap | Recife - PE
de instrumentos de avaliação que permitam, ao menos em parte, quantificar esses
resultados. Nesse sentido, temos trabalhado na elaboração e proposição de um
modelo de avaliação que atenda, ao mesmo tempo, as necessidades da rede e os
princípios da Educomunicação. Na sequência, explicaremos como o modelo foi
concebido desde a identificação dos indicadores de resultados a partir das áreas de
intervenção da Educomunicação descritas pelo Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares.
Educom no documento sobre comunicação da CNBB
Helena Corazza (SEPAC-SP)
COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO: POLÍTICAS DE COMUNICAÇÃO
DA IGREJA CATÓLICA
O objetivo deste trabalho é analisar a proposta que uma instituição como a Igreja
católica faz e assume na linha da Educação para a Comunicação, tanto na formação
de suas lideranças quanto nas audiências das mídias. O projeto também recomenda
o planejamento da produção e ação educativa para a instituição em todos os níveis.
O foco centra-se numa publicação intitulada “A comunicação na vida e missão da
Igreja no Brasil”, Estudos da CNBB 101 (2011). O capítulo IV intitula-se “A mídia e a
urgência educativa” e trata da necessidade da educação para a mídia e através da
mídia, a formação dos receptores, destacando a família, os jovens. Pretende-se fazer
uma retrospectiva que evidencie a recorrente postura da instituição tendo em vista
a educação para a comunicação.
29. Painel 2 – Experiências educomunicativas
Local: Bloco G4 - Sala 402
Educom no ensino formal
Helen Campos Barbosa (Faculdade 2 de Julho, Salvador)
PROJETO NO MEIO – TV E MÍDIAS INTERATIVAS NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA
EDUCOMUNICATIVA EM COLÉGIO PÚBLICO DE SALVADOR-BA
O paper pretende pontuar a implantação do projeto No meio – TV e
mídias interativas na escola, que objetiva elaborar um programa televisivo
educomunicativo com alunos do Colégio Estadual Senhor do Bonfim, em
Salvador (BA), e tem o público juvenil como alvo. O projeto começou no mês
de março de 2011, e foi viabilizado a partir da parceria entre o Colégio Estadual
Senhor do Bonfim, a Faculdade 2 de Julho, Espaço Cultural Xisto Bahia e a TV
Universitária da Universidade Federal da Bahia – Web TV UFBA. O projeto é um
Trabalho de Conclusão de Curso do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo
Cultural, e propõe criar uma produção cultural televisiva a partir do protagonismo
juvenil e dos princípios educomunicativos. Busca fomentar no espaço escolar
o fortalecimento dos ecossistemas comunicativos e obter como resultado final
uma produção audiovisual focada no jornalismo cultural. Para possibilitar o
protagonismo juvenil na mídia, têm sido promovidas oficinas de capacitação para
manuseio de aparatos tecnológicos que permitem produzir registros imagéticos.
O projeto atua em sintonia com o tema de trabalho anual do Colégio Estadual
Senhor do Bonfim, em 2011, que é Resignificando o espaço escolar. Assim, a
comunicação começa a atuar como canal de produção e divulgação de conteúdos
transformadores de realidades, aliando-se a isso o uso das novas tecnologias para
mobilização social. A proposta parte de uma ação conjunta e parceira entre as
instituições citadas e vai viabilizar experiências de produção de mensagens de
autoria dos jovens, com o aprendizado do manuseio de equipamentos midiáticos,
a exemplo de câmeras filmadoras e fotográficas, bem como ensinar como se dá
o processo de construção da notícia, mais especificamente, na televisão. Como
diário de bordo tem sido mantido pelos alunos o blog, no qual eles postam suas
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produções e notícias diversas da comunidade escolar. Além disso, a coordenação do
projeto, para compartilhar o registro processual das atividades, criou blog em que
XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
está postada a sistematização das atividades educomunicativas.
Educom e práticas de recepção
Vania Beatriz Vasconcelos de Oliveira (Embrapa-RO)
USO DE MÚSICA AMAZÔNICA NA EDUCOMUNICAÇÃO CIENTÍFICA E AMBIENTAL
Tendo o campo Comunicação/Educação como mediador do processo, o trabalho
aborda a produção e recepção de dois videoclipes ambientais, por estudantes
e professores da Escola Marcelo Cândia em Porto Velho, RO. Discute-se, à luz da
teoria do dialogismo de Bakhtin, de que forma os estudantes (enunciatários)
interpretaram o discurso literário (letra da música), transformado em discurso
de vulgarização científica (no videoclipe) pelos interlocutores (os alunos e
professores participantes da Oficina). Para isso, fez-se a análise textual das letras das
músicas e uma discussão teórica dos conceitos relacionados ao objeto de análise
(diálogo, enunciação, discurso, recepção). O trabalho tem por objetivo validar a
produção e uso de videoclipes com música amazônica como recurso didático de
educomunicação científica e ambiental na educação formal. Foram sistematizadas
informações que contribuem para a validação proposta, bem como identificou-
se os argumentos do discurso literário e do discurso científico que colaboraram
para a sensibilização em relação as questões ambientais. A metodologia de análise
permitiu também observar a ocorrência de interações dialógicas em ambas as
etapas do processo (produção e recepção) que tornaram possível sensibilizar os
estudantes para as questões ambientais (desmatamento e degradação dos solos)
temas dos videoclipes. Recomenda-se o uso da metodologia por professores,
como recurso didático para a educação ambiental como questão transversal;
30. I Colóquio de Professores, Pesquisadores e Estudantes de Educomunicação
ressalvando-se a necessidade de estudos adicionais e incremento na proposta para
que se possa apresentar soluções que aumentem o nível de evidência do papel da
Ciência, quando do uso da metodologia na educomunicação cientifica no ambiente
educacional.
Educação para os Meios
Raija Maria Vanderlei de Almeida (UFCG)
MÍDIAS E EDUCAÇÃO INFANTIL – MEI
É um projeto, em fase de elaboração, que tem como área temática principal
a Comunicação e sua interface com a Educação, que surge a partir das novas
necessidades de se ter um espaço onde se possa pesquisar essa relação mídia-
infância-educação. O objetivo é compreender a relevância do ambiente midiático
como vetor educativo e suas implicações para o universo infantil, colocando à
disposição dos educadores e educandos, uma multiplicidade de meios para ajudar
no processo educativo. Sendo a cultura midiática a primeira cultura do aluno, o
papel da escola é fazer a transição para uma cultura elaborada. Hoje, tal é o poder
da mídia, que precisamos formar cidadãos críticos através de uma pedagogia da
comunicação e dos meios, estimulando a participação das crianças, através da
produção midiática com a criança como protagonista, resignificando o mundo,
lhe dando vez e voz e reencantando o ambiente escolar. Existe uma necessidade
de diálogo entre linguagens e conteúdo das mídias e as práticas educacionais
críticas. A escola como mediadora e espaço de leitura crítica é também um local de
produção e endereçamento de respostas às mídias. Percebemos que existe uma
necessidade desta discussão devido a um despreparo dos professores para lidarem
com a interface educação/comunicação nas escolas públicas e privadas. Os cursos
de pedagogia não oferecem nenhuma disciplina que trate do tema. No entanto,
a discussão está cada vez mais presente em congressos, encontros e simpósios,
bem como em um aumento significativo de publicações de livros e blogs. Os pais,
por sua vez, também são despreparados para lidar com a relação mídia-criança-
consumo. Diante disso, faz-se também necessário estimular a leitura crítica para
que as crianças, os pais e os educadores, compreendendo o contexto social,
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transformem a informação fragmentada recebida em conhecimento, tornando-os
cidadãos cada vez mais críticos.
Intercom 2011 | Unicap | Recife - PE
Educom e Ação Cultural
Daniele Andrade Souza (UFCG) e Luis Adriano Mendes Costa (UEPB)
FOLKCOMUNICAÇÃO E EDUCOMUNICAÇÃO: SIMILARIDADES NO TRABALHO DE
ANTONIO CARLOS NÓBREGA
Esse artigo procura identificar, a partir da atuação/obra do artista brasileiro,
Antonio Carlos Nóbrega, a dimensão da expressão comunicativa através das artes
enquanto área de intervenção social defendida pela Educomunicação. Pretende
ainda apontar alguns aspectos advindos da folkcomunicação, que se assemelham
a outros referentes pertencentes ao campo da educomunicação, sinalizando
caminhos para o estabelecimento de possíveis relações entre essas áreas do
estudo da comunicação. A relação que se estabelece entre educação e cultura
está bem presente nos estudos da Folkcomunicação e da Educomunicação. A
Folkcomunicação é uma teoria que estabelece o processo de comunicação mediado
por agentes que amplificam o processo de reverberação das informações, ideias e
opiniões de forma mais direta, atingindo e influenciando um público considerado
à margem da sociedade. A educomunicação, por sua vez, surge dos embates da
luta social por novos espaços de comunicação e expressão, visa uma espécie de
promoção de suas próprias formas de expressão (especialmente, a partir da tradição
latino-americana), empreende espaços de cidadania através do uso democrático
e participativo de recursos da comunicação e de informação. Portanto, ambos
sistemas subsidiam toda condição de expressão do indivíduo, sendo capaz de
promover espaços de construção da coletividade, de lugar da fala, de autonomia,
de vez e de voz. E na medida em que se configuram espaços fomentados cada
31. vez mais por estes sistemas, especialmente através da arte, estamos criando,
promovendo condições que apontam para a emergência de uma nova ambiência
cultural, na qual nos faz refletir acerca de possibilidades de aproximação e/ou
semelhanças follkcomunicacionais e educomunicativas na grande, e, interdisciplinar
por natureza, área das ciências da comunicação.
Educom e meio ambiente
Felipe Gustavo Guimarães Saldanha; Dayane Nogueira de Almeida; Adriana Cristina
Omena dos Santos; Mirna Tonus (UFUB)
MEIOS: EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO A SERVIÇO DA SOCIEDADE E DO MEIO
AMBIENTE
O presente artigo mostra como foi idealizado e tem sido implantado o Programa
de Extensão Educomunicação e Meio Ambiente (Meios) no Curso de Comunicação
Social com Habilitação em Jornalismo da Faculdade de Educação da Universidade
Federal de Uberlândia. O texto apresenta um rápido histórico sobre os contextos
socioambiental e educacional, que justificam a sua relevância. Faz também uma
breve apresentação dos estudos sobre a Educomunicação, uma nova área do saber
que permite a disseminação de conhecimento para a sociedade de forma eficiente.
Na sequência, aborda a criação do programa e a parceria com um projeto de
educação socioambiental já desenvolvido por uma ONG local. Apresenta o processo
de definição dos objetivos e primeiras iniciativas – a continuidade do projeto
supracitado, um curso de formação de líderes multiplicadores e um programa
para a televisão – e a realização do seu evento de abertura, um fórum sobre meio
ambiente e cidadania. Em seguida, o artigo aponta quais foram os principais
desafios enfrentados para a realização dos Meios e como têm sido enfrentados. Por
fim, mostra as considerações sobre as ações já realizadas e os resultados esperados.
17h – 18h | Reuniões de Articulação
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Local: Sala 401 – G4
Reunião dos professores e pesquisadores de Educomunicação
XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
Reunião dos alunos de graduação e de especialização em Educomunicação
14h - 18h | FOCORP - Forum de Coordenadores de Relações
Públicas
Local: Bloco G4 – Sala 005 - Térreo
Coordenação: Gustavo Becker (ULBRA)
14h – 18h | Prêmio RP Brasil | Local: Bloco G4 – Sala 307
Coordenação: Marcelo Chamusca e Márcia Carvalhal
14h – 18h | Reunião Diretoria da SOCICOM
Local: Bloco G4 – Sala 403 - 4º andar
Coordenação: Anita Simis (SOCICOM)
Participantes: Presidentes das Entidades Filiadas
14h – 16h | Reunião Diretoria da ALCAR
Local: Bloco G4 - Sala de Seminários – 7º andar
Coordenação: Maria Berenice Machado (UFRGS)
32. Colóquio Brasil - Argentina
8h - 12h30 BRASIL – ARGENTINA
Local:
Hotel III Colóquio Bi-nacional Brasil - Argentina
Atlante Plaza de Estudos da Comunicação
Sala Mário
Melo V
2 e 3 de setembro
Promoção:
INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
FADECCOS – Federación Argentina de Carreras de Comunicación Social
Realização
Universidade Católica de Pernambuco (Unicap)
Apoio
Capes, CNPq, Fapesp, Finep, FADECCOS, Universidad Nacional de Río Cuarto
Coordenação Internacional
Edgard Rebouças (Diretor de Relações Internacionais da INTERCOM)
Mónica Cohendoz (Presidente da FADECCOS)
Coordenação
Brasil - Doris Fagundes Haussen (PUCRS)
Argentina - Gustavo Cimadevilla (UNRC)
Comitê Científico - Brasil
Marialva Barbosa (UTP); Nélia Del Bianco (UNB); Luiz Artur Ferraretto (UFRGS); Sonia
Virginia Moreira (UERJ) e Nilda Jacks (UFRGS)
Comitê Científico - Argentina
Mónica Cohendoz (UNCPBA); Lucrecia Reta (UNCO); Erica Walter (USAL); Edgardo
Carniglia (UNRC) e Daniela Monje (UNC)
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Coordenação Local
Aline Grego (Unicap)
Intercom 2011 | Unicap | Recife - PE
Idiomas
Português e espanhol
2 de setembro
8h30m
Abertura: Antônio Hohlfeldt – Presidente da Intercom
Coordenação: Doris Fagundes Haussen (PUCRS) e Gustavo Cimadevilla (UNRC)
8h45 - 12h30
Sessão 1 – Pesquisa, Poder e Política na Comunicação
Coordenação: Edgard Rebouças - Diretor de Relações Internacionais da Intercom
La investigación de la Comunicación en Argentina
Gustavo Cimadevilla (Universidad Nacional de Río Cuarto)
Reflexões da crítica pós-colonial e a América Latina: a proposta do
pensamento comunicacional de Eliseo Verón
Celso Francisco Gayoso (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Este artigo propõe uma reflexão acerca da crítica colonial e sua articulação na
perspectiva de existência de outros modos de racionalidade na América Latina, com
base empírica para a formulação de uma corrente teórica chamada pensamento